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sábado, 20 de setembro de 2008

LITURGIA DO DIA - 20/09

Santo do dia

Santos André Kim Taegón, presbítero, Paulo Chóng Hasang e companheiros, mártires, +1846

Ofício da memória.Missa própria: Prefácio Comum ou dos Mártires.

Santos André Kim Taegón, presbítero, Paulo Chóng Hasang e companheiros, mártires
No início do século XVII, por iniciativa de alguns leigos, entrou pela primeira vez a fé cristã na Coreia. Assim se formou uma comunidade forte e fervorosa, sem pastores, quase só conduzida por leigos, até ao ano 1836, durante o qual chegaram os primeiros missionários, vindos de França, que entraram furtivamente na região. Nas perseguições dos anos 1839, 1846 e 1866, surgiram desta comunidade 103 santos mártires, entre os quais se distinguem o primeiro presbítero e ardente pastor de almas André Kim Taegon e o insigne apóstolo leigo Paulo Chong Hasang. Os outros são quase todos leigos, homens e mulheres, casados ou não, anciãos, jovens e crianças, que, suportando o martírio, consagraram com o seu glorioso sangue os florescentes primórdios da Igreja coreana.

1ª Carta aos Coríntios 15,35-37.42-49.

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos, 35alguém perguntará? Como ressuscitam os mortos? 36Insensato! O que semeias não nasce sem antes morrer. 37E, quando semeias, não semeias o corpo da planta, que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou de alguma outra planta.42Pois assim será também a ressurreição dos mortos. Semeia-se em corrupção e ressuscita-se em incorrupção. 43Semeia-se em ignomínia, e ressuscita-se em glória. Semeia-se em fraqueza, e ressuscita-se em vigor. 44Semeia-se um corpo animal, e ressuscita-se um corpo espiritual. Se há um corpo animal, há também um espiritual.45Por isso está escrito: o primeiro homem, Adão, "foi um ser vivo". O segundo Adão é um espírito vivificante. 46Veio primeiro não o homem espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem espiritual. 47O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu. 48Como foi o homem terrestre, assim também são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também vão ser as pessoas celestes. 49E como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 56(55),10-12.13-14

- Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!
- Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!
- Meus inimigos haverão de recuar em qualquer dia em que eu vos invocar; tenho certeza: o Senhor está comigo.
- Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!
- Confio em Deus e louvarei sua promessa; é no Senhor que eu confio e nada temo: que poderia contra mim um ser mortal?
- Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!
- Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz, e vos oferto um sacrifício de louvor, porque da morte arrancastes minha vida e não deixastes os meus pés escorregarem, para que eu ande na presença do Senhor, na presença do Senhor na luz da vida.
- Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas 8,4-15

Aclamação (Lc 8,15)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Felizes os que observam a palavra do Senhor, de reto coração, e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes!
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Lc 8,4-15)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 4reuniu-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam ter com Jesus. Então ele contou esta parábola:
5"O semeador saiu para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram. 6Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. 7Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos cresceram juntos, e a sufocaram. 8Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um". Dizendo isso, Jesus exclamou: "Quem tem ouvidos para ouvir ouça".9Os discípulos lhe perguntaram o significado dessa parábola. 10Jesus respondeu:"A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas aos outros, só por meio de parábolas, para que olhando não vejam, e ouvindo não compreendam. 11A parábola quer dizer o seguinte: A semente é a Palavra de Deus. 12Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouviram, mas, depois, vem o diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não acreditem e não se salvem. 13Os que estão sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolhem a Palavra com alegria. Mas eles não têm raiz: por um momento acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. 14Aquilo que caiu entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo são sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da vida, e não chegam a amadurecer. 15E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto na perseverança".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Parábola do semeador

O que o profeta-rei David havia predito de Cristo: "abrirei minha boca em parábolas" (Sl. 77, 2), mais uma vez se cumpre nesta parábola do semeador. O Senhor falava por meio de parábolas para que o povo O ouvisse com mais atenção, já que os orientais daqueles tempos eram costumados a exercitar-se em enigmas, desprezando as coisas postas às claras, e, também, para que os indignos não compreendessem o que Jesus dizia misticamente aos seus discípulos.
Esta parábola é de tríplice tradição, ou seja, consta também na pena dos outros dois evangelistas sinópticos.
O que se realça na parábola não é o semeador, nem tampouco o terreno, mas a própria semente, ou seja, a Palavra de Deus, cuja eficácia está assegurada, embora submetida à contingência da resposta do destinatário e aos diversos condicionalismos e graus de aceitação por parte do ouvinte.
O Divino Mestre ensina que há dois graus entre aqueles que recebem a semente. O primeiro se compõe daqueles que se fizeram dignos da vocação do céu, mas que perdem a graça por negligência e tibieza. O segundo abrange aqueles que multiplicam a semente por meio de bons frutos. Além disso, S. Mateus estabelece três diferenças em cada um destes graus. Porque aqueles que sufocam a semente não procedem de igual modo para perdê-la e os que frutificam com ela não recebem a mesma abundância. Por isso, dá a conhecer as ocasiões em que se perde a semente. Uns, sem ter pecado, perdem a semente saudável que há em suas almas, subtraída à sua atenção e à sua memória pelos espíritos malignos e pelos demônios dos ares, ou por homens enganadores e astutos, que chamou de voláteis. Por isso, acrescenta: "Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho".
Na verdade, alguns também sufocam a semente escondida em seus corações com as riquezas e prazeres, que são como que espinhas agudas: "e a que caiu entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo são sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da vida, e não chegam a amadurecer." É interessante ver com o Senhor chamou às riquezas espinhos, sendo que estes puncionam e aquelas deleitam. Na realidade, são espinhos, porque ferem a inteligência com as punções de seus pensamentos e, quando a conduzem até o pecado, acabam fazendo uma terrível ferida na alma. As riquezas levam consigo duas coisas: os cuidados e as satisfações, porque oprimem a inteligência com o afã dos cuidados e a dissipam com a sua chegada. Sufocam também a semente, porque interceptam o caminho da inteligência com vãos pensamentos, e não permitem que entre no coração nenhum bom desejo, fecham a porta à inspiração divina.
Do conjunto da parábola, facilmente se nota que Deus ofereceu gratuitamente ao homem a salvação que o Reino traz, mas esta não se alcança de maneira automática e fulminante, mas com a colaboração do ser humano. Primeiro e fundamental é a iniciativa de Deus e, depois, a resposta afirmativa do homem ou da mulher, a quem Deus ama gratuitamente.
O Senhor não impõe ao homem nem violenta a sua liberdade, que Ele lhe deu e respeita-a em qualquer momento. Ainda que a Palavra de Deus seja sempre eficaz, pede em qualquer caso resposta e sempre nos julga, ou seja, sua eficácia positiva sujeita-se ao querer do homem, que pode aceitar ou rejeitar o convite de Deus. Essa é a nossa responsabilidade, que poderá redundar na nossa grandeza ou na nossa miséria.
Para que frutifique em nós a Palavra de Deus, temos de nos despojar de tudo o que asfixia: superficialidade, oportunismo, inconstância, ânsia de riqueza e idolatria do prazer, para poder oferecer-lhe um terreno cavado, com a profundidade da humildade suficiente e o calor do amor de que a semente necessita para germinar e dar grão.
Vejamos o exemplo de uma alma boa, analisada na pena de S. Teodoro Estudita, tirada de sua segunda homilia para a Natividade de Maria, 4, 7, p. 96, 683 ss:
É a Maria, creio, que se dirige o profeta Joel, ao dizer: "Não temas, tu, a terra; canta e rejubila, porque o Senhor faz grandes coisas" (2,21). Porque Maria é a terra: a terra onde Moisés, homem de Deus, recebeu ordem para tirar as sandálias dos pés (Ex 3,5), uma imagem da Lei que a graça virá substituir. Ela é também a terra onde, pelo Espírito Santo, se fixou Aquele acerca de quem cantamos que "fundou a terra sobre bases sólidas" (Sl 103,5). É uma terra que, sem ter sido semeada, faz brotar o fruto que dá alimento a todo o ser vivo (Sl 135,25). Uma terra onde não cresceu o espinheiro do pecado: pelo contrário, nela nasceu quem desde a raiz o arrancou. Terra que é, enfim, não maldita, como a primeira, de campos onde abundavam espinhos e abrolhos (Gn 3,18), mas sobre a qual repousa a bênção do Senhor, e que traz em seu seio um "fruto bendito", como diz a palavra sagrada (Lc 1,42). [...]Exulta pois, Maria, casa do Senhor, terra que Deus marcou com seus passos [...]. Exulta, paraíso mais feliz que o jardim do Éden, onde toda a virtude germinou e onde cresceu a árvore da Vida.

Fonte: A.E.

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