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sábado, 13 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 13/11


Santo do dia

Sábado da 32a semana do Tempo Comum

LEITURAS
3ª Carta de S. João 1,5-8.
Caríssimo, em tudo o que fazes aos irmãos, mesmo sendo estrangeiros, tu procedes como é próprio de um fiel. Eles deram testemunho da tua caridade, diante da igreja. Farás bem em os prover do necessário para a sua viagem, de um modo digno de Deus, pois foi pelo seu nome que eles se puseram a caminho, sem nada receberem dos gentios. Por isso, nós devemos acolhê-los, a fim de sermos cooperadores da causa da verdade.
Livro de Salmos 112(111),1-2.3-4.5-6.
Feliz o homem que teme o SENHOR e se compraz nos seus mandamentos. sua descendência será poderosa sobre a terra, e bendita, a geração dos justos. Haverá na sua casa abundância e riqueza e a sua prosperidade durará para sempre. Brilha para os homens rectos como luz nas trevas: ele é piedoso, clemente e compassivo. Feliz o homem que se compadece e empresta e administra os seus bens com justiça. Este jamais sucumbirá. O justo deixará memória eterna.
Evangelho segundo S. Lucas 18,1-8.
Depois, disse-lhes uma parábola sobre a obrigação de orar sempre, sem desfalecer: «Em certa cidade, havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Naquela cidade vivia também uma viúva que ia ter com ele e lhe dizia: 'Faz-me justiça contra o meu adversário.' Durante muito tempo, o juiz recusou-se a atendê-la; mas, um dia, disse consigo: 'Embora eu não tema a Deus nem respeite os homens, contudo, já que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que me deixe de vez e não volte a importunar-me.'» E o Senhor continuou: «Reparai no que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há-de fazê-los esperar? Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente. Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja Sermão 115, 1; PL 38, 655 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p. 447)

«Quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»

Haverá método mais eficaz para nos encorajar à oração do que a parábola do juiz iníquo que o Senhor nos contou? Evidentemente, o juiz iníquo nem temia a Deus nem respeitava os homens. Não experimentava qualquer benevolência pela viúva que a ele recorria e, no entanto, vencido pelo aborrecimento, acabou por a escutar. Se, portanto, ele atendeu esta mulher que o importunava com as suas súplicas, como não seremos nós atendidos por Aquele que nos encoraja a apresentar-Lhe as nossas? Foi por isso que o Senhor nos propôs esta comparação, conseguida por contraste, para nos dar a perceber que é preciso «orar sempre, sem desfalecer». E depois acrescentou: «Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?»Se a fé desaparecer, a oração extingue-se. Com efeito, quem poderia rezar para pedir aquilo em que não crê? Eis pois o que o Apóstolo Paulo diz, exortando-nos à oração: «Todo o que invocar o nome do Senhor será salvo». Depois, para mostrar que a fé é a fonte da oração e que o ribeiro não pode correr se a fonte estiver seca, acrescenta : «Ora, como hão-de invocar Aquele em Quem não acreditaram?» (Rom 10,13-14) Acreditemos, pois, para podermos orar e oremos para que a fé, que é o princípio da nossa oração, nunca nos venha a faltar. A fé expande a oração e a oração, ao expandir-se, obtém por seu turno o fortalecimento da fé.
Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 12/11

Santo do dia
Sexta-feira da 32ª semana do Tempo Comum

LEITURA

2ª Carta da S. João 1,4-9.
Muito me alegrei por ter encontrado entre os teus filhos quem caminha na verdade, conforme o mandamento que recebemos do Pai. E agora rogo-te, Senhora – e não como quem te escreve um mandamento novo, mas sim aquele mandamento que temos desde o princípio – que nos amemos uns aos outros. Nisto consiste o amor: em caminharmos segundo os seus man-damentos. E este é o mandamento, segundo ouvistes dizer desde o princípio: que caminheis no amor. É que apareceram no mundo muitos sedutores que afirmam que Jesus Cristo não veio em carne mortal. Esse é o sedutor e o anticristo! Acautelai-vos, para não perderdes o fruto do vosso trabalho, mas receberdes a plena recompensa. Todo aquele que passa adiante e não permanece na doutrina de Cristo não tem Deus consigo; mas aquele que permanece na doutrina, esse tem em si o Pai e o Filho.
Livro de Salmos 119,1.2.10.11.17.18.
Felizes os que seguem o caminho da rectidão e vivem segundo a lei do SENHOR. Felizes os que cumprem os seus preceitos e o procuram com todo o coração, Eu procuro-te com todo o coração; não deixes que me afaste dos teus mandamentos. Guardo no meu coração as tuas promessas, para não pecar contra ti. Concede ao teu servo uma longa vida e eu cumprirei as tuas palavras. Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei.
Evangelho segundo S. Lucas 17,26-37.
Como sucedeu nos dias de Noé, assim sucederá também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, os homens casavam-se e as mulheres eram dadas em casamento, até ao dia em que Noé entrou na Arca e veio o dilúvio, que os fez perecer a todos. O mesmo sucedeu nos dias de Lot: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam, construíam; mas, no dia em que Lot saiu de Sodoma, Deus fez cair do céu uma chuva de fogo e enxofre, que os matou a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se revelar. Nesse dia, quem estiver no terraço e tiver as suas coisas em casa não desça para as tirar; e, do mesmo modo, quem estiver no campo não volte atrás. Lembrai-vos da mulher de Lot. Quem procurar salvar a vida, há-de perdê-la; e quem a perder, há-de conservá-la. Digo-vos que, nessa noite, estarão dois numa cama: um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão juntas a moer: uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado.» Tomando a palavra, os discípulos disseram-lhe: «Senhor, onde sucederá isso?
» Respondeu-lhes:
«Onde estiver o corpo, lá se juntarão também os abutres.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Romano, o Melodista (? – c. 560), compositor de hinos Hino de Noé, str. 11ss. (a partir da trad. SC 99, pp. 117 ss. rev.)

«Como nos dias de Noé»

O sábio Noé [...] embarcou na arca por ordem de Deus, com os seus filhos e as mulheres destes, ao todo somente oito almas. Sem parar de gemer, este servo rezava assim: «Não me faças perecer com os pecadores, meu Salvador, pois vejo já o caos apoderar-se da criação e os elementos estão agitados pelo medo. [...] As nuvens estão preparadas, o céu está tumultuoso, os anjos acorrem à frente da Tua cólera». Ao ouvir estas palavras, Deus cerrou a arca e selou-a, enquanto o seu fiel gritava: «Salva todos os homens da cólera pelo amor que nos tens, redentor do universo».Do alto do céu, o juiz dá uma ordem; de imediato se abriram as comportas, precipitando as chuvas, torrentes de água e saraiva de um lado do mundo ao outro; e o medo fez brotar as fontes do abismo, inundando a terra em todo o lado. [...] Foi este o efeito da cólera de Deus, porque os homens haviam perseverado no seu endurecimento e não se tinham apressado a gritar-Lhe com fé: «Salva todos os homens da cólera pelo amor que nos tens, redentor do universo». [...]Em seguida, o coro dos anjos, vendo os homens carnais destruídos, gritou: «Agora, que os justos possuam toda a extensão da terra!» Porque o Criador gosta de ver aqueles que fez à Sua imagem (Gn 1, 26); foi por isso que pôs os Seus santos de parte para os salvar. Noé [...] solta a pomba e ela regressa ao fim do dia, trazendo no bico um ramo de oliveira, que anunciava simbolicamente a misericórdia de Deus. Então Noé sai da arca, como que do túmulo, segundo a ordem que recebera [...], não como outrora Adão, que comera de uma árvore que dá a morte, pois Noé produzira um fruto de penitência ao dizer: «Salva todos os homens da cólera pelo amor que nos tens, redentor do universo».Mortas estão a corrupção e a iniquidade; o homem de coração recto triunfa pela sua fé, pois encontrou graça [...]. Então, o justo (Gn 6, 9) ofereceu ao Senhor um sacrifício sem mancha [...]; o Criador aspirou o seu agradável perfume e [...] declarou: «Jamais o universo voltará a perecer num dilúvio, mesmo que todos os homens levem uma vida má. Hoje estabeleço uma aliança irrevogável com eles. Mostro o Meu arco a todos os habitantes da Terra para lhes servir de sinal, para que todos Me invoquem assim: «Salva todos os homens da cólera pelo amor que nos tens, redentor do universo».»

Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 11/11

Santo do dia

Quinta-feira da 32ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : S. Martinho (de Tours), bispo, +397
LEITURAS

Carta a Filémon 1,7-20.
De facto, foi grande a alegria e a consolação que tive com o teu amor, porque os corações dos santos foram reconfortados por meio de ti, irmão. Por isso, embora tenha toda a autoridade em Cristo para te impor o que mais convém, levado pelo amor, prefiro pedir como aquele que sou: Paulo, um ancião e, agora, até prisioneiro por causa de Cristo Jesus. Peço-te pelo meu filho, que gerei na prisão: Onésimo, que outrora te era inútil, mas agora é, para ti e para mim, bem útil. É ele que eu te envio: ele, isto é, o meu próprio coração. Eu bem desejava mantê-lo junto de mim, para, em vez de ti, se colocar ao meu serviço nas prisões que sofro por causa do evangelho. Porém, nada quero fazer sem o teu consentimento, para que o bem que fazes não seja por obrigação, mas de livre vontade. É que, afinal, talvez tenha sido por isto que ele foi afastado por breve tempo: para que o recebas para sempre, não já como escravo, mas muito mais do que um escravo: como irmão querido; isto especialmente para mim, quanto mais para ti, que com ele estás relacionado tanto humanamente como no Senhor. Se, pois, me consideras em comunhão contigo, recebe-o como a mim próprio. E se ele te causou algum prejuízo ou alguma coisa te deve, põe isso na minha conta. Sou eu, Paulo, que o escrevo pela minha própria mão: serei eu a pagar. Isto, para não te dizer que me deves a tua própria pessoa. Sim, irmão, possa eu sentir-me satisfeito contigo no Senhor: reconforta o meu coração em Cristo.
Livro de Salmos 146(145),7-10.
Ele é eternamente fiel à sua palavra; salva os oprimidos, dá pão aos que têm fome; o SENHOR liberta os prisioneiros. SENHOR dá vista aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama o homem justo. SENHOR protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva, mas entrava o caminho aos pecadores. SENHOR reinará eternamente! O teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações!
Evangelho segundo S. Lucas 17,20-25.
Interrogado pelos fariseus sobre quando chegaria o Reino de Deus, Jesus respondeu-lhes: «O Reino de Deus não vem de maneira ostensiva. Ninguém poderá afirmar: 'Ei-lo aqui' ou 'Ei-lo ali', pois o Reino de Deus está entre vós.» Depois, disse aos discípulos: «Tempo virá em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis. Vão dizer-vos: 'Ei-lo ali', ou então: 'Ei-lo aqui.' Não queirais ir lá nem os sigais. Porque, como o relâmpago, ao faiscar, brilha de um extremo ao outro do céu, assim será o Filho do Homem no seu dia. Mas, primeiramente, Ele tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo Sermão «The Invisible Word», PPS vol. 4, nº13

«O Reino de Deus está no meio de vós»

É difícil à fé admitir as palavras da Escritura respeitantes às nossas relações com um mundo que nos é superior? [...] Esse mundo espiritual está presente, ainda que invisível; ele está no presente e não no futuro, não distante. Não está acima do céu, não está além do túmulo; está aqui e agora: «O Reino de Deus está entre nós». É disto que fala São Paulo: «Não olhamos para as coisas visíveis, mas para as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas» (2 Cor 4, 18). [...]Assim é o Reino escondido de Deus; e, tal como ele está agora escondido, assim será revelado no momento desejado. Os homens julgam ser os senhores do mundo e poder fazer dele o que querem. Julgam ser seus proprietários e deter poder sobre o seu curso. [...] Mas este mundo é habitado pelos humildes de Cristo, que eles desprezam, e pelos Seus anjos, nos quais não acreditam. No fim serão estes que tomarão posse dele, quando forem manifestados. Agora «todas as coisas», em aparência, «continuam como eram depois do começo da criação» e os ridicularizadores perguntam: «Onde está a promessa da Sua vinda?» (2 Ped 3, 4). Mas, no tempo marcado, haverá uma «manifestação dos filhos de Deus» e os santos escondidos «resplandecerão como o sol no Reino de seu Pai» (Rom 8, 19; Mt 13, 43).Quando os anjos apareceram aos pastores, foi uma aparição súbita: «De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste» (Lc 2, 13). Anteriormente, a noite era como qualquer outra noite – os pastores guardavam os seus rebanhos; observavam o curso da noite; as estrelas seguiam o seu curso; era meia-noite; não pensavam de todo em algo parecido quando o anjo apareceu. Tais são o poder e a força escondidas nas coisas visíveis. Elas manifestam-se quando Deus quer.
Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 10/11

Santo do dia
Quarta-feira da 32ª semana do Tempo Comum
LEITURAS

Carta a Tito 3,1-7.

Recorda-lhes que sejam submissos e obedientes aos governantes e autoridades, que estejam prontos para qualquer boa obra, que não digam mal de ninguém, nem sejam conflituosos, mas sejam afáveis, mostrando sempre amabilidade para com todos os homens. Pois também nós éramos outrora insensatos, rebeldes, extraviados, escravos de toda a espécie de paixões e prazeres, vivendo na maldade e na inveja, odiados e odiando-nos uns aos outros. Mas, quando se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, Ele salvou-nos, não em virtude de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas da sua misericórdia, mediante um novo nascimento e renovação do Espírito Santo, que Ele derramou abundantemente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados pela sua graça, nos tornemos, segundo a nossa esperança, herdeiros da vida eterna.

Livro de Salmos 23(22),1-6.

O SENHOR é meu pastor: nada me falta.Em verdes prados me faz descansar e conduz me às águas refrescantes.Reconforta a minha alma e guia me por caminhos rectos, por amor do seu nome.Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo porque Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado dão me confiança.Preparas a mesa para mim à vista dos meus inimigos; ungiste com óleo a minha cabeça; a minha taça transbordou.Na verdade, a tua bondade e o teu amor hão de acompanhar me todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do SENHOR para todo o sempre.

Evangelho segundo S. Lucas 17,11-19.

Quando caminhava para Jerusalém, Jesus passou através da Samaria e da Galileia. Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Francisco de Assis (1182-1226), fundador dos Frades Menores Primeira regra, 23 (a partir da trad. Desbonnets et Vorreux, Documents, p. 78)

«Voltar para glorificar a Deus»

Todo-poderoso, santíssimo, altíssimo e soberano Deus,Pai santo e justo, Senhor, Rei do céu e da terra,Por Ti a Ti damos graças,Pois que, por Tua santa vontade, E por Teu Filho unigénito, com o Espírito Santo,Criaste todas as coisas espirituais e corporais. À Tua imagem e semelhança nos fizeste,O paraíso por morada nos deste,Donde, por nossa culpa, caímos.A Ti damos graças pois que,Como por Teu Filho nos criaste,Assim também, pelo santo amor com que nos amaste,Fizeste que Teu Filho, verdadeiro Deus e verdadeiro homem,Nascesse da gloriosa Virgem Santa Maria,E, pela Sua cruz, Seu sangue e Sua morte,Quiseste resgatar-nos a nós, os cativos.E a Ti damos graças porque esse mesmo Teu FilhoDe novo há-de vir na glória da Sua majestadePara lançar ao fogo eterno os malditos Que recusaram converter-se e conhecer-TeE para dizer a todos quantos Te conheceram,Te adoraram e Te serviram em penitência:«Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25, 34). E porque somos, nós todos, indigentes e pecadores,Dignos não somos de pronunciar o Teu nome;Aceita pois, Te suplicamos,Que Nosso Senhor Jesus Cristo,Teu Filho muito amado, em Quem puseste todo o Teu agrado,Com o Santo Espírito ParáclitoTe dê graças por tudo,Como a Ti e a Ele agradar, Ele, que é Quem sempre em tudo Te basta,Ele, por Quem tanto fizeste por nós. Aleluia!

Fonte: Evangelho Quotudiano

terça-feira, 9 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 09/11

Santo do dia
Dedicação da Basílica de Latrão – Festa
Dedicação da Basílica de S. João de Latrão
Hoje a Igreja celebra : Dedicação da Basílica de Latrão
LEITURAS

Livro de Ezequiel 47,1-2.8-9.12.
Conduziu-me para a entrada do templo, e eis que saía água da sua parte subterrânea, em direcção ao oriente, porque o templo estava voltado para oriente. A água brotava da parte de baixo do lado direito do templo, a sul do altar. Fez-me sair pelo pórtico setentrional e contornar o templo por fora, até ao pórtico exterior oriental; vi rebentar a água do lado direito. Ele disse-me: "Esta água corre para o território oriental, desce para a Arabá e dirige-se para o mar; quando chegar ao mar, as suas águas tornar-se-ão salubres. Por onde quer que a torrente passar, todo o ser vivo que se move viverá. O peixe será muito abundante, porque aonde quer que esta água chegar, tornar-se-á salubre; e a vida desenvolver-se-á por toda a parte aonde ela chegar. Ao longo da torrente, nas suas margens, crescerá toda a sorte de árvores frutíferas, cuja folhagem não murchará e cujos frutos nunca cessam: produzirão todos os meses frutos novos, porque esta água vem do Santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas, de remédio."
Livro de Salmos 46(45),2-3.5-6.8-9.
Deus é o nosso refúgio e a nossa força, ajuda permanente nos momentos de angústia.Por isso, não temos medo, mesmo que a terra trema, mesmo que as montanhas se afundem no mar;Um rio, com os seus canais, alegra a cidade de Deus, a mais santa entre as moradas do Altíssimo.Deus está no meio dela, não pode vacilar; Deus irá em seu auxílio, ao romper do dia.O SENHOR do universo está connosco! O Deus de Jacob é a nossa fortaleza!Vinde e contemplai as obras do SENHOR, as maravilhas que Ele realizou na terra.
Evangelho segundo S. João 2,13-22.
Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os vendedores de bois, ovelhas e pombas, e os cambistas nos seus postos. Então, fazendo um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas pelo chão e derrubou-lhes as mesas; e aos que vendiam pombas, disse-lhes: «Tirai isso daqui. Não façais da Casa de meu Pai uma feira.» Os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devora. Então os judeus intervieram e perguntaram-lhe: «Que sinal nos dás de poderes fazer isto?» Declarou-lhes Jesus, em resposta: «Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei!» Replicaram então os judeus: «Quarenta e seis anos levou este templo a construir, e Tu vais levantá-lo em três dias?» Ele, porém, falava do templo que é o seu corpo. Por isso, quando Jesus ressuscitou dos mortos, os seus discípulos recordaram-se de que Ele o tinha dito e creram na Escritura e nas palavras que tinha proferido.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo PPS, vol 6, n° 19

Festa da dedicação de uma catedral, festa da Igreja

Uma catedral é fruto de um desejo momentâneo ou é algo que se pode realizar pela vontade? [...] Com toda a certeza, as igrejas que herdámos não resultam apenas da gestão de capitais, nem são uma pura criação do génio; são fruto do martírio, de grandes feitos e de sofrimentos. As suas fundações são muito profundas; elas assentam sobre a pregação dos apóstolos, sobre a confissão da fé dos santos, e sobre as primeiras conquistas do Evangelho no nosso país. Tudo o que é nobre na sua arquitectura, que cativa os olhos e chega ao coração, não é um puro resultado da imaginação dos homens, é um dom de Deus, é uma obra espiritual.A cruz assenta sempre no risco e no sofrimento, é sempre regada com lágrimas e sangue. Em parte alguma cria raízes e dá fruto se a pregação não for acompanhada de renúncia. Os detentores do poder podem fazer um decreto, favorecer uma religião, mas não a podem estabelecer, podem apenas impô-la. Só a Igreja pode estabelecer a Igreja. Só os santos, os homens mortificados, os pregadores da rectidão, os confessores da verdade, podem criar uma verdadeira casa para a verdade.É por isso que os templos de Deus são também os monumentos dos Seus santos. [...] A sua simplicidade, a sua grandeza, a sua solidez, a sua graça e a sua beleza não fazem senão recordar a paciência e a pureza, a coragem e a doçura, a caridade e a fé daqueles que não adoraram a Deus apenas nas montanhas e nos desertos; eles sofreram, mas não em vão, porque outros herdaram os frutos do seu sofrimento (cf Jo 4, 38). Efectivamente, a longo prazo, a sua palavra deu fruto; fez-se Igreja, esta catedral onde a Palavra vive desde há muito tempo. [...] Felizes os que entram nesta relação de comunhão com os santos do passado e com a Igreja universal. [...] Felizes os que, entrando nesta igreja, penetram de coração no céu.
Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 08/11

Santo do dia
Segunda-feira da 32ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : Beata Isabel da Trindade, religiosa, +1906

LEITURAS

Carta a Tito 1,1-9.
Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, em ordem à fé dos eleitos de Deus e ao conhecimento da verdade, que conduz à piedade, na esperança da vida eterna, prometida desde os tempos antigos pelo Deus que não mente e que, no devido tempo, manifestou a sua palavra, pela pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador: a Tito, meu verdadeiro filho, pela fé comum, a graça e a paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador. Deixei-te em Creta, para acabares de organizar o que ainda falta e para colocares presbíteros em cada cidade, de acordo com as minhas instruções. Cada um deles deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, com filhos crentes, e não acusados de vida leviana ou de insubordinação. Porque é preciso que o bispo, como administrador de Deus, seja irrepreensível, não arrogante, nem colérico, nem dado ao vinho, à violência ou ao lucro desonesto; mas, antes, hospitaleiro, amigo do bem, prudente, justo, piedoso, continente, firmemente enraizado na doutrina da palavra digna de fé, de modo que seja capaz de exortar com sãos ensinamentos e de refutar os contraditores.
Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4.5-6.
Ao SENHOR pertence a terra e o que nela existe, o mundo inteiro e os que nele habitam;pois Ele a fundou sobre os mares e a consolidou sobre os abismos.Quem poderá subir à montanha do SENHOR e apresentar-se no seu santuário?O que tem as mãos inocentes e o coração limpo, o que não ergue o espírito para as coisas vãs, nem jura pelo que é falso.Este há-de receber a bênção do SENHOR e a recompensa de Deus, seu salvador.Esta é a geração dos que o procuram, dos que buscam a face do Deus de Jacob.
Evangelho segundo S. Lucas 17,1-6.
Disse, depois, aos discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os causa! Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem ao mar, do que escandalizar um só destes pequeninos. Tende cuidado convosco! Se o teu irmão te ofender, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se te ofender sete vezes ao dia e sete vezes te vier dizer: 'Arrependo-me', perdoa-lhe.» Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé.» O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar', e ela havia de obedecer-vos.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Siluane (1866-1938), monge, santo das igrejas ortodoxas Escritos (a partir da trad. Sophrony, Starets, Présence 1975, p. 442)

«Se tivésseis fé como um grão de mostarda»

Dantes, pensava que o Senhor realizava milagres apenas em resposta às orações dos santos, mas agora compreendi que o Senhor também realiza milagres pelo pecador, desde que a alma deste se humilhe; porque, quando o homem aprende a humildade, o Senhor escuta as suas orações.Muitos, por inexperiência, dizem que determinado santo fez um milagre, mas compreendi que é o Espírito Santo que habita no homem que realiza os milagres. O Senhor quer que todos sejam salvos e que vivam eternamente com Ele, e é por isso que ouve as orações do homem pecador, que se Lhe dirige para o bem dos outros ou para o seu próprio bem.

Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 7 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 07/11

Santo do dia

32º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Trigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)

A liturgia deste Domingo propõe-nos uma reflexão sobre os horizontes últimos do homem e garante-nos a vida que não acaba.Na primeira leitura, temos o testemunho de sete irmãos que deram a vida pela sua fé, durante a perseguição movida contra os judeus por Antíoco IV Epifanes. Aquilo que motivou os sete irmãos mártires, que lhes deu força para enfrentar a tortura e a morte foi, precisamente, a certeza de que Deus reserva a vida eterna àqueles que, neste mundo, percorrem, com fidelidade, os seus caminhos.No Evangelho, Jesus garante que a ressurreição é a realidade que nos espera. No entanto, não vale a pena estar a julgar e a imaginar essa realidade à luz das categorias que marcam a nossa existência finita e limitada neste mundo; a nossa existência de ressuscitados será uma existência plena, total, nova. A forma como isso acontecerá é um mistério; mas a ressurreição é uma certeza absoluta no horizonte do crente.Na segunda leitura temos um convite a manter o diálogo e a comunhão com Deus, enquanto esperamos que chegue a segunda vinda de Cristo e a vida nova que Deus nos reserva. Só com a oração será possível mantermo-nos fiéis ao Evangelho e ter a coragem de anunciar a todos os homens a Boa Nova da salvação.


Maria, Medianeira de todas as Graças

O culto à intercessão de Maria e à sua função de mediadora e distribuidora de graças redentoras nasceu no século IV. Podemos afirmar que todas as graças que pedimos chegam até nós pela mediação de Maria. Daí o título de Mãe da Igreja, proclamado por Paulo VI em 1964.É muito generalizada, entre os católicos, a crença no poder intercessor de Maria. Mediante Ela, as petições dos homens sobem da terra ao céu, e por Ela desce à terra tudo o que lhe é outorgado no céu. A mediadora das graças fala ao seu Divino Filho numa linguagem clara, precisa, directa, para apresentar-lhe os pedidos e desejos que os seus filhos da terra elevam, sem cessar, através das orações, ao longo dos séculos, em todas as latitudes, raças e línguas.O Evangelho apresenta-a como a mediadora que obtém do seu Filho o primeiro milagre público: a conversão da água em vinho, nas bodas de Caná. É a intermediária entre Jesus e São João Batista, santificado antes de nascer. E enquanto a Virgem orava no cenáculo, desceu sobre ela e os apóstolos o Espírito Santo.É na Ave-Maria onde melhor lhe expressamos a nossa devoção: “Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte”.
LEITURAS
Livro de 2º Macabeus 7,1-2.9-14.
Aconteceu também que um dia foram presos sete irmãos com a mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de azorrague e de nervos de boi, quis obrigar a comer carnes de porco, proibidas pela lei. Um deles, tomou a palavra e falou assim: «Que pretendes perguntar e saber de nós? Estamos prontos a antes morrer do que violar as leis dos nossos pais.» Prestes a dar o último suspiro, disse: «Ó malvado, tu arrebatas-nos a vida presente, mas o rei do universo há-de ressuscitar-nos para a vida eterna, se morrermos fiéis às suas leis.» Depois deste, torturaram o terceiro, o qual, mal lhe pediram a língua, deitou-a logo de fora e estendeu as mãos corajosamente. E disse, cheio de confiança: «Do Céu recebi estes membros, mas agora menosprezo-os por amor das leis de Deus, mas espero recebê-los dele, de novo, um dia.» O próprio rei e os que o rodeavam ficaram admirados com o heroísmo deste jovem, que nenhum caso fazia dos sofrimentos. Morto também este, aplicaram os mesmos suplícios ao quarto, o qual, prestes a expirar, disse: «É uma felicidade perecer à mão dos homens, com a esperança de que Deus nos ressuscitará; mas a tua ressurreição não será para a vida.»
Livro de Salmos 17,1.5-6.8.15.
Ouve, SENHOR, a minha causa justa, atende ao meu clamor. Escuta a minha oração, que não sai de lábios mentirosos.Dirigi os meus passos por duras veredas; os meus pés não vacilaram nos teus caminhos.Eu te invoco, ó Deus; responde me! Inclina para mim o ouvido, escuta as minhas palavras.Guarda me como à pupila dos teus olhos; esconde me à sombra das tuas asas,Eu, porém, pela justiça, contemplarei a tua face e, ao despertar, serei saciado com a tua presença.
2ª Carta aos Tessalonicenses 2,16-17.3,1-5.
O próprio Senhor Nosso Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, uma consolação eterna e uma boa esperança, consolem os vossos corações e os confirmem em toda a obra e palavra boa. Quanto ao resto, irmãos, orai por nós para que a palavra do Senhor avance e seja glorificada como o é entre vós, e para que sejamos libertados dos homens perversos e malvados, pois nem todos têm fé. Mas fiel é o Senhor que vos confirmará e vos protegerá do mal. A respeito de vós, temos confiança no Senhor em que já fazeis e continuareis a fazer o que vos ordenamos. O Senhor dirija os vossos corações para o amor de Deus e para a constância de Cristo.
Evangelho segundo S. Lucas 20,27-38.
Aproximaram-se alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no: «Mestre, Moisés prescreveu nos que, se morrer um homem deixando a mulher, mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência ao irmão. Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos; o segundo, depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram sem deixar filhos. Finalmente, morreu também a mulher. Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os sete a tiveram por esposa?» Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se; mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres, porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus. E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo Comentário à Carta aos Romanos, 4, 7; PG 14, 985

«Sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus»

No último dia, a morte será vencida. Após o suplício da cruz, a ressurreição de Cristo contém misteriosamente a ressurreição de todo o Corpo de Cristo. Assim como o corpo palpável de Cristo foi crucificado, amortalhado e, de seguida, ressuscitado, assim também todo o Corpo dos santos de Cristo foi crucificado com ele e já não vive em si. Mas quando chegar a ressurreição do verdadeiro Corpo de Cristo, do Seu Corpo total, então os membros de Cristo, agora semelhantes a ossadas ressequidas, serão reunidos articulação por articulação (Ez 37, 1 ss.), cada um encontrando o seu lugar, para que «cheguemos todos ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo» (Ef 4, 13). Então, a multidão dos membros será um só corpo porque todos pertencem ao mesmo corpo (Rom 12, 4).

Fonte: Evangelho Quotidiano