Segunda-feira da 17ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : Santos Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora
Santa Ana e São Joaquim
Uma tradição do segundo século afirma que os pais de Nossa Senhora, e avós de Jesus, chamavam-se Joaquim e Ana. Conforme uma lenda da Idade Média, Joaquim e Ana viviam humilhados porque não tinham filhos. Eram estéreis. Joaquim dirigiu-se então para o deserto, e ali passou, 40 dias em jejum e oração. Ao terminar os 40 dias, apareceu-lhe um anjo anunciando que teriam um filho. De facto, nasceu-lhes uma filha, à qual deram o nome de Maria.A devoção de Santa Ana ou Sant'Ana remonta ao século VI, no Oriente. No Ocidente data de século X. A devoção a São Joaquim é mais recente.
LEITURAS
LEITURAS
Livro de Jeremias 13,1-11.
O Senhor ordenou-me: «Vai comprar uma faixa de linho e cinge com ela a tua cintura, mas não a metas na água.» E eu comprei a faixa, de acordo com a palavra do Senhor, e com ela me cingi. Foi-me dirigida, pela segunda vez, a palavra do Senhor: «Toma a faixa que compraste, e que trazes contigo, e encaminha-te para as margens do Eufrates, e esconde-a ali na fenda de uma rocha.» Fui e escondi-a, junto do Eufrates, como o Senhor me havia ordenado. Passados muitos dias, disse-me o Senhor: «Põe-te a caminho, em demanda das margens do Eufrates, a fim de buscar a faixa que, conforme as minhas ordens, ali escondeste.» Dirigi-me, então, ao rio e, tendo cavado, retirei a faixa do lugar onde a escondera. Vi, porém, que a faixa apodrecera e para nada mais servia. Então, o Senhor falou-me nestes termos: «Isto diz o Senhor: ‘Da mesma forma, farei apodrecer a soberba de Judá e o grande orgulho de Jerusalém. Este povo perverso, que recusa ouvir as minhas ordens, que segue a obstinação do seu coração e vai atrás de deuses estranhos para os servir e adorar, tornar-se-á semelhante a esta faixa, que para nada serve. Assim como uma faixa se liga à cintura de um homem, assim Eu uni a mim toda a casa de Israel e a casa de Judá para que fossem o meu povo, a minha honra, a minha glória e a minha ufania. Eles, porém, não me escutaram’» –oráculo do Senhor.
Livro de Deuteronómio 32,18-19.20.21.
Desprezaste o Rochedo que te gerou, e esqueceste o Deus que te formou. O Senhor viu isso e irritou-se, provocado por seus filhos e filhas. E disse: ‘Vou esconder deles a minha face, verei qual será o seu futuro, porque eles são uma geração rebelde, filhos em quem não se pode confiar. Fazem-me ciúmes com o que não é Deus, irritam-me com seus ídolos vãos. Eu é que lhes farei ciúmes com um que não é povo, com uma nação insensata os irritarei.’
Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.» Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.» Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser em parábolas. Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja Homilias sobre São Mateus, 2-3 (a partir da trad. Véricel, L'Evangile commenté, pp. 144-145)
A parábola do fermento
O Senhor apresenta a seguir a imagem do fermento: [...] da mesma forma que este fermento transmite a sua força à massa da farinha, também vós transformareis o mundo inteiro. [...] Não levanteis objecções, dizendo: Que podemos fazer, nós que somos apenas doze, no meio de tão grande multidão? Aquilo que demonstrará o brilho do vosso poder será precisamente o facto de enfrentardes a multidão sem recuar. [...] É Cristo que dá ao fermento o poder que ele tem: Ele misturou na multidão aqueles que tinham fé n'Ele, para que comuniquemos os nossos conhecimentos uns aos outros. Não Lhe censuremos, pois, o pequeno número dos Seus discípulos, pois o poder da mensagem é enorme; e, quando a massa tiver fermentado, tornar-se-á fermento para o resto. [...]Mas se doze homens fermentaram a terra inteira, que maus somos nós que, apesar de sermos em número considerável, não conseguimos converter os que nos rodeiam, quando tal número deveria ser suficiente para ser fermento de milhares de mundos! – Mas estes doze, dizeis vós, eram os Apóstolos! – E depois? Não estavam nas mesmas condições que nós? Não habitavam também nas cidades? Não partilhavam também o nosso destino? Não exerciam também uma profissão? Seriam anjos descidos do céu? Dizeis que eles fizeram milagres? Mas não é por isso que os admiramos. Até quando falaremos dos seus milagres para esconder a nossa preguiça? [...] – Então de onde vem a grandeza dos Apóstolos? – Do seu desprezo pelas riquezas, de seu desdém pela glória. [...] É a maneira de viver que dá o verdadeiro brilho e que faz descer a graça do Espírito Santo.
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