A ordem dos Carmelitas tem como modelo o profeta Elias e caracteriza-se por uma profunda devoção a Maria. A Sagrada Escritura fala da beleza do Monte Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a fé do povo de Israel no Deus vivo e verdadeiro. Carmelo em hebraico significa "vinha do Senhor".Ali Elias enfrentou os profetas de Baal. Segundo o Livro das Instituições, Elias teve uma visão em que a Virgem lhe apareceu sob a figura de uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia ao Carmelo. Em 93, os monges construíram sobre o Monte Carmelo uma capela em honra à Virgem Maria. As gerações de monges sucederam-se através dos tempos. Em 1205, o patriarca de Jerusalém deu-lhes uma Regra baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa Senhora, na vida contemplativa e mística.Entretanto, ainda no século XIII, os muçulmanos invadiram a Terra Santa. Os eremitas do Monte Carmelo fugiram para a Europa. Nesta época, tinham como superior geral São Simão Stock. Enquanto rezava, pedindo a Nossa Senhora que fosse a protectora da Ordem dos Carmelitas, recebeu das mãos de Nossa Senhora do Carmo o escapulário: «Eis o privilégio que te dou à ti e a todos os filhos do Carmelo: "todo o que for revestido desse hábito será salvo".»
LEITURAS
Livro de Êxodo 12,37-42.Naqueles dias, os filhos de Israel partiram de Ramsés para Sucot:eram cerca de seiscentos mil pessoas que iam a pé, sem contar as crianças. Também uma turba numerosa partiu com eles, juntamente com ovelhas, bois e gado em grande quantidade. Eles cozeram a farinha amassada com que tinham saído do Egipto em bolos sem fermento, pois não tinha fermento. Tinham, na verdade, sido expulsos do Egipto, e não puderam demorar-se; nem sequer fizeram provisões para eles. A estadia dos filhos de Israel que residiram no Egipto foi de quatrocentos e trinta anos. No final dos quatrocentos e trinta anos, precisamente naquele dia, saíram todos os exércitos do Senhor da terra do Egipto. Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto. Esta noite do Senhor será de vigília para todos os filhos de Israel nas suas gerações.
Livro de Salmos 136(135),1.23-24.10-12.13-15.
Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno! Não se esqueceu de nós, na nossa humilhação, porque o seu amor é eterno! livrou-nos dos nossos opressores, porque o seu amor é eterno! Feriu os primogénitos dos egípcios, porque o seu amor é eterno! Tirou Israel do meio deles, porque o seu amor é eterno! Com a sua mão forte e o seu braço estendido, porque o seu amor é eterno! Dividiu ao meio o Mar dos Juncos, porque o seu amor é eterno! Fez passar Israel através dele, porque o seu amor é eterno! Afundou o Faraó e o seu exército, porque o seu amor é eterno!
Evangelho segundo S. Mateus 12,14-21.
Naquele tempo, os fariseus reuniram- conselho contra Jesus, a fim de O fazerem desaparecer. Quando soube disso, Jesus afastou-se dali. Muitos seguiram-no e Ele curou-os a todos, ordenando-lhes que o não dessem a conhecer. Assim se cumpriu o que fora anunciado pelo profeta Isaías: Aqui está o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se deleita. Derramarei sobre Ele o meu espírito, e Ele anunciará a minha vontade aos povos. Não discutirá nem bradará, e ninguém ouvirá nas praças a sua voz. Não há-de quebrar a cana fendida, nem apagar a mecha que fumega, até conduzir a minha vontade à vitória. E, no seu nome, hão-de esperar os povos!
Comentário ao Evangelho do dia feito por Filoxeno de Mabboug (?-c. 523), Bispo na Síria Homilia nº 5, Sobre a simplicidade, 137-139
«Não discutirá nem bradará»
Escuta o profeta a anunciar Nosso Senhor. Ele compara-O ao cordeiro, à ovelha, os mais inocentes animais: «Como um cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador» (Is 53,7). [...] Nosso Senhor não foi comparado a um leão quando foi conduzido à morte [...]. Como um cordeiro, uma ovelha, guardou silêncio quando foi conduzido à Paixão e à morte: «Como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador, não abriu a boca» na Sua humilhação.Confirmando a palavra da profecia com a Sua conduta, guardou silêncio quando O levaram, calou-Se quando O julgaram, não Se queixou quando O flagelaram, não discutiu quando O condenaram, não Se irritou quando O amarraram. Não murmurou quando Lhe deram bofetadas, não gritou quando O despojaram das Suas vestes, tal como uma ovelha durante a tosquia. Não os amaldiçoou quando Lhe deram o fel e o vinagre; não Se irritou com eles quando O cravaram no madeiro.
Fonte: Evangelho Quotidiano
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