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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

LITURGIA DO DIA - 03/09

Santo do dia

SÃO GREGÓRIO MAGNO, PAPA E DOUTOR. MEMÓRIA
Hoje a Igreja celebra : S. Gregório Magno, Papa, Doutor da Igreja, +604
Ofício da memória. Missa própria: Prefácio Comum ou dos Pastores.

1ª Carta aos Coríntios 3,1-9

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

1Irmãos, não pude falar-vos como a pessoas espirituais. Tive de vos falar como a pessoas carnais, como a crianças na vida em Cristo. 2Pude oferecer-vos somente leite, não alimento sólido, pois ainda não éreis capazes de tomá-lo. E nem atualmente sois capazes de receber alimento sólido, 3visto que ainda sois carnais. As rivalidades e rixas que existem aí, no meio de vós, acaso não mostram que sois carnais e que procedeis de acordo com os impulsos naturais?4Quando um declara: "Eu sou de Paulo", e outro: "Eu sou de Apolo", não estais procedendo como pessoas simplesmente naturais? 5Pois, que é Apolo? que é Paulo? Não passam de servidores, pelos quais chegastes à fé. E cada um deles exerce seu serviço segundo o dom recebido de Deus. 6Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é que fazia crescer. 7De modo que nem o que planta, nem o que rega são, propriamente, importantes. Quem é importante é aquele que faz crescer: Deus.8Aquele que planta e aquele que rega formam uma unidade, mas cada um receberá o seu próprio salário, proporcional ao seu trabalho. 9Com efeito, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois lavoura de Deus, construção de Deus.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 33(32),12-13.14-15.20-21

- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
- Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.
- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
- Ele contempla do lugar onde reside e vê a todos os que habitam sobre a terra. Ele formou o coração de cada um e por todos os seus atos se interessa.
- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
- No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.
- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas 4,38-44

Aclamação (Lc 4,18)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- O Espírito do Senhor repousa sobre mim/ e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Lc 4,38-44)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: "Tu és o Filho de Deus". Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias.42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de as deixar. 43Mas Jesus disse: "Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado". 44E pregava nas sinagogas da Judéia.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Numerosas curas de Jesus

Na linha narrativa do presente evangelho de S. Lucas, que segue aqui fielmente o de S. Marcos (1, 29), observamos nitidamente três partes: a cura da sogra de Pedro; cura de numerosos doentes; atividade missionária itinerante de Jesus.
Nas numerosas curas que esta passagem evangélica refere, realiza-se a missão messiânica de libertação confiada a Jesus, o ungido do Espírito, como pouco antes Ele mesmo expôs na sinagoga de Nazaré, depois de ter lido os rolos da passagem de Isaías.
Muitas são os Evangelhos que se referem a atos milagrosos de Jesus, como o da passagem de hoje. O gênero literário das narrações destes prodígios é popular e não científico, porque foi a tradição oral que surgiu da pregação e da catequese apostólica que os evangelistas depois recolheram, dando muita importância aos milagres. Por isso há passagens como: "profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo" (Lc. 24,19); "ungido por Deus com a força do Espírito Santo, passou fazendo o bem e curando os oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele"; "realizando por seu intermédio os milagres, sinais e prodígios que conheceis", proclama o apóstolo Pedro nos seus discursos do livro dos Atos (10, 38; 2, 22).
Realmente foram inúmeros os milagres operados por Jesus. Não contando com os freqüentes sumários ou resumos em que se incluem milagres sem especificar, registrados são 35, dos quais 30 se encontram nos três evangelhos sinóticos e cinco em S. João. Dos sinóticos, é S. Marcos quem dá maior realce aos milagres do Senhor, dos quais menciona 20. Sinóticos é a designação que se dá aos três primeiros evangelhos do Novo Testamento (Mateus, Marcos e Lucas), que apresentam grandes semelhanças quanto aos fatos narrados.
A maior parte dos milagres são curas de doentes e "endemoninhados". Há também três ressurreições de mortos: o filho da viúva de Naim, Lázaro e a filha de Jairo, assim como alguns prodígios sobre a natureza: tempestade acalmada, pesca extraordinária, água convertida em vinho, multiplicação dos pães etc.
Fazer milagres não foi exclusivo de Jesus, se bem que Ele os realizou com poder próprio - porque é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade encarnada - e não delegado. Também, os apóstolos realizaram prodígios nas missões que o Divino Mestre lhes confiou e depois do Pentecostes, segundo se lê nos Atos, em especial dos milagres de S. Pedro e S. Paulo. No Antigo Testamento, conhecem-se os milagres dos profetas Moisés, Elias e Eliseu.
Então, como interpretar os milagres de Jesus? Ao realizar Seus milagres, Cristo não se propunha a fazer alarde de Sua categoria divina, algo a que já se opõe nas tentações do deserto e em numerosas ocasiões em que se nega a capitalizar o êxito da popularidade que tais prodígios lhe granjeavam, como, por exemplo, em Nazaré.
Se bem que se podem ver os milagres como prova apologética da Divindade de Cristo ou como prova da Sua bondade e compaixão, devem-se ver sobretudo na perspectiva em que Ele mesmo o fez por diversas ocasiões, como na sinagoga de Nazaré e na sua resposta a S. João Batista, isto é, a partir da libertação integral do pecado que o reino de Deus, inaugurado por Jesus e presente na Sua Pessoa, traz ao homem decaído a quem Deus ama.
Segundo a definição escolástica, o milagre é um ato contra ou sobre a natureza, como quem viola uma lei natural. Entretanto, para a Bíblia, milagre é manifestação do poder salvador de Deus, porque Jesus estava ungido com a força do Espírito. E como tal mostrou-se senhor da natureza (milagres sobre os elementos), senhor da vida e superior ao pecado (curas), vencedor do diabo (cura de endemoninhados) e da morte (ressurreições, à imagem de Sua própria Ressurreição).
Mais, a história evangélica dos milagres está intimamente vinculada à fé dos agraciados por Cristo, e estimula-nos a crescer nessa virtude, que é condição prévia para ele os operar. Era a fé dos que Lhe suplicavam e confiavam no poder de um homem de Deus que suscitava a intervenção extraordinária da energia divina que residia na a Pessoa, palavra e gestos de Jesus de Nazaré. Também é certo que, num segundo momento, o milagre vinha confirmar e afiançar essa fé inicial, como anota o evangelista S. João, depois de relatar a conversão da água em vinho nas bodas de Caná: "Jesus manifestou a Sua glória e cresceu a fé dos Seus discípulos nEle" (2, 11).
A tal ponto a fé era pressuposto essencial e condição indispensável para os milagres, que onde Jesus não encontrava fé, como sucedeu com os seus conterrâneos de Nazaré, "não podia" fazer nenhum milagre (Mc. 6,5). Uma e outra vez, Cristo repete às pessoas agraciadas por Ele com um favor prodigioso: A tua fé te curou, a tua fé te salvou.
Fonte: Site dos Arautos do Evangelho

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