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sábado, 18 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 18/07

Santo do dia
Sábado da 15ª semana do Tempo Comum
LEITURAS

Livro de Êxodo 12,37-42.
Os filhos de Israel partiram de Ramessés para Sucot, cerca de seiscentos mil a pé, só os homens fortes, sem contar as crianças. Também uma turba numerosa partiu com eles, juntamente com ovelhas, bois e gado em grande quantidade. Eles cozeram a farinha amassada com que tinham saído do Egipto em bolos sem fermento, pois não tinha fermento. Tinham, na verdade, sido expulsos do Egipto, e não puderam demorar-se; nem sequer fizeram provisões para eles. A estadia dos filhos de Israel que residiram no Egipto foi de quatrocentos e trinta anos. No final dos quatrocentos e trinta anos, precisamente naquele dia, saíram todos os exércitos do Senhor da terra do Egipto. Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto. Esta noite do Senhor será de vigília para todos os filhos de Israel nas suas gerações.
Livro de Salmos 136,1.23-24.10-12.13-15.
Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno! Não se esqueceu de nós, na nossa humilhação, porque o seu amor é eterno! livrou-nos dos nossos opressores, porque o seu amor é eterno! Feriu os primogénitos dos egípcios, porque o seu amor é eterno! Tirou Israel do meio deles, porque o seu amor é eterno! Com a sua mão forte e o seu braço estendido, porque o seu amor é eterno! Dividiu ao meio o Mar dos Juncos, porque o seu amor é eterno! Fez passar Israel através dele, porque o seu amor é eterno! Afundou o Faraó e o seu exército, porque o seu amor é eterno!
Evangelho segundo S. Mateus 12,14-21.
Os fariseus, saindo dali, reuniram-se em conselho contra Jesus, a fim de o matarem. Quando soube disso, Jesus afastou-se dali. Muitos seguiram-no e Ele curou-os a todos, ordenando-lhes que o não dessem a conhecer. Assim se cumpriu o que fora anunciado pelo profeta Isaías: Aqui está o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se deleita. Derramarei sobre Ele o meu espírito, e Ele anunciará a minha vontade aos povos. Não discutirá nem bradará, e ninguém ouvirá nas praças a sua voz. Não há-de quebrar a cana fendida, nem apagar a mecha que fumega, até conduzir a minha vontade à vitória. E, no seu nome, hão-de esperar os povos!

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja Sermão 194; PL 38, 1016 (a partir da trad. do breviário)

«No seu nome, hão-de esperar os povos»

Quem, pois, de entre os homens, conhece todos os tesouros de sabedoria e da ciência ocultos em Cristo, escondidos na pobreza da Sua carne? Porque Ele, «sendo rico, fez-se pobre por nós, para nos enriquecer com a Sua pobreza» (2Cor 8, 9). Como vinha para assumir a condição mortal e vencer a própria morte, apresentou-Se na Sua condição de pobre; mas Ele, que nos prometeu tesouros distantes, na verdade não perdeu aqueles dos quais Se afastou: «como é grande, Senhor, a bondade que reservas para os que Te são fiéis! Tu a concedes, à vista de todos, àqueles que em Ti confiam» [Sl 31 (30), 20]. [...]Para que O pudéssemos compreender, Aquele que é igual ao Pai, pois tem a natureza de Deus, tornou-Se semelhante a nós, tomando a natureza de servo, e recriando-nos à semelhança de Deus. Tornando-Se filho de homem, o Filho único de Deus torna os homens filhos de Deus. E, depois de ter alimentado os servos com a Sua natureza visível de servo, tornou-nos livres para que pudéssemos contemplar a natureza de Deus. Porque «já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele porque O veremos tal como Ele é» (1Jo 3, 2). Com efeito, em que consistem os tesouros de sabedoria e de ciência, esses tesouros divinos? Só sabemos que nos satisfazem completamente. E esta super abundância da Sua bondade? Só sabemos que nos saciará.

Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 17 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 17/07

Santo do dia

Sexta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

LEITURAS
Livro de Êxodo 11,10.12,1-14.
Moisés e Aarão fizeram todos estes prodígios diante do faraó, mas o Senhor endureceu o coração do faraó, e ele não deixou partir os filhos de Israel da sua terra. O Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto: «Este mês será para vós o primeiro dos meses; ele será para vós o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a comunidade de Israel, dizendo que, aos dez deste mês, tomará cada um deles um animal do rebanho para a família, um animal do rebanho por casa. Se a família for pouco numerosa para um animal do rebanho, tomar-se-á com o vizinho mais próximo da casa, segundo o número das pessoas; calculareis o animal do rebanho conforme o que cada um puder comer. O animal do rebanho para vós será sem defeito, um macho, filho de um ano, e tomá-lo-eis de entre os cordeiros ou de entre os cabritos. Vós o tereis sob guarda até ao dia catorze deste mês, e toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao crepúsculo. Tomar-se-á do sangue e colocar-se-á sobre as duas ombreiras e sobre o dintel da porta das casas em que ele se comerá. Comer-se-á a carne naquela noite; comer-se-á assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas. Não a comereis nem crua nem cozida na água, mas assada no fogo, a cabeça com as patas e as entranhas. Não deixareis dela nada até pela manhã; e o que restar dela pela manhã, queimá-lo-eis no fogo. Comê-la-eis desta maneira: os rins cingidos, as sandálias nos pés, e o cajado na mão. Comê-la-eis à pressa. É a Páscoa em honra do Senhor. E Eu atravessarei a terra do Egipto naquela noite, e ferirei todos os primogénitos na terra do Egipto, desde os homens até aos animais, e contra todos os deuses do Egipto farei justiça, Eu, o Senhor. E o sangue será para vós um sinal nas casas em que vós estais. Eu verei o sangue e passarei ao largo; e não haverá contra vós nenhuma praga de extermínio, quando Eu ferir a terra do Egipto. Aquele dia será para vós um memorial, e vós festejá-lo-eis como uma festa em honra do Senhor. Ao longo das vossas gerações, a deveis festejar como uma lei perpétua.
Livro de Salmos 116(115),12-13.15-16.17-18.
Como retribuirei ao SENHOR todos os seus benefícios para comigo? Elevarei o cálice da salvação, invocando o nome do SENHOR. preciosa aos olhos do SENHOR a morte dos seus fiéis. SENHOR, sou teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias. Hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor, invocando, SENHOR, o teu nome. Cumprirei as minhas promessas feitas ao SENHOR na presença de todo o seu povo.
Evangelho segundo S. Mateus 12,1-8.
Em certa ocasião, Jesus passava, num dia de sábado, através das searas. Os seus discípulos, que tinham fome, começaram a arrancar espigas e a comê-las. Ao verem isso, os fariseus disseram-lhe: «Aí estão os teus discípulos a fazer o que não é permitido ao sábado!» Mas Ele respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando sentiu fome, ele e os que estavam com ele? Como entrou na casa de Deus e comeu os pães da oferenda, que não lhe era permitido comer, nem aos que estavam com ele, mas unicamente aos sacerdotes? E nunca lestes na Lei que, ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa? Ora, Eu digo vos que aqui está quem é maior que o templo. E, se compreendêsseis o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício, não teríeis condenado estes que não têm culpa. O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Orígenes (cerca 185-253), presbítero e teólogo Homilias sobre o livro dos Números, nº 23 (a partir da trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 2, p. 87)

«O Filho do homem é Senhor do sábado»

O sábado foi instituído como um dia sagrado; todos os santos e todos os justos deviam celebrar o sábado. [...] Vejamos então em que consiste para o cristão a observância do sábado: no dia de sábado, não se deve realizar nenhuma obra deste mundo; é necessário abster-se de todas as obras terrenas, não fazer nada que se relacione com este mundo, dedicar-se às obras espirituais, ir à igreja, estar atento à leitura da Escritura e às explicações que dela são dadas, pensar em coisas do céu, ocupar-se da esperança na vida futura, ter presente o julgamento que há-de vir, meditar, não nas realidades visíveis e presentes, mas nas realidades futuras e invisíveis.Os judeus também devem observar tudo isto. Em suas casas, os ferreiros, os pedreiros, todos os trabalhadores manuais ficam sem nada fazer no dia de sábado. Mas nesse dia, os leitores que proclamam a Sagrada Escritura, os doutores que explicam a Lei de Deus, não interrompem as suas funções, e no entanto não profanam o sábado. O meu Senhor o reconheceu: «Não lestes», disse-lhes Ele, «que ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa?» Portanto, é aquele que se abstém das obras deste mundo e se torna livre para as actividades espirituais, é esse que oferece o sacrifício do sábado e santifica o sábado como um dia de festa. [...]Durante o sábado, cada qual permanece na sua casa e não sai dela. Qual é pois esta casa da alma espiritual? Esta casa é a justiça, a verdade, a sabedoria, a santidade; tudo isso é Cristo, a casa da alma. Desta casa, não é necessário sair, quando se quer guardar o verdadeiro sábado e celebrar por sacrifícios este dia de festa, segundo as palavras do Senhor: «Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós» (Jo 15, 4).
Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 16 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 16/07






Santo do dia
Quinta-feira da 15ª semana do Tempo Comum
Nossa Senhora do Carmo
Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora do Carmo
LEITURAS

Livro de Êxodo 3,13-20.
Moisés disse a Deus: «Eis que eu vou ter com os filhos de Israel e lhes digo: ‘O Deus dos vossos pais enviou-me a vós’. Eles dir-me-ão: ‘Qual é o nome dele?’ Que lhes direi eu?» Deus disse a Moisés: «EU SOU AQUELE QUE SOU.» Ele disse: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘Eu sou’ enviou-me a vós!» Deus disse ainda a Moisés: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós: este é o meu nome para sempre, o meu memorial de geração em geração’. Vai, reúne os anciãos de Israel e diz-lhes: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, apareceu-me e disse: Observei-vos com atenção e vi o que vos tem sido feito no Egipto, e Eu disse para comigo: Far-vos-ei subir da opressão do Egipto para a terra do cananeu, do hitita, do amorreu, do perizeu, do heveu, do jebuseu, para a terra que mana leite e mel’. Eles escutarão a tua voz, e tu irás, tu e os anciãos de Israel, à presença do rei do Egipto, e dir-lhe-eis: ‘O Senhor, Deus dos hebreus, saiu ao nosso encontro; e agora permite-nos fazer uma peregrinação de três dias pelo deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor, nosso Deus.’ Eu bem sei que o rei do Egipto não vos deixará partir senão obrigado por mão forte. Estenderei então a minha mão e ferirei o Egipto com todas as maravilhas que farei no meio dele. Depois disso, deixar-vos-á partir.
Livro de Salmos 105,1.5.8-9.24-25.26-27.
Louvai o SENHOR, aclamai o seu nome, anunciai entre os povos as suas obras. Recordai as maravilhas que Ele fez, os seus prodígios e as sentenças da sua boca, Ele recordará sempre a sua aliança, a promessa que jurou manter por mil gerações, pacto que fez com Abraão e aquele juramento que fez a Isaac. Deus multiplicou grandemente o seu povo e tornou-o mais forte que os seus inimigos. Mudou-lhes o coração e eles odiaram o povo de Deus e trataram com perfídia os seus servos. Deus enviou então o seu servo Moisés e Aarão, seu escolhido, que realizaram maravilhas no meio deles e milagres no país de Cam.
Evangelho segundo S. Mateus 11,28-30.
«Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Doroteu de Gaza (c. 500-?), Monge na Palestina Instructions, I, 8 (a partir da trad. SC 92, p. 159)

«Vinde a Mim»

Que aquele que quer alcançar o verdadeiro descanso do espírito aprenda a ser humilde! Perceba que na humildade se encontra toda a alegria, toda a glória e todo descanso, tal como na soberba se encontra tudo o que lhes é contrário. Com efeito, porque chegámos nós a viver todas as nossas tribulações? Porque caímos em toda esta miséria? Não teria sido por causa da nossa soberba e da nossa loucura? Não teria sido por termos seguido as nossas más inclinações e por nos termos apegado à nossa amarga vontade? Mas porque o fizemos? Não foi o homem criado na plenitude do bem-estar, da alegria, da paz e da glória? Não estava no paraíso? Foi-lhe ordenado: «Não faças isso», mas ele fez. Vêem o orgulho, a arrogância, a insubmissão? «O homem é louco», diz Deus ao ver esta insolência, «não sabe ser feliz. Se não tiver de passar por dias difíceis perder-se-á completamente. Se não perceber o que é estar numa aflição nunca saberá o que é a paz». Então Deus deu-lhe o que merecia, expulsando-o do Paraíso. [...]No entanto, como refiro muitas vezes, a bondade de Deus não abandonou a Sua criatura. Antes de novo se virou para ela e voltou a chamá-la: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos». Como que dizendo: «Estais fatigados, estais infelizes, experimentastes o mal causado pela vossa desobediência. Vamos, convertei-vos finalmente; vamos, reconhecei a vossa impotência e a vossa vergonha, para regressardes ao vosso repouso e à vossa glória. Vamos, vivei pela humildade, vós que estáveis mortos pelo orgulho». «Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito».
Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 15 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 15/07

Santo do dia

Quarta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

LEITURAS

Livro de Êxodo 3,1-6.9-12.
Moisés estava a apascentar o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madian. Conduziu o rebanho para além do deserto, e chegou à montanha de Deus, ao Horeb. O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama de fogo, no meio da sarça. Ele olhou e viu, e eis que a sarça ardia no fogo mas não era devorada. Moisés disse: «Vou adentrar-me para ver esta grande visão: por que razão não se consome a sarça?» O Senhor viu que ele se adentrava para ver; e Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés! Moisés!» Ele disse: «Eis-me aqui!» Ele disse: «Não te aproximes daqui; tira as tuas sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa.» E continuou: «Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.» Moisés escondeu o seu rosto, porque tinha medo de olhar para Deus. E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi também a tirania que os egípcios exercem sobre eles. E agora, vai; Eu te envio ao faraó, e faz sair do Egipto o meu povo, os filhos de Israel.» Moisés disse a Deus: «Quem sou eu para ir ter com o faraó e fazer sair os filhos de Israel do Egipto?» Ele disse: «Eu estarei contigo. Este é para ti o sinal de que Eu te enviei: quando tiveres feito sair o povo do Egipto, servireis a Deus sobre esta montanha.»
Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.6-7.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e todo o meu ser louve o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades. Ele quem resgata a tua vida do túmulo e te enche de graça e de ternura. SENHOR defende, com justiça, o direito de todos os oprimidos. Revelou os seus caminhos a Moisés e as suas maravilhas aos filhos de Israel.
Evangelho segundo S. Mateus 11,25-27.
Naquela ocasião, Jesus tomou a palavra e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Vicente de Paula (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas Conversas espirituais, conferência de 21/03/1659 (Seuil, 1960, p. 587)

«O que escondeste aos sábios e entendidos, revelaste-o aos pequeninos»

A simplicidade é tão agradável a Deus! Sabeis que a Escritura diz que o Seu prazer é estar com os simples, os simples de coração, que vivem de boa fé e com simplicidade: «Reserva a sua intimidade para com os justos» (Pr 3, 32). Quereis encontrar a Deus? Falai com os simples. Ó meu Salvador! Ó meus irmãos que sentis o desejo de ser simples, que felicidade! Que felicidade! Coragem, uma vez que tendes a promessa de que o prazer de Deus é permanecer com os homens simples.Outra coisa que nos recomenda maravilhosamente a simplicidade, são estas palavras do nosso Senhor: «Bendigo-Te, ó Pai, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos.» Reconheço, meu Pai, e por isso Vos agradeço, que a doutrina que aprendi de Vossa divina Majestade e que difundo entre os homens é conhecida apenas dos simples, e que permitis que os entendidos do mundo não a entendam; a eles a escondestes, se não em palavras, pelo menos no espírito.Ó Salvador! Ó meu Deus! Isso deve amedrontar-nos. Corremos atrás da ciência como se dela dependesse a nossa felicidade. Mal de nós se a não temos! É necessário tê-la, mas apenas a essencial; é preciso estudar, mas sobriamente. Uns simulam conhecimento, fazendo-se passar exteriormente por gente de posição e de condição. A esses, aos sábios e entendidos do mundo, Deus tira o entendimento das verdades cristãs. A quem o dá então? Às gentes do povo, às pessoas de bem. [...] Senhores, a verdadeira religião está entre os pobres. Deus enche-os de uma fé viva; eles crêem, alcançam, experimentam as palavras de vida. [...] Normalmente, conservam a paz no meio das preocupações e dos sofrimentos. Por que razão? Devido à sua fé. Por quê? Porque são simples, Deus fez abundar neles as graças que recusa aos ricos e sábios do mundo.
Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 14 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - !4/07

Sato do dia

Terça-feira da 15ª semana do Tempo Comum

LEITURAS
Livro de Êxodo 2,1-15.
Um homem da casa de Levi tomou por esposa uma filha de Levi. A mulher concebeu e deu à luz um filho. Viu que era belo, e escondeu-o durante três meses. Não podendo mantê-lo escondido por mais tempo, arranjou-lhe uma cesta de papiro, calafetou-a com betume e pez, colocou nela o menino, e foi pô-la nos juncos da margem do rio. A irmã dele colocou-se a uma certa distância para saber o que lhe sucederia. Ora a filha do faraó desceu ao rio para tomar banho, enquanto as suas jovens acompanhantes caminhavam ao longo do rio. Viu a cesta no meio dos juncos e enviou a sua serva para a trazer. Abriu-a e viu a criança: era um menino que chorava. Compadeceu-se dele e disse: «Este é um dos filhos dos hebreus.» Então a irmã dele disse à filha do faraó: «Queres que te vá chamar uma ama entre as mulheres dos hebreus, para te amamentar o menino?» «Vai», disse-lhe a filha do faraó. E a jovem foi chamar a mãe do menino. A filha do faraó disse-lhe: «Leva este menino e amamenta-mo, e dar-te-ei o teu salário.» A mulher levou o menino e amamentou-o. O menino cresceu, e ela devolveu-o à filha do faraó. Foi para ela como um filho, e deu-lhe o nome de Moisés, dizendo: «Porque o tirei das águas.» Entretanto, Moisés cresceu, foi ao encontro dos seus irmãos e viu os seus carregamentos. Viu também um egípcio que açoitava um dos seus irmãos hebreus. Olhando para todos os lados e vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio e enterrou-o na areia. Saiu outra vez no dia seguinte e viu dois hebreus a brigar. Disse ao culpado: «Porque bates no teu companheiro?» Ao que ele replicou: «Quem te estabeleceu como chefe e juiz sobre nós? Acaso pensas matar-me como mataste o egípcio?» Moisés teve medo e disse para consigo: «Com certeza que o assunto já é conhecido.» O faraó ouviu falar deste assunto e procurou matar Moisés. Mas Moisés fugiu da presença do faraó, foi residir na terra de Madian e sentou-se junto do poço.
Livro de Salmos 69,3.14.30-31.33-34.
Estou a afundar me num lamaçal profundo, não tenho ponto de apoio; entrei no abismo de águas sem fundo e a correntMas eu dirijo a ti a minha oração, ó SENHOR, no tempo favorável; ó Deus, responde me, pelo teu grande amor, comoMas a mim, triste e aflito, que a tua salvação, ó Deus, me restabeleça.Louvarei, com cânticos, o nome de Deus; hei-de glorificá lo com acções de graças.Que os humildes vejam isto e se alegrem, e os que buscam a Deus se encham de coragem,porque o SENHOR escuta os necessitados e não despreza o seu povo cativo.
Evangelho segundo S. Mateus 11,20-24.
Jesus começou então a censurar as cidades onde tinha realizado a maior parte dos seus milagres, por não se terem convertido: «Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres realizados entre vós, tivessem sido feitos em Tiro e em Sídon, de há muito se teriam convertido, vestindo-se de saco e com cinza. Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sídon do que para vós. E tu, Cafarnaúm, julgas que serás exaltada até ao céu? Serás precipitada no abismo. Porque, se os milagres que em ti se realizaram tivessem sido feitos em Sodoma, ela ainda hoje existiria. Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para os de Sodoma do que para ti.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Paul VI, papa de 1963-1978 Constituição apostólica «Paenitemini» de 18/02/1966 (a partir da trad. Cd 1466, p. 386 rev.© copyright Libreria Editrice Vaticana)

Cristo chama-nos a todos à conversão

Cristo, que ao longo de toda a Sua vida fez sempre aquilo que ensinava, jejuou e rezou quarenta dias e quarenta noites antes de começar o Seu ministério. Inaugurou a sua missão pública com esta jubilosa mensagem: «O Reino de Deus está próximo», acrescentando imediatamente este mandamento: «Arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15). De certa maneira, é toda a vida cristã que se encontra resumida nestas palavras. Não se pode alcançar o Reino anunciado por Cristo a não ser pela «metanóia», ou seja, pela mudança e pela renovação íntima e total de todo o homem. [...] O convite do Filho de Deus à metanóia obriga-nos a isso, tanto mais que Ele não a pregou apenas, mas Se ofereceu a Si mesmo como exemplo. Com efeito, Cristo é o modelo supremo dos penitentes. Quis sofrer, não pelos Seus pecados, mas pelos dos outros.Com Cristo, o homem é iluminado com uma luz nova: reconhece a santidade de Deus e a gravidade do pecado. Pela palavra de Cristo, é-lhe transmitida a mensagem que convida à conversão e que concede o perdão dos pecados. Recebe em plenitude estes dons no baptismo, que o configura com a paixão, morte e ressurreição do Senhor. Toda a vida futura do baptizado é colocada sob o sinal deste mistério. Por conseguinte, todo o cristão deve seguir o Mestre renunciando a si próprio, levando a sua cruz e participando nos sofrimentos de Cristo. Assim, transfigurado na imagem da Sua morte, torna-se capaz de merecer a glória da ressurreição. Seguindo o Mestre, não poderá já viver para si próprio, mas para Quem o amou e se entregou por ele (Gal 2, 20), e tenderá também a viver para os seus irmãos, completando «na sua carne o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo Seu Corpo, que é a Igreja» (Col 1, 24).
Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 13 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - !3/07

Santo do dia
Segunda-feira da 15ª semana do Tempo Comum
LEITURAS

Livro de Êxodo 1,8-14.22.
Subiu então ao trono do Egipto um novo rei que não conhecera José. E ele disse ao seu povo: «Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e poderoso do que nós. Temos de proceder astuciosamente contra ele, a fim de impedirmos que se desenvolva ainda mais. Em caso de guerra, juntar-se-ia também aos nossos inimigos, lutaria contra nós, e sairia deste país.» Impuseram-lhe então chefes de trabalhos forçados para o oprimirem com carregamentos. E construiu para o faraó as cidades-armazém de Pitom e Ramessés. Todavia, quanto mais o oprimiam, mais ele se multiplicava e aumentava; e os egípcios estavam preocupados com os filhos de Israel, e reduziram-nos a uma dura servidão. Tornaram-lhes a vida amarga com uma pesada servidão: barro, tijolos, toda a espécie de trabalhos no campo, tudo uma dura servidão. o faraó ordenou a todo o seu povo: «Atirai ao rio os meninos recém-nascidos; as meninas, porém, deixai-as viver todas.»
Livro de Salmos 124(123),1-3.4-6.7-8.
Se o SENHOR não estivesse do nosso lado – que o diga Israel – se o Senhor não estivesse do nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, ter-nos-iam engolido vivos quando a sua fúria ardia contra nós. As águas ter-nos-iam submergido, a torrente teria passado sobre nós. Então, sim, teriam passado sobre nós as águas turbulentas! Bendito seja o SENHOR, que não nos entregou como presa nos seus dentes! nossa vida escapou como um pássaro do laço de caçadores; rompeu-se o laço e nós libertámo-nos. nosso auxílio está no nome do SENHOR, que fez o céu e a terra.
Evangelho segundo S. Mateus 10,34-42.11,1.
Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada. Porque vim separar o filho do seu pai, a filha da sua mãe e a nora da sua sogra; de tal modo que os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem amar o filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não tomar a sua cruz para me seguir, não é digno de mim. Aquele que conservar a vida para si, há-de perdê-la; aquele que perder a sua vida por causa de mim, há-de salvá-la.» «Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá recompensa de profeta; e quem recebe um justo, por ele ser justo, receberá recompensa de justo. E quem der de beber a um destes pequeninos, ainda que seja somente um copo de água fresca, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.» Quando Jesus acabou de dar estas instruções aos doze discípulos, partiu dali, a fim de ir ensinar e pregar nas suas cidades.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Patrício (c. 385 - c. 461), monge missionário, Bispo Confissão, 56-62 conclusão (a partir da trad. SC 249, pp.129ss. rev.)

«E quem der de beber a um destes pequeninos [...], por ser meu discípulo, [...] não perderá a sua recompensa.»

Vede: eu encomendo a minha alma ao Criador, que é fiel (1 Pe 4, 19), de Quem «eu sou embaixador» (Ef 6,20), apesar da minha baixeza; porque Ele não faz acepção de pessoas e escolheu-me para este serviço, para que seja Seu servo, a mim, um dos Seus «irmãos mais pequeninos» (Mt 25,40). «Como retribuirei ao Senhor todos os Seus benefícios para comigo?» (Sl 115,12). Mas que posso eu dizer ou prometer a meu Senhor, visto não ter mais capacidades para além das que Ele próprio me deu?Que, por vontade de Deus, nunca me aconteça perder o povo que Ele formou para si nos confins da terra! (Is 43,21) Peço a Deus que me dê a perseverança e a vontade de dEle dar sempre um testemunho fiel, até ao dia da minha partida. Se me acontecer realizar uma boa obra para o meu Deus, que tanto amo, peço-Lhe que me conceda derramar o meu sangue com os estrangeiros e cativos, em honra do Seu nome [...]. Tenho a certeza de que, se tal me acontecesse, ganharia como recompensa a minha alma com o meu corpo, pois nesse dia ressuscitaremos sem dúvida na claridade do sol, isto é, na glória de Cristo Jesus, nosso Redentor [...].Dirijo uma prece aos homens crentes e tementes a Deus que se dignarem acolher este escrito que Patrício, um tão ignorante pregador, compôs em terras da Irlanda: se alguma coisa fiz ou disse de acordo com a vontade de Deus, ninguém diga que foi este ignorante quem a fez, antes pensai – e tende-o mesmo por certo – que tal foi um verdadeiro dom de Deus. Esta é a minha confissão antes de morrer.
Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 12 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 12/07

Santo do dia
15º Domingo do Tempo Comum - Ano B
LEITURAS
Livro de Amós 7,12-15.
Amacias disse, então, a Amós: "Sai daqui, vidente, foge para a terra de Judá e come lá o teu pão, profetizando. Mas não continues a profetizar em Betel, porque aqui é o santuário do rei e o templo do reino." Amós respondeu a Amacias: "Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor e cultivava frutos de sicómoros. O SENHOR pegou em mim, quando eu andava atrás do meu rebanho, e disse-me: 'Vai, e profetiza ao meu povo de Israel'.
Livro de Salmos 85(84),9-10.11-12.13-14.
Prestarei atenção ao que diz o SENHOR Deus; Ele promete paz para o seu povo e para os seus amigos e para todos os que se voltam para Ele de coração.A salvação está perto dos que o temem e a sua glória habitará na nossa terra.O amor e a fidelidade vão encontrar-se. Vão beijar-se a justiça e a paz.Da terra vai brotar a verdade e a justiça descerá do céu.O próprio SENHOR nos dará os seus bens e a nossa terra produzirá os seus frutos.A justiça caminhará diante dele e a paz, no rasto dos seus passos.
Carta aos Efésios 1,3-14.
Bendito seja o Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que no alto do Céu nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. Foi assim que Ele nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor. Predestinou-nos para sermos adoptados como seus filhos por meio de Jesus Cristo, de acordo com o beneplácito da sua vontade, para que seja prestado louvor à glória da sua graça, que gratuitamente derramou sobre nós, no seu Filho bem amado. É em Cristo, pelo seu sangue, que temos a redenção, o perdão dos pecados, em virtude da riqueza da sua graça, que Ele abundantemente derramou sobre nós, com toda a sabedoria e inteligência. Manifestou-nos o mistério da sua vontade, e o plano generoso que tinha estabelecido, para conduzir os tempos à sua plenitude: submeter tudo a Cristo, reunindo nele o que há no céu e na terra. Foi também em Cristo que fomos escolhidos como sua herança, predestinados de acordo com o desígnio daquele que tudo opera, de acordo com a decisão da sua vontade, para que nos entreguemos ao louvor da sua glória, nós, que previamente pusemos a nossa esperança em Cristo. Foi nele, ainda, que vós ouvistes a palavra da verdade, o Evangelho que vos salva. Foi nele ainda que acreditastes e fostes marcados com o selo do Espírito Santo prometido, o qual é garantia da nossa herança, para que dela tomemos posse, na redenção, para louvor da sua glória.
Evangelho segundo S. Marcos 6,7-13.
Chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois e deu-lhes poder sobre os espíritos malignos. Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser um cajado: nem pão, nem alforge, nem dinheiro no cinto; que fossem calçados com sandálias e não levassem duas túnicas. E disse-lhes também: «Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos numa localidade, se os seus habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles.» Eles partiram e pregavam o arrependimento, expulsavam numerosos demónios, ungiam com óleo muitos doentes e curavam-nos.

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Gregório Magno (c. 540-604), papa e Doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho, 17,1-3; PL 76,1139 (a partir da trad. bréviaire)

«Pela primeira vez, Ele envia-os dois a dois»

O nosso Senhor e Salvador, caros irmãos, ensina-nos tanto pelas Suas palavras como pelas Suas acções. Em si mesmas, as Suas acções são ordens porque, quando Ele faz qualquer coisa sem dizer nada, mostra-nos como devemos agir. Eis que Ele envia os Seus discípulos a pregar dois a dois, porque os mandamentos da caridade são dois: o amor de Deus e do próximo. O Senhor envia os Seus discípulos a pregar dois a dois para nos sugerir, sem o dizer, que aquele que não tem caridade para com outrem não deve de modo nenhum dedicar-se ao ministério da pregação.Diz-se, e muito bem, que «Ele os enviou dois a dois à Sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir» (Lc 10, 1). Com efeito, o Senhor vem após os Seus pregadores, porque a pregação é um preliminar; o Senhor vem habitar a nossa alma depois de as palavras de exortação terem vindo e terem feito acolher a verdade na alma. É por isso que Isaías dizia aos pregadores: «Preparai o caminho do Senhor, aplainai uma estrada para o nosso Deus» (40, 3). E o autor dos salmos também lhes diz: «Abri caminho Ao que cavalga ao pôr-do-sol» (Sl 67, 5 Vulg). O Senhor cavalga ao pôr-do-sol porque, tendo adormecido pela Sua Paixão, manifestou-Se com maior glória na Sua Ressurreição. Ele cavalgou ao pôr-do-sol porque, ao ressuscitar, esmagou aos Seus pés a morte que sofrera. Nós abrimos caminho Àquele que cavalga ao pôr-do-sol quando pregamos a Sua glória às vossas almas para que, ao chegar em seguida, Ele as ilumine pela presença do Seu amor.
Fonte: Evangelho Quotidiano