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sábado, 17 de abril de 2010

LITURGIA DO DIA _ 17/04

Santo do dia
Sábado da 2ª semana da Páscoa

LEITURAS
Livro dos Actos dos Apóstolos 6,1-7.
Por esses dias, como o número de discípulos ia aumentando, houve queixas dos helenistas contra os hebreus, porque as suas viúvas eram esquecidas no serviço diário. Os Doze convocaram, então, a assembleia dos discípulos e disseram: «Não convém deixarmos a palavra de Deus, para servirmos às mesas. Irmãos, é melhor procurardes entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria; confiar-lhes-emos essa tarefa. Quanto a nós, entregar-nos-emos assiduamente à oração e ao serviço da Palavra.» A proposta agradou a toda a assembleia e escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócuro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Foram apresentados aos Apóstolos que, depois de orarem, lhes impuseram as mãos. A palavra de Deus ia-se espalhando cada vez mais; o número dos discípulos aumentava consideravelmente em Jerusalém, e grande número de sacerdotes obedeciam à Fé.
Livro de Salmos 33(32),1-2.4-5.18-19.
Exultai, ó justos, no SENHOR; louvai o, rectos de coração.Louvai o SENHOR com a cítara; cantai lhe salmos com a harpa de dez cordas.As palavras do SENHOR são verdadeiras, as suas obras nascem da fidelidade. Ele ama a rectidão e a justiça; a terra está cheia da sua bondade.Os olhos do SENHOR velam pelos seus fiéis, por aqueles que esperam na sua bondade,para os libertar da morte e os manter vivos no tempo da fome.
Evangelho segundo S. João 6,16-21.
Ao cair da tarde, os seus discípulos desceram até ao lago e, subindo para um barco, foram atravessando o lago em direcção a Cafarnaúm. Já tinha escurecido e Jesus ainda não fora ter com eles. Soprando uma forte ventania, o lago começou a agitar-se. Depois de terem remado mais ou menos uma légua, avistaram Jesus que se aproximava do barco, caminhando sobre o lago, e tiveram medo. Mas Ele disse-lhes: «Sou Eu, não tenhais medo!» Quiseram recebê-lo logo no barco, e o barco chegou imediatamente à terra para onde iam.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja Sermão 50, 1.2.3; PL 52, 339-340 (a partir da trad. De Bouchet, Lectionnaire, p. 324 rev.)
«E o barco chegou imediatamente à terra para onde iam»

Cristo sobe a um barco: não foi Ele quem descobriu o leito do mar depois de ter afastado as águas, para que o povo de Israel passasse a pé enxuto como num vale? (Ex 14, 29) Não foi Ele quem acalmou as ondas do mar sob os pés de Pedro, de forma a que a água fosse para os seus passos um caminho sólido e seguro? (Mt 14, 29).Ele sobe para o barco. Para atravessar o mar deste mundo até ao fim dos tempos, Cristo sobe para o barco da Sua Igreja para conduzir numa travessia pacífica, até à pátria do céu, aqueles que crêem n'Ele, e fazer cidadãos do Reino aqueles com quem comunga na Sua humanidade. Cristo não precisa certamente do barco, mas o barco precisa de Cristo. De facto, sem este piloto vindo do céu, o barco da Igreja, agitado pelas ondas, nunca chegaria ao porto.

Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 16 de abril de 2010

LITURGIA DO DIA - 16/04

Santo do dia

Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa


LEITURAS
Livro dos Actos dos Apóstolos 5,34-42.
Ergueu-se, então, um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor da Lei, respeitado por todo o povo. Mandou sair os acusados por alguns momentos e, tomando a palavra, disse: «Homens de Israel, tende cuidado com o que ides fazer a esses homens! Nos últimos tempos, apareceu Teudas, que se dizia alguém e ao qual seguiram cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários foram destroçados e reduzidos a nada. Depois dele, apareceu também Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e arrastou o povo atrás dele. Morreu, igualmente, e todos os seus adeptos foram dispersos. E, agora, digo-vos: não vos metais com esses homens, deixai-os. Se o seu empreendimento é dos homens, esta obra acabará por si própria; mas, se vem de Deus, não conseguireis destruí-los, sem correrdes o risco de entrardes em guerra contra Deus.» Concordaram, então, com as suas palavras. Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar, proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos. Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria, por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa-Nova de Jesus, o Messias.
Livro de Salmos 27,1.4.13-14.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte da minha vida: quem me assustará?Uma só coisa peço ao SENHOR e ardentemente a desejo: é habitar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para saborear o seu encanto e ficar em vigília no seu templo.Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos vivos.Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!
Evangelho segundo S. João 6,1-15.
Depois disto, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de Tiberíades. Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos. Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?» Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe: «Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.» Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram. Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos, então, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer. Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!» Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Comentário ao Evangelho do dia feito por João Paulo II, Papa entre 1978 e 2005 Carta apostólica «Mane nobiscum domine», §§ 15-16 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os»

Não há dúvida de que a dimensão mais saliente da Eucaristia é a de banquete. A Eucaristia nasceu, na noite de Quinta-feira Santa, no contexto da ceia pascal. Traz, por conseguinte, inscrito na sua estrutura, o sentido da comensalidade: «Tomai, comei [...]. Tomou, em seguida, um cálice e [...] entregou-lho dizendo: Bebei dele todos» (Mt 26, 26.27). Este aspecto exprime bem a relação de comunhão que Deus quer estabelecer connosco e que nós mesmos devemos fazer crescer uns com os outros.Todavia, não se pode esquecer que o banquete eucarístico tem também um sentido primária e profundamente sacrificial. Nele, Cristo torna presente para nós o sacrifício realizado de uma vez por todas no Gólgota. Embora aí presente como ressuscitado, Ele traz os sinais da Sua paixão, da qual cada Santa Missa é «memorial», como a liturgia nos recorda com a aclamação depois da consagração: «Anunciamos, Senhor, a Vossa morte, proclamamos a Vossa ressurreição». Ao mesmo tempo que actualiza o passado, a Eucaristia projecta-nos para o futuro da última vinda de Cristo, no final da história. Este aspecto escatológico dá ao sacramento eucarístico um dinamismo cativante, que imprime ao caminho cristão o passo da esperança.Todas estas dimensões da Eucaristia se encontram num aspecto que, mais do que qualquer outro, põe à prova a nossa fé: é o mistério da presença «real». Com toda a tradição da Igreja, acreditamos que, sob as espécies eucarísticas, está realmente presente Jesus. Uma presença — como eficazmente explicou o Papa Paulo VI — que se diz «real», não por exclusão, como se as outras formas de presença não fossem reais, mas por antonomásia, enquanto por ela Se torna substancialmente presente Cristo completo, na realidade do Seu corpo e do Seu sangue. Por isso, a fé pede-nos para estarmos diante da Eucaristia com a consciência de que estamos na presença do próprio Cristo. É precisamente a Sua presença que dá às outras dimensões — de banquete, memorial da Páscoa, antecipação escatológica — um significado que ultrapassa, e muito, o de puro simbolismo. A Eucaristia é mistério de presença, mediante o qual se realiza, de modo excelso, a promessa que Jesus fez de ficar connosco até ao fim do mundo (Mt 28, 20).

Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 15 de abril de 2010

LITURGIA DO DIA - 15/04

Santo do dia

Quinta-feira da 2ª semana da Páscoa
LEITURAS

Livro dos Actos dos Apóstolos 5,27-33.
Trouxeram-nos, pois, e levaram-nos à presença do Sinédrio. O Sumo Sacerdote, interrogando-os, disse: «Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem.» Mas Pedro e os Apóstolos responderam: «Importa mais obedecer a Deus do que aos homens. O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o num madeiro. Foi a Ele que Deus elevou, com a sua direita, como Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados. E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.» Enraivecidos com tal linguagem, pensaram a sério em matá-los.
Livro de Salmos 34,2.9.17-18.19-20.
Em todo o tempo, bendirei o SENHOR; o seu louvor estará sempre nos meus lábios.Saboreai e vede como o SENHOR é bom; feliz o homem que nele confia!A ira do SENHOR volta se contra os malfeitores, para apagar da terra a sua memória.Os justos clamaram e o SENHOR atendeu os e livrou os das suas angústias.O SENHOR está perto dos corações contritos e salva os espíritos abatidos.Muitas são as tribulações do justo, mas o SENHOR o livra de todas elas.
Evangelho segundo S. João 3,31-36.
Aquele que vem do Alto está acima de tudo. Quem é da terra à terra pertence e fala da terra. Aquele que vem do Céu está acima de tudo e dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. Quem aceita o seu testemunho reconhece que Deus é verdadeiro; pois aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e tudo põe na sua mão. Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Africa do Norte) e Doutor da Igreja Confissões XI, 2, 3

«Aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida»

Ó Senhor meu Deus, luz dos cegos e força dos fracos, mas também luz dos que vêem e força dos fortes, escuta a a minha alma; ouve-la gritar o fundo do abismo (Sl 192, 1)? Pois se Tu não nos escutares, mesmo no fundo do abismo, aonde iremos? A quem dirigiremos os nossos apelos?«Teu é o dia, Tua é também a noite» (Sl 73, 16). A um sinal Teu, todos os instantes desaparecem. Dá aos nossos pensamentos o tempo de que precisam para investigarem os recessos profundos da Tua lei e não feches a porta àqueles que batem (Mt 7, 7). Com razão quiseste que se escrevessem tantas páginas cheias de sombras e de mistérios, belas florestas onde os veados se refugiam e restauram as forças, onde passeiam e pastam, onde se deitam e ruminam. Ó Senhor, conduz-me ao termo e revela-me os seus segredos.A Tua palavra é toda a minha alegria, a Tua palavra é mais doce que uma torrente de volúpias. Concede-me que Te ame, porque amo e este amor é um dom Teu. Não abandones os Teus dons, não desdenhes deste talo de erva sedento. Que eu proclame tudo quanto descobrir nos Teus livros; faz-me «ouvir a voz dos Teus louvores» (Sl 25, 7). Possa eu beber da Tua palavra e considerar as maravilhas da Tua lei (Sl 118, 18), desde o instante em que criaste o céu e a terra até ao momento em que partilhe Contigo o reino eterno na cidade santa.
Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 14 de abril de 2010

LITURGIA DO DIA - 14/04

Santo do dia
Quarta-feira da 2ª semana da Páscoa
LEITURAS
Livro dos Actos dos Apóstolos 5,17-26.
Surgiu, então, o Sumo Sacerdote com todos os seus sequazes, isto é, o partido dos saduceus; encheram-se de inveja e deitaram as mãos aos Apóstolos, metendo-os na prisão pública. Mas, durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, depois de os ter conduzido para fora, disse-lhes: «Ide para o templo e anunciai ao povo a Palavra da Vida.» Obedientes a essas ordens, entraram no templo de manhã cedo e começaram a ensinar. Entretanto, chegou o Sumo Sacerdote com os seus sequazes; convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos filhos de Israel e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia. Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão e voltaram, declarando: «Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta, mas, depois de a abrirmos, não encontrámos ninguém no interior.» Esta notícia pôs os sumos sacerdotes e o comandante do templo numa grande perplexidade acerca dos Apóstolos, e perguntavam a si próprios o que poderia significar tudo aquilo. Veio, então, alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na prisão estão agora no templo a ensinar o povo.» O comandante do templo dirigiu-se imediatamente para lá com os guardas e trouxe os Apóstolos, mas não à força, pois receavam ser apedrejados pelo povo.
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
Em todo o tempo, bendirei o SENHOR; o seu louvor estará sempre nos meus lábios.A minha alma gloria se no SENHOR! Que os humildes saibam e se alegrem.Enaltecei comigo o SENHOR; exaltemos juntos o seu nome.Procurei o SENHOR e Ele respondeu me, livrou me de todos os meus temores.Aqueles que o contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido.Quando um pobre invoca o SENHOR, Ele atende o e liberta o das suas angústias.O anjo do SENHOR protege os que o temem e livra os do perigo.Saboreai e vede como o SENHOR é bom; feliz o homem que nele confia!
Evangelho segundo S. João 3,16-21.
Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus. E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más. De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Gregório Nazianzo (330-390), bispo e Doutor da Igreja Hino 32; PG 37, 511-512

Vir à luz

Nós Te bem dizemos, Pai da Luz,
Cristo, Verbo de Deus, Esplendor do Pai,
Luz da Luz, e fonte de Luz,
Espírito de fogo, sopro do Filho e do Pai
Trindade Santa, Luz indivisa,
Tu dissipaste as trevas para criar
Um mundo luminoso, de ordem e beleza,
Feito à Tua semelhança.
De razão e de sabedoria iluminaste o homem,
Iluminaste-o com o selo da Tua Imagem,
De modo que, na Tua luz, veja a luz (Sl 36,10),
E todo ele se torne luz.
Fizeste brilhar no céu inúmeras estrelas,
Ordenaste ao dia e à noite
que se entendessem e partilhassem o tempo
Alternadamente, pacificamente.
A noite põe termo ao trabalho do corpo cansado,
O dia chama às obras que Te agradam,
Ensina-nos a fugir das trevas, a apressar-nos
Para esse dia que não terá ocaso.
Fonte: Evangelho Qotidiano

terça-feira, 13 de abril de 2010

LITURGIA DO DIA - 13/04

Santo do dia

Terça-feira da 2ª semana da Páscoa

LEITURAS
Livro dos Actos dos Apóstolos 4,32-37.
A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma. Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum. Com grande poder, os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e uma grande graça operava em todos eles. Entre eles não havia ninguém necessitado, pois todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o produto da venda e depositavam-no aos pés dos Apóstolos. Distribuía-se, então, a cada um conforme a necessidade que tivesse. Assim, um levita cipriota, de nome José, a quem os Apóstolos chamaram Barnabé, isto é, «filho da consolação», possuía uma terra; vendeu-a e trouxe a importância, que depositou aos pés dos Apóstolos.
Livro de Salmos 93(92),1-2.5.
O SENHOR é rei, vestido de majestade; revestido e cingido de poder está o SENHOR. Firmou o universo, que não vacilará.O teu trono, SENHOR, está firme desde sempre; e Tu existes desde a eternidade.São dignos de fé os teus testemunhos, a tua casa está adornada de santidade por todo o sempre, ó SENHOR!
Evangelho segundo S. João 3,7-15.
Não te admires por Eu te ter dito: 'Vós tendes de nascer do Alto.' O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.» Nicodemos interveio e disse-lhe: «Como pode ser isso?» Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo: nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei das coisas da terra e não credes, como é que haveis de crer quando vos falar das coisas do Céu? Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa Poesia Pentecostes 1942 (a partir da trad. Malgré la nuit, Ad solem 2002, p. 121)
o sabes de onde vem nem para onde vai»

Quem és, suave luz que me sacias
E que iluminas as trevas do meu coração?
Guias-me como a mão de uma mãe,
e se me soltasses
não mais poderia dar um só passo.
És o espaço
que envolve o meu ser e me protege.
Longe de Ti, naufragaria no abismo do nada
de onde me tiraste para me criar para a luz.
Tu, mais próximo de mim do que eu própria,
mais intimo do que as profundezas da minha alma,
e contudo incompreensível e inefável,
para além de qualquer nome,
Espírito Santo, Amor Eterno!
Não és Tu o doce maná
que do coração do Filho
transborda para o meu,
o alimento dos anjos e dos bem-aventurados?
Aquele que Se elevou da morte
à vida também me despertou
do sono da morte para uma vida nova.
E, dia após dia, continua
a dar-me uma nova vida,
de que um dia a plenitude
me inundará por completo,
vida procedente
da Tua vida, sim,
Tu mesmo,
Espírito Santo,
Vida Eterna!

Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 12 de abril de 2010

LITURGIA DO DIA 12/04

Santo do dia

Segunda-feira da 2ª semana da Páscoa

LEITURAS
Livro dos Actos dos Apóstolos 4,23-31.
Logo que foram postos em liberdade, foram ter com os seus e contaram-lhes tudo quanto os sumos sacerdotes e os anciãos lhes tinham dito. Depois de tudo terem ouvido, ergueram a voz a Deus, numa só alma, e disseram: «Senhor, Tu é que fizeste o Céu, a Terra, o mar e tudo o que neles se encontra. Tu disseste pelo Espírito Santo e pela boca do nosso pai David, teu servo: ‘Porque bramiram as nações e os povos formaram vãos projectos? Levantaram-se os reis da Terra e os chefes coligaram-se contra o Senhor e contra o seu Ungido.’ Sim, realmente, Herodes e Pôncio Pilatos coligaram-se nesta cidade com as nações e os povos de Israel, contra o teu Santo Servo Jesus, a quem ungiste, para levarem a cabo tudo quanto determinaste antecipadamente, pelo teu poder e sabedoria. Agora, Senhor, tem em conta as suas ameaças e concede aos teus servos poderem anunciar a tua palavra com todo o desassombro, estendendo a tua mão para se operarem curas, milagres e prodígios, em nome do teu Santo Servo Jesus.» Tinham acabado de orar, quando o lugar em que se encontravam reunidos estremeceu, e todos ficaram cheios do Espírito Santo, começando a anunciar a palavra de Deus com desassombro.
Livro de Salmos 2,1-3.4-6.7-9.
Porque se amotinam as nações e os povos fazem planos insensatos?Revoltam se os reis da terra e os príncipes conspiram juntos contra o SENHOR e contra o seu ungido:"Quebremos as algemas e atiremos para longe de nós o seu jugo!"Aquele que habita nos céus sorri; o Senhor escarnece deles.Depois, atemoriza os com a sua ira e com a sua cólera confunde os:"Fui Eu que consagrei o meu rei sobre o meu monte santo de Sião!"Vou anunciar o decreto do SENHOR. Ele disse me: "Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.Pede me e Eu te darei povos como herança e os confins da terra por domínio.Hás-de governá los com ceptro de ferro e destruí-los como um vaso de barro."

Evangelho segundo S. João 3,1-8.

Entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, um chefe dos judeus. Veio ter com Jesus de noite e disse-lhe: «Rabi, nós sabemos que Tu vieste da parte de Deus, como Mestre, porque ninguém pode realizar os sinais portentosos que Tu fazes, se Deus não estiver com ele.» Em resposta, Jesus declarou-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer do Alto não pode ver o Reino de Deus.» Perguntou-lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez, e nascer?» Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é espírito. Não te admires por Eu te ter dito: 'Vós tendes de nascer do Alto.' O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), presbítero e mártir Homilia para a Festa da Epifania, sobre a «Sagrada Teofania»; PG 10, 854-862 (a partir da trad. Orval)

Renascer pela água e o Espírito Santo

Prestai-me atenção, peço-vos. Desejo remontar à fonte da vida e trazer à luz a fonte dos remédios. O Pai da imortalidade enviou ao mundo o Seu Filho imortal, o Seu Verbo. Este veio ao homem para o lavar na água e no Espírito, engendrou-o de novo para a incorruptibilidade da alma e do corpo, infundindo em nós o Espírito de vida e cobrindo-nos por completo com uma armadura imperecível. Assim, pois, se o homem foi mortal, também será divinizado; e, se foi divinizado pela água e o Espírito Santo, após o renascimento na água, será também herdeiro do céu depois da ressurreição dos mortos.Acorrei, todas as nações, à imortalidade do baptismo. [...] Esta é a água que participa do Espírito, que rega o paraíso, que dessedenta a terra, que faz crescer as plantas, que gera o seres vivos, em suma, que gera o homem para a vida fazendo-o renascer. Foi nela que Cristo foi baptizado, foi sobre ela que desceu o Espírito Santo sob a forma de pomba. [...]Aquele que entra com fé no banho da regeneração rejeita a veste da escravatura e reveste-se da adopção. Este sai do baptismo brilhante como o sol, radiante de justiça. Mais ainda, sai dele filho de Deus e co-herdeiro de Cristo, a Quem são devidos a glória e o poder, bem como ao Espírito Santo, bom e vivificante, agora e por todos os séculos. Amem.

Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 11 de abril de 2010

LITURGIA DO DIA 11-04

Santo do dia

2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) - Ano C

Segundo Domingo do Tempo Pascal, Domingo da Misericórdia (semana II do saltério)

A liturgia deste Domingo põe em relevo o papel da comunidade cristã como espaço privilegiado de encontro com Jesus ressuscitado.O Evangelho sublinha a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta dele que a comunidade se estrutura e é dele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho), que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.A segunda leitura insiste no motivo da centralidade de Jesus como referência fundamental da comunidade cristã: apresenta-o a caminhar lado a lado com a sua Igreja nos caminhos da história e sugere que é nele que a comunidade encontra a força para caminhar e para vencer as forças que se opõe à vida nova de Deus.A primeira leitura sugere que a comunidade cristã continua no mundo a missão salvadora e libertadora de Jesus; e, quando ela é capaz de o fazer, está a dar testemunho desse Cristo vivo que continua a apresentar uma proposta de redenção para os homens.

Hoje a Igreja celebra : Santo Estanislau, bispo, mártir, +1097, Nossa Senhora dos Prazeres, Beata Elena Guerra, virgem, +1914

LEITURAS

Livro dos Actos dos Apóstolos 5,12-16.

Entretanto, pela intervenção dos Apóstolos, faziam-se muitos milagres e prodígios no meio do povo. Reuniam-se todos no Pórtico de Salomão e, dos restantes, ninguém se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo não cessava de os enaltecer. Sempre em maior número, juntavam-se, em massa, homens e mulheres, acreditando no Senhor, a tal ponto que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em enxergas e catres, a fim de que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles. A multidão vinha também das cidades próximas de Jerusalém, transportando enfermos e atormentados por espíritos malignos, e todos eram curados.

Livro de Salmos 118(117),2-4.22-24.25-27.

Diga a casa de Israel: «O seu amor é eterno.» Diga a casa de Aarão: «O seu amor é eterno.» Digam os que crêem no SENHOR: «O seu amor é eterno.» pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular. Isto foi obra do SENHOR e é um prodígio aos nossos olhos. Este é o dia da vitória do SENHOR: cantemos e alegremo-nos nele! SENHOR, salva-nos! SENHOR, dá-nos a vitória! Bendito o que vem em nome do SENHOR! Da casa do SENHOR nós vos abençoamos. SENHOR é Deus; Ele tem-nos iluminado! Entrançai as ramagens de festa até às hastes do altar.

Livro do Apocalipse 1,9-11.12-13.17-19.

Eu, João, que sou vosso irmão e companheiro na perseguição, no Reino e na constância cristã, encontrava-me na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor, o Espírito arrebatou-me e ouvi atrás de mim uma voz potente como de trombeta, que dizia: «O que vais ver, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas: à de Éfeso, de Esmirna, de Pérgamo, de Tiatira, de Sardes, de Filadélfia e de Laodiceia.» Voltei-me para ver de quem era a voz que me falava. E, ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro; no meio dos candelabros, vi alguém com aparência humana; estava vestido de uma túnica comprida até aos pés e cingido com um cinto de ouro em torno do peito; Ao vê-lo, caí como morto, a seus pés. Mas Ele colocou a mão direita sobre mim, dizendo: «Não tenhas medo!Eu sou o Primeiro e o Último; aquele que vive. Estive morto; mas, como vês, estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da Morte e do Abismo! Escreve, pois, as coisas que vês, as que estão a acontecer e as que vão acontecer, depois destas.

Evangelho segundo S. João 20,19-31.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.» Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.» Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio. Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.» Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!» Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto». Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Gregório de Narek (c. 944-c. 1010), monge e poeta arménio Livro das orações, nº 33 (a partir da trad. SC 78, p. 206)

«Recebei o Espírito Santo»

Omnipotente, Benfeitor, Amigo dos homens, Deus de todos,Criador dos seres visíveis e invisíveis,Tu que salvas e fortaleces,Tu que curas e pacificas,Espírito poderoso do Pai [...],Tu participas no mesmo trono e na mesma glória,e na acção criadora do Pai [...].Por meio de Ti nos foi reveladaa trindade das Pessoas, na unidade da natureza da Divindade;e Tu és uma destas Pessoas,Tu, o Incompreensível. [...]Moisés Te proclamou Espírito de Deus (Gn 1, 2): a Ti, que planavas sobre as águas,com protecção envolvente, temível e cheia de solicitude;Tu abriste as asas como sinal de auxílio compadecido aos recém-nascidos,revelando-nos assim o mistério da fonte baptismal. [...]Tu criaste, ó Omnipotente, enquanto Senhor,todas as naturezas de tudo quanto existe,todos os seres a partir do nada.Por Ti se renovam pela ressurreiçãotodos os seres por Ti criados,nesse momento que é o último dia da vida nesta terrae o primeiro dia da vida na Terra dos Vivos.Aquele que tem a mesma natureza que Tu,Aquele que é consubstancial ao Pai, o Filho Unigénito,obedeceu-Te, na nossa natureza, como a Seu Pai,unindo a Sua vontade à Tua.Ele Te anunciou como Deus verdadeiro,igual e consubstancial a Seu Pai omnipotente [...]e calou aqueles que a Ti resistiam,esses que combatiam Deus (cf Mt 12, 28),perdoando embora àqueles que se Lhe opunham.Ele é o Justo e o Imaculado, o Salvador de todos,que foi entregue por causa dos nossos pecados,e que ressuscitou para nossa justificação (Rom 4, 25).A Ele a glória por Ti,e a Ti o louvor pelo Pai omnipotente,pelos séculos dos séculos,Ámen.

Fonte: Evangelho Quotidiano