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sábado, 24 de outubro de 2009

LITURGIA DO DIA - 24/10

Santo do dia

Sábado da 29ª semana do Tempo
Comum

S. António Maria Claret

Hoje a Igreja celebra : Santo António Maria Claret, bispo, fundador, +1870

LEITURAS

Carta aos Romanos 8,1-11.

Portanto, agora não há mais condenação alguma para os que estão em Cristo Jesus. É que a lei do Espírito que dá a vida libertou-te, em Cristo Jesus, da lei do pecado e da morte. De facto, Deus fez o que era impossível à Lei, por estar sujeita à fraqueza da carne: ao enviar o seu próprio Filho, em carne idêntica à do pecado e como sacrifício de expiação pelo pecado, condenou o pecado na carne, para que assim a justiça exigida pela Lei possa ser plenamente cumprida em nós, que já não procedemos de acordo com a carne, mas com o Espírito. Os que vivem de acordo com a carne aspiram às coisas da carne; mas os que vivem de acordo com o Espírito aspiram às coisas do Espírito. De facto, a carne aspira ao que conduz à morte; mas o Espírito aspira ao que dá vida e paz. É que a carne aspira à inimizade com Deus, uma vez que não se submete à lei de Deus; aliás nem sequer é capaz disso. Os que vivem sob o domínio da carne são incapazes de agradar a Deus. Ora vós não estais sob o domínio da carne, mas sob o domínio do Espírito, pressupondo que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse não lhe pertence. Se Cristo está em vós, o vosso corpo está morto por causa do pecado, mas o Espírito é a vossa vida por causa da justiça. E se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Cristo de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, por meio do seu Espírito que habita em vós.

Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4.5-6.

Ao SENHOR pertence a terra e o que nela existe, o mundo inteiro e os que nele habitam;pois Ele a fundou sobre os mares e a consolidou sobre os abismos.Quem poderá subir à montanha do SENHOR e apresentar-se no seu santuário?O que tem as mãos inocentes e o coração limpo, o que não ergue o espírito para as coisas vãs, nem jura pelo que é falso.Este há-de receber a bênção do SENHOR e a recompensa de Deus, seu salvador.Esta é a geração dos que o procuram, dos que buscam a face do Deus de Jacob.

Evangelho segundo S. Lucas 13,1-9.

Nessa ocasião, apareceram alguns a falar-lhe dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam. Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente. E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.» Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou. Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?' Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume. Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Didaqué (entre 60-120), catequese judaico-cristã §§ 1-6 (a partir da trad. de coll. Icthus, t. 1, pp. 112ss.)

«Escolhe a vida» (Dt 30, 19)

Há dois caminhos: um de vida e outro de morte, mas há uma grande diferença entre os dois. Ora o caminho da vida é o seguinte: primeiro que tudo, amarás a Deus que te criou; em segundo lugar, amarás o teu próximo como a ti mesmo e aquilo que não queres que ele te faça não o faças tu a outrem. Eis o ensinamento contido nestas palavras: Bendizei aqueles que vos maldizem, rezai pelos vossos inimigos, jejuai pelos que vos perseguem. Com efeito, que mérito tendes em amar os que vos amam? Não o fazem também os pagãos? Quanto a vós, amai os que vos odeiam e não tereis inimigos. Abstende-vos dos desejos carnais e corporais. [...]Segundo mandamento da doutrina: não matarás, não cometerás adultério, não seduzirás rapazes, não cometerás fornicação, nem roubo, nem magia, nem envenenamento; não matarás nenhuma criança, por aborto ou depois do nascimento; não desejarás os bens do teu próximo. Não cometerás perjúrio, não levantarás falsos testemunhos, não terás intenções de maledicência e não guardarás rancor. Não terás duas maneiras de pensar nem duas palavras: porque a duplicidade de linguagem é uma armadilha de morte. A tua palavra não será mentirosa nem vã, mas plena de sentido. Não serás avarento, nem ganancioso, nem hipócrita, nem maldoso, nem orgulhoso; não terás má vontade com o teu próximo. Não deves odiar ninguém: deves corrigir uns e rezar por eles e amar os outros mais do que a própria vida.Meu filho, foge de tudo o que é mal e de tudo o que te parece mal. [...] Vigia para que ninguém te desvie da doutrina, porque esse estará a guiar-te para longe de Deus. Se puderes suportar todo o jugo do Senhor, serás perfeito; se não, faz ao menos o que te for possível. (Referências bíblicas: Mt 22, 37ss.; 7, 12; Tb 4, 15; Mt 5, 44ss.; 1Pe 2, 11; Ex 20; Mt 24, 4)

Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

LITURGIA DO DIA - 23/10

Santo do dia

Sexta-feira da 29ª semana do Tempo Comum


LEITURAS

Carta aos Romanos 7,18-25.
Sim, eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita coisa boa; pois o querer está ao meu alcance, mas realizar o bem, isso não. É que não é o bem que eu quero que faço, mas o mal que eu não quero, isso é que pratico. Ora, se o que eu não quero é que faço, então já não sou eu que o realizo, mas o pecado que habita em mim. Deparo, pois, com esta lei: em mim, que quero fazer o bem, só o mal está ao meu alcance. Sim, eu sinto gosto pela lei de Deus, enquanto homem interior. Mas noto que há outra lei nos meus membros a lutar contra a lei da minha razão e a reter-me prisioneiro na lei do pecado que está nos meus membros. Que homem miserável sou eu! Quem me há-de libertar deste corpo que pertence à morte? Graças a Deus, por Jesus Cristo, Senhor nosso! Concluindo: eu sou o mesmo que, com o espírito, sirvo a lei de Deus e, com a carne, a lei do pecado.
Livro de Salmos 119,66.68.76.77.93.94.
Dá-me sabedoria e conhecimento, pois confio nos teus mandamentos. Tu és bom e generoso; ensina-me as tuas leis. Que a tua bondade me sirva de conforto, conforme o que prometeste ao teu servo. Mostra-me a tua misericórdia e viverei, porque a tua lei faz as minhas delícias. Jamais esquecerei os teus preceitos, pois é por eles que me dás a vida. Eu sou teu: salva-me, pois sempre tenho seguido os teus preceitos!
Evangelho segundo S. Lucas 12,54-59.
Dizia também às multidões: «Quando vedes uma nuvem levantar-se do poente, dizeis logo: 'Vem lá a chuva'; e assim sucede. E quando sopra o vento sul, dizeis: 'Vai haver muito calor'; e assim acontece. Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu; como é que não sabeis reconhecer o tempo presente?» «Porque não julgais por vós mesmos, o que é justo? Por isso, quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura resolver o assunto no caminho, não vá ele entregar-te ao juiz, o juiz entregar-te ao oficial de justiça e o oficial de justiça meter-te na prisão. Digo-te que não sairás de lá, antes de pagares até ao último centavo.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI Encíclica «Caritas in Veritate», nº 7 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

Reconhecer hoje os bens eternos

Ao lado do bem individual, existe um bem ligado à vida social das pessoas: o bem comum. É o bem daquele «nós-todos» formado por indivíduos, famílias e grupos intermédios, que se unem em comunidade social. Não é um bem procurado por si mesmo, mas para as pessoas que fazem parte da comunidade social. [...] Querer o bem comum e trabalhar por ele é exigência de justiça e de caridade. [...]Todo o cristão é chamado a esta caridade, conforme a sua vocação e segundo as possibilidades que tem de incidência na polis. Este é o caminho institucional - podemos mesmo dizer político - da caridade, não menos qualificado e incisivo do que o é a caridade que vai directamente ao encontro do próximo, fora das mediações institucionais da polis. Quando o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente secular e político. Aquele, como todo o empenho pela justiça, inscreve-se no testemunho da caridade divina que, agindo no tempo, prepara o eterno. A acção do homem sobre a terra, quando é inspirada e sustentada pela caridade, contribui para a edificação daquela cidade universal de Deus que é a meta para onde caminha a história da família humana. Numa sociedade em vias de globalização, o bem comum e o empenho em seu favor não podem deixar de assumir as dimensões da família humana inteira, ou seja, da comunidade dos povos e das nações, para dar forma de unidade e paz à cidade do homem e torná-la em certa medida antecipação que prefigura a cidade de Deus sem fronteiras.

Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

LITURGIA DO DIA - 22/10

Santo do dia

Quinta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Hoje a Igreja celebra : São Martinho de Dume, bispo, +579

LEITURAS

Carta aos Romanos 6,19-23.

Estou a falar em termos humanos, devido à fraqueza da vossa carne. Do mesmo modo que entregastes os vossos membros, como escravos, à impureza e à desordem, para viverdes na desordem, entregai agora também os vossos membros como escravos à justiça, para viverdes em santidade. Quando éreis escravos do pecado, éreis livres no que toca à justiça. Afinal, que frutos produzíeis então? Coisas de que agora vos envergonhais, porque o resultado disso era a morte. Mas agora, que estais libertos do pecado e vos tornastes servos de Deus, produzis frutos que levam à santificação, e o resultado é a vida eterna. É que o salário do pecado é a morte; ao passo que o dom gratuito que vem de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, Senhor nosso.

Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6.

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos;antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR e nela medita dia e noite.É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva.O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.

Evangelho segundo S. Lucas 12,49-53.

"Eu vim lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que ele já se tivesse ateado! Tenho de receber um baptismo, e que angústias as minhas até que ele se realize! Julgais que Eu vim estabelecer a paz na Terra? Não, Eu vo-lo digo, mas antes a divisão. Porque, daqui por diante, estarão cinco divididos numa só casa: três contra dois e dois contra três; vão dividir-se: o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja Comentário ao evangelho de Lucas, 7, 134 (a partir da trad. cf. SC 52, pp. 55ss.)

«Todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos ou terras por causa do Meu nome, receberá cem vezes mais» (Mt 19, 29)

«Julgais que Eu vim estabelecer a paz na terra? Não, Eu vo-lo digo, mas antes a divisão. Porque, daqui por diante, estarão cinco divididos numa só casa: três contra dois, e dois contra três». Em quase todas as passagens do Evangelho o sentido espiritual joga um papel importante; mas nesta passagem sobretudo, para não ser rejeitada pela dureza de uma interpretação simplista, é preciso procurar na trama do sentido a profundidade espiritual. [...] Como é que Ele próprio disse: «Dou-vos a Minha paz, deixo-vos a Minha paz» (Jo 14, 27), se veio separar os pais dos filhos, os filhos dos pais, rompendo os laços que os unem? Como pode ser chamado «maldito o que trata com desprezo seu pai ou sua mãe» (Dt 27, 16), e fervoroso o que o abandona? Se compreendermos que a religião vem em primeiro lugar e a piedade filial em segundo, compreenderemos que esta questão se esclarece; com efeito, é preciso fazer passar o humano depois do divino. Porque, se temos deveres para com os pais, quanto mais para com o Pai dos pais, a quem devemos estar reconhecidos pelos nossos pais? [...] Ele não diz, portanto, que é preciso renunciar aos que amamos, mas que há que preferir Deus a todos. Aliás, encontramos noutro livro: «Quem amar pai ou mãe mais do que a Mim não é digno de Mim» (Mt 10, 37). Não te é interdito amares os teus pais, mas preferi-los a Deus. Porque as relações naturais são benefícios do Senhor, e ninguém deve amar os benefícios recebidos mais do que a Deus, que preserva os benefícios que dá.

Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

LITURGIA DO DIA - 21/10

Santo do dia
Quarta-feira da 29ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
Carta aos Romanos 6,12-18.
Portanto, que o pecado não reine mais no vosso corpo mortal, de tal modo que obedeçais às suas paixões. Não entregueis os vossos membros, como armas da injustiça, ao serviço do pecado. Pelo contrário, entregai-vos a Deus, como vivos de entre os mortos, e entregai os vossos membros, como armas da justiça, ao serviço de Deus. Pois o pecado não terá mais domínio sobre vós, uma vez que não estais sob a Lei, mas sob a graça. Libertos do pecado Então? Vamos pecar, porque não estamos sob a Lei, mas sob a graça? De modo nenhum! Não sabeis que, se vos entregais a alguém, obedecendo-lhe como escravos, sois escravos daquele a quem obedeceis, quer seja do pecado que leva à morte, quer da obediência que leva à justiça? Demos graças a Deus: éreis escravos do pecado, mas obedecestes de coração ao ensino que vos foi transmitido como norma de vida. E libertos do pecado, tornastes-vos escravos da justiça.
Livro de Salmos 124(123),1-3.4-6.7-8.
Se o SENHOR não estivesse do nosso lado – que o diga Israel – se o Senhor não estivesse do nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, ter-nos-iam engolido vivos quando a sua fúria ardia contra nós. As águas ter-nos-iam submergido, a torrente teria passado sobre nós. Então, sim, teriam passado sobre nós as águas turbulentas! Bendito seja o SENHOR, que não nos entregou como presa nos seus dentes! nossa vida escapou como um pássaro do laço de caçadores; rompeu-se o laço e nós libertámo-nos. nosso auxílio está no nome do SENHOR, que fez o céu e a terra.
Evangelho segundo S. Lucas 12,39-48.
Ficai a sabê-lo bem: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não teria deixado arrombar a sua casa. Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.» Pedro disse-lhe: «Senhor, é para nós que dizes essa parábola, ou é para todos igualmente?» O Senhor respondeu: «Quem será, pois, o administrador fiel e prudente a quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim. Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens. Mas, se aquele administrador disser consigo mesmo: 'O meu senhor tarda em vir' e começar a espancar servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo chegará no dia em que ele menos espera e a uma hora que ele não sabe; então, pô-lo-á de parte, fazendo o partilhar da sorte dos infiéis. O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou e não agiu conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoites. Aquele, porém, que, sem a conhecer, fez coisas dignas de açoites, apenas receberá alguns. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito será pedido.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Fulgêncio de Ruspe (467-532), bispo na África do Norte Sermão 1; CCL 91A, 889 (a partir da trad. de Orval)

«Servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus» (1Cor 4, 1)

Para bem precisar o papel dos servos que colocou à frente do Seu povo, o Senhor diz estas palavras que o Evangelho narra: «Quem será, pois, o administrador fiel e prudente a quem o senhor pôs à frente do seu pessoal para lhe dar, a seu tempo, a ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, quando vier, encontrar procedendo assim». Quem é este mestre, irmãos? Sem dúvida alguma é Cristo, que disse aos discípulos: «Vós chamais-me 'o Mestre' e 'o Senhor', e dizeis bem, porque o sou» (Jo 13, 13). E quem é o pessoal da casa de tal mestre? É evidentemente esse que o próprio Senhor resgatou das mãos do inimigo, e tornou Seu. Esse pessoal é a Igreja santa e universal que com maravilhosa fecundidade se propaga por todo o mundo e se glorifica por ter sido resgatada pelo preço do sangue do Senhor [...].Mas quem é o administrador fiel e prudente? O apóstolo Paulo no-lo mostra, ao falar de si próprio e dos seus companheiros nestes termos: «Considerem-nos, pois, servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Ora, o que se requer dos administradores é que se sejam fiéis» (1Cor 4, 1-2). E para que ninguém de entre nós pense que apenas os apóstolos se tornaram administradores, e para que nenhum servo, preguiçoso e infiel, abandone o combate espiritual ou se ponha a dormir, o santo apóstolo refere-se claramente aos próprios bispos como administradores: «É preciso que o bispo, como administrador de Deus, seja irrepreensível», diz-nos (Tit 1, 7). Somos, pois, os servos do Pai de família, os administradores do Senhor, e d'Ele recebemos a ração de trigo que distribuiremos por vós.
Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 20 de outubro de 2009

LITURGIA DO DIA - 20/10

Santo do dia
Terça-feira da 29 semana do Tempo Comum
LEITURAS
Carta aos Romanos 5,12.15.17-19.20-21.
Por isso, tal como por um só homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte atingiu todos os homens, uma vez que todos pecaram... Com efeito, o que se passa com o dom gratuito não é o mesmo que se passa com a falta. Se pela falta de um só todos morreram, com muito mais razão a graça de Deus, aquela graça oferecida por meio de um só homem, Jesus Cristo, foi a todos concedida em abundância. De facto, se pela falta de um só e por meio de um só reinou a morte, com muito mais razão, por meio de um só, Jesus Cristo, hão-de reinar na vida aqueles que recebem em abundância a graça e o dom da justiça. Portanto, como pela falta de um só veio a condenação para todos os homens, assim também pela obra de justiça de um só veio para todos os homens a justificação que dá a vida. De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão-de tornar justos. A lei interveio para aumentar a falta, mas, onde aumentou o pecado, superabundou a graça. E deste modo, tal como o pecado reinou pela morte, assim também a graça reina pela justiça até à vida eterna, por Jesus Cristo, Senhor nosso.
Livro de Salmos 40(39),7-10.17.
Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas abriste me os ouvidos para escutar; não pediste holocaustos nem vítimas.Então eu disse: "Aqui estou! No Livro da Lei está escrito aquilo que devo fazer."Esse é o meu desejo, ó meu Deus; a tua lei está dentro do meu coração.Anunciei a tua justiça na grande assembleia; Tu bem sabes, SENHOR, que não fechei os meus lábios.Mas alegrem se e exultem em ti todos os que te procuram. Digam sem cessar os que desejam a tua salvação: "O SENHOR é grande!"
Evangelho segundo S. Lucas 12,35-38.
«Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor ao voltar da boda, para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater. Felizes aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes! Em verdade vos digo: Vai cingir-se, mandará que se ponham à mesa e há-de servi-los. E, se vier pela meia-noite ou de madrugada, e assim os encontrar, felizes serão eles.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja 12º Sermão sobre Salmo 118; CSEL 62, 258 (a partir da trad. Solesmes, Lectionnaire, t. 3, p. 1033 rev.)

«Para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater»

O Verbo sacode o preguiçoso e desperta o dorminhoco. Com efeito, Aquele que vem bater à porta quer sempre entrar. Mas depende apenas de nós que entre ou não, que Se demore ou não. Que a tua porta esteja aberta Àquele que vem; abre a tua alma, alarga as capacidades do teu espírito, a fim de descobrires a riqueza da simplicidade, o tesouro da paz, a doçura da graça. Dilate-se o teu coração; corre ao encontro do sol da luz eterna que «ilumina todo o homem» (Jo 1, 9). É certo que esta luz verdadeira brilha para todos; mas se alguém fecha as suas janelas, privar-se-á da luz eterna.Por conseguinte, até Cristo permanece de fora, se fechares a porta da tua alma. Certamente que poderia entrar, mas não quer introduzir-Se à força, não quer forçar quem O recusa. Nascido da Virgem, saído do seu seio, irradia todo o universo, a fim de resplandecer para todos. Os que desejam receber a luz que brilha com um esplendor perpétuo acolhem-No; nenhuma noite virá impedi-Lo. Com efeito, o sol que vemos cada dia cede o lugar às trevas da noite; mas o Sol da justiça (Mal 3, 20) não conhece ocaso, porque a Sabedoria não é vencida pelo mal.
Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

LITURGIA DO DIA - 1910

Santo do dia

Segunda-feira da 29ª semana do Tempo Comum


LEITURAS

Carta aos Romanos 4,20-25.

Diante da promessa de Deus, não duvidou por falta de fé. Pelo contrário, tornou-se mais forte na fé e deu glória a Deus, plenamente convencido de que Ele tinha poder para realizar o que tinha prometido. Esta foi exactamente a razão pela qual isso lhe foi atribuído à conta de justiça. Não é só por causa dele que está escrito foi-lhe atribuído, mas também por causa de nós, a quem a fé será tida em conta, nós que acreditamos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, Senhor nosso, entregue por causa das nossas faltas e ressuscitado para nossa justificação.

Evangelho segundo S. Lucas 1,69-70.71-72.73-75.
E nos deu um Salvador poderoso na casa de David, seu servo, conforme prometeu pela boca dos seus santos, os profetas dos tempos antigos; para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam, para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais, recordando a sua sagrada aliança; e o juramento que fizera a Abraão, nosso pai, que nos havia de conceder esta graça: de o servirmos um dia, sem temor, livres das mãos dos nossos inimigos, em santidade e justiça, na sua presença, todos os dias da nossa vida.
Evangelho segundo S. Lucas 12,13-21.
Dentre a multidão, alguém lhe disse: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.» Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?» E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.» Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita. E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?' Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens. Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.' Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?' Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia, na Capadócia, Doutor da Igreja Homília 6, sobre a riqueza; PG 31, 261ss. (a partir da trad. Luc comentado, DDB 1987, p. 110 rev.)

«Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?»

«Que hei-de fazer?» Há uma resposta imediata: «Satisfarei as almas dos esfomeados; abrirei os meus celeiros e convidarei todos os que passam necessidades. [...] Farei ouvir uma palavra generosa: vós, a quem falta o pão, vinde a mim; tomai a vossa parte, de acordo com as vossas necessidades, dos dons concedidos por Deus que jorram como que de uma fonte pública.» Mas tu, homem rico, insensato, estás bem longe disso! Por que razão? Ciumento de veres os outros gozarem de riquezas, entregas-te a cálculos miseráveis, não te preocupas em distribuir a cada um o indispensável, mas em tudo amealhar, privando os outros dos benefícios de que poderiam usufruir. [...]E vós, meus irmãos, estai atentos para não conhecerdes o mesmo destino que este homem! Se a Escritura nos oferece este exemplo, é para que evitemos comportar-nos do mesmo modo. Imitai a terra: como ela, dai frutos, e não vos mostreis piores que ela, que no entanto é desprovida de alma. A terra dá as suas colheitas não para o seu próprio gozo, mas para te servir. Assim, todo o fruto da benevolência que revelares, recebê-lo-ás de volta, dado que as graças que fazem nascer as boas obras voltam aos que as dispensam. Alimentaste o que tinha fome, e o que deste mantém-se contigo, e vem mesmo um suplemento. Como o grão de trigo caído na terra aproveita ao que o semeou, o pão dado ao que tem fome far-te-á receber mais tarde benefícios superabundantes. Que a finalidade da tua lavoura seja para ti o início da sementeira no céu.

Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 18 de outubro de 2009

LITURGIA DO DIA - 18/10

Santo do dia

29º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Vigésimo Nono Domingo do Tempo Comum (semana I do saltério)

Hoje a Igreja celebra : São Lucas, Evangelista

LEITURAS

Livro de Isaías 53,10-11.

Mas aprouve ao SENHOR esmagá-lo com sofrimento, para que a sua vida fosse um sacrifício de reparação. Terá uma posteridade duradoura e viverá longos dias, e o desígnio do SENHOR realizar-se-á por meio dele. Por causa dos trabalhos da sua vida verá a luz. O meu servo ficará satisfeito com a experiência que teve. Ele, o justo, justificará a muitos, porque carregou com o crime deles.

Livro de Salmos 33(32),4-5.18-19.20.22.

As palavras do SENHOR são verdadeiras, as suas obras nascem da fidelidade.Ele ama a rectidão e a justiça; a terra está cheia da sua bondade.Os olhos do SENHOR velam pelos seus fiéis, por aqueles que esperam na sua bondade,para os libertar da morte e os manter vivos no tempo da fome.A nossa alma espera no SENHOR; Ele é o nosso amparo e o nosso escudo.Venha sobre nós, SENHOR, o teu amor, pois depositamos em ti a nossa confiança.

Carta aos Hebreus 4,14-16.

Uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, conservemos firme a fé que professamos. De facto, não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós, excepto no pecado. Aproximemo-nos, então, com grande confiança, do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e encontrar graça para uma ajuda oportuna.

Evangelho segundo S. Marcos 10,35-45.

Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: «Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos.» Disse-lhes: «Que quereis que vos faça?» Eles disseram: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda.» Jesus respondeu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?» Eles disseram: «Podemos, sim.» Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu bebo e sereis baptizados com o baptismo com que Eu sou baptizado; mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado.» Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos. Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, Doutor da Igreja Conferência sobre o Credo, 6 (a partir da trad. do breviário francês)

«Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo»

Que necessidade havia de que o Filho de Deus sofresse por nós? Uma grande necessidade, que podemos resumir em dois pontos: necessidade de remediar os nossos pecados e necessidade de dar o exemplo para a nossa conduta. [...] A Paixão de Cristo dá-nos um modelo válido para toda a vida. [...] Se procuras um exemplo de caridade: «Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15, 13). [...] Se buscas paciência, é na cruz que a encontramos no grau máximo: [...] Na cruz Cristo sofreu grandes tormentos com paciência porque «ao ser insultado [...] não ameaçava» (1Pe 2, 23), «não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro» (Is 53,7). [...] «Corramos com perseverança a prova que nos é proposta, tendo os olhos postos em Jesus, autor e consumador da fé. Ele, renunciando à alegria que lhe fora proposta, sofreu a cruz, desprezando a ignomínia» (Heb 12, 1-2).Se procuras um exemplo de humildade, olha para o Crucificado. Porque Deus quis ser julgado por Pôncio Pilatos e morrer. [...] Se procuras um exemplo de obediência, basta que sigas Aquele que se fez obediente ao Pai «até à morte» (Fil 2, 8). «De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão-de tornar justos» (Rom 5, 19). Se buscas um exemplo de desapego dos bens terrenos, simplesmente segue Aquele que é o «Rei dos reis e Senhor dos senhores», «em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (1Tim 6, 15; Col 2, 3); Ele está nu na cruz, tornado motivo de escárnio, coberto de escarros, maltratado, coroado de espinhos e, por fim, dessedentado com fel vinagre.

Fonte: Evangelho Quotidiano