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sexta-feira, 29 de abril de 2011

LITURGIA DO DIA - 29/04



6ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA


Festa da Igreja : 6ª feira na oitava de Páscoa, Jesus Cristo, Bom Pastor, 6ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)


Sexta-feira na Oitava da Páscoa


O Ressuscitado vai ao encontro dos discípulos usando os caminhos que eles mesmos conhecem. Hoje o evangelho fala-nos de uma pesca milagrosa, memória daquela em que, no início da sua vida pública, Jesus tinha prometido que os apóstolos seriam "pescadores de homens".Se estivermos atentos ao pequenos sinais, também nós reconheceremos o Senhor.




LEITURAS


Livro dos Actos dos Apóstolos 4,1-12.


Estando eles a falar ao povo, surgiram os sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus, irritados por vê-los a ensinar o povo e a anunciar, na pessoa de Jesus, a ressurreição dos mortos. Deitaram-lhes as mãos e prenderam-nos até ao dia seguinte, pois já era tarde. No entanto, muitos dos que tinham ouvido a Palavra abraçaram a fé, e o número dos crentes elevou-se a cerca de cinco mil. No dia seguinte, os chefes dos judeus, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém com o Sumo Sacerdote Anás, e ainda Caifás, João, Alexandre e todos os membros das famílias dos sumos sacerdotes. Mandaram comparecer os Apóstolos diante deles e perguntaram-lhes: «Com que poder ou em nome de quem fizestes isso?» Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos, já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e sobre o modo como ele foi curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se apresenta curado diante de vós. Ele é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se transformou em pedra angular. E não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome, dado aos homens, que nos possa salvar.»


Livro de Salmos 118(117),1-2.4.22-24.25-27a.


Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno. Diga a casa de Israel: «O seu amor é eterno.» Digam os que crêem no SENHOR: «O seu amor é eterno.» pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular. Isto foi obra do SENHOR e é um prodígio aos nossos olhos. Este é o dia da vitória do SENHOR: cantemos e alegremo-nos nele! SENHOR, salva-nos! SENHOR, dá-nos a vitória! Bendito o que vem em nome do SENHOR! Da casa do SENHOR nós vos abençoamos. SENHOR é Deus; Ele tem-nos iluminado! Entrançai as ramagens de festa até às hastes do altar.


Evangelho segundo S. João 21,1-14.


Algum tempo depois, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo: estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.» Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar. Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água. Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros. Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.» Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Pedro Crisólogo (406?-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja Sermão 78, PL 52, 420 e na


«Jesus apresentou-Se na margem» margem»


Depois da Sua Paixão, cujo tumulto surpreendeu a terra, assustou o céu, assombrou os séculos e desolou os infernos, o Senhor veio até à beira-mar e reparou que os discípulos erravam nas águas em plena noite, sujeitos a uma obscura ondulação. O sol ainda vinha longe e nem a luz da lua, nem o céu estrelado conseguiam acalmar a angústia duma noite assim. Diz o Evangelho que «ao romper do dia, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele». A Criação inteira fugira ao ultraje infligido ao seu Criador, a terra assistira ao tremor das suas fundações e à sua falência, o sol desaparecera para não ter de olhar, o dia retirara-se para não ter de assistir e, apesar da sua dureza, as rochas fenderam-se. O inferno vê o seu próprio Juiz chegar às suas entranhas e, vencido, solta os seus cativos com um grito de dor (Mt 27,45-52).O mundo inteiro fora lançado na confusão e nem sequer duvidara que, com a morte do Criador, fora mergulhado de novo nas trevas primordiais e no antigo caos (Gn 1,2). Mas de repente, na luz da Sua Ressurreição, o Senhor resgata o dia e devolve ao mundo o seu aspecto de sempre. Vem para fazer ressurgir com Ele, na Sua glória, todos os que andavam abatidos de tristeza: «Ao romper do dia, Jesus apresentou-Se na margem». Em primeiro lugar, vem reconduzir a Sua Igreja à segurança da fé, já que encontrou os Seus discípulos privados dela e despojados das suas forças. Estavam lá Pedro, que O negou, Tomé, que não acreditou, João, que fugiu, e por isso não lhes fala como a valentes soldados, mas como a crianças assustadas: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?». Deste modo os discípulos serão chamados à graça pela Sua humanidade, à confiança pelo pão, e à fé pelo sustento. Com efeito, só acreditariam na Ressurreição do Seu corpo se O vissem ceder às vicissitudes da existência e comer. Por isso pede comida Aquele que é a abundância de todos os bens, e come Ele próprio do pão porque tem fome não de alimento, mas do amor dos Seus: ««Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-Lhe: «Não»». E o que podiam eles ter, uma vez que já não tinham consigo a Cristo – embora Ele estivesse ali, no meio deles – e não viam o Senhor, se bem que O tivessem diante dos olhos? «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar».

Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 28 de abril de 2011

LITURGIA DO DIA - 28/04

5ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA


Festa da Igreja : 5ª feira na Oitava de Páscoa, Nossa Senhora, Mãe do Divino Pastor, 5ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)




5ª feira na oitava da Páscoa


Cristo ressuscitou verdadeiramente e quer que os discipulos tenham disso plena consciência. Só assim eles serão testemunhas fidedignas da redenção que o sacrifício do Filho de Deus nos trouxe.Para a missão, ele dá-lhes o Espírito Santo com todos os seus dons mas, particularmente, com o dom da Paz.


LEITURAS


Livro dos Actos dos Apóstolos 3,11-26.


E, como ele não deixasse Pedro e João, todo o povo, cheio de assombro, se juntou a eles sob o chamado pórtico de Salomão. Ao ver isto, Pedro dirigiu a palavra ao povo: «Homens de Israel, porque vos admirais com isto? Porque nos olhais, como se tivéssemos feito andar este homem por nosso próprio poder ou piedade,? O Deus de Abraão, de Isaac e Jacob, o Deus dos nossos pais, glorificou o seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a libertá-lo. Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino. Destes a morte ao Príncipe da Vida, mas Deus ressuscitou-o dos mortos, e disso nós somos testemunhas. Pela fé no seu nome, este homem, que vedes e conheceis, recobrou as forças. Foi a fé que dele nos vem que curou completamente este homem na vossa presença. Agora, irmãos, sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes. Dessa forma, Deus cumpriu o que antecipadamente anunciara pela boca de todos os profetas: que o seu Messias havia de padecer. Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam apagados; e, assim, o Senhor vos conceda os tempos de conforto, quando Ele enviar aquele que vos foi destinado, o Messias Jesus, que deve permanecer no Céu até ao momento da restauração de todas as coisas, de que Deus falou outrora pela boca dos seus santos profetas. Moisés disse: ‘O Senhor Deus suscitar-vos-á um Profeta como eu, de entre os vossos irmãos. Escutá-lo-eis em tudo quanto vos disser. Quem não escutar esse Profeta, será exterminado do meio do povo.’ E, por outro lado, todos os profetas que falaram desde Samuel anunciaram igualmente estes dias. Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus concluiu com os vossos pais, quando disse a Abraão: ‘Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da Terra.’ Foi primeiramente para vós que Deus suscitou o seu Servo e o enviou para vos abençoar e para se afastar cada um de vós das suas más acções.»


Livro de Salmos 8,2a.5.6-7.8-9.


Ó SENHOR, nosso Deus, como é admirável o teu nome em toda a terra! Adorarei a tua majestade, mais alta que os céus.que é o homem para te lembrares dele, o filho do homem para com ele te preocupares?Quase fizeste dele um ser divino; de glória e de honra o coroaste.Deste lhe domínio sobre as obras das tuas mãos, tudo submeteste a seus pés:rebanhos e gado, sem excepção, e até mesmo os animais bravios;as aves do céu e os peixes do mar, tudo o que percorre os caminhos do oceano.


Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48.


E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão. Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito. Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.» Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma?» Deram-lhe um bocado de peixe assado; e, tomando-o, comeu diante deles. Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.» Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia; que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas.


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110), bispo e mártir Carta à Igreja de Esmirna


«Vede as Minhas mãos e os Meus pés. [...] Tocai-Me»


Dou graças a Jesus Cristo nosso Deus por nos ter inspirado tal sabedoria. Descobri que estáveis unidos numa fé inabalável, pregados de corpo e alma, se assim posso dizer, à cruz do Senhor Jesus Cristo, fortalecidos pelo Seu sangue no amor, inteiramente convencidos de que Nosso Senhor é verdadeiramente «filho de David pela carne» (Rom 1, 3), filho de Deus pela vontade e o poder divinos; verdadeiramente nascido de uma virgem, baptizado por João «para cumprir toda a justiça» (Mt 3, 15); verdadeiramente trespassado por pregos por nós na Sua carne por ordem de Pôncio Pilatos e do tetrarca Herodes. E é ao fruto da cruz, à Sua divina e bem aventurada Paixão, que nós devemos a nossa existência. Pois pela Sua ressurreição Ele «eleva o Seu estandarte» (Is 5, 26) sobre os séculos vindouros, a fim de escolher os Seus santos e os Seus fiéis de entre judeus e pagãos e reuni-los num só corpo, o da Sua Igreja (Ef 2, 16).Ele aceitou todos estes sofrimentos por nós, pela nossa salvação. E sofreu verdadeiramente, tal como verdadeiramente ressuscitou. E a Sua Paixão não foi, como afirmam certos descrentes, uma simples aparência. [...] Quanto a mim, sei e acredito que, mesmo após a Sua ressurreição, Jesus era carne. Quando Se aproximou de Pedro e dos seus companheiros, disse-lhes: «Tocai-Me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos». Eles tocaram n'Ele e acreditaram. Esta comunhão estreita com a Sua carne e o Seu espírito ajudou-os a enfrentar a morte e a ser mais fortes do que ela. Após a ressurreição, Jesus comeu e bebeu com eles, como um ser de carne, quando Se tinha tornado um só espírito com o Pai. Recordo-vos estas verdades, bem-amados, sabendo que esta é também a vossa profissão de fé.


Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 27 de abril de 2011

LITURGIA DO DIA - 27/04

4ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA


Festa da Igreja : 4ª-Feira na Oitava da Páscoa , 4ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio)




Livro dos Actos dos Apóstolos 3,1-10.


Pedro e João subiam ao templo, para a oração das três horas da tarde. Era para ali levado um homem, coxo desde o ventre materno, que todos os dias colocavam à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola àqueles que entravam. Ao ver Pedro e João entrarem no templo, pediu-lhes esmola. Pedro, juntamente com João, olhando-o fixamente, disse-lhe: «Olha para nós.» O coxo tinha os olhos nos dois, esperando receber alguma coisa deles. Mas Pedro disse-lhe: «Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda!» E, segurando-o pela mão direita, ergueu-o. No mesmo instante, os pés e os artelhos se lhe tornaram firmes. De um salto, pôs-se de pé, começou a andar e entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus. Todo o povo o viu caminhar e louvar a Deus. Bem o conheciam, como sendo aquele que costumava sentar-se à Porta Formosa do templo a mendigar; ficaram cheios de assombro e estupefactos com o que lhe acabava de suceder.


Livro de Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.


Louvai o SENHOR, aclamai o seu nome, anunciai entre os povos as suas obras. Cantai-lhe hinos e salmos, proclamai as suas maravilhas. Orgulhai-vos do seu nome santo; alegre-se o coração dos que procuram o SENHOR. Recorrei ao SENHOR e ao seu poder e buscai sempre a sua face. vós, descendentes de Abraão, seu servo, filhos de Jacob, seu escolhido. Ele é o SENHOR, nosso Deus, e governa sobre a terra! Ele recordará sempre a sua aliança, a promessa que jurou manter por mil gerações, pacto que fez com Abraão e aquele juramento que fez a Isaac.


Evangelho segundo S. Lucas 24,13-35.


Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém; e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer. Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos. E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!» Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia. Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.» Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?» E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles. E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros, que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!» E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.


Comentário ao Evangelho do dia feito por João Paulo II Carta apostólica «Mane nobiscum Domine» §§ 2, 11, 12 (trad. DC 2323 7/11/04 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se»


O ícone dos discípulos de Emaús presta-se bem para nortear um ano que verá a Igreja particularmente empenhada na vivência do mistério da sagrada Eucaristia. Ao longo do caminho das nossas dúvidas, inquietações e às vezes amargas desilusões, o divino Viajante continua a fazer-Se nosso companheiro para nos introduzir, com a interpretação das Escrituras, na compreensão dos mistérios de Deus. Quando o encontro se torna pleno, à luz da Palavra segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo qual Cristo cumpre de modo supremo a Sua promessa de «estar connosco todos os dias até ao fim do mundo» (cf. Mt 28, 20).A narração da aparição de Jesus ressuscitado aos dois discípulos de Emaús ajuda-nos a pôr em destaque um primeiro aspecto do mistério eucarístico, que deve estar sempre presente na devoção do povo de Deus: a Eucaristia, mistério de luz! [...] Jesus designou-Se a Si mesmo como «luz do mundo» (Jo 8, 12), e esta Sua propriedade aparece bem evidenciada em momentos da Sua vida como a Transfiguração e a Ressurreição, onde refulge claramente a Sua glória divina. Diversamente, na Eucaristia a glória de Cristo está velada. O sacramento eucarístico é o «mysterium fidei» por excelência. E, todavia, precisamente através deste sacramento da sua total ocultação, Cristo torna-Se mistério de luz, mediante o qual o fiel é introduzido nas profundezas da vida divina. [...]A Eucaristia é luz antes de mais nada porque, em cada Missa, a liturgia da Palavra de Deus precede a liturgia Eucarística, na unidade das duas «mesas» — a da Palavra e a do Pão. [...] Na narração dos discípulos de Emaús, o próprio Cristo intervém para mostrar, «começando por Moisés e seguindo por todos os profetas», como «todas as Escrituras» conduzem ao mistério da Sua Pessoa (cf. Lc 24, 27). As Suas palavras fazem «arder» os corações dos discípulos, tiram-nos da obscuridade da tristeza e do desânimo, suscitam neles o desejo de permanecer com Ele: «Fica connosco, Senhor» (cf. Lc 24, 29).


Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 26 de abril de 2011

LITURGIA DO DIA - 26/04



3ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA



Festa da Igreja : 3ª-feira na Oitava da Páscoa, 3ª feira na oitava da Páscoa (ofício próprio), Nossa Senhora do Bom Conselho






3ª FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA.



Na madrugada de domingo, que era dia da Páscoa, querendo adiantar-se a todos, talvez com a intenção de renovar os aromas do morto, Maria Madalena, uma daquelas que tinham seguido Jesus, ao chegar ao sepulcro encontrou a pedra afastada. Espantou-se. O interior estava vazio, sendo que as tiras e o sudário que o tinham envolvido estavam postas num canto. Quando estava em prantos, lamentando o desaparecido e imaginando que haviam roubado o corpo, uma voz se lhe apresentou: Era Jesus!



LEITURAS



Livro dos Actos dos Apóstolos 2,36-41.



Saiba toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus estabeleceu como Senhor e Messias a esse Jesus por vós crucificado.» Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?» Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo. Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.» Com estas e muitas outras palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: «Afastai-vos desta geração perversa.» Os que aceitaram a sua palavra receberam o baptismo e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas.



Livro de Salmos 33(32),4-5.18-19.20.22.



As palavras do SENHOR são verdadeiras, as suas obras nascem da fidelidade.Ele ama a rectidão e a justiça; a terra está cheia da sua bondade.Os olhos do SENHOR velam pelos seus fiéis, por aqueles que esperam na sua bondade,para os libertar da morte e os manter vivos no tempo da fome.A nossa alma espera no SENHOR; Ele é o nosso amparo e o nosso escudo.Venha sobre nós, SENHOR, o teu amor, pois depositamos em ti a nossa confiança.



Evangelho segundo S. João 20,11-18.



Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo, e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. Perguntaram-lhe: «Mulher, porque choras?» E ela respondeu: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram.» Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele. E Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? Quem procuras?» Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: «Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.» Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» que quer dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: 'Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.'» Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.



Comentário ao Evangelho do dia feito por Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador de comunidade religiosa, teólogo Lectures on Justification, n° 9, § 8


«Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.


«Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai.» Por que não podemos tocar em Nosso Senhor antes da Sua ascensão, e como podemos tocar-Lhe depois? [...]? Não Me toques porque eis que, para vosso maior bem, subo da terra ao céu, da carne e do sangue à glória, de um corpo humano a um corpo espiritual (1Cor 15, 44). [...] Ascender daqui de baixo, em corpo e alma, até ao Meu Pai é descer em espírito do Meu Pai até junto de vós. Nessa altura, estarei presente junto de vós, embora esteja invisível, mais realmente presente do que hoje. Nessa altura, poderás tocar-Me e tomar-Me – sem um abraço visível, mas com outro mais real, pela fé e a devoção. [...]Viste-Me, Maria, mas não podes reter-Me. Aproximaste-te de Mim, mas apenas o suficiente para Me beijares os pés e seres tocada pela Minha mão. Disseste-me: «Oh, pudesse eu chegar até ele, alcançar a sua morada! Pudesse eu tê-lo e nunca mais o perder!» (Jb 23, 3; cf Ct 5, 6). Ter-Me-ás por inteiro e por completo. Ficarei perto de ti, em ti; virei ao teu coração, inteiramente Salvador, inteiramente Cristo, Deus e homem em toda a Minha plenitude, pelo prodigioso poder do Meu corpo e do Meu sangue.



Fonte: Evangelho Quotidiano


segunda-feira, 25 de abril de 2011

LITURGIA DO DIA - 25/04




2ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA











Segunda-feira na Oitava da Páscoa


A divulgação do roubo do corpo de Jesus pelos discípulos foi uma artimanha inventada pelos anciãos para ocultarem o que verdadeiramente tinha acontecido naquela madrugada de Páscoa. Como se os discípulos tivessem algum interesse em forjarem uma notícia que só lhes iria trazer problemas, prisões e perseguições! A permanência e vitalidade da fé cristã ao longo dos séculos é prova de que ela não assenta num embuste mas numa verdade assumida, partilhada e anunciada como Boa Nova.


LEITURAS


Livro dos Actos dos Apóstolos 2,14.22-33.



De pé, com os Onze, Pedro ergueu a voz e dirigiu-lhes então estas palavras: «Homens da Judeia e todos vós que residis em Jerusalém, ficai sabendo isto e prestai atenção às minhas palavras. Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais que Deus realizou no meio de vós por seu intermédio, como vós próprios sabeis, este, depois de entregue, conforme o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós o matastes, cravando-o na cruz pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-o, libertando-o dos grilhões da morte, pois não era possível que ficasse sob o domínio da morte. David diz a seu respeito: ‘Eu via constantemente o Senhor diante de mim, porque Ele está à minha direita, a fim de eu não vacilar. Por isso o meu coração se alegrou e a minha língua exultou; e até a minha carne repousará na esperança, porque Tu não abandonarás a minha vida na habitação dos mortos, nem permitirás que o teu Santo conheça a decomposição. Deste-me a conhecer os caminhos da Vida, hás-de encher-me de alegria com a tua presença.’ Irmãos, seja-me permitido falar-vos sem rodeios: o patriarca David morreu e foi sepultado, e o seu túmulo encontra-se, ainda hoje, entre nós. Mas, como era profeta e sabia que Deus lhe prometera, sob juramento, que um dos descendentes do seu sangue havia de sentar-se no seu trono, viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Cristo por estas palavras: ‘Não foi abandonado na habitação dos mortos e a sua carne não conheceu a decomposição.’ Foi este Jesus que Deus ressuscitou, e disto nós somos testemunhas. Tendo sido elevado pelo poder de Deus, recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou-o como vedes e ouvis.



Livro de Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.



Defende me, ó Deus, porque em ti me refugio.Digo ao SENHOR: "Tu és o meu Deus, és o meu bem e nada existe acima de ti."SENHOR, minha herança e meu cálice, a minha sorte está nas tuas mãos.Bendirei o SENHOR porque Ele me aconselha; até durante a noite a minha consciência me adverte.Tenho sempre o SENHOR diante dos meus olhos; com Ele a meu lado, jamais vacilarei.Por isso, o meu coração se alegra e a minha alma exulta e o meu corpo repousará em segurança.Pois Tu não me entregarás à morada dos mortos, nem deixarás o teu fiel conhecer a sepultura.Hás-de ensinar me o caminho da vida, saciar me de alegria na tua presença, e de delícias eternas, à tua direita.

Evangelho segundo S. Mateus 28,8-15.



Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos. Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele. Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.» Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos sumos sacerdotes tudo o que tinha acontecido! Eles reuniram-se com os anciãos; e, depois de terem deliberado, deram muito dinheiro aos soldados, recomendando-lhes: «Dizei isto: 'De noite, enquanto dormíamos, os seus discípulos vieram e roubaram-no.’ E, se o caso chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos com que vos deixe tranquilos.» Recebendo o dinheiro, eles fizeram como lhes tinham ensinado. E esta mentira divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje.



Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Odilão de Cluny (961-1048), monge Segundo Sermão para a Ressurreição; PL 142, 1005 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans C, p. 124 rev.)


«Ide anunciar aos Meus irmãos que partam para a Galileia: lá Me verão»


O Evangelho descreve-nos a alegre corrida dos discípulos: «Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo» (Jo 20, 4). Quem não desejaria procurar assim a Cristo, sentado à direita do Pai? E quem não correria em espírito para assim O encontrar no fim da sua busca, pensando na corrida a toda a brida dos apóstolos? Para que este desejo não enfraqueça, que cada um de nós relembre com afinco aquele versículo do Cântico dos Cânticos: «Conduz-me atrás de ti, nós corremos ao odor dos teus perfumes» (1, 4 [LXX]). Correr ao odor dos perfumes é caminhar sem parar, ao passo do Espírito, até ao nosso Criador, reconfortados pelo odor das Suas virtudes.Esse foi também o trajecto, digno de todos os elogios, das mulheres santas que, segundo os Evangelhos, seguiram o Senhor desde a Galileia e Lhe foram fiéis na altura da Sua Paixão, enquanto os discípulos fugiram (Mt 27, 55). Também elas correram ao odor dos Seus perfumes, tanto em espírito como mesmo à letra, porquanto compraram substâncias odorosas para ungir o corpo do Senhor, conforme testemunha Marcos (16, 1).Irmãos, a exemplo da prontidão dos cuidados dos discípulos, tanto homens como mulheres, para com a sepultura do seu Mestre, proclamemos à nossa maneira a alegria da Ressurreição do Senhor. Seria uma pena que uma só língua de carne verdadeira calasse os louvores devidos ao Salvador logo no mesmo dia em que a Sua carne verdadeira ressuscitou. Esta magnífica Ressurreição apenas nos incita a proclamar a grandeza do Autor de tamanha alegria, e ao mesmo tempo a anunciar a vitória conseguida contra o nosso velho inimigo: a morte foi hoje banida, assim como o seu fabricante. Hoje, com Cristo, a vida foi restituída aos mortais; hoje foram destruídas as correntes do demónio; hoje a liberdade do Senhor foi concedida a todos os cristãos.



Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 24 de abril de 2011

LITURGIA DO DIA - 24/04




DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR


Festa da Igreja : Domingo de Páscoa (ofício próprio)


Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor


A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens.O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira).A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude).


Santo do dia : S. Fidélis (Fiel) de Sigmaringa, mártir, +1622, Santa Maria Eufrásia Pelletier, religiosa, fundadora, +1868, S. Bento Menni, presbítero, fundador, +1914


LEITURAS


Livro dos Actos dos Apóstolos 10,34.37-43.


Então, Pedro tomou a palavra e disse: «Reconheço, na verdade, que Deus não faz acepção de pessoas, Sabeis o que ocorreu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do baptismo que João pregou: como Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder a Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele. E nós somos testemunhas do que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém. A Ele, que mataram, suspendendo-o de um madeiro, Deus ressuscitou-o, ao terceiro dia, e permitiu-lhe manifestar-se, não a todo o povo, mas às testemunhas anteriormente designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois da sua ressurreição dos mortos. E mandou-nos pregar ao povo e confirmar que Ele é que foi constituído, por Deus, juiz dos vivos e dos mortos. É dele que todos os profetas dão testemunho: quem acredita nele recebe, pelo seu nome, a remissão dos pecados.»


Livro de Salmos 118(117),1-2.16ab-17.22-23.


Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno. Diga a casa de Israel: «O seu amor é eterno.» mão do SENHOR foi magnífica; a mão do SENHOR fez maravilhas.» mão do SENHOR foi magnífica; a mão do SENHOR fez maravilhas.» Não morrerei, antes viverei, para narrar as obras do SENHOR. pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular. Isto foi obra do SENHOR e é um prodígio aos nossos olhos.


Carta aos Colossenses 3,1-4.


Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. Aspirai às coisas do alto e não às coisas da terra. Vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, a vossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória.


Evangelho segundo S. João 20,1-9.


No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão, ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição. Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer, pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo Sermão 36; PL 57, 605 (a partir da trad. coll. Icthus t. 10, p. 262)


«Eis o dia que o Senhor fez» (Sl 117, 24)


Deixemos irromper a nossa alegria, meus irmãos, hoje como ontem. Apesar de as sombras da noite terem interrompido o nosso regozijo, o dia santo não terminou [...]: a claridade que a alegria do Senhor espalha é eterna. Cristo iluminou-nos ontem; ainda hoje a Sua luz resplandece. «Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje» diz o bem-aventurado apóstolo Paulo (Heb 13, 8). Sim, para nós Cristo fez-Se dia. Para nós, Ele nasceu hoje, como o anuncia Deus Seu Pai pela voz de David: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei» (Sl 2, 7). Que significa isto? Que Ele não engendrou o Seu filho um dia, mas que Ele próprio O engendra dia e noite. [...]Sim, Cristo é nosso hoje: esplendor vivo e sem declínio, Ele não cessa de inflamar o mundo que sustém (Heb 1, 3) e este clarão eterno parece ser apenas um dia. «A Teus olhos, mil anos são como um só dia», exclama o profeta (Sl 89, 4). Sim, Cristo é este dia único, porque única é a eternidade de Deus. Ele é o nosso hoje: o passado, desaparecido, não Lhe escapa; o futuro, desconhecido, não tem segredos para Ele. Luz soberana, Ele tudo abraça, tudo conhece, está presente em todos os tempos e possui-os todos. Perante Ele, o passado não pode ruir nem o futuro esquivar-se. [...] Este hoje não é o tempo em que, segundo a carne, Ele nasceu da Virgem Maria, nem aquele em que, segundo a divindade, Ele sai da boca de Deus Seu Pai, mas sim o tempo em que ressuscitou dos mortos: «Ele ressuscitou Jesus, diz o apóstolo Paulo; conforme está escrito no salmo II: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei»» (Act 13, 33).Na verdade, Ele é o nosso hoje quando, saído da noite densa dos infernos, incendeia os homens. Na verdade, Ele é o nosso dia, aquele que as negras conspirações dos Seus inimigos não puderam obscurecer. Nenhum dia soube melhor do que este acolher a Sua luz: a todos os mortos, Ele deu o dia e a vida. A velhice tinha atirado os homens para a morte; Ele ergueu-os no vigor do Seu hoje.


Fonte: Evangelho Quotidiano