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sábado, 14 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 14/06

Santo do dia

SÁBADO DA X SEMANA DO TEMPO COMUM
Ofício do dia de semana e Missa à escolha ou
(Branco) Nossa Senhora no Sábado,
Memória FacultativaOfício e
Missa da memória de Nossa Senhora.

Livro de 1º Reis 19,19-21

Leitura do Primeiro Livro dos Reis.
:Naqueles dias, 19o profeta Elias partiu dali e encontrou Eliseu, filho de Safat, lavrando a terra com doze juntas de bois; e ele mesmo conduzia a última. Elias, ao passar perto de Eliseu, lançou sobre ele o seu manto. 20Então Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias, dizendo: "Deixa-me primeiro ir beijar meu pai e minha mãe, depois te seguirei". Elias respondeu: "Vai e volta! Pois que te fiz eu?" 21Ele retirou-se, tomou a junta de bois e os imolou. Com a madeira do arado e da canga assou a carne e deu de comer à sua gente. Depois levantou-se, seguiu Elias e pôs-se a seu serviço.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 16(15),1-2.5.7-8.9-10

- O Senhor é a porção da minha herança.
- O Senhor é a porção da minha herança.
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: "Somente vós sois meu Senhor. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!"
- O Senhor é a porção da minha herança.
- Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
- O Senhor é a porção da minha herança.
- Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranqüilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
- O Senhor é a porção da minha herança.
Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 5,33-37

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33"Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor. 34Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35nem pela terra, porque é o suporte onde apóia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. 36Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. 37Seja o vosso sim: sim, e o vosso não: não. Tudo o que for além disso vem do Maligno".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Fonte: Arautos do Evangelho

sexta-feira, 13 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 13/06

Santo do dia

X SEMANA DO TEMPO COMUM
SANTO ANTONIO ,

PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA (+1231).
MEMÓRIA.
Ofício de Memória e Missa de Memória,
com Prefácio Comum ou dos Pastores.

Livro de 1º Reis 19,9.11-16

Leitura do Primeiro Livro dos Reis:


Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, 9ao profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 11"Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar". Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. 12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. 13Ouvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. Ouviu, então, uma voz que dizia: "Que fazes aqui, Elias?" 14Ele respondeu: "Estou ardendo de zelo pelo Senhor, Deus todo-poderoso, porque os filhos de Israel abandonaram tua aliança, demoliram teus altares e mataram à espada teus profetas. Só eu escapei. Mas, agora, também querem matar-me". 15O Senhor disse-lhe: "Vai e toma o teu caminho de volta, na direção do deserto de Damasco. Chegando lá, ungirás Hazael como rei da Síria. 16Unge também a Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel, e a Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula, como profeta em teu lugar".

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 27(26),7-8.8-9.13-14

- Senhor, é vossa face que eu procuro!
- Senhor, é vossa face que eu procuro!
- Senhor, ouvi a voz do meu apelo, atendei por compaixão! Meu coração fala convosco, confiante, é vossa face que eu procuro.
- Senhor, é vossa face que eu procuro!
- Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado, meu Deus e Salvador!
- Senhor, é vossa face que eu procuro!
- Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos videntes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
- Senhor, é vossa face que eu procuro!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 5,27-32

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
27"Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.30Se tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. 31Foi dito também: Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Letra e espírito da lei: o dinamismo progressivo do amor

Os mestres da lei mosaica do tempo de Nosso Senhor Jesus Cristo estavam contaminados pelo legalismo. Para eles, a justiça moral, isto é, a fidelidade a Deus, a vida virtuosa, a santidade era apenas o cumprimento estrito da letra da lei, mas esqueciam-se do seu espírito, da observância interior, do amor que dá valor às ações. O amor não se contenta com o mínimo obrigatório.
O doce Jesus vai apelar a um princípio superior: as atitudes interiores do homem e da mulher diante de Deus e diante dos irmãos, para alcançar o nível próprio e autêntico da justiça religiosa, essa santidade moral que o reino de Deus exige. O Divino Mestre vai apelar para antíteses, ou seja: "Ouvistes o que foi dito... mas eu vos digo..." Nisto empenha toda a autoridade messiânica. Ele não veio para abolir a lei mosaica, mas para lhe dar a plenitude do espírito sobre a da letra.
Hoje, falando do adultério, Jesus confirma a plena fidelidade conjugal no amor. É imoral não só o adultério consumado, mas também o desejo, o adultério de coração. Contra os mestres judeus que separavam a intenção da ação, Jesus interioriza a lei: o desejo equivale à ação. O radicalismo dos belos ensinamentos de Jesus fica patente no exagero consciente do olho arrancado e da mão cortada, como cúmplices dos desejos de coração.
Sobre o divórcio, Jesus confirma a indissolubilidade do vínculo matrimonial, remetendo-se à ordem do Criador no princípio e anulando a tolerância da lei mosaica, sobre a qual fundamentavam a sua interpretação laxista as escolas rabínicas, ou seja, limitando as interdições estipuladas pela moral da lei de Deus.
O matrimônio que Cristo preconizava devolve a dignidade à mulher e estabelece os seus direitos e obrigações em paridade moral com o homem. Este gozava de todos os privilégios a esse respeito através do libelo do repúdio (Dt. 24, 1s). A este tema do divórcio Jesus voltará quando os fariseus consultam (Mt, 19, 3 ss.).
Em todas as antíteses apresentadas por Jesus contrapõe o cumprimento externo e as atitudes interiores. Assim, Cristo desqualifica a casuística do mínimo legal, que se dá por satisfeita com a simples observância da letra da lei. Ele acentua mais o espírito da norma, uma observância animada pelo amor sem limites, que é o que vem dar plenitude à lei.
Se Cristo dá a primazia ao espírito sobre a letra, é para nos mostrar que o seguimento evangélico não se limita à fidelidade legalista a um código de preceitos. É o perigo que nos espreita continuamente. Entretanto, a moral cristã, a ética autenticamente religiosa, é mais do que isso. Toda a nossa vida, animada pela fé, deve ser resposta pessoal ao dom amoroso de Deus, manifestado em Cristo. O objetivo fundamental da lei de Cristo é tornar-nos filhos livres de Deus e não escravos da escrita.
Enquanto não nos sentirmos libertados do legalismo tacanho para que o nosso amor, como o dos santos, vá muito além da letra da lei, não teremos captado a mensagem evangélica do Sermão da Montanha. A radicalidade da lei de Jesus é a do dinamismo progressivo do amor. As atitudes interiores estão em primeiro lugar e a opção fundamental por Deus e o seu Reino, sobre os mesmos atos externos; embora sem descurar estes, para não se incorrer numa ilusão de permissividade ou tolerância excessiva.
Cristo libertou-nos para vivermos em autêntica liberdade (Gl, 5,1), a liberdade dos filhos de Deus. O Apóstolo exorta os gálatas, a quem libertara dos laços da Lei mosaica, a permanecerem na sua liberdade. A liberdade cristã, além do nos livrar das amarras da Lei, liberta-nos também das obras do pecado que nos escraviza. No íntimo desta liberdade se enraíza a moral cristã como resposta pessoal, fiel e agradecida ao dom e ao amor de Deus em Cristo. "Irmãos, a vossa vocação é a liberdade; não uma liberdade que sirva de pretexto ao egoísmo. Pelo contrário, sede escravos uns dos outros pelo amor... Conduzi-vos pelo Espírito e não realizeis os desejos da carne" (Gl. 5, 13ss).
A liberdade de Cristo é para amar mais e melhor. A liberdade do que ama a Deus e os irmãos - autêntica liberdade cristã - não é viver sem lei, mas identificação total da vontade com a de Deus, com o bem e a verdade, com a lei evangélica, que se resume em amar. O que ama não sente a lei em Cristo como uma obrigação porque, sob orientação do Espírito Santo, a torna sua livremente; para ele a lei do Senhor é a sua alegria e a sua fortaleza.
Infelizmente, há cristãos minimalistas, herdeiros de um farisaísmo hipócrita e casuísta, que se contentam com o "eu não roubo, não mato, não faço mal a ninguém". Isso é limite mínimo que não assegura que ames de verdade os outros. O amor vai mais longe que a justiça e o direito, embora sem os negar. Por isso, o cristão que ama de verdade não se limita ao mínimo indispensável para cumprir os mandamentos com espírito penal e escravo, mas antes, impulsionado pelo Espírito e pelo amor que Deus derramou no seu coração, como pessoa livre e libertada por Cristo, entrega-se a uma obediência amorosa de filho que responde à lei interior da graça.

Fonte: Arautos do Evangelho

quinta-feira, 12 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 12/06

Santo do dia

QUINTA-FEIRA DA X SEMANA DO TEMPO COMUM

O Pe. Ludovico (Ludwik) Mzyk, Verbita, nasceu a 22 de Abril de 1905, na Polónia. Em Março de 1918 entrou para o Seminário Menor dos Padres Verbitas em Nysa (Casa de Santa Cruz - na época, ficava no território alemão), onde se formou em 1926. Em seguida, entrou no noviciado da Congregação do Verbo Divino em St. Augustin, perto de Bonn, na Alemanha. Fez os primeiros votos em 1928. Após ter terminado os estudos da Filosofia, foi enviado para Roma, para estudar Teologia. Foi ordenado sacerdote em 30 de Outubro de 1932. No verão de 1935 foi para Chludowo (perto de Poznan), na Polónia, onde os Verbitas estavam inaugurando o primeiro noviciado. Nomeado mestre de noviços, o Pe. Ludovico ficou em Chludowo. Em 1939 recebeu a nomeação para ser o primeiro Reitor da Casa. Era orientador, educador e formador. A 1 de Setembro de 1939 rebentou a guerra. Os exércitos alemães invadiram a Polônia. Chludowo também foi ocupada. No dia 25 de Janeiro de 1940, o Pe. Ludovico foi preso e levado para a Fortaleza VII em Poznan. Neste mesmo dia o Seminário de Chludowo foi transformado em prisão. O Pe. Ludovico sofreu muitas humilhações e torturas durante esses dias de prisão. No dia 20 de Fevereiro de 1940, na cela onde estava o Pe. Ludovico, junto com vários outros presos, entraram dois oficiais e cruelmente o torturaram. As palavras que saíram da sua boca: «Não pode ser o servo maior que o Senhor» foram memorizadas para sempre pelos outros presos que testemunharam o martírio. Na mesma noite, os soldados retiraram o Pe. Ludovico da cela, espancaram-no violentamente e em seguida executaram-no com um tiro na nuca.

Livro de 1º Reis 18,41-46

Leitura do Primeiro Livro dos Reis:

Naqueles dias, 41Elias disse a Acab:
"Sobe, come e bebe, porque já ouço o ruído de muita chuva". 42Enquanto Acab subia para comer e beber, Elias subiu ao cume do Carmelo, prostrou-se por terra e pôs o rosto entre os joelhos. 43E disse ao seu servo: "Sobe e observa na direção do mar". Ele subiu, observou e disse: "Não há nada". Elias disse-lhe de novo: "Volta sete vezes". 44À sétima vez o servo disse: "Eis que sobe do mar uma nuvem, pequena como a mão de um homem". Então Elias disse-lhe: "Vai dizer a Acab que prepare o carro e desça, para que a chuva não o detenha". 45Nesse meio tempo, o céu cobriu-se de nuvens escuras, soprou o vento e a chuva caiu torrencialmente. Acab subiu para o seu carro e partiu para Jezrael. 46A mão do Senhor esteve sobre Elias; e ele, cingindo os rins, correu adiante de Acab até a entrada de Jezrael.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 65,10.10-11.12-13

- Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!
- Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!
- Visitais a nossa terra com as chuvas, e transborda de fartura. Rios de Deus que vêm do céu derramam águas, e preparais o nosso trigo.
- Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!
- Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!
- Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!
- É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras.
- Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!
- O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos; transborda a fartura onde passais. Brotam pastos no deserto, as colinas se enfeitam de alegria.
- Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 5,20-26

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
20"Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: patife! será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de tolo será condenado ao fogo do inferno.23Portanto, quando tu estiverdes levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. 25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta

«Uma vez que há um só pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão» (1Cor 10,17). O que é este pão? O Corpo de Cristo. E no que se tornam os que o recebem? No corpo de Cristo. Não são muitos corpos, mas um só. Quantos grãos de trigo entram na composição do pão! Mas quem vê esses grãos? Estão no pão que eles formam, mas nada os distingue uns dos outros, de tão unidos que estão.Assim estamos nós unidos uns aos outros e com Cristo. Não há mais muitos corpos alimentados por diversos alimentos; nós formamos um só corpo, alimentado pelo mesmo pão. Por isso Paulo disse: «Todos participamos do mesmo pão». Se participamos todos do mesmo pão, se estamos unidos nele ao ponto de nos tornarmos um só corpo, porque é que não estamos unidos por um mesmo amor, estreitamente ligados pela mesma caridade?Voltai a ler a história dos nossos antepassados na fé e encontrareis este quadro notável: «A multidão dos que abraçavam a fé tinham um só coração e uma só alma» (Ac 4,32). Mas, infelizmente, hoje não é assim. Nos nossos dias a Igreja oferece o espectáculo contrário; não vemos senão dolorosos conflitos, encarniçadas divisões entre irmãos... Estáveis longe dele, mas Cristo não hesitou em vos unir a ele. E agora vós não vos dignais imitá-lo para vos unirdes de todo o coração ao vosso irmão?... Por causa do pecado, os nossos corpos formados do pó da terra (Gn 2,7) tinham perdido a vida e estavam sob a escravatura da morte; o Filho de Deus juntou-lhe o fermento da sua carne, ele, livre de todo o pecado, numa plenitude de vida. E deu o seu corpo em alimento a todos os homens, para que, renovados pelo sacramento do altar, tenham todos parte na sua vida imortal e bem-aventurada.
S. João Crisóstomo (cerca 345-407), bispo de Antioquia depois de Constantinopla, doutor da IgrejaHomilias sobre a 1ª Carta aos Coríntios, nº 24

Fonte: Arautos do Evangelho

quarta-feira, 11 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 11/06

Santo do dia

X SEMANA DO TEMPO COMUM

SÃO BARNABÉ (Séc. I).
Missa Própria e Ofício de Memória.
Prefácio dos Apóstolos I ou II

São Barnabé era natural da ilha de Chipre. Como o Apóstolo São Paulo, foi discípulo de Gamaliel: "José, a quem os apóstolos haviam dado o cognome de Barnabé, que quer dizer 'filho da consolação', era um levita originário de Chipre. Sendo proprietário de um campo, vendeu-o e trouxe o dinheiro, depositando-o aos pés dos apóstolos" (Actos dos Apóstolos 4,36-37). Foi São Barnabé quem convenceu a comunidade de Jerusalém a receber o temível perseguidor dos cristãos, Paulo de Tarso, como discípulo, levando-o como colaborador seu à Antioquia. Barnabé e Paulo foram escolhidos pelos profetas e doutores de Antioquia para anunciar o Evangelho aos gentios ainda não convertidos à fé cristã. Paulo, Barnabé e João Marcos, seu primo, partiram, então, para Chipre, Perge, Antioquia da Pisídia e cidades da Licaônia. Barnabé participou do Concílio de Jerusalém. Desentendeu-se com Paulo e dele se separou, tomando rumo diferente. A Igreja reconhece-lhe o título de Apóstolo

Livro dos Actos dos Apóstolos 11,21-26.13,1-3

Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, 11,21bmuitas pessoas acreditaram no Evangelho e se converteram ao Senhor. 22A notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém. Então enviaram Barnabé até Antioquia.23Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia concedido, ficou muito alegre e exortou a todos para que permanecessem fiéis ao Senhor, com firmeza de coração. 24É que ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão aderiu ao Senhor. 25Então Barnabé partiu para Tarso, à procura de Saulo. 26Tendo encontrado Saulo, levou-o a Antioquia. Passaram um ano inteiro trabalhando juntos naquela Igreja, e instruíram uma numerosa multidão. Em Antioquia os discípulos foram, pela primeira vez, chamados com o nome de cristãos.13,1Na Igreja de Antioquia, havia profetas e doutores. Eram eles: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado junto com Herodes, e Saulo. 2Um dia, enquanto celebravam a liturgia, em honra do Senhor, e jejuavam, o Espírito Santo disse: "Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei". 3Então eles jejuaram e rezaram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo, e deixaram-nos partir.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 98,1.2-3.3-4.5-6
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.
- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.
- O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.
- Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.
- Cantai Salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador, e às nações sua justiça.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 10,7-13

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
7"Em vosso caminho, anunciai: O Reino dos Céus está próximo. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento.11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Fonte: Arautos do Evangelho

terça-feira, 10 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 10/06

Santo do dia

TERÇA-FEIRA DA X SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia de semana e Missa à escolha
(II Semana do Saltério)
Santo Anjo da Guarda de Portugal

Livro de 1º Reis 17,7-16

Leitura do Primeiro Livro dos Reis:
Naqueles dias, 7secou a torrente do lugar onde Elias estava escondido, porque não tinha chovido no país. 8Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida nestes termos: 9"Levanta-te e vai a Sarepta dos sidônios, e fica morando lá, pois ordenei a uma viúva desse lugar que te dê sustento".10Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à porta da cidade, viu uma viúva apanhando lenha. Ele chamou-a e disse: "Por favor, traze-me um pouco de água numa vasilha para eu beber". 11Quando ela ia buscar água, Elias gritou-lhe: "Por favor, traze-me também um pedaço de pão em tua mão!"12Ela respondeu: "Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão. Só tenho um punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Eu estava apanhando dois pedaços de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho, para comermos e depois esperar a morte".13Elias replicou-lhe: "Não te preocupes! Vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com isso um pãozinho, e traze-o. Depois farás o mesmo para ti e teu filho. 14Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até o dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra".15A mulher foi e fez como Elias lhe tinha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. 16A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 4,2-3.4-5.7-8

- Sobre nós fazei brilhar o esplendor da vossa face!
- Sobre nós fazei brilhar o esplendor da vossa face!
- Quando eu chamo, respondei-me, ó meu Deus, minha justiça! Vós que soubestes aliviar-me nos momentos de aflição, atendei-me por piedade e escutai minha oração! Filhos dos homens, até quando fechareis o coração? Por que amais a ilusão e procurais a falsidade?
- Sobre nós fazei brilhar o esplendor da vossa face!
- Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo, e que o Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece! Se ficardes revoltados, não pequeis por vossa ira; meditai nos vossos leitos e calai o coração!
- Sobre nós fazei brilhar o esplendor da vossa face!
- Muitos há que se perguntam: "Quem nos dá felicidade?" Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face! Vós me destes, ó Senhor, mais alegria ao coração, do que a outros na fartura do seu trigo e vinho novo.
- Sobre nós fazei brilhar o esplendor da vossa face!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 5,13-16

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
13"Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.14Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Fonte: Arautos do Evangelho

segunda-feira, 9 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 09/06

Santo do dia

X SEMANA DO TEMPO COMUM

BEATO JOSÉ DE ANCHIETA, SJ (+1597).
MEMÓRIA. (Paramentos Brancos)
Missa e Ofício de Memória, com Prefácio
Comum dos Pastores
A Igreja comemora também: S. Efrém,
Diácono e Doutor da Igreja (+373)


BEATO JOSÉ DE ANCHIETA - História e Obra


S. Efrém, era um diácono simples e nunca quis ser ordenado sacerdote. Escreveu a maior parte de sua obra teológica em versos. Muito devoto da Virgem, parecia dotado de talento profético, pois quase todos os desenvolvimentos que a ciência mariológica viria a ter ao longo dos séculos, Efrém já os tinha antecipadamente previsto e cantado. Lutou contra as heresias do tempo. Foi denominado "Cítara do Espírito" e "Cantor da Virgem".

Livro de 1º Reis 17,1-7

Leitura do Primeiro Livro dos Reis:

Naqueles dias, 1o profeta Elias, tesbita de Tesbi de Galaad, disse a Acab: "Pela vida do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo, não haverá nestes anos nem orvalho nem chuva, senão quando eu disser!" 2E a palavra do Senhor foi dirigida a Elias nestes termos: 3"Parte daqui e toma a direção do oriente. Vai esconder-te junto à torrente de Carit, que está defronte ao Jordão. 4Lá beberás da torrente. E eu ordenei aos corvos que te dêem alimento". 5Elias partiu e fez como o Senhor lhe tinha ordenado, e foi morar junto à torrente de Carit, que está defronte do Jordão. 6Os corvos traziam-lhe pão e carne, tanto de manhã como de tarde, e ele bebia da torrente.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 121(120),1-2.3-4.5-6.7-8

- Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra!
- Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra!
- Eu levanto os meus olhos para os montes: de onde pode vir o meu socorro? "Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra!"
- Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra!
- Ele não deixa tropeçarem os meus pés, e não dorme quem te guarda e te vigia. Oh! não! ele não dorme nem cochila, aquele que é o guarda de Israel!
- Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra!
- O Senhor é o teu guarda, o teu vigia, é uma sombra protetora à tua direita. Não vai ferir-te o sol durante o dia, nem a lua através de toda a noite.
- Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra!
- O Senhor te guardará de todo o mal, ele mesmo vai cuidar da tua vida! Deus te guarda na partida e na chegada. Ele te guarda desde agora e para sempre!
- Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 5,1-12

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.


Naquele tempo: 1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vós.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Fonte: Arautos do Evangelho

domingo, 8 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 08/06

Santo do dia

X DOMINGO DO TEMPO COMUM
(2ª semana do saltério)
Ofício dominical comum.Missa própria:
Glória, Credo, Prefácio dos domingos comuns.
Hoje a Igreja celebra : Beata Maria do Divino Coração, religiosa, +1899
Santa Quitéria, virgem, mártir, séc. II
Beato Francisco Aranha, religioso, mártir, +1583


Beata Maria do Divino Coração, a Bem-aventurada Maria do Divino Coração pertencia à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor. Natural de Münster, Alemanha (alemã pelo nascimento, portuguesa pelo coração), Maria do Divino Coração nasceu em 1863. Era filha dos condes de Munster. Em 1888 ingressou no Convento das Irmãs do Bom Pastor, cujo apostolado específico se realiza junto à juventude feminina marginalizada. Em 1894, aos 31 anos, partiu para Portugal. Depois de três meses passados em Lisboa, chegou ao Porto como Superiora do Recolhimento do Bom Pastor. Conseguiu, mercê de muita tenacidade e absoluta confiança no Coração de Jesus, transformar aquela casa em ruínas num florescente jardim de Deus. Em 1896, caiu doente, afectada por uma osteomielite.Morreu no ano de 1899, nas vésperas da realização de seu ardente desejo: a consagração do mundo inteiro ao Sagrado Coração de Jesus, por Leão XIII. A Irmã Maria ofereceu a Deus o seu sofrimento, unindo-se ao Servo Sofredor que continuamente oferece a sua vida pela salvação do mundo. Em Ermesinde, ergue-se majestosa a igreja do Sagrado Coração de Jesus. Ali, diante da Hóstia consagrada em constante exposição, ajoelham perpetuamente almas em adoração reparadora.

Santa Quitéria terá nascido em Braga no ano 120, uma das nove irmãs gémeas filhas de um casal nobre e pagão. A sua vida, bem como a das irmãs, está toda envolta em lendas populares, qual delas a mais maravilhosa.De Quitéria diz-se que tinha a graça de estar sempre perante a presença física do seu Anjo da Guarda, com quem conversava frequentemente e que a aconselhava em cada momento da sua vida. Muito cedo teria fugido de casa de seus pais e habitado no alto de uma montanha, entregue à oração e à meditação. Um dia, tendo regressado a casa, teve de enfrentar a cólera do seu pai que a tinha destinado a um casamento dentro da sua condição. Por teu recusado, foi decapitada no Monte Pombeiro, perto de Margaride.

Livro de Oseias 6,3-6

Leitura da Profecia de Oséias: 3É preciso saber segui-lo para reconhecer o Senhor. Certa como a aurora é a sua vinda, ele virá até nós como as primeiras chuvas, como as chuvas tardias que regam o solo.4Como vou tratar-te, Efraim? Como vou tratar-te, Judá? O vosso amor é como nuvem pela manhã, como orvalho que cedo se desfaz. 5Eu os desbastei por meio dos profetas, arrasei-os com as palavras de minha boca, como luz, expandem-se meus juízos; 6quero amor e não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.

- Palavra do Senhor. - Graças a Deus.

Livro de Salmos 50,1.8.12-13.14-15
- A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus. - A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus. - Falou o Senhor Deus, chamou a terra,/ do sol nascente ao sol poente a convocou./ "Eu não venho censurar teus sacrifícios,/ pois sempre estão perante mim teus holocaustos.
- A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
- Não te diria, se com fome eu estivesse,/ porque é meu o universo e todo ser./ Porventura comerei carne de touros?/ Beberei, acaso, o sangue de carneiros?
- A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus. - Imola a Deus um sacrifício de louvor/ e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo./ Invoca-me no dia da angústia,/ e então te livrarei e hás de louvar-me".
- A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

Carta aos Romanos 4,18-25

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos: 18Abraão, contra toda a humana esperança, firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: "Assim será a tua posteridade".19Não fraquejou na fé, à vista de seu físico desvigorado pela idade - cerca de cem anos - ou considerando o útero de Sara já incapaz de conceber. 20Diante da promessa divina, não duvidou por falta de fé, mas revigorou-se na fé e deu glória a Deus, 21convencido de que Deus tem poder para cumprir o que prometeu. 22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça.23Afirmando que a fé lhe foi creditada como justiça, a Escritura visa não só à pessoa de Abraão, 24mas também a nós, pois a fé será creditada também para nós, que cremos naquele que ressuscitou dos mortos: Jesus, nosso Senhor. 25Ele, Jesus, foi entregue por causa de nossos pecados e foi ressuscitado para nossa justificação.

- Palavra do Senhor. - Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 9,9-13

Aclamação - Aleluia, Aleluia, Aleluia! - Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Pois foi o Senhor quem mandou/ as boas notícias falar/ a quem está no cativeiro,/ libertação vou proclamar!
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!


Anúncio do Evangelho (Mt 9,9-13)
- O Senhor esteja convosco! - Ele está no meio de nós. - PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus. - Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 9partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: "Segue-me!" Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: "Por que vosso Mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?"12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: "Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: Quero misericórdia e não sacrifício. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores".

- Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor.

Comentários

As duas obediências legítimas de um cristão na vida cívica

Entre os ouvintes de Jesus, achavam-se os saduceus e herodianos, colaboracionistas do poder estrangeiro, e portanto partidários do imposto a César; os fariseus, pelo contrário, opunham-se, considerando-o ilícito para um israelista; e os guerrilheiros zelotas insurgiam-se até pelas armas.Perante tal platéia, a manhosa pergunta que os fariseus e herodianos fazem a Jesus era de difícil resposta para qualquer mortal. Porém, não para a Sabedoria eterna e encarnada, de quem faiscou uma maravilhosa resposta, perpetuada para sempre na memória da humanidade.Analisemos o assunto: ele abrange, simultaneamente, o campo civil e religioso. É lícito pagar imposto a César? Isto é, pode moralmente um israelita, adorador do único Deus verdadeiro, pagar um imposto pessoal ao imperador romano, que se apresenta como divindade estrangeira com a sua efígie cunhada na moeda? Jesus tinha de medir suas palavras. Uma resposta afirmativa ou negativa ou o silêncio evasivo não deixaria de Lhe criar embaraços notórios com a autoridade religiosa e com a civil.Inteligentemente, como ninguém, primeiro atira à cara de seus interlocutores a fingida hipocrisia. A seguir, pede que lhe mostrem um denário romano, em que estava gravada a efígie de César (o imperador Tibério, naquela altura). Finalmente, sentencia: "Pagai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". Esta frase primorosa de Jesus passou para a História, recebendo interpretações diversas segundo as épocas e ideologias. É evidente que Cristo distingue aqui deveres cívicos para com a autoridade e deveres religiosos para com Deus. A questão é esclarecer se se trata de termos mutuamente excludentes ou complementares.Para os laicistas e secularistas fanáticos, os termos César e Deus são eliminatórios ou excludentes, não pode subsistir juntos, estão em confronto. A fé em Deus e a religião são questão privada e pessoal, sem espaço social. Os ministros do evangelho e os cristãos em geral devem limitar o âmbito da sua voz aos templos e sacristias. Assim, tiram a Deus e ao seu Reino o que lhe pertence. Jesus disse: anunciai o Evangelho a todas as pessoas; ilumine a vossa luz todos os homens para que dêem glória a Deus.Pelo contrário, outros, os teístas, pensam que a autoridade civil deve estar ao serviço do Evangelho para implantar pela força do braço secular a lei de Cristo. Quando exacerbados, tendem a negar a César a sua autonomia e os seus direitos em questões não diretamente religiosas, próprios ao poder temporal.A solução que Jesus deu não opõe César a Deus, o temporal ao espiritual, o político ao religioso, a autoridade civil ao reino de Deus. Na Sua insuperável resposta, Cristo não diviniza a autoridade do que manda, mas reconhece-lhe o direito inequívoco de mandar, e apresenta a obediência civil como um dever do cidadão. Por isso, concorda com o pagamento do imposto.Entretanto, reconhecendo a autonomia do terreno e do poder civil, estabelece, pelo menos implicitamente uma hierarquia de termos que nível de consciência dá primazia a Deus sobre César.Cristo apresenta-os como deveres complementares e não eliminatórios ou excludentes, em litígio permanente. O "dar a Deus o que é de Deus" é o primeiro. Mas, daí brota serenamente o fundamento e a obrigação de "dar a César o que é de César".Tiremos desta conclusão desdobramento. A obrigação da autoridade pública é o ordenamento da sociedade para o bem comum, sem atropelar os legítimos direitos particulares. Para conseguir este objetivo conta necessariamente com a lei moral, isto é, a lei de Deus. Por isso a lealdade que o cidadão deve à autoridade civil não há-de estar necessariamente em luta com a sua obediência a Deus. No caso de conflito de deveres por abuso da autoridade pública, é legítima a discordância, a objeção de consciência, a oposição, a resistência e, até mesmo, a desobediência, porque em tal caso é Deus que deve prevalecer, como proclamaram os apóstolos perante o Sinédrio: "Mas Pedro e os Apóstolos responderam: "Importa mais obedecer a Deus do que aos homens" (At. 5,29).O cristão deve ser o melhor cidadão, como o foi o próprio Divino Mestre, que acatou a autoridade civil e a lei religiosa do seu tempo, se bem que com lealdade crítica. Nada do que devemos a Deus o tiramos a César. Mas, também, devemos estar conscientes de que a fé religiosa não nos exime, antes nos obriga, a prestar à autoridade estatal legítima e justa a obediência devida e a colaboração cívica: pagamento de impostos, cumprimento das leis, responsabilidade cívica, participação democrática, crítica construtiva e solidariedade na justiça.Maria Santíssima foi um exemplo exponencial dessa obediência civil submetida à lei Divina. Quando Seu Divino Filho, a caminho do Calvário foi brutalmente separado dela pelos esbirros romanos, obedeceu sem se opor ou sequer mostrar ostensivo desagrado, embora a tristeza lhe toldasse a alma ao inimaginável por tamanha crueldade a propósito do direito que tinha de abraçar seu filho, jamais negado a qualquer mãe. E que Mãe, neste caso? Ela queria obedecer sobretudo a Deus. Por isso, aceitou mais aquela afronta com tanta dignidade, embora pudesse com menor movimento de sua mão fazer com que os anjos acudissem em seu auxílio e desbaratasse aquela tropa de beleguins ou capangas.Junto à Cruz, ela foi submissa até perante a morte de seu querido Filho, dando-nos exemplo extremado de obediência a Deus e a César. Qual foi o prêmio? Ela é co-Redentora do gênero humano e subiu ao Céu em corpo e alma, onde reina com a Trindade Santíssima por toda a eternidade.Rezemos-Lhe para alcançarmos a graça de nunca desobedecer a Deus e à lei legítima dos homens, por mais sacrifícios e provações que isso nos possa custar. Porque com ela e por meio dela, seremos também premiados com a bem-aventurança eterna.


Fonte: Arautos do Evangelho