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sábado, 16 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 16/07


Sábado da 15ª semana do Tempo Comum


Festa da Igreja : Nossa Senhora do Carmo



Santo do dia : Nossa Senhora do Carmo




A ordem dos Carmelitas tem como modelo o profeta Elias e caracteriza-se por uma profunda devoção a Maria. A Sagrada Escritura fala da beleza do Monte Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a fé do povo de Israel no Deus vivo e verdadeiro. Carmelo em hebraico significa "vinha do Senhor".Ali Elias enfrentou os profetas de Baal. Segundo o Livro das Instituições, Elias teve uma visão em que a Virgem lhe apareceu sob a figura de uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia ao Carmelo. Em 93, os monges construíram sobre o Monte Carmelo uma capela em honra à Virgem Maria. As gerações de monges sucederam-se através dos tempos. Em 1205, o patriarca de Jerusalém deu-lhes uma Regra baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa Senhora, na vida contemplativa e mística.Entretanto, ainda no século XIII, os muçulmanos invadiram a Terra Santa. Os eremitas do Monte Carmelo fugiram para a Europa. Nesta época, tinham como superior geral São Simão Stock. Enquanto rezava, pedindo a Nossa Senhora que fosse a protectora da Ordem dos Carmelitas, recebeu das mãos de Nossa Senhora do Carmo o escapulário: «Eis o privilégio que te dou à ti e a todos os filhos do Carmelo: "todo o que for revestido desse hábito será salvo".»


LEITURAS

Livro de Êxodo 12,37-42.

Naqueles dias, os filhos de Israel partiram de Ramsés para Sucot:eram cerca de seiscentos mil pessoas que iam a pé, sem contar as crianças. Também uma turba numerosa partiu com eles, juntamente com ovelhas, bois e gado em grande quantidade. Eles cozeram a farinha amassada com que tinham saído do Egipto em bolos sem fermento, pois não tinha fermento. Tinham, na verdade, sido expulsos do Egipto, e não puderam demorar-se; nem sequer fizeram provisões para eles. A estadia dos filhos de Israel que residiram no Egipto foi de quatrocentos e trinta anos. No final dos quatrocentos e trinta anos, precisamente naquele dia, saíram todos os exércitos do Senhor da terra do Egipto. Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto. Esta noite do Senhor será de vigília para todos os filhos de Israel nas suas gerações.

Livro de Salmos 136(135),1.23-24.10-12.13-15.

Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno! Não se esqueceu de nós, na nossa humilhação, porque o seu amor é eterno! livrou-nos dos nossos opressores, porque o seu amor é eterno! Feriu os primogénitos dos egípcios, porque o seu amor é eterno! Tirou Israel do meio deles, porque o seu amor é eterno! Com a sua mão forte e o seu braço estendido, porque o seu amor é eterno! Dividiu ao meio o Mar dos Juncos, porque o seu amor é eterno! Fez passar Israel através dele, porque o seu amor é eterno! Afundou o Faraó e o seu exército, porque o seu amor é eterno!

Evangelho segundo S. Mateus 12,14-21.

Naquele tempo, os fariseus reuniram- conselho contra Jesus, a fim de O fazerem desaparecer. Quando soube disso, Jesus afastou-se dali. Muitos seguiram-no e Ele curou-os a todos, ordenando-lhes que o não dessem a conhecer. Assim se cumpriu o que fora anunciado pelo profeta Isaías: Aqui está o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se deleita. Derramarei sobre Ele o meu espírito, e Ele anunciará a minha vontade aos povos. Não discutirá nem bradará, e ninguém ouvirá nas praças a sua voz. Não há-de quebrar a cana fendida, nem apagar a mecha que fumega, até conduzir a minha vontade à vitória. E, no seu nome, hão-de esperar os povos!

Comentário ao Evangelho do dia feito por Filoxeno de Mabboug (?-c. 523), Bispo na Síria Homilia nº 5, Sobre a simplicidade, 137-139

«Não discutirá nem bradará»

Escuta o profeta a anunciar Nosso Senhor. Ele compara-O ao cordeiro, à ovelha, os mais inocentes animais: «Como um cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador» (Is 53,7). [...] Nosso Senhor não foi comparado a um leão quando foi conduzido à morte [...]. Como um cordeiro, uma ovelha, guardou silêncio quando foi conduzido à Paixão e à morte: «Como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador, não abriu a boca» na Sua humilhação.Confirmando a palavra da profecia com a Sua conduta, guardou silêncio quando O levaram, calou-Se quando O julgaram, não Se queixou quando O flagelaram, não discutiu quando O condenaram, não Se irritou quando O amarraram. Não murmurou quando Lhe deram bofetadas, não gritou quando O despojaram das Suas vestes, tal como uma ovelha durante a tosquia. Não os amaldiçoou quando Lhe deram o fel e o vinagre; não Se irritou com eles quando O cravaram no madeiro.


Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 15 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 15-07

Sexta-feira da 15ª semana do Tempo Comum




Livro de Êxodo 11,10.12,1-14.


Naqueles dias, Moisés e Aarão realizaram nuitos prodígios diante do faraó. Mas o Senhor permitiu que se endurecesse o coração do faraó, e ele não deixou partir do seu país os filhos de Israel. O Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto: «Este mês será para vós o primeiro dos meses; ele será para vós o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a comunidade de Israel, dizendo que, aos dez deste mês, tomará cada um deles um animal do rebanho para a família, um animal do rebanho por casa. Se a família for pouco numerosa para um animal do rebanho, tomar-se-á com o vizinho mais próximo da casa, segundo o número das pessoas; calculareis o animal do rebanho conforme o que cada um puder comer. O animal do rebanho para vós será sem defeito, um macho, filho de um ano, e tomá-lo-eis de entre os cordeiros ou de entre os cabritos. Vós o tereis sob guarda até ao dia catorze deste mês, e toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao crepúsculo. Tomar-se-á do sangue e colocar-se-á sobre as duas ombreiras e sobre o dintel da porta das casas em que ele se comerá. Comer-se-á a carne naquela noite; comer-se-á assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas. Não a comereis nem crua nem cozida na água, mas assada no fogo, a cabeça com as patas e as entranhas. Não deixareis dela nada até pela manhã; e o que restar dela pela manhã, queimá-lo-eis no fogo. Comê-la-eis desta maneira: os rins cingidos, as sandálias nos pés, e o cajado na mão. Comê-la-eis à pressa. É a Páscoa em honra do Senhor. E Eu atravessarei a terra do Egipto naquela noite, e ferirei todos os primogénitos na terra do Egipto, desde os homens até aos animais, e contra todos os deuses do Egipto farei justiça, Eu, o Senhor. E o sangue será para vós um sinal nas casas em que vós estais. Eu verei o sangue e passarei ao largo; e não haverá contra vós nenhuma praga de extermínio, quando Eu ferir a terra do Egipto. Aquele dia será para vós um memorial, e vós festejá-lo-eis como uma festa em honra do Senhor. Ao longo das vossas gerações, a deveis festejar como uma lei perpétua.


Livro de Salmos 116(115),12-13.15-16bc.17-18.


Como retribuirei ao SENHOR todos os seus benefícios para comigo? Elevarei o cálice da salvação, invocando o nome do SENHOR. É preciosa aos olhos do SENHOR a morte dos seus fiéis. SENHOR, sou teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias. SENHOR, sou teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias. Hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor, invocando, SENHOR, o teu nome. Cumprirei as minhas promessas feitas ao SENHOR na presença de todo o seu povo.


Evangelho segundo S. Mateus 12,1-8.


Naquele tempo, Jesus passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas. Ao verem isso, os fariseus disseram-lhe: «Aí estão os teus discípulos a fazer o que não é permitido ao sábado!» Mas Ele respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando sentiu fome, ele e os que estavam com ele? Como entrou na casa de Deus e comeu os pães da oferenda, que não lhe era permitido comer, nem aos que estavam com ele, mas unicamente aos sacerdotes? E nunca lestes na Lei que, ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa? Ora, Eu digo vos que aqui está quem é maior que o templo. E, se compreendêsseis o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício, não teríeis condenado estes que não têm culpa. O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Afraates (?-c. 345), monge e bispo perto de Mossul (santo das Igrejas ortodoxas) Exposições, nº 13, 1.3.9


«Permanece um repouso sabático para o povo de Deus» (Heb 4,9)


O sábado não foi estabelecido como uma prova que permita um discernimento entre a vida e a morte, entre a justiça e o pecado, tal como outros preceitos pelos quais «o homem que os observar viverá» (Lv 18,5), ou morrerá se não os cumprir. Não, o sábado, no seu tempo, foi dado ao povo, tendo em vista o repouso; tal como os homens, os animais também deviam parar de trabalhar (cf. Ex 23,12). [...]Se o sábado não tivesse sido instituído para o repouso de todos os seres que exercem um trabalho corporal, as criaturas que não trabalham, para serem justificadas, teriam de observar também o sábado desde a origem. Pelo contrário, nós vemos o sol avançar no céu sem cessar, a lua percorrer a sua órbita, as estrelas seguirem o seu curso, os ventos soprarem, as nuvens vogarem no céu, os pássaros voarem, os ribeiros jorrarem das nascentes, as vagas a agitarem-se, os raios caírem e iluminarem a criação, o trovão ribombar violentamente a seu tempo, as árvores darem os seus frutos e cada criatura crescer e fortificar-se. Na verdade, não vemos nenhum ser repousar ao dia de sábado, a não ser os homens e os animais de carga que estão submetidos à lei do trabalho.A nenhum dos justos do Antigo Testamento foi dado o sábado para nele encontrarem a vida [...], mas a fidelidade ao sábado foi prescrita para que aqueles que se fatigavam com o seu trabalho, os servos, as servas, os mercenários, os estrangeiros e os animais de carga, pudessem descansar e refazer-se. Porque Deus cuida de toda a Sua criação, tanto dos animais domésticos como das feras, tanto dos pássaros como dos animais selvagens. Escuta agora qual é o sábado que agrada a Deus. Isaías disse-o: «Nisto consiste o repouso: deixem descansar os fatigados» (Is 28,12). [...] Guardemos, pois, fielmente, o sábado de Deus; façamos o que agrada ao Seu coração. Entraremos assim no sábado do grande repouso em que o céu e a terra repousarão, em que toda a criatura é recriada.


Fonte: Evangelho Quotudiano

quinta-feira, 14 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 14/07


Quinta-feira da 15ª semana do Tempo Comum




LEITURAS


Livro de Êxodo 3,13-20.


Naqueles dias, Moisés ouviu do meio da sarça a voz do Senhor e disse-Lhe: «Vou procurar os filhos de Israel e dizer-lhes: 'O Deus dos vossos pais enviou-me a vós'. Mas se me perguntarem qual é o seu nome, que hei-de responder-lhes?» Deus disse a Moisés: «EU SOU AQUELE QUE SOU.» Ele disse: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘Eu sou’ enviou-me a vós!» Deus disse ainda a Moisés: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós: este é o meu nome para sempre, o meu memorial de geração em geração’. Vai, reúne os anciãos de Israel e diz-lhes: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, apareceu-me e disse: Observei-vos com atenção e vi o que vos tem sido feito no Egipto, e Eu disse para comigo: Far-vos-ei subir da opressão do Egipto para a terra do cananeu, do hitita, do amorreu, do perizeu, do heveu, do jebuseu, para a terra que mana leite e mel’. Eles escutarão a tua voz, e tu irás, tu e os anciãos de Israel, à presença do rei do Egipto, e dir-lhe-eis: ‘O Senhor, Deus dos hebreus, saiu ao nosso encontro; e agora permite-nos fazer uma peregrinação de três dias pelo deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor, nosso Deus.’ Eu bem sei que o rei do Egipto não vos deixará partir senão obrigado por mão forte. Estenderei então a minha mão e ferirei o Egipto com todas as maravilhas que farei no meio dele. Depois disso, deixar-vos-á partir.


Livro de Salmos 105(104),1.5.8-9.24-25.26-27.


Louvai o SENHOR, aclamai o seu nome, anunciai entre os povos as suas obras. Recordai as maravilhas que Ele fez, os seus prodígios e as sentenças da sua boca, Ele recordará sempre a sua aliança, a promessa que jurou manter por mil gerações, o pacto que fez com Abraão e aquele juramento que fez a Isaac. Deus multiplicou grandemente o seu povo e tornou-o mais forte que os seus inimigos. Mudou-lhes o coração e eles odiaram o povo de Deus e trataram com perfídia os seus servos. Deus enviou então o seu servo Moisés e Aarão, seu escolhido, que realizaram maravilhas no meio deles e milagres no país de Cam.


Evangelho segundo S. Mateus 11,28-30.


Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Beato Jan van Ruusbroec (1293-1381), cónego regular Os Sete Degraus da escada do amor espiritual, cap. 4


«Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim»


Pela humildade, vivemos com Deus e Deus vive connosco numa paz verdadeira; nela se encontra o fundamento vivo de toda a santidade. Podemos compará-la com uma fonte de onde jorram quatro rios de virtudes e de vida eterna (cf Gn 2,10). [...] O primeiro rio que jorra do solo verdadeiramente humilde é a obediência [...]; o ouvido torna-se humildemente atento, a fim de ouvir as palavras de verdade e de vida que provêm da sabedoria de Deus, e as mãos estão sempre prontas a cumprir a Sua muito cara vontade. [...] Cristo, Sabedoria de Deus, fez-Se pobre para nos tornar ricos (2Cor 8,9), tornou-Se servo para nos fazer reinar, e por fim morreu para nos dar a vida. [...] Para que saibamos segui-l'O e servi-l'O, disse-nos: «Aprendei de Mim porque sou manso e humilde de coração».Com efeito, a mansidão é o segundo rio de virtudes que jorra do solo da humildade. «Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra» (Mt 5,5), ou seja a sua alma e o seu corpo, em paz. Porque no homem manso e humilde repousa o Espírito do Senhor; e, quando o nosso espírito é assim elevado e unido ao Espírito de Deus, carregamos o jugo de Cristo, que é suave e doce, e transportamos o Seu fardo leve. [...] Desta doçura íntima jorra um terceiro rio, que consiste em viver com paciência. Pela angústia e pelo sofrimento, o Senhor visita-nos. Se recebermos estes enviados com alegria no coração, então Ele mesmo virá, pois disse através do Seu profeta: «Aquando da angústia estarei ao seu lado, para o salvar e o honrar» (Sl 90,15). [...]O quarto e último rio de vida humilde é o abandono da vontade própria e de toda a busca pessoal. Este rio tem a sua origem no sofrimento suportado com paciência. O homem humilde [...] renuncia à sua própria vontade e abandona-se espontaneamente nas mãos de Deus. Torna-se assim uma só vontade e uma só liberdade com a vontade divina. [...] E este é o próprio cerne da humildade. [...] A vontade de Deus, que é a própria liberdade, liberta-nos o espírito de temor e torna-nos livres, libertos e despojados de nós mesmos. [...] Deus dá-nos então o Espírito dos eleitos, que nos faz exclamar com o Filho: «Abba, isto é, Pai» (Rm 8,15).


Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 13 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 13/07


Quarta-feira da 15ª semana do Tempo Comum




Livro de Êxodo 3,1-6.9-12.


Naqueles dias,Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madian. Ao levar o rebanho para além do deserto, e chegou ao monte de Deus, Horeb. O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama de fogo, no meio da sarça. Ele olhou e viu, e eis que a sarça ardia no fogo mas não era devorada. Moisés disse: «Vou adentrar-me para ver esta grande visão: por que razão não se consome a sarça?» O Senhor viu que ele se adentrava para ver; e Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés! Moisés!» Ele disse: «Eis-me aqui!» Ele disse: «Não te aproximes daqui; tira as tuas sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa.» E continuou: «Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.» Moisés escondeu o seu rosto, porque tinha medo de olhar para Deus. E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi também a tirania que os egípcios exercem sobre eles. E agora, vai; Eu te envio ao faraó, e faz sair do Egipto o meu povo, os filhos de Israel.» Moisés disse a Deus: «Quem sou eu para ir ter com o faraó e fazer sair os filhos de Israel do Egipto?» Ele disse: «Eu estarei contigo. Este é para ti o sinal de que Eu te enviei: quando tiveres feito sair o povo do Egipto, servireis a Deus sobre esta montanha.»


Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.6-7.


Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e todo o meu ser bendiga o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades. Salva da morte a tua vida. e coroa-te de graça e misericórdia. O Senhor faz justiça e defende o direito de todos os oprimidos. Revelou a Moisés os seus caminhos e aos filhos de Israel os seus prodígios.


Evangelho segundo S. Mateus 11,25-27.


Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas Conversas


«Escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos»


Se soubésseis, minhas filhas, o prazer que Deus tem ao ver que uma pobre rapariga da aldeia, uma pobre [religiosa] Filha da Caridade, se dirige a Ele com amor, agiríeis com mais confiança do que aquilo que posso aconselhar-vos. Se soubésseis quanta ciência aí aprendereis, quanto amor e doçura aí encontrareis! Aí encontrareis tudo, minhas queridas filhas, pois é essa a fonte e a origem de todas as ciências [, de todo o conhecimento].De onde vem aquilo que vedes: pessoas sem instrução que falam tão bem de Deus, que falam dos mistérios com mais inteligência do que o faria um doutor? Um doutor, que tem apenas a sua doutrina, fala de Deus conforme a sua ciência lhe ensinou; mas uma pessoa de oração fala d'Ele de uma maneira completamente diferente. E a diferença entre os dois, milhas filhas, reside em que um fala através de ciência adquirida e o outro através de uma ciência inata cheia de amor, de modo que o doutor não é, neste confronto, o mais instruído. E é preciso que ele se cale onde quer que esteja uma pessoa de oração, pois esta fala de Deus de uma maneira totalmente diferente da que ele usa.

Fonte: Evangrlho Quotidiano

terça-feira, 12 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 12/07


Terça-feira da 15ª semana do Tempo Comum






LEITURAS


Livro de Êxodo 2,1-15a.


Naqueles dias, um homem da família de Levi tomou como esposa uma jovem da mesma tribo. A mulher concebeu e deu à luz um filho. Viu que era belo, e escondeu-o durante três meses. Não podendo mantê-lo escondido por mais tempo, arranjou-lhe uma cesta de papiro, calafetou-a com betume e pez, colocou nela o menino, e foi pô-la nos juncos da margem do rio. A irmã dele colocou-se a uma certa distância para saber o que lhe sucederia. Ora a filha do faraó desceu ao rio para tomar banho, enquanto as suas jovens acompanhantes caminhavam ao longo do rio. Viu a cesta no meio dos juncos e enviou a sua serva para a trazer. Abriu-a e viu a criança: era um menino que chorava. Compadeceu-se dele e disse: «Este é um dos filhos dos hebreus.» Então a irmã dele disse à filha do faraó: «Queres que te vá chamar uma ama entre as mulheres dos hebreus, para te amamentar o menino?» «Vai», disse-lhe a filha do faraó. E a jovem foi chamar a mãe do menino. A filha do faraó disse-lhe: «Leva este menino e amamenta-mo, e dar-te-ei o teu salário.» A mulher levou o menino e amamentou-o. O menino cresceu, e ela devolveu-o à filha do faraó. Foi para ela como um filho, e deu-lhe o nome de Moisés, dizendo: «Porque o tirei das águas.» Entretanto, Moisés cresceu, foi ao encontro dos seus irmãos e viu os seus carregamentos. Viu também um egípcio que açoitava um dos seus irmãos hebreus. Olhando para todos os lados e vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio e enterrou-o na areia. Saiu outra vez no dia seguinte e viu dois hebreus a brigar. Disse ao culpado: «Porque bates no teu companheiro?» Ao que ele replicou: «Quem te estabeleceu como chefe e juiz sobre nós? Acaso pensas matar-me como mataste o egípcio?» Moisés teve medo e disse para consigo: «Com certeza que o assunto já é conhecido.» O faraó ouviu falar deste assunto e procurou matar Moisés. Mas Moisés fugiu da presença do faraó, foi residir na terra de Madian e sentou-se junto do poço.


Livro de Salmos 69(68),3.14.30-31.33-34.


Estou a afundar-me num lamaçal profundo, não tenho ponto de apoio; entrei no abismo de águas sem fundo e a corrente me subermegiuMas eu dirijo a ti a minha oração, ó SENHOR, no tempo favorável; ó Deus, responde me, pelo teu grande amor, como prova da vossa salvação. Mas a mim, triste e aflito, que a tua salvação, ó Deus, me restabeleça. Louvarei, com cânticos, o nome de Deus; hei-de glorificá lo com acções de graças. Que os humildes vejam isto e se alegrem, e os que buscam a Deus se encham de coragem, porque o SENHOR escuta os necessitados e não despreza o seu povo cativo.


Evangelho segundo S. Mateus 11,20-24.


Naqueles dias, começou Jesus a censurar duramente as cidades em que se tinha realizado a maior parte dos seus milagres, por não se terem arrependido: «Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres realizados entre vós, tivessem sido feitos em Tiro e em Sídon, de há muito se teriam convertido, vestindo-se de saco e com cinza. Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sídon do que para vós. E tu, Cafarnaúm, julgas que serás exaltada até ao céu? Serás precipitada no abismo. Porque, se os milagres que em ti se realizaram tivessem sido feitos em Sodoma, ela ainda hoje existiria. Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para os de Sodoma do que para ti.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Tiago de Sarug (c. de 449-521), monge e bispo sírio Poema


Converter-se e regressar


Regressarei à casa de meu Pai, como o Filho Pródigo (Lc 15,18), e serei acolhido. Tal qual ele fez, assim farei eu: corresponderá o Pai aos meus desejos? [...] Pois estou como morto pelo pecado, como de uma doença. Resgata-me desta ruína, e possa eu louvar o Teu nome! Senhor da terra e do céu, peço-Te: ajuda-me e mostra-me o caminho para chegar a Ti! Leva-me à Tua presença, Filho do Magnânimo, e atinge assim o cume da Tua misericórdia! Irei a Ti e saciar-me-ei com a Tua alegria. Nesta hora de profundo cansaço mói para mim o fermento da vida!Parti à Tua procura e o Maligno estava à espreita, como salteador (Lc 10,30). Atou-me e atolou-me nos prazeres deste mundo perdido; encarcerou-me nos seus deleites e depois deu-me com a porta na cara. Não há ninguém que me liberte para que eu parta de novo à Tua procura, ó meu Senhor! [...] Só quero ser Teu, Senhor, e caminhar conTigo! Medito nos Teus mandamentos dia e noite (Sl 1,2). Sê-me propício e acolhe o meu lamento, ó Misericordioso! Não me cortes a esperança, Senhor, porque sou Teu servo e espero em Ti!

Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 11 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 11/07


S. Bento, abade,co-padroeiro da Europa – festa





São Bento


São Bento nasceu em Núrsia, na Úmbria, por volta do ano 480. Após concluir os seus estudos em Roma, retirou-se para o monte Subíaco e entregou-se à oração e à penitência. É o fundador do célebre mosteiro do Monte Cassino. Escreveu ali a sua famosa Regra. É considerado o pai do monaquismo no Ocidente. Morreu no dia 21 de Março de 547. Duzentos anos após a sua morte, a Regra Beneditina havia-se espalhado pela Europa inteira, tornando-se a forma de vida monástica por toda a Idade Média.Os monges beneditinos exerceram papel importante na evangelização e nos evangelizadores da Europa medieval. "Orar e trabalhar, contemplar e agir" é a síntese da Regra Beneditina. A vida religiosa não é privilégio exclusivo de seres excepcionais e bem dotados espiritualmente. É possível a todos os que queiram buscar a Deus. Moderação é a tónica geral. Nela já não se fala de mortificação e de penitências: um bom monge era aquele que não era soberbo nem violento, "não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não murmurador ..." Não é de estranhar que o emblema monástico tenha passado a ser a cruz e o arado ...Com S. Cirilo e S. Metódio, S. Bento foi declarado patrono da Europa.

LEITURAS


Livro de Provérbios 2,1-9.


Meu filho, se receberes as minhas palavras e guardares cuidadosamente os meus mandamentos, prestando o teu ouvido à sabedoria, e inclinando o teu coração ao entendimento; se invocares a inteligência e fizeres apelo ao entendimento, se a buscares como se procura a prata e a pesquisares como um tesouro escondido, então, compreenderás o temor do Senhor e chegarás ao conhecimento de Deus. Porque o Senhor é quem dá a sabedoria e da sua boca procedem o saber e o entendimento. Ele reserva a salvação para os rectos e é um escudo para os que procedem honestamente. Protege os caminhos dos justos e dirige os passos dos seus fiéis. Então, compreenderás a justiça e a equidade, a rectidão e todos os caminhos que conduzem ao bem;


Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11.


Em todo o tempo, bendirei o SENHOR; o seu louvor estará sempre nos meus lábios. A minha alma gloria se no SENHOR! Que os humildes saibam e se alegrem. Enaltecei comigo o SENHOR; exaltemos juntos o seu nome. Procurei o SENHOR e Ele respondeu me, livrou me de todos os meus temores. Aqueles que o contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido. Quando um pobre invoca o SENHOR, Ele atende o e liberta o das suas angústias. O anjo do SENHOR protege os que o temem e livra-os do perigo. Saboreai e vede como o SENHOR é bom; feliz o homem que nele confia! Temei o SENHOR, vós que lhe estais consagrados, pois nada falta aos que o temem. Os ricos empobrecem e passam fome, mas aos que procuram o SENHOR nenhum bem há-de faltar.


Evangelho segundo S. Mateus 19,27-29.


Naquele tempo, Pedro disse a Jesus: «Nós deixámos tudo e seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade vos digo: No dia da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono de glória, vós, que me seguistes, haveis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna.


Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI Audiência geral de 9/4/08 © Libreria Editrice Vaticana


São Bento, padroeiro da Europa


Gostaria hoje de falar de São Bento, fundador do monaquismo ocidental, e também padroeiro do meu pontificado. Começo com uma palavra de São Gregório Magno, que escreve sobre São Bento: «O homem de Deus que brilhou nesta terra com tantos milagres não resplandeceu menos pela eloquência com que soube expor a sua doutrina» (Dial. II, 36). O grande Papa escreveu estas palavras no ano de 592; o santo monge tinha falecido 50 anos antes e ainda estava vivo na memória do povo, sobretudo na florescente ordem religiosa por ele fundada. São Bento de Núrcia exerceu, com a sua vida e a sua obra, uma influência fundamental sobre o desenvolvimento da civilização e da cultura europeias. [...]Entre os séculos V e VI, o mundo esteve envolvido numa tremenda crise de valores e de instituições, causada pela queda do Império Romano, pela invasão dos novos povos e pela decadência dos costumes. Com a apresentação de São Bento como «astro luminoso», Gregório queria indicar, nesta situação atormentada, precisamente aqui nesta cidade de Roma, a saída da «noite escura da história» (cf. João Paulo II, Insegnamenti, II/1, 1979, p. 1158). De facto, a obra do santo e, de modo particular, a sua Regra revelaram-se portadoras de um autêntico fermento espiritual, que mudou, no decorrer dos séculos, muito para além dos confins da sua pátria e do seu tempo, o rosto da Europa, suscitando depois da queda da unidade política criada pelo Império Romano uma nova unidade espiritual e cultural, a da fé cristã partilhada pelos povos do continente. Surgiu precisamente assim a realidade à qual nós chamamos «Europa».


Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 10 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 10/07

15º Domingo do Tempo Comum - Ano A






LEITURAS


Livro de Isaías 55,10-11.


Eis o que diz o Senhor: «Assim como a chuva e a neve descem do céu não voltam para lá, sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir, para que dê semente ao semeador e pão para comer, o mesmo sucede à palavra que sai da minha boca: não voltará para mim vazia, sem ter realizado a minha vontade e sem cumprir a sua missão.


Livro de Salmos 65(64),10abcd.10e-11.12-13.14.


Cuidaste da terra e tornaste a fértil, cumulando a de riquezas. Enches, a transbordar, os rios caudalosos e fazes brotar o trigo. Assim preparas a terra, Regas os seus sulcos e aplanas as leivas; amoleces a terra com chuvas abundantes e abençoas as suas sementeiras. Coroas o ano com os teus benefícios; por onde passas, brota a abundância. Vicejam as pastagens do deserto, as colinas vestem se de festa. Os campos cobrem se de rebanhos e os vales enchem se de trigais. Tudo aclama e grita de alegria.


Carta aos Romanos 8,18-23.


Irmãos: Estou convencido de que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que há-de revelar-se em nós. Pois até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus. De facto, a criação foi sujeita à destruição não voluntariamente, mas por disposição daquele que a sujeitou na esperança de que também ela será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus. Bem sabemos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente. Não só ela. Também nós, que possuímos as primícias do Espírito, nós próprios gememos no nosso íntimo, aguardando a adopção filial, a libertação do nosso corpo.


Evangelho segundo S. Mateus 13,1-23.


Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se à beira-mar. Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia. Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram. Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas. Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta. Aquele que tiver ouvidos, oiça!» Aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-lhe: «Porque lhes falas em parábolas?» Respondendo, disse-lhes: «A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado. Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender. Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo tornou se-duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para Eu os curar. Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram, e ouvir o que estais a ouvir, e não ouviram.» «Escutai, pois, a parábola do semeador. Quando um homem ouve a palavra do Reino e não compreende, chega o maligno e apodera-se do que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente à beira do caminho. Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe, de momento, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, é inconstante: se vier a tribulação ou a perseguição, por causa da palavra, sucumbe logo. Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra que, por isso, não produz fruto. E aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende: esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Cirilo de Jerusalém (313-350), Bispo de Jerusalém e Doutor da Igreja Catequeses Baptismais, n.º 18, 6; PG 38, 1021


«Ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem»


Arrancada uma árvore, cortada até pela sua base e depois feito o transplante— o salgueiro, por exemplo—, ela rebenta e volta a florir; e não voltará à vida um homem arrancado ao solo? Colhidas as sementes, repousam e descansam nos celeiros e voltarão a viver depois da primavera; e não voltará à vida o homem depois de ceifado e lançado aos celeiros da morte? Cortado e transplantado um ramo ou um rebento de vide, ganha vida e dá fruto; e não há-de voltar a levantar-se o homem que caiu, para quem tudo foi criado?Considerai agora o que se passa à nossa volta. Contemplai o panorama deste vasto universo: é semeado o trigo ou outro cereal, cai ao chão, apodrece, e já não serve para moer. Mas renasce desse apodrecimento, e cresce, e multiplica-se. Foi semeado um só grão e dá vinte, ou trinta, ou mais. Ora, para quem foi ele criado? Não foi para nosso uso? Não é para si próprias que as sementes saem do nada. Por isso, aquilo que foi criado para nós morre e renasce, e nós, para quem este prodígio acontece todas as vezes, seríamos nós excluídos deste benefício? Como deixaremos então de crer na ressurreição?


Fonte: Evangelho Quotidiano