TRANSLATOR GOOGLE

sábado, 17 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 17/12





Últimos dias feriais do Advento - 17 de dezembro


Santo do dia : S. Lázaro, amigo de Jesus, séc. I, Santa Olímpia, viúva, diaconisa, +408

LEITURAS


Livro de Génesis 49,2.8-10.


Naqueles dias, Jacob chamou os seus filhos e disse-lhes: «Ajuntai-vos para escutar, filhos de Jacob, para escutar Israel, vosso pai. A ti, Judá, teus irmãos te louvarão. A tua mão fará curvar o pescoço dos teus inimigos. Os filhos de teu pai inclinar-se-ão diante de ti! Tu és um leãozinho, Judá, quando regressas, ó meu filho, com a tua presa! Ele deita-se. É o repouso do leão e da leoa; quem ousará despertá-lo? O ceptro não escapará a Judá, nem o bastão de comando à sua descendência, até que venha aquele a quem pertence o comando e ao qual obedecerão os povos.


Livro de Salmos 72(71),3-4ab.7-8.17.


Deus, concedei ao rei opoder de julgar e a vossa justiça ao filho do rei. Ele governará o vosso povo com justiça e os vossos pobres com equidade.Que os montes tragam a paz ao povo, e as colinas, a justiça.

Que o rei proteja os humildes do povo, ajude os necessitados e esmague os opressores! Em seus dias florescerá a justiça e uma grande paz até ao fim dos tempos. Dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra.O seu nome permanecerá pelos séculos e durará enquanto o Sol brilhar; todos nele se sentirão abençoados, todos os povos da terra o hão-de bendizer.


Evangelho segundo S. Mateus 1,1-17.


Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos; Judá gerou, de Tamar, Peres e Zera; Peres gerou Hesron; Hesron gerou Rame; Rame gerou Aminadab; Aminadab gerou Nachon; Nachon gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Uzias; Uzias gerou Jotam; Jotam gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, na época da deportação para Babilónia. Depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azur; Azur gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleázar; Eleázar gerou Matan; Matan gerou Jacob. Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo. Assim, o número total das gerações é, desde Abraão até David, catorze; de David até ao exílio da Babilónia, catorze; e, desde o exílio da Babilónia até Cristo, catorze.


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Leão Magno (? -c. 461), papa e doutor da Igreja 3º Sermão para o Natal


«Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo [...] n'Ele nos escolheu antes da criação do mundo» (Ef 1, 3-4)


A Encarnação do Verbo, a Palavra de Deus, diz respeito ao passado e ao futuro; nenhum tempo, por mais recuado que seja, foi privado do sacramento da salvação dos homens. O que os apóstolos pregaram é o que os profetas tinham anunciado, e não se pode dizer que o que se acreditou desde sempre se tivesse cumprido tardiamente. Adiando a obra da salvação, Deus tornou-nos, na Sua sabedoria e na Sua bondade, mais aptos para responder ao Seu apelo [...], graças a estes anúncios antigos e frequentes.Não é pois verdade que Deus tenha providenciado às questões humanas mudando de intenção e movido por uma misericórdia tardia: desde a criação do mundo, Ele decretou para todos um único e mesmo caminho de salvação. Com efeito, a graça de Deus, pela qual todos os Seus santos sempre foram justificados, não se iniciou com o nascimento de Cristo, antes cresceu com ele. Este mistério de um grande amor, que agora preencheu o mundo inteiro, já era igualmente poderoso em seus avisos; os que acreditaram quando lhes foi prometido não tiveram menos benefícios do que os que o receberam quando lhes foi dado. Meus caros, foi pois com uma bondade evidente que as riquezas da graça de Deus foram derramadas sobre nós. Chamados à eternidade, não somos apenas sustentados pelo exemplo do passado, mas vimos aparecer a própria verdade sob uma forma visível e corporal. Devemos pois celebrar o dia do nascimento do Senhor com uma alegria fervorosa que não é deste mundo. [...] Graças à luz do Espírito Santo, saibamos reconhecer Aquele que nos recebeu n'Ele e que nós recebemos em nós: porque, tal como o Senhor Jesus tomou a nossa carne nascendo, também nós tomamos o Seu corpo renascendo. [...] Deus propôs-nos o exemplo da Sua generosidade e humildade [...]: sejamos semelhantes ao Senhor na Sua humildade, se queremos ser como Ele na Sua glória. Ele próprio nos ajudará e nos conduzirá à realização do que prometeu.


Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 16/12

Sexta-feira da 3a semana do Advento




Livro de Isaías 56,1-3a.6-8.


Eis o que diz o Senhor: «Respeitai o direito, praticai a justiça, porque a minha salvação está mesmo a chegar, e a minha vitória prestes a aparecer. Feliz o homem que assim procede, e o mortal que assim actua com firmeza, que guarda o sábado sem o profanar, e conserva as suas mãos limpas de toda a obra má. Não diga o estrangeiro que se converteu ao SENHOR: ‘O SENHOR me excluirá do seu povo.’ E não diga o eunuco: ‘Eu sou apenas um lenho seco.’» Quanto aos estrangeiros que se converterem ao SENHOR, para o servirem e amarem e serem seus servos, se guardarem o sábado sem o profanar, e forem fiéis à minha aliança, hei-de conduzi-los ao meu santo monte, hei-de cumulá-los de alegria na minha casa de oração; os seus holocaustos e sacrifícios ser-me-ão agradáveis sobre o meu altar, porque a minha casa é casa de oração, e assim será para todos os povos oráculo do Senhor DEUS, que reúne os exilados de Israel: ‘Hei-de reunir ainda outros aos que já foram reunidos.’»


Livro de Salmos 67(66),2-3.5.7-8.


Deus se compadeça de nós e nos abençoe, faça brilhar sobre nós a luz do seu rosto. Sejam conhecidos na terra os teus caminhos e entre as nações, a tua salvação! Alegrem-se e exultem as nações, porque julgas os povos com justiça. e governas as nações sobre a terra. O campo dá os seus frutos. Deus, o nosso Deus, nos abençoa. Que Deus nos abençoe; e o seu temor chegue aos confins da terra!


Evangelho segundo S. João 5,33-36.


Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Vós enviastes mensageiros a João Baptista, e ele deu testemunho da verdade. Não é, porém, de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para vos salvardes. João era uma lâmpada ardente e luminosa, e vós, por um instante, quisestes alegrar-vos com a sua luz. Mas tenho a meu favor um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai me confiou para levar a cabo, essas mesmas obras que Eu faço, dão testemunho de que o Pai me enviou.


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Máximo de Turim (? – c. 420), bispo Sermão 62
«Preparei uma lâmpada para o Meu Cristo» (Sl 132,17)
Na altura em que todo o universo se encontrava subjugado pelas trevas do diabo e o negrume do pecado reinava sobre o mundo, um novo sol, Cristo, Nosso Senhor, quis, nos últimos tempos e na escuridão da noite, espalhar a claridade dum novo dia. Antes de surgir esta luz, isto é, antes de que se manifestasse «o sol de justiça» (Ml 3,20), Deus anunciara já, pelos profetas: «Eu vos enviei todos os Meus profetas antes da luz» (Jr 7,25 [Vulgata]). Mais tarde, o próprio Cristo enviou os Seus raios, ou seja, os Apóstolos, a fazer brilhar a Sua luz e encher de Verdade a terra inteira, a fim de que ninguém se perdesse nas trevas. [...]Nós, os homens, servimo-nos de lâmpadas para levar a cabo as nossas tarefas antes de o sol deste mundo nascer; ora, também o sol de Cristo teve uma lâmpada a preceder a Sua vinda, como diz o salmista: «Preparei uma lâmpada para o Meu Cristo» (Sl 132,17 [Vulgata]). O Senhor indica-nos quem é esta lâmpada, ao dizer, a respeito de João Baptista: «era uma lâmpada ardente e luminosa» (Jo 5,35). E o mesmo João diz de si próprio, como se fora o fraco clarão duma lanterna que se leva à nossa frente: «Mas vai chegar alguém mais forte do que eu, a quem não dou digno de desatar a correia das sandálias. Ele há-de baptizar-vos no espírito Santo e no fogo» (Lc 3,16); ao mesmo tempo, percebendo que a sua luz devia desvanecer-se perante os raios desse sol, diz: «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3,30). Com efeito, assim como o clarão duma lanterna desaparece com a luz do sol, do mesmo modo o baptismo de arrependimento de João perde o valor com a chegada da graça de Cristo.


Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 15-12


Quinta-feira da 3a semana do Advento




LEITURAS


Livro de Isaías 54,1-10.


Alegra-te, ó estéril, que não tiveste filhos, entoa cânticos de júbilo, tu que não davas à luz, porque os filhos da desamparada são mais numerosos do que os da mulher casada. É o Senhor quem o diz. Alarga o espaço da tua tenda, estende sem medo as lonas que te abrigam, e estica as tuas cordas, fixa bem as tuas estacas, porque vais aumentar por todos os lados. Os teus descendentes possuirão as nações, e povoarão cidades desertas. Não tenhas medo, porque não voltarás a ser humilhada. Não te envergonhes, porque não voltarás a ser desonrada. Esquecer-te-ás da vergonha do teu estado de solteira, e não te lembrarás do opróbrio da tua viuvez. Com efeito, o teu criador é que é o teu esposo, o seu nome é SENHOR do universo. O teu redentor é o Santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra. O SENHOR chamou-te novamente como a uma mulher abandonada e angustiada. Na verdade, como se pode repudiar a esposa da juventude? É o teu Deus quem o diz. Por um curto momento Eu te abandonei, mas, com grande amor, volto a unir-me contigo. Num acesso de ira, e por um instante, escondi de ti a minha face, mas Eu tenho por ti um amor eterno. É o SENHOR teu redentor quem o diz. Vou agir como no tempo de Noé: jurei que nunca mais o dilúvio se abateria sobre a terra. Do mesmo modo, juro nunca mais me irritar contra ti, nem te ameaçar. Ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas, o meu amor por ti nunca mais será abalado, e a minha aliança de paz nunca mais vacilará. Quem o diz é o SENHOR, que tanto te ama.


Livro de Salmos 30(29),2.4.5-6.11-12a.13b.


Senhor, eu te enalteço, porque me salvaste e não permitiste que os inimigos se rissem de mim. Senhor, livraste a minha alma da mansão dos mortos, poupaste-me a vida, para eu não descer ao túmulo.Cantai salmos ao Senhor, vós que o amais, e dai-lhe graças, lembrando a sua santidade. A sua indignação dura apenas um instante, mas a sua benevolência é para toda a vida. Ao cair da noite, vem o pranto; e, ao amanhecer, volta a alegria. Ouve me, Senhor, tem compaixão de mim; Senhor, vem em meu auxílio. Tu converteste o meu pranto em festa, tiraste-me o luto e vestiste-me de júbilo.Por isso o meu coração te cantará sem cessar. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre.


Evangelho segundo S. Lucas 7,24-30.


Quando os mensageiros de João Baptista se retiraram, Jesus começou a falar dele à multidão: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Que fostes ver, então? Um homem vestido com roupas finas? Os que usam trajes sumptuosos vivem regaladamente e estão nos palácios dos reis. Que fostes ver, então? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais do que um profeta. É aquele de quem está escrito: 'Vou mandar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de ti.' Digo-vos: Entre os nascidos de mulher não há profeta maior do que João; mas, o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele.» E todo o povo que o escutou, bem como os cobradores de impostos, reconheceram a justiça de Deus, recebendo o baptismo de João. Mas, não se deixando baptizar por ele, os fariseus e os doutores da Lei anularam os desígnios de Deus a seu respeito.


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Efraim (c. 306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja Comentário ao Diatessaron, 9, 7-13; SC 121


«Mas o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele»


«De entre os homens, nenhum é maior do que João». Se todos os santos, esses homens justos, fortes e sábios, pudessem reunir-se e habitar num só homem, não chegariam a igualar João Baptista [...], e por isso se diz que em muito ele ultrapassa os homens e que pertence à categoria dos anjos (Mc 1,2 grego; Ml 3,1 hebr).«Mas o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele.» Com o que disse acerca da grandeza de João, Nosso Senhor quis anunciar-nos a abundante misericórdia de Deus e a Sua generosidade para com os Seus eleitos. Por mais célebre e grandioso que seja João, sê-lo-á menos do que o mais pequeno do Reino, como diz o apóstolo Paulo: «Pois o nosso conhecimento é imperfeito [...] mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá» (1Co 13,9-10). João é grande, e disse por intuição: «Eis o Cordeiro de Deus » (Jo 1,29); mas essa grandiosidade, comparada com a glória que será revelada àqueles que dela forem considerados dignos, é como um mero antegosto. Por outras palavras, todas as coisas grandes e admiráveis da terra, comparadas com as beatitudes do alto, surgem-nos na sua pequenez e na sua vacuidade [...].João foi considerado digno dos grandes dons deste mundo: a profecia, o sacerdócio (cf. Lc 1,5) e a justiça [...]. João é maior do que Moisés e os profetas, mas a antiga Lei precisa do Novo Testamento, pois aquele que é maior do que os profetas disse ao Senhor: «Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por Ti» (Mt 3,14). João é igualmente grande porque a sua concepção foi anunciada por um anjo, porque o seu nascimento esteve envolto em milagres, porque anunciou Aquele que dá a vida, porque baptizou para a remissão dos pecados. [...] Moisés conduziu o povo até ao Jordão e a Lei conduziu o género humano até ao baptismo de João. Mas «se de entre os homens, nenhum é maior do que João», o precursor do Senhor, quão maiores serão aqueles a quem nosso Senhor lavou os pés e em quem insuflou o Seu Espírito (Jo 13,4; 20,22)!



Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 14/12



Quarta-feira da 3a semana do Advento




LEITURAS


Livro de Isaías 45,6b-8.18.21b-25.


«Eu sou o Senhor e não há outro. Formo a luz e crio as trevas, dou a felicidade e mando a infelicidade. Eu sou o SENHOR, que faço todas estas coisas. Destilai, ó céus, lá das alturas o orvalho, e que as nuvens façam chover a justiça. Abra-se a terra para que floresça a salvação, e germine igualmente a justiça. Eu sou o SENHOR, que criou tudo isto.» Eis o que diz o SENHOR, criador dos céus, o Deus que formou a terra e a consolidou, que não a criou em caos, mas pronta para ser habitada: «Eu é que sou o SENHOR e não há outro.» Declarai, apresentai provas, consultai-vos uns aos outros. Quem anunciou estas coisas há muito tempo? Quem o revelou desde então? Não fui Eu, o SENHOR? Não há outro Deus além de mim. Eu sou um Deus justo e salvador, e não há nenhum outro. Voltai-vos para mim e sereis salvos, vós que habitais nos confins da terra, porque Eu sou Deus e não há nenhum outro. Juro por mim mesmo, e o que digo é verdadeiro, é uma palavra irrevogável: «Todo o joelho se dobrará diante de mim, toda a língua jurará por mim.» Dirão: «Só no SENHOR residem a justiça e a força.» Até Ele hão-de acorrer envergonhados todos os que contra Ele se tinham levantado. No SENHOR triunfará e se gloriará toda a descendência de Israel.


Livro de Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.


Escutemos o que diz o Senhor Deus promete paz para o seu povo e para os seus amigos. A sua salvação está perto dos que o temem e a sua glória habitará na nossa terra. O amor e a fidelidade vão encontrar-se. Vão beijar-se a justiça e a paz. Da terra vai brotar a verdade e a justiça descerá do Céu. O próprio Senhor nos dará os seus bens e a nossa terra produzirá os seus frutos. A justiça caminhará diante d'Ele e a paz, no rasto dos seus passos.


Evangelho segundo S. Lucas 7,18-23.


Naquele tempo, João Baptista chamou dois dos seus discípulos João mandou-os ao Senhor com esta mensagem: «És Tu o que está para vir, ou devemos esperar outro?» Ao chegarem junto dele, os homens disseram: «João Baptista mandou-nos ter contigo para te perguntar: 'És Tu o que está para vir, ou devemos esperar outro?'» Nessa altura, Jesus curava a muitos das suas doenças, padecimentos e espíritos malignos e concedia vista a muitos cegos. Tomando a palavra, disse aos enviados: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, a Boa-Nova é anunciada aos pobres; e feliz de quem não tiver em mim ocasião de queda.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Beato João Paulo II Encíclica «Dives in Misericordia» § 3


«A boa nova é anunciada aos pobres»


Diante dos Seus conterrâneos, em Nazaré, Cristo expõe as palavras do profeta Isaías: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4,18-19). [...] Mediante tais factos e palavras, Cristo torna o Pai presente no meio dos homens. É muito significativo que estes homens sejam sobretudo os pobres, carecidos dos meios de subsistência, os que estão privados da liberdade, os cegos que não vêem a beleza da criação, os que vivem com a amargura no coração, ou então os que sofrem por causa da injustiça social e, por fim, os pecadores. Em relação a estes últimos, de modo especial, o Messias torna-Se sinal particularmente visível de Deus que é amor, torna-Se sinal do Pai. [...]É igualmente significativo que, quando os mensageiros enviados por João Baptista foram ter com Jesus e Lhe perguntaram: «Tu és Aquele que está para vir, ou temos de esperar outro?», Ele, referindo-se ao mesmo testemunho com que havia inaugurado o Seu ensino em Nazaré, lhes tenha respondido: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciada a Boa-Nova»; e é ainda significativo que tenha depois concluído: «Bem-aventurado aquele que não se escandalizar a Meu respeito».Jesus revelou, sobretudo pelo Seu estilo de vida e as Suas acções, como o Amor está presente no mundo em que vivemos, Amor operante, Amor que se dirige ao homem e abraça tudo quanto constitui a sua humanidade. Tal amor transparece especialmente no contacto com o sofrimento, a injustiça e a pobreza, no contacto com toda a «condição humana» histórica que, de vários modos, manifesta as limitações e a fragilidade, tanto físicas como morais, do homem. Precisamente o modo e o âmbito em que Se manifesta o Amor são chamados, na linguagem bíblica, «misericórdia». Cristo, portanto, revela Deus que é Pai, que é «Amor», como referiria João na sua primeira epístola (4,16); revela Deus «rico em misericórdia» (Ef 2,4).


Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 13/12




Terça-feira da 3a semana do Advento




Livro de Sofonias 3,1-2.9-13.


Eis o que diz o Senhor: «Ai da cidade rebelde, manchada e opressora! Ela não ouviu o apelo, nem aceitou o aviso; não confiou no Senhor, nem se aproximou do seu Deus. Então, darei aos povos lábios puros, para que todos possam invocar o nome do Senhor e servi-lo de comum acordo. Do outro lado dos rios da Etiópia, os meus adoradores dispersos virão trazer-me ofertas. Naquele dia, não te envergonharás dos pecados que cometeste contra mim, porque exterminarei do meio de ti os orgulhosos e os arrogantes; e cessarás de te orgulhar na minha montanha santa. Deixarei subsistir no meio de ti um povo pobre e humilde; eles procurarão refúgio no nome do Senhor. O resto de Israel não cometerá mais a iniquidade nem proferirá mentiras; não se achará mais na sua boca uma língua enganadora. Eles apascentarão e repousarão sem que ninguém os inquiete.


Livro de Salmos 34(33),2-3.6-7.17-18.19.23.


Em todo o tempo, bendirei o Senhor; o seu louvor estará sempre nos meus lábios. A minha alma gloria-se no Senhor! Que os humildes saibam e se alegrem. Aqueles que o contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido. Quando um pobre invoca o SENHOR, Ele atende o e liberta o das suas angústias. A ira do Senhor volta-se contra os malfeitores, para apagar da terra a sua memória. Os justos clamaram e o Senhor atendeu-os e livrou-os das suas angústias. O Senhor está perto dos corações contritos e salva os espíritos abatidos. O SENHOR resgata a vida dos seus servos; os que nele confiam não serão condenados.


Evangelho segundo S. Mateus 21,28-32.


Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo:«Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: 'Filho, vai hoje trabalhar na vinha.' Mas ele respondeu: 'Não quero.’ Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi. Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: 'Vou sim, senhor.’ Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder vos no Reino de Deus. João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja Sermão 167; CCL 248, 1025, PL 52, 636


«João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele»


João Baptista ensina com palavras e actos. Verdadeiro mestre, mostra pelo seu exemplo aquilo que afirma com a sua palavra. O saber faz o mestre, mas é a conduta que confere autoridade. [...] Ensinar pelos actos é a única regra daquele que quer instruir. A instrução pelas palavras é sabedoria; mas quando passa pelos actos é virtude. Por conseguinte, a sabedoria é autêntica quando unida à virtude: só então é divina e não humana. [...]«Naqueles dias, apareceu João, o Baptista, a pregar no deserto da Judeia. Dizia: 'Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu'» (Mt 3,1-2). «Convertei-vos.» Porque não diz: «Rejubilai»? «Rejubilai antes porque as realidades humanas dão lugar às realidades divinas, as terrestres às celestiais, as temporais às eternas, o mal ao bem, a incerteza à segurança, a tristeza à felicidade, as realidades perecíveis às que permanecerão para sempre. O Reino dos céus está muito próximo. Convertei-vos.» Que a tua conduta de convertido seja evidente. Tu que preferiste o humano ao divino, que quiseste ser escravo do mundo em vez de vencedor do mundo com o Senhor do mundo, converte-te. Tu que fugiste da liberdade que as virtudes conferem porque quiseste sofrer o jugo do pecado, converte-te; converte-te verdadeiramente, tu que, por medo de possuir a Vida, te entregaste à morte.


Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 12/12/2011




Segunda-feira da 3a semana do Advento




Livro de Números 24,2-7.15-17a.


Naqueles dias, o profeta Balaão levantou os olhos e viu Israel acampado por tribos. Desceu sobre ele o Espírito de Deus e ele proferiu o seu oráculo, dizendo: «Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem de olhar penetrante; oráculo do que escuta as palavras de Deus, que tem a visão do Omnipotente, que se prostra, mas de olhos abertos. Como são belas as tuas tendas, ó Jacob, as tuas moradas, ó Israel! Estendem-se como os vales, como jardins junto de um rio! O Senhor plantou-as como árvores de aloés, como cedros junto das águas! A água escorre de seus reservatórios e suas sementeiras têm água abundante. O seu rei é mais forte que Agag, e exalta o seu reino! E Balaão pronunciou o seu oráculo, dizendo: «Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem de olhar penetrante. Oráculo daquele que escuta as palavras de Deus, e conhece a sabedoria do Altíssimo, que tem a visão do Omnipotente, que se prostra, mas de olhos abertos. Eu vejo, mas não para já; contemplo-o, mas ainda não próximo: uma estrela surge de Jacob e um ceptro se ergue de Israel. Derrubará as frontes de Moab e o crânio de todos os filhos de Set.


Livro de Salmos 25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.


Mostra-me, Senhor, os teus caminhos e ensina-me as tuas veredas. Dirige-me na tua verdade e ensina-me, porque Tu és o Deus meu salvador. Em ti confio sempre. Lembra-te, Senhor, da tua compaixão e do teu amor, pois eles existem desde sempre. Lembra-te de mim, Senhor, pelo teu amor e pela tua bondade. Não recordes os meus pecados de juventude e os meus delitos. Lembra-te de mim, Senhor, pelo teu amor e pela tua bondade. O Senhor é bom e justo; ensina o caminho aos pecadores, guia os humildes na justiça e dá-lhes a conhecer o seu caminho.


Evangelho segundo S. Mateus 21,23-27.


Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, foram ter com Ele os sumos sacerdotes e os anciãos do povo e disseram-lhe: «Com que autoridade fazes isto? E quem te deu tal poder?» Jesus respondeu-lhes: «Também Eu vou fazer vos uma pergunta. Se me responderdes, digo-vos com que autoridade faço isto. De onde provinha o baptismo de João: do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a pensar entre si: «Se respondermos: 'Do Céu’, vai dizer-nos: 'Porque não lhe destes crédito?’ E, se respondermos: 'Dos homens’, ficamos com receio da multidão, pois todos têm João por um profeta.» E responderam a Jesus: «Não sabemos.» Disse-lhes Ele, por seu turno: «Também Eu vos não digo com que autoridade faço isto.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém e doutor da Igreja Catequese baptismal 12, 6-8


«Porque não lhe destes crédito?»


Os profetas foram enviados com Moisés para curar Israel; mas cuidavam de Israel chorando, sem conseguirem dominar o mal, como disse um deles: «Ai de mim! Desapareceram da terra os justos» (Mq 7,1-2). [...] Grande era a ferida da humanidade; «desde a planta dos pés até ao alto da cabeça, não há nada de são em vós. Tudo são feridas, contusões, chagas vivas, que não foram curadas, nem ligadas, nem suavizadas com azeite» (Is 1,6). Os profetas, esgotados pelas lágrimas, diziam: «Quem dera que viesse de Sião a salvação de Israel!» (Sl 13,7) [...] E outro profeta suplicava nestes termos: «Senhor, abaixa os céus e desce» (Sl 143,5). As feridas da humanidade excedem os nossos remédios. «Derrubaram os Teus altares e assassinaram os Teus profetas.» (1R 19,10). A nossa miséria não pode ser curada por nós; é de Ti que necessitamos para nos reerguemos.O Senhor satisfez a oração dos profetas. O Pai não desprezou a nossa raça mortificada; enviou do céu o Seu próprio Filho como médico. «O Senhor que procurais virá brevemente» disse um profeta. Onde? «No Seu santuário» (Ml 3,1), onde ape¬drejastes o Seu profeta (2Cr 24,21). [...] O próprio Deus disse ainda: «Eis que Eu venho para morar no meio de ti, e muitas nações se unirão ao Senhor» (Zc 2,14-15). [...] Agora venho reunir todos os povos de todas as línguas, porque «veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam» (Jo 1,11). Vens; e que dás Tu às nações? «Eu virei para reunir os povos e colocarei no meio deles um sinal» (Is 66,18-19). Com efeito, na sequência do Meu combate na cruz, cada um dos Meus soldados levará sobre a fronte o selo real (Ap 7,3). E outro profeta disse: «Inclinou os céus e desceu, com densas nuvens debaixo dos Seus pés». (Sl 17,10). Mas a Sua descida dos céus permaneceu desconhecida dos homens.


Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 11 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 11/12


3º Domingo do Advento - Ano B






LEITURAS


Livro de Isaías 61,1-2a.10-11.


O espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu: enviou-me para levar a boa-nova aos que sofrem, para curar os desesperados, para anunciar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros; para proclamar um ano da graça do SENHOR, o dia da vingança da parte do nosso Deus; para consolar os tristes, Rejubilo de alegria no SENHOR, e o meu espírito exulta no meu Deus, porque me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de triunfo. Como um noivo que cinge a fronte com o diadema, e como uma noiva que se adorna com as suas jóias. Porque, assim como a terra faz nascer as plantas, e o jardim faz brotar as sementes, assim o Senhor DEUS faz germinar a justiça e o louvor diante de todas as nações.


Evangelho segundo S. Lucas 1,46-48.49-50.53-54.


«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia.


1ª Carta aos Tessalonicenses 5,16-24.


Irmãos: Sede sempre alegres. Orai sem cessar. Em tudo dai graças. Esta é, de facto, a vontade de Deus a vosso respeito em Jesus Cristo. Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo, guardai o que é bom. Afastai-vos de toda a espécie de mal. Que o Deus da paz vos santifique totalmente, e todo o vosso ser – espírito, alma e corpo – se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é aquele que vos chama: Ele há-de realizá-lo.


Evangelho segundo S. João 1,6-8.19-28.


Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. Este foi o testemunho de João, quando as autoridades judaicas lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: «Tu quem és?» Então ele confessou a verdade e não a negou, afirmando: «Eu não sou o Messias.» E perguntaram-lhe: «Quem és, então? És tu Elias?» Ele disse: «Não sou.» «És tu o profeta?» Respondeu: «Não.» Disseram-lhe, por fim: «Quem és tu, para podermos dar uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?» Ele declarou: «Eu sou a voz de quem grita no deserto: 'Rectificai o caminho do Senhor', como disse o profeta Isaías.» Ora, havia enviados dos fariseus que lhe perguntaram: «Então porque baptizas, se tu não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?» João respondeu-lhes: «Eu baptizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. É aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias.» Isto passou-se em Betânia, na margem além do Jordão, onde João estava a baptizar.


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja Catequeses sobre o Evangelho, nº 7
«No meio de vós está Quem vós não conheceis. É Aquele que vem depois de mim»
«Eu baptizo com água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis.» Não é no Espírito, mas em água que João baptiza. Incapaz de perdoar os pecados, ele lava pela água o corpo dos baptizados, mas não lava o espírito pelo perdão. Então porque é que ele baptiza, se não perdoa os pecados pelo seu baptismo? Porquê, a não ser para permanecer no seu papel de precursor? Tal como, nascendo, precedeu o Senhor que ia nascer, assim também, baptizando, precede o Senhor que ia baptizar. Precursor de Cristo pela sua pregação, ele o foi também dando um baptismo que era uma imagem do sacramento que estava para vir.João anunciou um mistério quando declarou que Cristo estava no meio dos homens e que eles não O conheciam, pois o Senhor, quando Se revelou na carne, era ao mesmo tempo visível no Seu corpo e invisível na Sua majestade. E João acrescenta: «O que vem depois de mim passou à minha frente» (Jo 1,15) [...]; e explica as causas da superioridade de Cristo quando precisa: «Porque existia antes de mim», como que para dizer claramente: «Se é superior a mim, tendo nascido depois de mim, é porque o tempo do Seu nascimento não o restringe dentro dos seus limites. Nascido de uma mãe no tempo, foi gerado pelo Pai fora do tempo.»João manifesta o humilde respeito que Lhe deve, prosseguindo: «Não sou digno de desatar as correias das Suas sandálias.» Era costume entre os antigos que, se alguém se recusasse a desposar uma jovem que lhe estava prometida, desatasse a sandália do que viesse a ser seu marido. Ora Cristo manifestou-Se como Esposo da santa Igreja. [...] Mas porque os homens pensavam que João era o Cristo – coisa que o próprio João negou –, ele declara-se indigno de desatar a correia da Sua sandália. É como se dissesse claramente [...]: «Eu não adopto incorrectamente o nome de esposo» (cf Jo 3,29).


Fonte: Evangelho Quotidiano