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sábado, 26 de fevereiro de 2011

LITURGIA DO DIA - 26/02

Santo do dia

Sábado da 7a semana do Tempo Comum

LEITURAS
Livro de Eclesiástico 17,1-15.
O Senhor criou os homens a partir da terra, e a ela de novo os faz voltar. Determinou-lhes um tempo e um número de dias, e deu-lhes domínio sobre tudo o que há na terra. Revestiu-os de força como a si mesmo e fê-los à sua própria imagem. Fê-los temidos de todo o ser vivo, e impôs o seu domínio sobre os animais e as aves. Eles receberam o uso dos cinco poderes do Senhor; como sexto foi-lhes dada a participação da inteligência, e como sétimo, a razão, intérprete dos seus poderes. Dotou-os de inteligência, língua e olhos, de ouvidos e dum coração para pensar. Encheu-os de saber e de inteligência, e mostrou-lhes o bem e o mal. Pôs o seu olhar sobre os seus corações, a fim de lhes mostrar a grandeza das suas obras. E lhes concedeu que celebrassem eternamente as suas maravilhas. Louvarão o nome de Deus Santo, publicando a magnificência das suas obras. Concedeu-lhes a ciência, e deu-lhes em herança a lei da vida. Concluiu com eles uma Aliança eterna, e revelou-lhes os seus decretos. Viram com os próprios olhos a grandeza da sua glória, os seus ouvidos escutaram a majestade da sua voz. Disse-lhes: «Guardai-vos de toda a iniquidade», e impôs a cada um deveres para com o próximo. Os seus caminhos estão sempre diante dele, não poderão ficar ocultos aos seus olhos.
Livro de Salmos 103(102),13-14.15-16.17-18.
Como um pai se compadece dos filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem. Na verdade, Ele sabe de que somos formados; não se esquece de que somos pó da terra. Os dias dos seres humanos são como a erva: brota como a flor do campo, mas, quando sopra o vento sobre ela, deixa de existir e não se conhece mais o seu lugar. Mas o amor do SENHOR é eterno para os que o temem e a sua justiça chega até aos filhos dos seus filhos, para os que guardam a sua aliança e se lembram de cumprir os seus preceitos.
Evangelho segundo S. Marcos 10,13-16.
Apresentaram-lhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido. Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: «Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.» Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-Aventurado Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cistercense 1º sermão para a Natividade (a partir da trad. SC 166, p. 167 rev.)

Acolher o Reino de Deus à maneira de uma criança

Um Menino nasceu para nós: o Deus de majestade aniquilou-Se a Si próprio, tornando-Se semelhante, não apenas ao corpo terreno dos mortais, mas ainda à idade das crianças, imbuído de fraqueza e pequenez. Bem-aventurada infância, cuja fraqueza e simplicidade são mais fortes e mais sábias que todos os homens! Porque a força e a sabedoria de Deus realizam verdadeiramente aqui a Sua obra divina através das nossas realidades humanas. Sim, a fraqueza desta criança triunfa sobre o príncipe deste mundo; quebra os nossos laços e liberta-nos do cativeiro. A simplicidade deste Menino, que parece mudo e privado da palavra, torna eloquente a linguagem das crianças; Ele fala a linguagem dos homens e dos anjos. [...] Esta criança parece ignorante, mas é Ela que ensina a sabedoria aos homens e aos anjos, Ela que é na verdade [...] a Sabedoria de Deus e o Seu Verbo, a Sua Palavra.Ó santa e suave infância, tu que restituis aos homens a inocência verdadeira, graças à qual, em qualquer idade, podemos regressar à bem-aventurada infância e assemelharmo-nos a ti, não pela pequenez do corpo, mas pela humildade do coração e pela doçura do comportamento! Certamente que vós, os filhos de Adão, que sois tão grandes aos vossos olhos [...], se não vos converterdes e não vos tornardes como esta criancinha, não entrareis no Reino dos céus. «Eu sou a porta do Reino», diz esta criancinha. Se o homem não se abaixar, esta humilde porta não o deixará entrar.
Fonte : Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

LITURGIA DO DIA - 25/02

Santo do dia
Sexta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

LEITURAS
Livro de Eclesiástico 6,5-17.
Palavras amáveis multiplicam os amigos, a linguagem afável atrai muitas respostas agradáveis. Procura estar de bem com muitos, mas escolhe para conselheiro um entre mil. Se queres ter um amigo, põe-no primeiro à prova, não confies nele muito depressa. Com efeito, há amigos de ocasião, que não são fiéis no dia da tribulação. Há amigo que se torna inimigo, que desvendará as tuas fraquezas, para tua vergonha. Há amigo que só o é para a mesa, e que deixará de o ser no dia da desgraça; na tua prosperidade mostra-se igual a ti, dirigindo-se com à vontade aos teus servos; mas, se te colhe o infortúnio, volta-se contra ti, e oculta-se da tua presença. Afasta-te daqueles que são teus inimigos, e está alerta com os teus amigos. Um amigo fiel é uma poderosa protecção; quem o encontrou, descobriu um tesouro. Nada se pode comparar a um amigo fiel, e nada se iguala ao seu valor. Um amigo fiel é um bálsamo de vida; os que temem o Senhor acharão tal amigo. O que teme o Senhor terá também boas amizades, porque o seu amigo será semelhante a ele.
Livro de Salmos 119,12.16.18.27.34.35.
Bendito sejas, SENHOR! Ensina-me as tuas leis. Hei-de alegrar-me com as tuas leis; não esquecerei as tuas palavras. Guimel Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei. Faz-me compreender o caminho dos teus preceitos para meditar nas tuas maravilhas. Dá-me entendimento para cumprir a tua lei; hei-de obedecer-lhe de todo o coração. Conduz-me pela senda dos teus mandamentos, porque neles estão as minhas delícias.
Evangelho segundo S. Marcos 10,1-12.
Saindo dali, foi para a região da Judeia, para além do Jordão. As multidões agruparam-se outra vez à volta dele, e outra vez as ensinava, como era seu costume. Aproximaram-se uns fariseus e perguntaram-lhe, para o experimentar, se era lícito ao marido divorciar-se da mulher. Ele respondeu-lhes: «Que vos ordenou Moisés?» Disseram: «Moisés mandou escrever um documento de repúdio e divorciar-se dela.» Jesus retorquiu: «Devido à dureza do vosso coração é que ele vos deixou esse preceito. Mas, desde o princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher, e serão os dois um só. Portanto, já não são dois, mas um só. Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.» De regresso a casa, de novo os discípulos o interrogaram acerca disto. Jesus disse: «Quem se divorciar da sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar do seu marido e casar com outro, comete adultério.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja Homilia 20 sobre a Carta aos Efésios, 4, 8, 9: PG 62, 140ss. (a partir da trad. Orval)

«O homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher, e serão os dois um só.»

O que deves dizer à tua mulher? Diz-lhe com muita ternura: «Escolhi-te, amo-te e prefiro-te à minha própria vida. A existência presente nada é; por essa razão, as minhas orações, as minhas recomendações e todas as minhas acções destinam-se a fazer que nos seja dado passar esta vida de tal maneira, que voltemos a reunir-nos na vida futura sem qualquer receio de separação. O tempo que vivemos é breve e frágil. Se nos for dado agradar a Deus durante esta vida, estaremos para sempre com Cristo e um com o outro, numa felicidade sem limites. O teu amor arrebata-me mais que tudo, e não conhecerei infelicidade tão insuportável como a de estar separado de ti. Mesmo que tivesse de perder tudo, de ser pobre que nem um mendigo, de passar pelos maiores perigos e de sofrer fosse o que fosse, tudo isso mês seria suportável desde que o teu afecto por mim não diminuísse. Só com base neste amor desejo ter filhos.»E convém que adeqúes o teu comportamento às palavras. [...] Mostra à tua mulher que aprecias viver com ela e que, por causa dela, preferes estar em casa que na rua. Prefere-a a todos os teus amigos, e mesmo aos filhos que ela te deu; e que estes sejam amados por ti por causa dela. [...]Fazei as vossas orações em comum. Ide à igreja e, ao regressar a casa, contai um ao outro o que foi dito e o que foi lido. [...] Aprendei a temer a Deus, e tudo o resto decorrerá daqui, e a vossa casa encher-se-á de inúmeros bens. Aspiremos aos bens incorruptíveis, que os outros não nos faltarão. Procurai primeiro o Reino de Deus, e o resto ser-vos-á dado por acréscimo, diz-nos o evangelho (Mt 6, 33).

Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

LITURGIA DO DIA - 24/02

Santo do dia

Quinta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

LEITURAS
Livro de Eclesiástico 5,1-8.
Não te fies nas tuas riquezas, e não digas: «Tenho suficiente para mim.» Não sigas os teus desejos e a tua força, indo atrás das paixões do coração. Não digas: «Quem terá poder sobre mim?», porque o Senhor te punirá certamente. Não digas: «Pequei, e que me aconteceu de mal?», porque o Senhor é lento em castigar. Não vivas confiado no perdão, acumulando pecado sobre pecado. Não digas: «A misericórdia do Senhor é grande, Ele terá compaixão da multidão dos meus pecados!», porque nele a misericórdia e a ira caminham juntas; e o seu furor cairá sobre os pecadores. Não tardes em te converter ao Senhor, não adies, de dia para dia, porque a ira do Senhor virá de repente, e Ele te fará perecer no dia do castigo. Não confies em riquezas injustas, pois de nada te servirão no dia da desventura.
Livro de Salmos 1,1-2.3-4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos; antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR e nela medita dia e noite.
É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva.
O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.
Evangelho segundo S. Marcos 9,41-50.
Sim, seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.» «E se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria para ele atarem-lhe ao pescoço uma dessas mós que são giradas pelos jumentos, e lançarem-no ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a; mais vale entrares mutilado na vida, do que, com as duas mãos, ires para a Geena, para o fogo que não se apaga, onde o verme não morre e o fogo não se apaga. Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o; mais vale entrares coxo na vida, do que, com os dois pés, seres lançado à Geena, onde o verme não morre e o fogo não se apaga. E se um dos teus olhos é para ti ocasião de queda, arranca-o; mais vale entrares com um só no Reino de Deus, do que, com os dois olhos, seres lançado à Geena, onde o verme não morre e o fogo não se apaga. Todos serão salgados com fogo. O sal é coisa boa; mas, se o sal ficar insosso, com que haveis de o temperar? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Paulo VI, papa de 1963-1978 Constituição apostólica «Paenitemini» (a partir da trad. DC, nº 1466 6/3/1966, p. 387 Libreria Editrice Vaticana)

O sal da penitência

Todo o cristão deve seguir o Mestre renunciando a si mesmo, levando a sua cruz e participando nos sofrimentos de Cristo (Mt 16, 24). Assim, transfigurado à imagem da Sua morte, torna-se capaz de meditar na glória da ressurreição. Seguirá igualmente o Mestre não vivendo já para si mesmo, mas para Aquele que o amou e Se deu a di mesmo por ele, e também pelos seus irmãos, completando «na sua carne o que falta aos padecimentos de Cristo pelo seu corpo que é a Igreja» (Gal 2, 20; Col 1, 24).Por outro lado, estando a Igreja intimamente ligada a Cristo, a penitência de cada cristão tem igualmente uma relação própria e íntima com toda a comunidade eclesial. Com efeito, é apenas no seio da Igreja que, pelo baptismo, ele recebe o dom fundamental da metanóia, quer dizer da mudança e da renovação do homem todo; mas este dom é restaurado e fortalecido pelo sacramento da penitência nos membros do Corpo de Cristo que caíram em pecado. «Os que se aproximam do sacramento da penitência recebem da misericórdia de Deus o perdão da ofensa que Lhe fizeram, ao mesmo tempo que são reconciliados com a Igreja que foi ferida pelo seu pecado e que, pela caridade, o exemplo e as orações, trabalha pela sua conversão» (Vaticano II: LG 11). É na Igreja que a pequena obra da penitência imposta a cada penitente no sacramento participa de uma maneira especial na expiação infinita de Cristo.
Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

LITURGIA DO DIA - 23/02

Santo do dia

Quarta-feira da 7ª semana do Tempo Comum
Livro de Eclesiástico 4,11-19.
A sabedoria engrandece os seus filhos, toma sob a sua protecção aqueles que a buscam. Aquele que a ama, ama a vida, e os que madrugam por ela ficarão cheios de alegria. Aquele que a possuir terá a glória por herança, e o Senhor abençoará o lugar onde ele entrar. Os que a servem prestam culto ao Santo, e os que a amam são amados pelo Senhor. Aquele que a ouve julgará as nações, e o que lhe presta atenção permanecerá em segurança. O que nela confia há-de recebê-la em herança, e a sua posteridade beneficiará da sua posse. Ao princípio, ela poderá conduzi--lo por caminhos sinuosos; incutir-lhe-á temor e tremor, atormentá-lo-á com a sua disciplina; antes de confiar nele, pô-lo-á à prova com os seus preceitos. Então, virá a ele pelo caminho direito, fá-lo-á feliz, e desvendar-lhe-á os seus segredos. Porém, se ele se transviar, ela há-de abandoná-lo, e entregá-lo-á nas mãos da desgraça.
Livro de Salmos 119,165.168.171.172.174.175.
Os que amam a tua lei gozam de grande paz; não há nada que os perturbe. Observo os teus preceitos e as tuas leis, pois Tu conheces todos os meus caminhos. Tau Os meus lábios anunciam os teus louvores, porque me ensinas os teus preceitos. minha língua proclame a tua palavra, porque todos os teus mandamentos são justos. Eu suspiro, SENHOR, pela tua ajuda; a tua lei faz as minhas delícias. Viva eu sempre para te louvar; que os teus decretos me ajudem.
Evangelho segundo S. Marcos 9,38-40.
Disse-lhe João: «Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu nome, alguém que não nos segue, e quisemos impedi-lo porque não nos segue.» Jesus disse-lhes: «Não o impeçais, porque não há ninguém que faça um milagre em meu nome e vá logo dizer mal de mim. Quem não é contra nós é por nós.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Pio XII, papa entre 1939 e 1958 Encíclica «Mystici Corporis Christi», nº 94

«Quisemos impedi-lo porque não nos segue»

Imitemos a vastidão daquele amor do próprio Jesus, modelo supremo de amor pela Igreja. É certo que esposa de Cristo é só a Igreja; contudo, o amor do divino Esposo é tão vasto que a ninguém exclui e, na Sua esposa, abraça a todo o género humano; pois que o Salvador derramou o Seu sangue na cruz para conciliar com Deus a todos os homens de todas as nações e estirpes, e para os reunir num só corpo. Por conseguinte, o verdadeiro amor da Igreja exige, não só que sejamos todos no mesmo corpo membros uns dos outros, cheios de mútua solicitude (cf. R m 12, 5; 1Cor 12, 25), membros que se alegrem com os que se alegram e sofram com os que sofrem (cf. lCor 12, 26), mas que também nos outros homens, ainda não incorporados connosco na Igreja, reconheçamos outros tantos irmãos de Jesus Cristo segundo a carne, chamados como nós para a mesma salvação eterna. É verdade que hoje não faltam – e é um grande mal – os que vão exaltando a rivalidade, o ódio, o rancor, como coisas que elevam e nobilitam a dignidade e o valor do homem. Nós, porém, que magoados vemos os funestos frutos de tal doutrina, sigamos o nosso Rei pacífico, que nos ensinou a amar os que não são da mesma nação ou mesma estirpe (cf. Lc 10, 33-37) e até os próprios inimigos (cf. Lc 6, 27-35; Mt 5, 44-48). Nós, compenetrados dos suavíssimos sentimentos do Apóstolo das gentes, com ele cantemos o comprimento, a largura, a sublimidade, a profundeza da caridade de Cristo (cf. Ef 3, 18), que nem a diversidade de nacionalidade, ou de costumes pode quebrar, nem a vastidão imensa do oceano diminuir, nem as guerras, justas ou injustas, arrefecer.
Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

LITURGIA DO DIA - 22/02

Santo do dia
Cádeira de São Pedro, apóstolo, festa.
LEITURAS
1ª Carta de S. Pedro 5,1-4.
Aos presbíteros que há entre vós, eu – presbítero como eles e que fui testemunha dos padecimentos de Cristo e também participante da glória que se há-de manifestar – dirijo-vos esta exortação:Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, governando-o não à força, mas de boa vontade, tal como Deus quer; não por um mesquinho espírito de lucro, mas com zelo;não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do rebanho.E, quando o supremo Pastor se manifestar, então recebereis a coroa imperecível da glória.
Livro de Salmos 23(22),1-3.4.5.6.
O SENHOR é meu pastor: nada me falta.Em verdes prados me faz descansar e conduz me às águas refrescantes.Reconforta a minha alma e guia me por caminhos rectos, por amor do seu nome.Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo porque Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado dão me confiança.Preparas a mesa para mim à vista dos meus inimigos; ungiste com óleo a minha cabeça; a minha taça transbordou.Na verdade, a tua bondade e o teu amor hão de acompanhar me todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do SENHOR para todo o sempre.
Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.
Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Concílio Vaticano II Constituição Dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», § 22

«Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja»

Assim como, por instituição do Senhor, São Pedro e os restantes Apóstolos formam um colégio apostólico, assim de igual modo estão unidos entre si o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, e os Bispos, sucessores dos Apóstolos. A natureza colegial da ordem episcopal, claramente comprovada pelos Concílios ecuménicos celebrados no decurso dos séculos, manifesta-se já na disciplina primitiva, segundo a qual os Bispos de todo o orbe comunicavam entre si e com o Bispo de Roma no vínculo da unidade, da caridade e da paz; e também na reunião de Concílios, nos quais se decidiram em comum coisas importantes, depois de ponderada a decisão pelo parecer de muitos; o mesmo é claramente demonstrado pelos Concílios Ecuménicos, celebrados no decurso dos séculos. E o uso já muito antigo de chamar vários Bispos a participarem na elevação do novo eleito ao ministério do sumo sacerdócio insinua-a já também. É, pois, em virtude da sagração episcopal e pela comunhão hierárquica com a cabeça e os membros do colégio que alguém é constituído membro do corpo episcopal. Porém, o colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não ser em união com o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, entendido com sua cabeça, permanecendo inteiro o poder do seu primado sobre todos, quer pastores quer fiéis. Pois o Romano Pontífice, em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, tem nela pleno, supremo e universal poder que pode sempre exercer livremente. A Ordem dos Bispos, que sucede ao colégio dos Apóstolos no magistério e no governo pastoral, e, mais ainda, na qual o corpo apostólico se continua perpetuamente, é também, juntamente com o Romano Pontífice, sua cabeça, e nunca sem a cabeça, sujeito do supremo e pleno poder sobre toda a Igreja, poder este que não se pode exercer senão com o consentimento do Romano Pontífice. Só a Simão colocou o Senhor como pedra e clavário da Igreja (cfr. Mt. 16, 18-19), e o constituiu pastor de todo o Seu rebanho (cfr. Jo. 21, 15 ss.); mas é sabido que o encargo de ligar e desligar conferido a Pedro (Mt. 16,19) foi também atribuído ao colégio dos Apóstolos unido à sua cabeça (Mt. 18,18; 28, 16-20). Este colégio, enquanto composto por muitos, exprime a variedade e universalidade do Povo de Deus e, enquanto reunido sob uma só cabeça, revela a unidade do redil de Cristo.
Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

LITURGIA DO DIA - 21/02

Santo do dia

Segunda-feira da 7ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : S. Pedro Damião, bispo, Doutor da Igreja, +1072

LEITURAS
Livro de Eclesiástico 1,1-10.
Toda a sabedoria vem do Senhor e permanece junto dele para sempre. A areia dos mares, as gotas da chuva, os dias da eternidade, quem os poderá contar? A altura do céu, a extensão da terra, o abismo e a sabedoria, quem os poderá medir? A sabedoria foi criada antes de todas as coisas, e a luz da inteligência, desde a eternidade. A fonte da sabedoria é a palavra de Deus nos céus; os seus caminhos são os mandamentos eternos. A quem foi revelada a raiz da sabedoria, e quem pode discernir os seus planos? A quem foi manifestada a ciência da sabedoria? E quem pode compreender a riqueza dos seus caminhos? Só há um sábio, sumamente temível: o que está sentado no seu trono. Foi o Senhor quem a criou, quem a viu e a mediu, e a difundiu sobre todas as suas obras, e por todos os homens, segundo a sua liberalidade, e a comunicou àqueles que o amam. O amor do Senhor é uma sabedoria gloriosa.Ele a comunica àqueles a quem se revela, para que o vejam.
Livro de Salmos 93,1.2.5.
O SENHOR é rei, vestido de majestade; revestido e cingido de poder está o SENHOR. Firmou o universo, que não vacilará.O teu trono, SENHOR, está firme desde sempre; e Tu existes desde a eternidade.São dignos de fé os teus testemunhos, a tua casa está adornada de santidade por todo o sempre, ó SENHOR!
Evangelho segundo S. Marcos 9,14-29.
Ia ter com os seus discípulos, quando viu em torno deles uma grande multidão e uns doutores da Lei a discutirem com eles. Assim que viu Jesus, toda a multidão ficou surpreendida e acorreu a saudá-lo. Ele perguntou: «Que estais a discutir uns com os outros?» Alguém de entre a multidão disse-lhe: «Mestre, trouxe-te o meu filho que tem um espírito mudo. Quando se apodera dele, atira-o ao chão, e ele põe-se a espumar, a ranger os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram.» Disse Jesus: «Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá.» E levaram-lho. Ao ver Jesus, logo o espírito sacudiu violentamente o jovem, e este, caindo por terra, começou a estrebuchar, deitando espuma pela boca. Jesus perguntou ao pai: «Há quanto tempo lhe sucede isto?» Respondeu: «Desde a infância; e muitas vezes o tem lançado ao fogo e à água, para o matar. Mas, se podes alguma coisa, socorre-nos, tem compaixão de nós.» «Se podes...! Tudo é possível a quem crê», disse-lhe Jesus. Imediatamente o pai do jovem disse em altos brados: «Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!» Vendo, Jesus, que acorria muita gente, ameaçou o espírito maligno, dizendo: «Espírito mudo e surdo, ordeno-te: sai do jovem e não voltes a entrar nele.» Dando um grande grito e sacudindo-o violentamente, saiu. O jovem ficou como morto, a ponto de a maioria dizer que tinha morrido. Mas, tomando-o pela mão, Jesus levantou-o, e ele pôs-se de pé. Quando Jesus entrou em casa, os discípulos perguntaram-lhe em particular: «Porque é que nós não pudemos expulsá-lo?» Respondeu: «Esta casta de espíritos só pode ser expulsa à força de oração.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara Méditations sur l'Évangile au sujet des principales vertus (trad. de Œuvres spirituelles, Seuil 1958, p. 161)

«Tudo é possível a quem crê»

«Se tiverdes fé como um grão de mostarda [...], nada vos será impossível» (Mt 17, 20). Podemos tudo através da oração: se não recebemos o que pedimos é porque não tivemos fé, ou porque rezámos pouco, ou porque seria prejudicial para nós que o nosso pedido fosse atendido, ou então porque Deus nos dá qualquer coisa melhor do que aquela que Lhe pedimos. Mas nunca deixamos de receber o que pedimos por a coisa ser demasiado difícil de obter: «Nada nos é impossível».
Não hesitemos em pedir a Deus mesmo as coisas mais difíceis, tais como a conversão de grandes pecadores, de povos inteiros. Peçamos-lho, por difícil que seja, com a fé de que Deus nos ama apaixonadamente e que, quanto maior é um dom, mais aquele que ama apaixonadamente gosta de o fazer; mas peçamos com fé, com insistência, constância, com amor, com boa vontade. E tenhamos a certeza de que, se pedirmos assim e com suficiente constância, seremos atendidos, receberemos a graça pedida ou uma melhor. Peçamos, pois, audaciosamente, a Nosso Senhor as coisas mais impossíveis de obter, quando são para Sua glória, e estejamos certos de que o Seu coração no-las concederá, por muito que pareçam humanamente impossíveis: porque dar o que é impossível a quem O ama é doce ao Seu coração. E quanto nos ama Ele!
Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 20 de fevereiro de 2011

LITURGIA DO DIA - 20/02

Santo do dia

7º Domingo do Tempo Comum - Ano A


Sétimo Domingo do tempo comum

A liturgia do sétimo Domingo do Tempo Comum convida-nos à santidade, à perfeição. Sugere que o “caminho cristão” é um caminho nunca acabado, que exige de cada homem ou mulher, em cada dia, um compromisso sério e radical (feito de gestos concretos de amor e de partilha) com a dinâmica do “Reino”. Somos, assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo que nos espera no final da viagem.A primeira leitura que nos é proposta apresenta um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo, exige o ser santo. Na perspectiva do autor do nosso texto, a santidade passa também pelo amor ao próximo.No Evangelho, Jesus continua a propor aos discípulos, de forma muito concreta, a sua Lei da santidade (no contexto do “sermão da montanha”). Hoje, Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; e pede-lhes, também, o amor que não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde Deus reside e Se revela aos homens. Para que isso aconteça, eles devem renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo” e devem optar pela “sabedoria de Deus” (que é dom da vida, amor gratuito e total).


LEITURAS
Livro de Levítico 19,1-2.17-18.
O Senhor disse a Moisés: «Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo. Não odiarás o teu próximo no teu coração; mas repreende o teu compatriota para não caíres em pecado por causa dele. Não te vingarás nem guardarás rancor aos filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.
Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.8.10.12-13.
Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e todo o meu ser louve o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades. Ele quem resgata a tua vida do túmulo e te enche de graça e de ternura. SENHOR é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de amor. Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos castigou segundo as nossas culpas. Como o Oriente está afastado do Ocidente, assim Ele afasta de nós os nossos pecados. Como um pai se compadece dos filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.
1ª Carta aos Coríntios 3,16-23.
Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Pois o templo de Deus é santo, e esse templo sois vós. Ninguém se engane a si mesmo: se algum de entre vós se julga sábio à maneira deste mundo, torne-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus. Com efeito, está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E ainda: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios e sabe que são fúteis. Portanto, ninguém se glorie nos homens, pois tudo é vosso: Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente ou o futuro. Tudo é vosso. Mas vós sois de Cristo e Cristo é de Deus.
Evangelho segundo S. Mateus 5,38-48.
«Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa. E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas. Dá-a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.» «Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos? E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense Le Miroir de la charité, III, 5 (a partir da trad. Orval/do breviário)

«Amai os vossos inimigos»

Não há nada que nos encoraje mais a amar os nossos inimigos, naquilo que consiste a perfeição do amor fraterno, do que a consideração e a gratidão pela admirável paciência do «mais belo dos filhos dos homens» (Sl 45 (44), 3): Ele ofereceu a Sua bela face aos ímpios para que a cobrissem de escarros; permitiu-lhes vendarem-Lhe aqueles olhos que, de um só relance, governam o Universo; expôs as Suas costas ao chicote, submeteu aos picos dos espinhos a Sua fronte, diante da qual deviam tremer príncipes e poderosos; entregou-Se às afrontas e às injúrias e, por fim, suportou com mansidão a cruz, os cravos, a lança, o fel, o vinagre, mantendo, no meio disso tudo, toda a doçura e serenidade: «Como um cordeiro levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador, não abriu a boca» (Is 53,7).Ao ouvir as admiráveis palavras «Pai, perdoa-lhes» (Lc 23, 34), cheias de doçura, de amor e de imperturbável serenidade, o que poderíamos nós acrescentar à bondade e à caridade dessa oração?E, no entanto, o Senhor acrescentou algo. Não Se contentou em rezar; quis desculpar: «Pai ─ diz Ele ─ perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem»; são, sem dúvida, grandes pecadores, mas não têm disso consciência; por isso, Pai, perdoa-lhes; crucificam, mas não sabem a Quem crucificam. [...] Pensam tratar-se dum transgressor da Lei, dum usurpador da Divindade, dum sedutor do Povo; escondi-lhes o Meu rosto; não reconheceram a Minha majestade; por isso, «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».Se quiser aprender a amar, que o homem não se deixe arrastar pelos impulsos da sua carne, mas dirija todo o seu afecto para a dulcíssima paciência da carne do Senhor; se quiser encontrar descanso mais perfeito e mais feliz nas delícias da caridade fraterna, que aperte também os inimigos nos braços do verdadeiro amor; e, para que este fogo divino não diminua por causa das injúrias, que tenha sempre os olhos do espírito na serena paciência do seu Senhor e bem-amado Salvador.
Fonte: Evangelho Quotidiano