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sábado, 26 de junho de 2010

LITURGIA DO DIA - 26/06

Santo do dia

Sábado da 12ª semana do Tempo Comum
LEITURAS

Livro de Lamentações 2,2.10-14.18-19.
O Senhor arrasou, sem piedade, todas as moradas de Jacob. E, em seu furor, arruinou as fortificações da capital de Judá. Lançou por terra e amaldiçoou o reino e os seus príncipes. Os anciãos da cidade de Sião sentam-se por terra, emudecidos. Lançam cinza sobre as suas cabeças, vestem-se de saco. As virgens de Jerusalém inclinam a cabeça para a terra. Os meus olhos derretem-se em lágrimas; fremem as minhas entranhas. Por terra derrama-se o meu fígado, por causa da ruína do meu povo, enquanto vão desfalecendo os meninos e as crianças de peito nas ruas da cidade. Onde haverá pão e vinho? – perguntam eles às mães, enquanto, como feridos de morte, iam desfalecendo nas praças da cidade, exalando o seu último suspiro no regaço materno. A que coisa te hei-de assemelhar? A que te comparar ó Jerusalém? A que te igualarei, para te consolar, ó jovem capital de Sião? É imensa como o mar a tua ruína; quem poderá curar-te? Os teus profetas vaticinaram-te apenas coisas falsas e loucas. Não te revelaram as tuas iniquidades, a fim de mudar o teu destino. Anunciaram-te apenas oráculos falsos e enganadores. Clama com o coração ao Senhor, ó muralha da cidade de Sião! Faz correr em torrente as tuas lágrimas noite e dia! Não te dês descanso, não cessem os teus olhos de chorar! Levanta-te, grita durante a noite, no começo das vigílias; derrama o teu coração como a água perante a face do Senhor. Ergue para Ele as mãos, pela vida dos teus filhos que desfalecem de fome por todos os recantos das ruas.
Livro de Salmos 74(73),1-2.3-5.6-7.20-21.
Ó Deus, porque nos rejeitas para sempre? Porque se inflama a tua ira contra o rebanho do qual és pastor?Lembra te do teu povo, que adquiriste noutros tempos, como tribo que te pertence e resgataste do monte SiDirige os teus passos para estas ruínas sem fim; o inimigo tudo destruiu no santuário!Os teus adversários rugiram no lugar das tuas assembleias, hastearam nelas, como troféus, as suas bandeiraPareciam lenhadores a brandir o machado numa floresta espessa.Destruíram os seus madeiramentos a golpes de malhos e martelos.Deitaram fogo ao teu santuário, profanaram e arrasaram a morada do teu nome.Olha para a tua aliança, pois os recantos do país estão cheios de violência.Que os humildes não voltem confundidos; que o pobre e o indigente possam louvar o teu nome.
Evangelho segundo S. Mateus 8,5-17.
Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.» Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: 'Vai’, e ele vai; a outro: 'Vem’, e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto’, e ele faz.» Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.» Disse, então, Jesus ao centurião: «Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado. Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com febre. Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo. Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja Homilias sobre São Mateus, 27,1 (a partir da trad. Véricel, l'Evangile commenté, p. 98)

«Ele curou muitos doentes»

«Ao entardecer, apresentaram-Lhe muitos possessos; e Ele, com a Sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes». Vês como a fé da multidão crescia pouco a pouco? Apesar da hora avançada, não quiseram deixar o Senhor; pensaram que a tarde permitia trazer-Lhe os doentes. Imagina o número de curas que os evangelistas não relataram; não as contam todas, uma a uma, mas numa só frase fazem-nos ver um oceano infinito de milagres. Para que a grandeza do prodígio não nos provoque a incredulidade, para que não fiquemos perturbados com o pensamento de uma tal multidão ferida de males tão diversos e curada num instante, o evangelho traz o testemunho do profeta, tão extraordinário e tão surpreendente como os próprios factos: «Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores» (53, 4). Não diz: «Ele destruiu», mas: «Ele tomou» e «Ele carregou», frisando assim, no meu entender, que o profeta fala mais do pecado que dos males do corpo, o que está em conformidade com a palavra de João Baptista: «Eis o Cordeiro de Deus, eis Aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1, 29).
Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 25 de junho de 2010

LITURGIA DO DIA - 25/06

Santo do dia

Sexta-feira da 12ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
Livro de 2º Reis 25,1-12.
No nono ano do seu reinado, no dia dez do décimo mês, Nabucodonosor marchou com todo o seu exército contra Jerusalém. Acampou diante da cidade e levantou trincheiras em redor dela. O cerco da cidade durou até ao décimo primeiro ano do reinado de Sedecias. No nono dia do quarto mês, como a cidade se visse apertada pela fome e a população não tivesse mantimentos, abriu-se uma brecha na muralha da cidade. Então o rei e todos os homens de guerra fugiram de noite pela porta que está entre os dois muros, junto do jardim do rei. Entretanto, os caldeus cercavam a cidade. Os fugitivos tomaram o caminho da planície do Jordão, mas o exército dos caldeus perseguiu o rei e alcançou-o na planície de Jericó. Então as tropas, que o acompanhavam, abandonaram-no e dispersaram-se. O rei Sedecias foi preso e conduzido a Ribla, diante do rei da Babilónia, que pronunciou a sentença contra ele. Degolou os filhos na presença de Sedecias, furou-lhe os olhos e levou-o para a Babilónia, ligado com duas cadeias de bronze. No sétimo dia do quinto mês, no décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilónia, Nebuzaradan, chefe da guarda e servo do rei da Babilónia entrou em Jerusalém. Incendiou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas da cidade, começando pelas casas dos mais importantes de Jerusalém. E as tropas que acompanhavam o chefe da guarda, destruíram o muro que cercava Jerusalém. Nebuzaradan, chefe da guarda, levou cativos para Babilónia, os que restavam da população da cidade, os que já se tinham rendido ao rei da Babilónia e o resto da população. O chefe da guarda só deixou ali alguns pobres para cultivarem as vinhas e os campos.
Livro de Salmos 137(136),1-2.3.4-5.6.
Junto aos rios da Babilónia nos sentámos a chorar, recordando-nos de Sião. Nos salgueiros das suas margens pendurámos as nossas harpas. Os que nos levaram para ali cativos pediam-nos um cântico; e os nossos opressores, uma canção de alegria: «Cantai-nos um cântico de Sião.» Como poderíamos nós cantar um cântico do SENHOR, estando numa terra estranha? Se me esquecer de ti, Jerusalém, fique ressequida a minha mão direita! Pegue-se-me a língua ao paladar, se eu não me lembrar de ti, se não fizer de Jerusalém a minha suprema alegria!
Evangelho segundo S. Mateus 8,1-4.
Ao descer do monte, seguia o uma enorme multidão. Foi, então, abordado por um leproso que se prostrou diante dele, dizendo-lhe: «Senhor, se quiseres, podes purificar-me.» Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Quero, fica purificado!» No mesmo instante, ficou purificado da lepra. Jesus, porém, disse-lhe: «Vê, não o digas a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés preceituou, para que lhes sirva de testemunho.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego Hino 30 (a partir da trad. de SC 174, p. 357)

«Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Quero, fica purificado!»»

Antes que brilhasse a luz divina,
Não me conhecia a mim mesmo.
Vendo-me então nas trevas e na prisão,
Preso num lamaçal,
Coberto de sujidade, ferido, com a minha carne inchada [...],
Caí aos pés d'Aquele que me iluminara.
E Aquele que me iluminara tocou com as Suas mãos
Nas minhas cadeias e nas minhas feridas;
Do sítio onde a sua mão tocou e aonde o Seu dedo se chegou,
No mesmo momento me caíram as cadeias,
Desapareceram as feridas e toda a sujidade.
A mácula da minha carne desapareceu [...]
E Ele tornou-a semelhante à Sua mão divina.
Estranha maravilha: a minha carne, a minha alma e o meu corpo
Participam da glória divina.
Assim que fui purificado e desembaraçado das minhas cadeias,
Ei-Lo que me estende uma mão divina,
Retira-me completamente do lamaçal,
Abraça-me, lança-se-me ao pescoço, Cobre-me de beijos (Lc 15, 20).
E a mim, que estava completamente exausto,
E tinha perdido as forças,
Pôs-me aos ombros (Lc 15, 5),
E levou-me para fora do meu inferno. [...]
É a luz que me leva e me sustenta;
Conduz-me para uma grande luz. [...]
Permite-me contemplar através de que estranha renovação
Ele próprio me tornou a formar (Gn 2, 7) e me arrancou à corrupção.
Concedeu-me o dom da vida imortal
E revestiu-me com uma túnica imaterial e luminosa
E deu-me sandálias, um anel e uma coroa Incorruptíveis e eternos (Lc 15, 22).
Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 24 de junho de 2010

LITURGIA DO DIA - 24/03

Santo do dia

Nascimento de São João Baptista - solenidade


Nascimento de S. João Baptista (ofício próprio)

São João Baptista era filho de Zacarias e de Santa Isabel. Chamava-se "Baptista" pelo facto de pregar um baptismo de penitência (cf. Lucas 3,3). João, cujo nome significa "Deus é propício", veio à luz em idade avançada de seus pais (cf. Lucas 1,36). Parente de Jesus, foi o precursor do Messias. É João Baptista que aponta Jesus, dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse: Depois de mim, vem um homem que passou adiante de mim, porque existia antes de mim" (João 1,29ss.). De si mesmo deu este testemunho: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai os caminhos do Senhor ..." (João 1,22ss.). São Lucas, no primeiro capítulo de seu Evangelho, narra a concepção, o nascimento e a pregação de João Baptista, marcando assim o advento do Reino de Deus no meio dos homens. A Igreja celebra-o desde os primeiros séculos do cristianismo. É o único santo cujo nascimento (24 de Junho) e martírio são evocados em duas solenidades pelo povo cristão. O seu nascimento é celebrado pelo povo com grande júbilo: cantos e danças folclóricas, fogueiras e quermesses fazem da sua festa uma das mais populares e queridas da nossa gente.


LEITURAS
Livro de Isaías 49,1-6.
«Ouvi-me, habitantes das ilhas, prestai atenção, povos de longe. Quando ainda estava no ventre materno, o SENHOR chamou-me, quando ainda estava no seio da minha mãe, pronunciou o meu nome. Fez da minha palavra uma espada afiada, escondeu-me na concha da sua mão. Fez da minha mensagem uma seta penetrante, guardou-me na sua aljava. Disse-me: «Israel, tu és o meu servo, em ti serei glorificado.» Eu dizia a mim mesmo: «Em vão me cansei, em vento e em nada gastei as minhas forças.» Porém, o meu direito está nas mãos do SENHOR, e no meu Deus a minha recompensa. E agora o SENHOR declara-me que me formou desde o ventre materno, para ser o seu servo, para lhe reconduzir Jacob, e para lhe congregar Israel. Assim me honrou o SENHOR. O meu Deus tornou-se a minha força. Disse-me: «Não basta que sejas meu servo, só para restaurares as tribos de Jacob, e reunires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra.»
Livro de Salmos 139(138),1-3.13-14.15.
SENHOR, Tu examinaste-me e conheces-me, sabes quando me sento e quando me levanto; à distância conheces os meus pensamentos. Vês-me quando caminho e quando descanso; estás atento a todos os meus passos. Tu modelaste as entranhas do meu ser e formaste-me no seio de minha mãe. Dou-te graças por tão espantosas maravilhas; admiráveis são as tuas obras. Quando os meus ossos estavam a ser formados, e eu, em segredo, me desenvolvia, tecido nas profundezas da terra, nada disso te era oculto. Livro dos Actos dos Apóstolos 13,22-26. Pondo este de parte, Deus elevou David como rei, e a seu respeito deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades.’ Da sua descendência, segundo a sua promessa, Deus proporcionou a Israel um Salvador, que é Jesus. João preparou a sua vinda, anunciando um baptismo de penitência a todo o povo de Israel. Quase a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas vem, depois de mim, alguém cujas sandálias não sou digno de desatar.’ Irmãos, filhos da estirpe de Abraão, e os que de entre vós são tementes a Deus, a nós é que foi dirigida a palavra de salvação.
Evangelho segundo S. Lucas 1,57-66.80.
Entretanto, chegou o dia em que Isabel devia dar à luz e teve um filho. Os seus vizinhos e parentes, sabendo que o Senhor manifestara nela a sua misericórdia, rejubilaram com ela. Ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. Mas, tomando a palavra, a mãe disse: «Não; há-de chamar se João.» Disseram-lhe: «Não há ninguém na tua família que tenha esse nome.» Então, por sinais, perguntaram ao pai como queria que ele se chamasse. Pedindo uma placa, o pai escreveu: «O seu nome é João.» E todos se admiraram. Imediatamente a sua boca abriu-se, a língua desprendeu-se-lhe e começou a falar, bendizendo a Deus. O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos, e por toda a montanha da Judeia se divulgaram aqueles factos. Quantos os ouviam retinham-nos na memória e diziam para si próprios: «Quem virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele. Entretanto, o menino crescia, o seu espírito robustecia-se, e vivia em lugares desertos, até ao dia da sua apresentação a Israel.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Inácio de Antioquia (? - c. 110), bispo e mártir Carta aos Efésios, 13-15

Seremos reconhecidos pelos frutos

O nascimento de João o Baptista está repleto de milagres. Um arcanjo anunciou a vinda de Nosso Senhor e Salvador, Jesus; igualmente, um arcanjo anuncia o nascimento de João (Lc 1, 13) e diz: «será cheio do Espírito Santo já desde o ventre da sua mãe» (Lc 1, 16). O povo judaico não via que Nosso Senhor realizava «milagres e prodígios» e curava muitas doenças, mas João exulta de alegria estando ainda no seio materno; não se consegue detê-lo e, à chegada da mãe de Jesus, a criança tenta sair do seio de Isabel: «Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio» (Lc 1,44). Ainda no seio de sua mãe, João recebeu o Espírito Santo [...].A Escritura diz depois: «E reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus» (Lc 1, 16). João reconduziu «um grande número»; o Senhor não reconduziu apenas um grande número, mas todos. Com efeito, a Sua obra é reconduzir todos os homens a Deus Pai [...].A meu ver, o mistério de João realiza-se no mundo até aos nossos dias. Todo aquele que está destinado a crer em Cristo Jesus necessita primeiro que o espírito e a força de João entrem na sua alma para «proporcionar ao Senhor um povo com boas disposições» (Lc 1, 17) e para que, nas asperezas do seu coração, toda a ravina seja preenchida, todo o monte e colina sejam abatidos. Não foi apenas naquele tempo que os caminhos foram aplainados e as veredas endireitadas (Lc 3, 5); ainda hoje o espírito e a força de João precedem o advento do Senhor, nosso Salvador. Ó sublimidade do mistério do Senhor e do Seu desígnio sobre o mundo!

Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 23 de junho de 2010

LITURGIA DO DIA - 23/06






Santo do dia

Quarta-feira da 12ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
Livro de 2º Reis 22,8-13.23,1-3.
O Sumo Sacerdote Hilquias disse ao escriba Chafan: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei.» Hilquias entregou este livro ao escriba Chafan, o qual, depois de o ler, foi ter com o rei e prestou-lhe contas da missão que lhe fora confiada: «Teus servos juntaram o dinheiro que se encontrava na casa do Senhor e entregaram-no aos encarregados do templo do Senhor.» E acrescentou: «O Sumo Sacerdote Hilquias entregou-me um livro.» E leu-o na presença do rei. Ao ouvir as palavras do Livro da Lei do Senhor, o rei rasgou as suas vestes e ordenou ao sacerdote Hilquias, a Aicam, filho de Chafan, a Acbor, filho de Miqueias, ao escriba Chafan e ao seu oficial Asaías: «Ide e consultai o Senhor acerca de mim, do povo e de todo o Judá, sobre o conteúdo deste livro, que acaba de ser descoberto. A cólera do Senhor deve ser grande contra nós, porque nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, nem puseram em prática o que nele se nos prescreve.» O rei mandou vir à sua presença todos os anciãos de Judá e de Jerusalém, e subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, sacerdotes, profetas e todo o povo, pequenos e grandes. Leu, então, diante de todos, as palavras do Livro da Aliança, descoberto no templo do Senhor. Pondo-se de pé sobre o estrado, o rei renovou a aliança na presença do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor, a observar os seus mandamentos, as suas instruções e os seus preceitos, com todo o seu coração e com toda a sua alma, e a cumprir todas as palavras da aliança contidas neste livro. Todo o povo concordou com esta aliança.
Livro de Salmos 119,33.34.35.36.37.40.
Ensina-me, SENHOR, o caminho das tuas leis e eu hei-de cumpri-las com fidelidade. Dá-me entendimento para cumprir a tua lei; hei-de obedecer-lhe de todo o coração. Conduz-me pela senda dos teus mandamentos, porque neles estão as minhas delícias. Inclina o meu coração para as tuas ordens, e não para a cobiça. Desvia os meus olhos dos deuses vãos; faz-me viver nos teus caminhos. Vê como tenho desejado os teus preceitos; faz-me viver segundo a tua justiça.
Evangelho segundo S. Mateus 7,15-20.
«Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Pelos frutos, pois, os conhecereis.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Inácio de Antioquia (? - c. 110), bispo e mártir Carta aos Efésios, 13-15

Seremos reconhecidos pelos nossos frutos

Esforçai-vos por vos reunirdes com maior frequência para dar graças e louvar a Deus. Pois, quando vos reunis frequentemente, as forças de Satanás são derrubadas e os seus malefícios destruídos pela unanimidade da vossa fé. Nada supera a paz, que triunfa sobre todos os assaltos das potências celestes ou terrenas.Nada disto vos será desconhecido se tiverdes em Jesus Cristo uma fé e um amor perfeitos, que são o começo e o fim da vida: o começo é a fé, e o fim a caridade. As duas reunidas são Deus. Todas as outras virtudes que conduzem à perfeição procedem destas duas primeiras. Ninguém peca enquanto professa a fé; ninguém odeia enquanto possui a caridade. «A árvore conhece-se pelos seus frutos»; do mesmo modo, reconhece-se quem professa ser de Cristo pelas suas obras. Porque a obra que nos é pedida hoje não é uma simples profissão de fé, consiste em praticá-la até ao fim.Vale mais calar e ser, que falar sem ser. É bom ensinar, quando se faz o que se diz. Temos apenas um mestre, aquele que «disse e tudo foi feito» (Sl 32, 9); mesmo as obras que fez em silêncio são dignas de Seu Pai. Quem compreende verdadeiramente a palavra de Jesus pode entender também o Seu silêncio; será perfeito se agir conforme o que diz e será reconhecido pelo seu silêncio. Nada se oculta ao Senhor; até os nossos segredos Lhe são familiares. Por conseguinte façamos tudo pensando que Ele habita em nós; seremos assim templos Seus e Ele será em nós o nosso Deus.
Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 22 de junho de 2010

LITURGIA DO DIA - 22/06

Santo do dia

Terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
Livro de 2º Reis 19,9-11.14-21.31-35.36.
O rei ouviu dizer de Tiraca, rei dos cuchitas: «Ele acaba de se pôr em marcha para te combater.» Senaquerib enviou de novo mensageiros a Ezequias para lhe dizer: «Isto direis a Ezequias, rei de Judá: não te deixes enganar pelo teu Deus, no qual puseste a tua confiança, pensando que Jerusalém não será entregue nas mãos do rei da Assíria. Ouviste dizer como os reis da Assíria trataram todos os países e os devastaram. Só tu é que irias escapar? Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros, leu-a, depois foi ao templo, e abriu-a diante do Senhor. E orou diante dele, dizendo: «Senhor, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins, só Tu és o Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste os céus e a terra. Inclina, Senhor, os teus ouvidos e ouve! Abre, Senhor, os teus olhos e vê! Ouve, Senhor, a mensagem que Senaquerib mandou, para blasfemar contra o Deus vivo! É verdade, Senhor, que os reis da Assíria destruíram as nações, devastaram os seus territórios, e atiraram ao fogo os seus deuses, pois eles não eram deuses, eram apenas objectos feitos pelas mãos do homem, objectos de madeira e de pedra. Por isso, foram destruídos. Mas Tu, Senhor, nosso Deus, salva-nos agora das mãos de Senaquerib, a fim de que todos os povos da Terra saibam que Tu, o Senhor, és o único Deus.» Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: «Isto diz o Senhor, Deus de Israel: Eu ouvi a oração que me fizeste a respeito de Senaquerib, rei da Assíria. Eis o oráculo que o Senhor pronunciou contra ele: “A virgem, filha de Sião, despreza-te e escarnece de ti; atrás de ti meneia a cabeça a filha de Jerusalém. De Jerusalém surgirá um resto, e do monte de Sião sobreviventes. Fará tudo isto o zelo do Senhor. Portanto, eis o que diz o Senhor sobre o rei da Assíria: Ele não entrará nesta cidade, nem atirará flechas contra ela, não a rodeará de escudos, nem a cercará de trincheiras. Mas voltará pelo caminho por onde veio, sem entrar na cidade –oráculo do Senhor! Pois defenderei esta cidade e salvá-la-ei por amor de mim e de David, meu servo.» Nessa mesma noite, o anjo do Senhor apareceu no acampamento dos assírios e feriu cento e oitenta e cinco mil homens. No dia seguinte de manhã, só lá havia cadáveres. Senaquerib, rei da Assíria retirou-se, retomou o caminho de sua terra e ficou em Nínive.
Livro de Salmos 48(47),2-3.4.10-11.
Grande é o SENHOR e digno de louvor, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo.Belo em altura, alegria de toda a terra, o monte Sião, nas alturas do Norte, é a cidade do grande rei.No meio das suas fortalezas, Deus mostrou se um refúgio seguro.Meditamos, ó Deus, sobre o teu amor, no interior do teu templo.Como o teu nome, ó Deus, assim o teu louvor chega aos confins da terra; a tua direita está cheia de justiça.
Evangelho segundo S. Mateus 7,6.12-14.
«Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos porcos, para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos despedacem.» «Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque isto é a Lei e os Profetas.» «Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele. Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e como são poucos os que o encontram!»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas Prédica de 30/5/1659 (a partir da trad. de Seuil 1960 p. 682 rev.)

«O que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles»

Qual é o primeiro acto do caridade? Que obras produz um coração por ela animado? Que sai de um coração assim, comparando com o de um homem de desprovido de tal virtude? Há que fazer o bem a cada um, como com razoabilidade queríamos que assim nos fosse feito; nisto consiste o sumo da caridade. Faço verdadeiramente ao meu próximo aquilo que desejo que ele me faça? Ah, eis um grande exame a fazer. [...]Olhemos para o Filho de Deus: que coração de caridade, que chama de amor! Jesus, dizei-nos, por favor, o que Vos tirou do céu para virdes sofrer a maldição da Terra, as muitas perseguições e tormentos que aqui recebestes? Ó Salvador, ó fonte de amor, humilhado que fostes até à nossa condição, até um suplício infame! Quem mais amou o próximo, senão Vós? Viestes expor-Vos a todas estas nossas misérias, tomando a forma de pecador, levar um vida de sofrimento, e sofrer uma morte vergonhosa por nós. Haverá amor igual? [...] Só Nosso Senhor leva assim a tal ponto o Seu amor pelas criaturas, deixando o trono de Seu Pai para encarnar num corpo sujeito às enfermidades.E por quê? Para estabelecer entre nós, com o Seu exemplo e a Sua palavra, a caridade pelo próximo [...]. Ó meus amigos, se tivéssemos um pouco deste amor, deixar-nos-íamos ficar de braços cruzados? Oh, não! A caridade não é ociosa; ela incita-nos a lutar pela salvação e pela consolação dos outros.
Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 21 de junho de 2010

LITURGIA DO DIA - 21/06

Santo do dia

Segunda-feira da 12ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : S. Luís Gonzaga, religioso, +1591
LEITURAS

Livro de 2º Reis 17,5-8.13-15.18.
Depois, marchou contra Samaria e sitiou-a, durante três anos. No ano nono do reinado de Oseias, o rei da Assíria conquistou a Samaria e deportou os israelitas para a Assíria. Estabeleceu-os em Hala, nas margens do Habor, rio de Gozan, e nas cidades da Média. Isto aconteceu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os tirara do Egipto e libertara da opressão do Faraó, rei dos egípcios. Adoraram outros deuses e seguiram os costumes das nações que o Senhor expulsara da frente dos filhos de Israel, e os que foram introduzidos pelos reis de Israel. O Senhor admoestara Israel e Judá pela boca dos seus profetas e videntes: «Desviai-vos dos vossos maus caminhos, guardai os meus mandamentos e preceitos, observai fielmente a lei que prescrevi a vossos pais e que vos transmiti pelos meus servos, os profetas.» Mas eles não o quiseram ouvir, e endureceram o seu coração, imitando seus pais, que se tornaram infiéis ao Senhor, seu Deus. Desprezaram os seus preceitos e a aliança que Ele estabeleceu com os seus pais, e as advertências que lhes tinha feito. Foram atrás das coisas vazias e eles próprios se tornaram vazios, como os povos que os rodeavam, apesar de o Senhor lhes ter proibido imitá-los. Então, o Senhor indignou-se profundamente contra os filhos de Israel e lançou-os para longe da sua face. Só ficou a tribo de Judá.
Livro de Salmos 60,3.4-5.12-13.
Tu nos rejeitaste, ó Deus, e nos destroçaste; estás irado, mas restabelece nos de novo.Abalaste a terra e a fendeste. Repara as suas brechas, porque se desmorona!Fizeste que o teu povo passasse duras provas; deste nos a beber um vinho inebriante.Quem senão Tu, ó Deus, que nos rejeitaste e já não vais à frente dos nossos exércitos?Concede nos ajuda na tribulação, porque é vão qualquer socorro humano.
Evangelho segundo S. Mateus 7,1-5.
«Não julgueis, para não serdes julgados; pois, conforme o juízo com que julgardes, assim sereis julgados; e, com a medida com que medirdes, assim sereis medidos. Porque reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não vês a trave que está na tua vista? Como ousas dizer ao teu irmão: 'Deixa-me tirar o argueiro da tua vista’, tendo tu uma trave na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu irmão.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade «No Greater Joy» (a partir da trad. «Il n'y a pas de plus grand amour», Lattès 1997, p. 55)

«Com a medida com que medirdes, assim sereis medidos»

Para cada doença existem vários medicamentos e tratamentos. Mas enquanto não se oferecer uma mão doce pronta a servir e um coração generoso pronto a acarinhar, não creio que se possa alguma vez curar esta terrível doença que é a falta de amor.Nenhum de nós tem o direito de condenar quem quer que seja. Nem quando vemos pessoas soçobrar sem compreender porquê. Não nos convida Jesus a não julgar? Talvez tenhamos contribuído para tornar as pessoas como elas são. Devemos compreender que são nossos irmãos e nossas irmãs. Este leproso, este bêbedo, este doente são nossos irmãos, também eles foram criados para um amor maior. Nunca deveríamos esquecê-lo. O próprio Jesus Cristo Se identifica com eles quando diz: «Aquilo que fizestes aos Meus irmãos mais humildes foi a Mim que fizestes» (Mt 25, 40). E pode acontecer que essas pessoas vivam na rua, desprovidas de qualquer amor e quaisquer cuidados, porque lhes recusámos a nossa solicitude, a nossa afeição. Sede doces, infinitamente doces para com o pobre que sofre. Compreendemos tão mal aquilo por que ele passa! O mais difícil é não ser aceite.
Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 20 de junho de 2010

LITURGIA DO DIA - 20/06

Santo do dia

12º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Décimo Segundo Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)
Décimo segundo domingo comum
A liturgia deste Domingo coloca no centro da nossa reflexão a figura de Jesus: quem é Ele e qual o impacto que a sua proposta de vida tem em nós? A Palavra de Deus que nos é proposta impele-nos a descobrir em Jesus o “messias” de Deus, que realiza a libertação dos homens através do amor e do dom da vida; e convida cada “cristão” à identificação com Cristo – isto é, a “tomar a cruz”, a fazer da própria vida um dom generoso aos outros.O Evangelho confronta-nos com a pergunta de Jesus: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” Paralelamente, apresenta o caminho messiânico de Jesus, não como um caminho de glória e de triunfos humanos, mas como um caminho de amor e de cruz. “Conhecer Jesus” é aderir a Ele e segui-l’O nesse caminho de entrega, de doação, de amor total.A primeira leitura apresenta-nos um misterioso profeta “trespassado”, cuja entrega trouxe conversão e purificação, para os seus concidadãos. Revela, pois, que o caminho da entrega não é um caminho de fracasso, mas um caminho que gera vida nova para nós e para os outros. João, o autor do Quarto Evangelho, identificará essa misteriosa figura profética com o próprio Cristo.A segunda leitura reforça a mensagem geral da liturgia deste Domingo, insistindo que o cristão deve “revestir-se” de Jesus, renunciar ao egoísmo e ao orgulho e percorrer o caminho do amor e do dom da vida. Esse caminho faz dos crentes uma única família de irmãos, iguais em dignidade e herdeiros da vida em plenitude.
Livro de Zacarias 12,10-11.13,1.
Mas derramarei sobre a casa de David e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de benevolência e de súplica. Eles contemplarão aquele a quem traspassaram; chorarão por ele como se chora um filho único e lamentá-lo-ão como se lamenta um primogénito. Naquele dia, haverá um grande pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadad-Rimon na planície de Meguido. Naquele dia, haverá uma fonte aberta para a casa de David e para os habitantes de Jerusalém, para a purificação do pecado e da impureza.
Livro de Salmos 63,2.3-4.5-6.8-9.
Ó Deus, Tu és o meu Deus! Anseio por ti! A minha alma tem sede de ti; todo o meu ser anela por ti, como terra áridQuero contemplar te no santuário, para ver o teu poder e a tua glória.O teu amor vale mais do que a vida; por isso, os meus lábios te hão de louvar.Quero bendizer te toda a minha vida e em teu louvor levantar as minhas mãos.A minha alma será saciada com deliciosos manjares, com vozes de júbilo te louvarei.porque Tu és o meu auxílio, e à sombra das tuas asas eu exulto.A minha alma está unida a ti, a tua mão direita me sustenta.
Carta aos Gálatas 3,26-29.
É que todos vós sois filhos de Deus em Cristo Jesus, mediante a fé; pois todos os que fostes baptizados em Cristo, revestistes-vos de Cristo mediante a fé. Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus. E se sois de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.
Evangelho segundo S. Lucas 9,18-24.
Um dia, quando orava em particular, estando com Ele apenas os discípulos, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?» Responderam-lhe: «João Baptista; outros, Elias; outros, um dos antigos profetas ressuscitado.» Disse-lhes Ele: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.» Ele proibiu-lhes formalmente de o dizerem fosse a quem fosse; e acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.» Depois, dirigindo-se a todos, disse: «Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me. Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de perdê la; mas, quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Catecismo da Igreja Católica, §§ 306-308

«Tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me»

Deus é o Senhor soberano dos Seus planos. Mas, para a realização dos mesmos, serve-Se também do concurso das criaturas. Isto não é um sinal de fraqueza, mas da grandeza e bondade de Deus omnipotente. É que Ele não só permite às Suas criaturas que existam, mas confere-lhes a dignidade de agirem por si mesmas [...] e de cooperarem, assim, na realização dos Seus desígnios.Aos homens, Deus concede mesmo poderem participar livremente na sua Providência, confiando-lhes a responsabilidade de «submeter» a terra e dominá-la (Gn 1, 26-28). Assim lhes concede que sejam causas inteligentes e livres, para completar a obra da criação e aperfeiçoar a sua harmonia, para o seu bem e o dos seus semelhantes. Cooperadores muitas vezes inconscientes da vontade divina, os homens podem entrar deliberadamente no plano divino, pelos seus actos e as suas orações, como também pelos seus sofrimentos. Tornam-se, então, plenamente «colaboradores de Deus» (1 Cor 3, 9; 1Tes 3, 2) e do Seu Reino.Esta é uma verdade inseparável da fé em Deus Criador: Deus age em toda a acção das Suas criaturas. É Ele a causa-primeira, que opera nas e pelas causas-segundas: «É Deus que produz em nós o querer e o operar, segundo o Seu beneplácito» (Fil 2, 13).
Fonte: Evangelho Quotidiano