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sábado, 19 de setembro de 2009

LITURGIA DO DIA - 19/09

Santo do dia

Sábado da 24ª semana do Tempo Comum

LEITURAS
1ª Carta a Timóteo 6,13-16.
Na presença de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Jesus Cristo, que deu testemunho perante Pôncio Pilatos numa bela profissão de fé, recomendo-te que guardes o mandato, sem mancha nem culpa, até à manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esta manifestação será feita nos tempos estabelecidos, pelo bem-aventurado e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que possui a imortalidade, que habita numa luz inacessível, que nenhum homem viu nem pode ver. A Ele, honra e poder eterno! Ámen!
Livro de Salmos 100,2.3.4.5.
Servi ao SENHOR com alegria, vinde à sua presença com cânticos de júbilo!Sabei que o SENHOR é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho.Entrai pelas suas portas em acção de graças; entrai nos seus átrios com hinos de louvor; glorificai-o e bendizei o seu nome.O SENHOR é bom! O seu amor é eterno! É eterna a sua fidelidade!
Evangelho segundo S. Lucas 8,4-15.
Como estivesse reunida uma grande multidão, e de todas as cidades viessem ter com Ele, disse esta parábola: «Saiu o semeador para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, foi pisada e as aves do céu comeram-na. Outra caiu sobre a rocha e, depois de ter germinado, secou por falta de humidade. Outra caiu no meio de espinhos, e os espinhos, crescendo com ela, sufocaram-na. Uma outra caiu em boa terra e, uma vez nascida, deu fruto centuplicado.» Dizendo isto, clamava: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!» Os discípulos perguntaram-lhe o significado desta parábola. Disse-lhes: «A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus; mas aos outros fala-se-lhes em parábolas, a fim de que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam.» «O significado da parábola é este: a semente é a Palavra de Deus. Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem, mas em seguida vem o diabo e tira-lhes a palavra do coração, para não se salvarem, acreditando. Os que estão sobre a rocha são os que, ao ouvirem, recebem a palavra com alegria; mas, como não têm raiz, acreditam por algum tempo e afastam-se na hora da provação. A que caiu entre espinhos são aqueles que ouviram, mas, indo pelo seu caminho, são sufocados pelos cuidados, pela riqueza, pelos prazeres da vida e não chegam a dar fruto. E a que caiu em terra boa são aqueles que, tendo ouvido a palavra, com um coração bom e virtuoso, conservam-na e dão fruto com a sua perseverança.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (v. 345-407), presbítero em Antioquia seguidamente Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja Sermão n° 44 sobre S. Mateus; PG 57, 467 (a partir da trad. Véricel, o Evangelho comentado, p. 140)

«Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!»

Se a semente seca, não é devido ao calor. Jesus não disse que a semente secou por causa do calor, mas sim pela «falta de raiz». Se a Palavra é asfixiada, não será por causa dos espinhos, mas de quem os deixou crescer em liberdade. Se quiseres, podes impedir que cresçam, podes fazer bom uso da riqueza. É por isso que o Salvador não fala «do mundo» mas dos «cuidados do mundo», não fala «da riqueza» mas da «sedução da riqueza». Por conseguinte, não acusemos as coisas em si mesmas, mas a corrupção da nossa consciência. [...]Não é o agricultor, como vês, não é a semente, é a terra onde ela é recebida que explica tudo, ou seja as disposições do nosso coração. Também aí a bondade de Deus para com o homem é imensa, dado que, longe de exigir a mesma medida de virtude, acolhe os primeiros, não repudia os segundos e dá lugar aos terceiros. [...] É necessário, pois, começar por ouvir atentamente a Palavra, depois guardá-la fielmente na memória, em seguida encher-se de coragem, depois desprezar a riqueza e livrar-se do amor aos bens do mundo. Se Jesus coloca em primeiro lugar a Palavra, antes de todas as outras condições, é porque é a condição fundamental. «E como hão-de acreditar Naquele de Quem não ouviram falar?» (Rom, 10, 14). Também nós, se não dermos atenção ao que nos é dito, não conheceremos os deveres a cumprir. Só depois vem a coragem e o desprezo pelos bens deste mundo. Para pôr a render estas lições, fortifiquemo-nos de todas as maneiras: estejamos atentos à Palavra, façamos crescer profundamente as nossas raízes e desembaracemo-nos de todas as preocupaçõess do mundo.

Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

LITURGIA DO DIA - 18/09

Santo do dia

Sexta-feira da 24ª semana do Tempo Comum


LEITURAS

1ª Carta a Timóteo 6,2-12.
E os que têm senhores crentes não os desprezem, por serem irmãos; antes, devem servi-los melhor, porque os que beneficiam do seu trabalho são fiéis e amados de Deus. Isto é o que deves ensinar e recomendar. Se alguém ensinar outra doutrina e não aderir às sãs palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo e ao ensinamento conforme à piedade, é um obcecado pelo orgulho, um ignorante, um espírito doentio dado a querelas e contendas de palavras. Daí nascem invejas, rixas, injúrias, suspeitas maldosas, altercações entre homens de espírito corrompido e desprovidos de verdade, que julgam ser a piedade uma fonte de lucro. A piedade é, realmente, uma grande fonte de lucro para quem se contenta com o que tem. Pois nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele. Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isso. Mas os que querem enriquecer caem na tentação, na armadilha e em múltiplos desejos insensatos e nocivos que precipitam os homens na ruína e na perdição. Porque a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro. Arrastados por ele, muitos se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições. Mas tu, ó homem de Deus, foge dessas coisas. Procura antes a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e da qual fizeste uma bela profissão na presença de muitas testemunhas.
Livro de Salmos 49(48),6-7.8-10.17-18.19-20.
Porque hei de temer os dias maus, quando me cercar a maldade dos meus inimigos?Eles confiam na sua opulência e vangloriam se nas suas riquezas.Infelizmente, o homem não consegue escapar nem pagar a Deus o seu resgate.O resgate da sua vida é muito caro e nunca se pagaria o suficiente;nunca chegaria para poder viver para sempre, sem chegar a ver a sepultura.Não te preocupes, se alguém enriquece, se aumenta a fortuna da sua casa.Quando morrer, nada levará consigo; a sua fortuna não há-de acompanhá-lo.Ainda que em vida o tenham lisonjeado: "Serás famoso, porque és um homem rico",há-de juntar se na morte aos antepassados, que jamais verão a luz.
Evangelho segundo S. Lucas 8,1-3.
Em seguida, Jesus ia de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Acompanhavam-no os Doze e algumas mulheres, que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios; Joana, mulher de Cuza, administrador de Herodes; Susana e muitas outras, que os serviam com os seus bens.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa João Paulo II Mulieris Dignitatem, § 16 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Acompanhavam-No os Doze e algumas mulheres»

Desde o início da missão de Cristo, a mulher demonstra para com Ele e para com o Seu ministério uma sensibilidade especial, que corresponde a uma característica da sua feminilidade. Convém referir igualmente que tal é particularmente confirmado face ao mistério pascal, não só no momento da cruz, mas também na manhã da ressurreição. As mulheres são as primeiras junto à sepultura. São as primeiras a encontrá-la vazia. São as primeiras a ouvir: «Não está aqui, ressuscitou como tinha dito» (Mt 28, 6). São as primeiras a abraçar-Lhe os pés (Mt 28, 9). São também as primeiras a ser chamadas a anunciar esta verdade aos apóstolos (Mt 28, 1-10; Lc 24, 8-11). O evangelho de João (cf. também Mc 16, 9) coloca em destaque a função particular de Maria Madalena, que é a primeira a encontrar Cristo ressuscitado. [...] Por isso, é conhecida também como a «apóstola dos apóstolos». Maria Madalena foi testemunha ocular do Cristo ressuscitado antes dos apóstolos e, por essa razão, foi também a primeira a dar testemunho diante dos apóstolos.Este acontecimento coroa, em certo sentido, tudo quanto foi precedentemente dito sobre o facto de Cristo confiar as verdades divinas às mulheres, em pé de igualdade com os homens. Pode-se dizer que assim se cumpriram as palavras do profeta: «Derramarei o Meu Espírito sobre todo o homem e tornar-se-ão profetas os vossos filhos e as vossas filhas» (Jl 3, 1). Cinquenta dias depois da ressurreição de Cristo, estas palavras são novamente confirmadas no cenáculo de Jerusalém, durante a vinda do Espírito Santo Paráclito (Act 2, 17). Tudo o que se disse até aqui sobre o comportamento de Cristo em relação às mulheres confirma e esclarece, no Espírito Santo, a verdade sobre a igualdade dos dois, homem e mulher.

Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

LITURGIA DO DIA - 17/09

Santo do dia

Quinta-feira da 24ª semana do Tempo Comum

LEITURAS
1ª Carta a Timóteo 4,12-16.
Ninguém escarneça da tua juventude; antes, sê modelo dos fiéis, na palavra, na conduta, no amor, na fé, na castidade. Enquanto aguardas a minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. Não descures o carisma que está em ti, e que te foi dado através de uma profecia, com a imposição das mãos dos presbíteros. Toma a peito estas coisas e persevera nelas, a fim de que o teu progresso seja manifesto a todos. Cuida de ti mesmo e da doutrina, persevera nestas coisas, porque, agindo assim, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem.
Livro de Salmos 111(110),7-8.9.10.
As obras das suas mãos são rectas e justas, são imutáveis todos os seus preceitos. Foram estabelecidos pelos séculos dos séculos e baseiam-se na verdade e na rectidão. Enviou a redenção ao seu povo, firmou com ele uma aliança para sempre; santo e venerável é o seu nome. temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; são prudentes todos os que o praticam. O seu louvor permanece eternamente.
Evangelho segundo S. Lucas 7,36-50.
Um fariseu convidou-o para comer consigo. Entrou em casa do fariseu, e pôs-se à mesa. Ora certa mulher, conhecida naquela cidade como pecadora, ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro com perfume. Colocando-se por detrás dele e chorando, começou a banhar-lhe os pés com lágrimas; enxugava-os com os cabelos e beijava-os, ungindo-os com perfume. Vendo isto, o fariseu que o convidara disse para consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia quem é e de que espécie é a mulher que lhe está a tocar, porque é uma pecadora!» Então, Jesus disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa para te dizer.» «Fala, Mestre» respondeu ele. «Um prestamista tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou aos dois. Qual deles o amará mais?» Simão respondeu: «Aquele a quem perdoou mais, creio eu.» Jesus disse-lhe: «Julgaste bem.» E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; ela, porém, banhou-me os pés com as suas lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste um ósculo; mas ela, desde que entrou, não deixou de beijar-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, e ela ungiu-me os pés com perfume. Por isso, digo-te que lhe são perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa pouco ama.» Depois, disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados.» Começaram, então, os convivas a dizer entre si: «Quem é este que até perdoa os pecados?» E Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja Sermão 7 sobre o Cântico dos Cânticos

«Por causa do seu grande amor»

«Beija-me com ósculos da tua boca» (Ct 1, 2). Quem fala assim? A esposa [do Cântico dos cânticos]. E quem é esta esposa? É a alma associada a Deus. E a quem fala ela? Ao seu Deus. [...] Não se saberia encontrar palavras mais ternas, para exprimir a ternura recíproca de Deus e da alma, que estas do Esposo e da esposa. Tudo lhes é comum, não possuem nada próprio nem à parte. Única é a sua herança, única a sua mesa, única a sua casa, única mesmo a carne que em conjunto eles constituem (Gn 2, 24). [...]Se a palavra amar convém especialmente e em primeiro lugar aos esposos, não é sem boas razões que se dá o nome de esposa à alma que ama Deus. A prova de que ela ama é que pede a Deus um beijo. Não deseja nem a liberdade, nem uma recompensa, nem uma herança, nem mesmo um ensinamento, mas um beijo, ao jeito de uma esposa casta, elevada por um santo amor e incapaz de esconder a chama que a queima. [...] Sim, o seu amor é casto pois ela deseja apenas Aquele que ama, e não qualquer coisa que lhe pertença. O seu amor é santo, porque ela ama não num desejo pesado da carne, mas na pureza do espírito. O seu amor é ardente pois, inebriada por este mesmo amor, esquece a grandeza de Quem ama. Não é Ele, com efeito, que com um olhar faz tremer a terra? (Sl 103, 32). E é a Ele que ela pede um beijo? Não estará embriagada? Sim, está embriagada de amor pelo seu Deus. [...] Que força a do amor! Que confiança e que liberdade no Espírito! Nem há maneira mais clara de manifestar que «o amor perfeito afasta o temor» (1Jo 4, 18).
Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

LITURGIA DO DIA - 16/09

Santo do dia
Quarta-feira da 24ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
1ª Carta a Timóteo 3,14-16.
Escrevo-te estas coisas, na esperança de ir ter contigo em breve. Porém, eu quero que saibas como deves proceder na casa de Deus, esta Igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade. Grande é – todos o confessam – o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado no Espírito, apresentado aos anjos, anunciado às nações, acreditado no mundo, exaltado na glória.
Livro de Salmos 111(110),1-2.3-4.5-6.
Louvarei o SENHOR de todo o coração, no conselho dos justos e na assembleia. Grandes são as obras do SENHOR, dignas de meditação para quem as ama. As suas obras têm majestade e esplendor; a sua justiça permanece para sempre. Deixou-nos um memorial das suas maravilhas. O SENHOR é bondoso e compassivo; dá sustento aos que o temem e jamais se esquece da sua aliança. Revelou ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações.
Evangelho segundo S. Lucas 7,31-35.
«A quem, pois, compararei os homens desta geração? A quem são semelhantes? Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras, dizendo: 'Tocámos flauta para vós, e não dançastes! Entoámos lamentações, e não chorastes!' Veio João Baptista, que não come pão nem bebe vinho, e dizeis: 'Está possesso do demónio!' Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: 'Aí está um glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e de pecadores!' Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja Sermão 38 sobre o Cântico dos Cânticos (a partir da trad. de Béguin, Seuil 1953, p. 442 rev.)

A ignorância dos que não se convertem

O apóstolo Paulo diz: «Alguns de vós mostram que não conhecem a Deus» (1Cor 15, 34). Por mim, digo que partilham dessa ignorância todos os que não se querem converter a Deus, visto que recusam converter-se simplesmente porque O imaginam solene e severo, a este Deus que é todo doçura; fazem-No duro e implacável, quando Ele é só misericórdia; crêem violento e terrível Aquele que deseja apenas a nossa adoração. Assim, o ímpio a si mesmo se engana fabricando um ídolo em vez de conhecer a Deus tal como Ele é.Que temem essas pessoas de pouca fé? Que Deus não lhes queira perdoar os pecados? Pois se Ele os cravou na cruz, nas Suas próprias mãos. Então porque receiam? Por serem fracos e vulneráveis? Ele sabe bem de que barro nos fez! Então de que têm medo? De estar demasiados habituados ao mal para conseguirem quebrar as cadeias do vício? O Senhor liberta os prisioneiros [Sl 146 (145), 7]. Receiam então que Deus, irritado devido à infinidade dos seus erros, hesite em lhes estender a mão para os socorrer? No entanto, onde aumentou o pecado superabundou a graça (Rom 5, 20). Ou será ainda a inquietação quanto ao que vestir, ao que comer e às outras necessidades da sua vida que os impede de se despojarem dos seus bens? Deus sabe que temos necessidade de tudo isso (Mt 6, 32). Que mais querem? Que mais lhes serve de obstáculo à salvação? O facto de não conhecerem a Deus e de não acreditarem no que lhes dizemos. Então, que se fiem na experiência de outros.
Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 15 de setembro de 2009

LITURGIA DO DIA - 15/09

Santo do dia
Nossa Senhora das Dores – Memória
Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora das Dores

LEITURAS
Carta aos Hebreus 5,7-9.
Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte, com grande clamor e lágrimas, e foi atendido por causa da sua piedade. Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu e, tornado perfeito, tornou-se para todos os que lhe obedecem fonte de salvação eterna.
Livro de Salmos 31(30),2-6.15-16.20.
Em ti, SENHOR, me refugio; que eu nunca seja confundido. Salva me pela tua justiça.Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar me. Sê para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve. Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia me e conduz me. Livra me da cilada que me armaram, porque Tu és o meu refúgio.Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva me. Mas eu confio em ti, SENHOR; e digo: "Tu és o meu Deus. O meu destino está nas tuas mãos; livra me dos meus inimigos e perseguidores. Como é grande, SENHOR, a bondade que reservas para os que te são fiéis! Tu a concedes, à vista de todos, àqueles que em ti confiam.
Evangelho segundo S. João 19,25-27.
Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino Comentário sobre o Evangelho de João, 13; PL 169, 789 (a partir da trad. Tournay rev.)

«Eis a tua mãe!»

«Mulher, eis o teu filho!» «Eis a tua mãe!» Com que direito passa o discípulo que Jesus amava a ser filho da Mãe do Senhor? Com que direito é Ela sua Mãe? É que Aquela que trouxera ao mundo, então de forma indolor, a causa da salvação de todos, ao dar à luz na carne o Deus feito homem, é com enorme dor que agora dá à luz, de pé junto à cruz.Na hora da Sua paixão, o Senhor tinha comparado os Seus apóstolos a uma mulher que dá à luz, ao dizer: «A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz o menino, já se não lembra da aflição, pela alegria de ter vindo ao mundo um homem» (Jo 16, 21). Quanto mais compararia tal Filho tal Mãe - essa Mãe que esteve de pé junto à cruz - a uma mulher que dá à luz! Comparar? Mas Ela é verdadeiramente mulher e verdadeiramente mãe e, nesta hora, tem verdadeiras dores de parto. Ela não tinha sofrido as dores do parto como as outras mulheres quando lhe nascera o Filho; é agora que as sofre, que é crucificada, que sente a tristeza de quem dá à luz porque chegou a sua hora (cf Jo 13, 1; 17, 1). [...]Quando tiver passado esta hora, quando esta espada de dor tiver trespassado por completo a sua alma que dá à luz (Lc 2, 35), também Ela já se não lembrará da aflição, pela alegria de ter vindo ao mundo um homem, o homem novo, que renova todo o género humano e reina sem fim sobre o mundo inteiro, verdadeiramente nascido, ultrapassado todo o sofrimento, imortal, primogénito de entre os mortos. Tendo assim trazido ao mundo a salvação de todos nós na paixão de seu único Filho, a Virgem é claramente a Mãe de todos nós.

Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

LITURGIA DO DIA - 14/09

Santo do dia

Exaltação da Santa Cruz –
Festa Exaltação da Santa Cruz
Hoje a Igreja celebra : Exaltação da Santa Cruz

Leituras

Livro de Números 21,4-9.

Do monte Hor, os israelitas partiram pelo caminho do Mar dos Juncos para contornar a terra de Edom, mas cansaram-se na caminhada. O povo falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizestes sair do Egipto? Foi para morrer no deserto, onde não há pão nem água, estando enjoados com este pão levíssimo?» Mas o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que mordiam o povo, e por isso morreu muita gente de Israel. O povo foi ter com Moisés e disse-lhe: «Pecámos ao protestarmos contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor para que afaste de nós as serpentes.» E Moisés intercedeu pelo povo. O Senhor disse a Moisés: «Faz para ti uma serpente abrasadora e coloca-a num poste. Sucederá que todo aquele que tiver sido mordido, se olhar para ela, ficará vivo.» Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e fixou-a sobre um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, vivia.

Livro de Salmos 78(77),1-2.34-35.36-37.38.

Escuta, meu povo, os meus ensinamentos; presta atenção às minhas palavras.Vou abrir a minha boca em parábolas e revelar os enigmas de outros tempos.Quando os castigava, eles procuravam no, convertiam se e voltavam se para Deus.Recordavam se então que Deus era o seu protector, que o Altíssimo era o seu libertador.Mas logo o enganavam com a boca e lhe mentiam com a língua.Os seus corações não eram leais com Ele, nem fiéis à sua aliança.Mas Deus, que é misericordioso, perdoava lhes os pecados e não os destruía. Muitas vezes conteve a sua ira

Evangelho segundo S. João 3,13-17.

Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI Homilia para a Vigília pascal, 07/04/2007 © copyright Libreria Editrice Vaticana.

«Ele entregou-Se a si mesmo à morte e, pela ressurreição, destruiu a morte e renovou a vida» (Oração eucarística IV)

No Credo proclamamos, a propósito do caminho de Cristo: «Desceu à mansão dos mortos». [...] A liturgia aplica à descida de Jesus à noite da morte as palavras do salmo 24 (23): «Ó portas, levantai os vossos umbrais! Alteai-vos, pórticos eternos!» A porta da morte está fechada: ninguém pode passar através dela. Não há chave para essa porta de ferro. No entanto, Cristo tem a chave. A Sua cruz abre de par em par todas as portas invioláveis da morte, que deixaram de ser inexpugnáveis. A Sua cruz, a radicalidade do Seu amor, é a chave que abre essa porta. O amor Daquele que, sendo Deus, Se fez homem para poder morrer tem força para abrir a porta. É um amor mais forte do que a morte.Os ícones pascais da Igreja do Oriente mostram como Cristo entra no mundo dos mortos. As Suas vestes são luminosas, porque Deus é luz. «A noite seria, para Ti, brilhante como o dia» (Sl 139 (138), 12). Jesus entra no mundo dos mortos com os estigmas; as Suas chagas, os Seus sofrimentos tornaram-se poderosos: são amor capaz de vencer a morte. Jesus encontra Adão e todos os homens que esperam nas sombras da morte. Vendo-os, quase podemos ouvir a oração de Jonas: «Clamei a Ti do meio da morada dos mortos e Tu ouviste a minha voz» (Jn 2, 3).Pela encarnação, o Filho de Deus fez-Se um com os seres humanos, com Adão. Mas só quando realizou o supremo acto de amor, descendo da noite da morte, levou a bom termo o caminho da encarnação. Pela Sua morte, tomou pela mão Adão e toda a humanidade expectante e guiou-os para a luz.

Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 13 de setembro de 2009

LITURGIA DO DIA - 13/09

Santo do dia

24º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Livro de Isaías 50,4-9.
«O Senhor DEUS ensinou-me o que devo dizer, para saber dar palavras de alento aos desanimados. Cada manhã desperta os meus ouvidos, para que eu aprenda como os discípulos. O Senhor DEUS abriu-me os ouvidos, e eu não resisti, nem recusei. Aos que me batiam apresentei as espáduas, e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me ultrajavam e cuspiam. Mas o Senhor DEUS veio em meu auxílio; por isso não sentia os ultrajes. Endureci o meu rosto como uma pedra, pois sabia que não ficaria envergonhado. O meu defensor está junto de mim. Quem ousará levantar-me um processo? Compareçamos juntos diante do juiz! Apresente-se quem tiver qualquer coisa contra mim. O Senhor DEUS vem em meu auxílio; quem ousará condenar-me? Cairão todos esfrangalhados, como roupa velha, roída pela traça.»
Livro de Salmos 116(114),1-2.3-4.5-6.8-9.
Amo o SENHOR, porque ouviu a voz do meu lamento. Ele inclinou para mim os seus ouvidos, no dia em que o invoquei. Cercaram-me os laços da morte, caíram sobre mim as angústias do sepulcro; estava aflito e cheio de ansiedade, mas invoquei o nome do SENHOR: «Ó SENHOR, salva-me a vida!» SENHOR é bondoso e compassivo, o nosso Deus é misericordioso. SENHOR guarda os simples; eu estava sem forças e Ele salvou-me. Ele livrou da morte a minha vida, das lágrimas, os meus olhos, da queda, os meus pés. Andarei na presença do SENHOR, no mundo dos vivos.
Carta de S. Tiago 2,14-18.
De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: «Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. Mais ainda: poderá alguém alegar sensatamente: «Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé.
Evangelho segundo S. Marcos 8,27-35.
Jesus partiu com os discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe. No caminho, fez aos discípulos esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?» Disseram-lhe: «João Baptista; outros, Elias; e outros, que és um dos profetas.» «E vós, quem dizeis que Eu sou?» perguntou-lhes. Pedro tomou a palavra, e disse: «Tu és o Messias.» Ordenou-lhes, então, que não dissessem isto a ninguém. Começou, depois, a ensinar-lhes que o Filho do Homem tinha de sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, e ser morto e ressuscitar depois de três dias. E dizia claramente estas coisas. Pedro, desviando-se com Ele um pouco, começou a repreendê-lo. Mas Jesus, voltando-se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo-lhe: «Vai-te da minha frente, Satanás, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.» Chamando a si a multidão, juntamente com os discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, há-de salvá-la.
Fonte: Evangelho Quotidiano