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sábado, 15 de outubro de 2011

LITURGIA DO DIA - 15-10



Sábado da 28ª semana do Tempo Comum




LEITURAS


Carta aos Romanos 4,13.16-18.


Irmãos: Não foi em virtude da Lei, mas da justiça obtida pela fé que a Abraão, ou à sua descendência, foi feita a promessa de que havia de receber o mundo em herança. Por isso, é da fé que depende a herança. Só assim é que esta é gratuita, de tal modo que a promessa se mantém válida para todos os descendentes: não apenas para aqueles que o são em virtude da Lei, mas também para os que o são em virtude da fé de Abraão, pai de todos nós, conforme o que está escrito: Fiz de ti o pai de muitos povos. Pai diante daquele em quem acreditou, o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência o que não existe. Foi com uma esperança, para além do que se podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de muitos povos, conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua descendência.


Livro de Salmos 105(104),6-7.8-9.42-43.


Descendentes de Abraão, seu servo, filhos de Jacob, seu escolhido. O Senhor, é o nosso Deus, e governa sobre a terra.Ele recordará sempre a sua aliança, a promessa que jurou manter por mil gerações, o pacto que fez com Abraão e aquele juramento que fez a Isaac. Deus lembrou-se da sua palavra sagrada, que tinha dado a Abraão, seu servo, e fez sair o seu povo com alegria e os seus eleitos com gritos de júbilo.


Evangelho segundo S. Lucas 12,8-12.


Naquele tempo, disse jesus aos seus discípulos: «Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, também o Filho do Homem se declarará por ele diante dos anjos de Deus. Aquele, porém, que me tiver negado diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem, há-de perdoar-se; mas, a quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo, jamais se perdoará. Quando vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de dizer em vossa defesa, pois o Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Actas do Martírio de São Justino e dos seus companheiros (ano 163); PG 6, 1565-1572 Antologia Litúrgica do Primeiro Milénio, trad. de José de Leão Cordeiro, SNL, Fátima, 2004)


«O Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer»


Aqueles homens santos foram presos e levados ao prefeito de Roma, chamado Rústico. Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino [...]: «Que doutrina professas?» Justino disse: «Procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a doutrina verdadeira dos cristãos». [...] O prefeito Rústico inquiriu: «Que verdade é essa?» Justino explicou: «Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como o único Criador, desde o princípio, e autor de toda a Criação, das coisas visíveis e invisíveis, e o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, de Quem foi anunciado pelos profetas que viria ao género humano como mensageiro da Salvação e Mestre da boa doutrina. E eu, porque sou homem e nada mais, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a Sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias [...] e sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a Sua vinda ao meio dos homens». Rústico perguntou: «Onde vos reunis? [...] Diz-me [...] em que lugar juntas os teus discípulos». Justino respondeu: «Eu vivo em casa de um certo Martinho, nos banhos de Timiotino. [...] Ali, se alguém queria ir ver-me, comunicava as palavras da verdade». Rústico perguntou: «Portanto, tu és cristão?» Justino confirmou: «Sim, sou cristão». O prefeito Rústico perguntou a Caritão: «Diz-me tu agora, Caritão, também és cristão?» Caritão respondeu: «Sou cristão por graça de Deus». [...] Rústico perguntou a Evelpisto: «E tu, de quem és, Evelpisto?» Evelpisto, escravo de César, respondeu: «Também sou cristão, libertado por Cristo, e por graça de Cristo participo da mesma esperança que estes». [...] O prefeito Rústico perguntou: «Foi Justino que vos fez cristãos?» Hierax respondeu: «Eu sou cristão há muito tempo e cristão continuarei a ser». E Peão, pondo-se de pé, disse: «Também eu sou cristão». [...] Evelpisto disse: «Eu gostava de ouvir os discursos de Justino, mas a ser cristão aprendi-o de meus pais». [...] O prefeito Rústico disse a Liberiano: «E tu, que dizes? Também és cristão? Também tu não tens religião?» Liberiano respondeu: «Também eu sou cristão e, quanto à minha religião, só adoro o Deus verdadeiro». O prefeito disse a Justino: «Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado, estás convencido de que subirás ao Céu?» Justino respondeu: «Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes, pois sei que a todos os que viverem santamente lhes está reservada a recompensa de Deus até ao fim dos séculos». O prefeito Rústico perguntou: «Então tu supões que hás-de subir ao Céu para receber algum prémio em retribuição?» Justino disse: «Não suponho, sei-o com toda a certeza».


Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

LITURGIA DO DIA - 14/10

Sexta-feira da 28ª semana do Tempo Comum




LEITURAS


Carta aos Romanos 4,1-8. Irmãos:


Que havemos de dizer de Abraão, nosso antepassado segundo a carne? Que obteve ele afinal? É que, se Abraão foi justificado por causa das obras, tem um motivo para se poder gloriar, mas não diante de Deus. Que diz, de facto, a Escritura? Que Abraão acreditou em Deus e isso foi-lhe atribuído à conta de justiça. Ora bem, àquele que realiza obras, o salário não lhe é atribuído como oferta, mas como dívida. Aquele, porém, que não realiza qualquer obra, mas acredita naquele que justifica o ímpio, a esse a sua fé é-lhe atribuída como justiça. Aliás é assim que David celebra a felicidade do homem a quem Deus atribui a justiça independentemente das obras: Felizes aqueles a quem foram perdoados os delitos e a quem foram cobertos os pecados! Feliz o homem a quem o Senhor não tem em conta o pecado!


Livro de Salmos 32(31),1-2.5.11.


Feliz aquele a quem é perdoada a culpa e absolvido o pecado. Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano. Confessei-te o meu pecado e não escondi a minha culpa. Disse: "Confessarei ao Senhor a minha falta"; e Tu me perdoaste a culpa do pecado. Alegrai-vos, justos, e regozijai vos no Senhor; exultai todos vós, que sois rectos de coração.


Evangelho segundo S. Lucas 12,1-7.


Naquele tempo, a multidão tinha-se reunido; eram milhares, a ponto de se pisarem uns aos outros. Jesus começou a dizer primeiramente aos seus discípulos: «Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nem oculto que não venha a conhecer-se. Porque tudo quanto tiverdes dito nas trevas há-de ouvir-se em plena luz, e o que tiverdes dito ao ouvido, em lugares retirados, será proclamado sobre os terraços. Digo-vos a vós, meus amigos: Não temais os que matam o corpo e, depois, nada mais podem fazer. Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem o poder de lançar na Geena. Sim, Eu vo-lo digo, a esse é que deveis temer. Não se vendem cinco pássaros por duas pequeninas moedas? Contudo, nenhum deles passa despercebido diante de Deus. Mais ainda, até os cabelos da vossa cabeça estão contados. Não temais: valeis mais do que muitos pássaros.


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santa Catarina de Siena (1347-1380), leiga da Ordem Terceira de São Domingos, doutora da Igreja, co-padroeira da Europa Diálogo, 18


«Até os cabelos da vossa cabeça estão contados»


[Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe]: «Ninguém pode escapar das Minhas mãos. Porque Eu sou aquele que é (Ex 3,14), e vós não sois por vós próprios; vós sois enquanto fordes feitos por Mim. Eu sou o criador de todas as coisas que participam do ser, mas não do pecado, que não é, e portanto não foi feito por Mim. E, porque não está em Mim, não é digno de ser amado. A criatura apenas Me ofende na medida em que ama o que não deve amar, o pecado. [...] É impossível aos homens saírem de Mim; ou permanecem em Mim constrangidos pela justiça que lhes sanciona os erros, ou permanecem em Mim guardados pela Minha misercórdia. Abre pois os olhos da tua inteligência e olha para a Minha mão; verás que é verdade o que te digo».Então, abrindo os olhos do espírito para obedecer ao Pai que é tão grande, eu vi o universo inteiro fechado naquela mão divina. E Deus disse-me: «Minha filha, vê agora e que saibas que ninguém Me pode escapar. Todos aqui estão, seguros pela justiça ou pela misericórdia, porque são Meus, criados por Mim, e Eu amo-os infinitamente. Seja qual for a maldade de que padeçam, terei misericórdia para com eles, por causa dos Meus servos; e atenderei o pedido que me fizeste com tanto amor e tanta dor». [...]Então a minha alma, como se estivesse embriagada e fora de si, no ardor cada vez maior do seu desejo, sentiu-se simultaneamente feliz e cheia de dor. Feliz pela união que tivera com Deus, gozando a Sua alegria e bondade, completamente imersa na Sua misericórdia. Cheia de dor ao ver ofendida tão grande bondade.


Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

LITURGIA DO DIA - 13/10

Quinta-feira da 28ª semana do Tempo Comum






LEITURAS



Carta aos Romanos 3,21-30.



Irmãos: independentemente da Lei de Moisés, manifestou-se agora a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas: a justiça que vem para todos os crentes, mediante a fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma: todos pecaram e estão privados da glória de Deus. Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. Deus ofereceu-o para, nele, pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé; foi assim que ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, no tempo da divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus. Onde está, pois, o motivo para alguém se gloriar? Foi excluído! Por qual lei? Pela das obras? De modo nenhum! Mas pela lei da fé. Pois estamos convencidos de que é pela fé que o homem é justificado, independentemente das obras da lei. Será Deus apenas Deus dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, Ele é também Deus dos gentios, uma vez que há um só Deus. É Ele que há-de justificar pela fé os circuncidados, e os não-circuncidados, mediante a fé.



Livro de Salmos 130(129),1-2.3-4b.4c-6.



Do fundo do abismo clamo a ti, Senhor, Senhor, ouve a minha prece. Estejam teus ouvidos atentos à voz da minha súplica. Se tiveres em conta os nossos pecados, Senhor, quem poderá resistir? Mas em ti encontramos o perdão; por isso te fazes respeitar. Eu espero no Senhor! A minha alma confia na sua palavra. A minha alma volta-se para o Senhor, mais do que a sentinela para a aurora.



Evangelho segundo S. Lucas 11,47-54.



Naquele tempo, disse O Senhor aos doutores da lei: «Ai de vós, que edificais os túmulos dos profetas, quando os vossos pais é que os mataram! Assim, dais testemunho e aprovação aos actos dos vossos pais, porque eles mataram-nos e vós edificais-lhes sepulcros. Por isso mesmo é que a Sabedoria de Deus disse: 'Hei-de enviar-lhes profetas e apóstolos, a alguns dos quais darão a morte e a outros perseguirão, a fim de que se peça contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o santuário.' Sim, Eu vo-lo digo, serão pedidas contas a esta geração. Ai de vós, doutores da Lei, porque vos apoderastes da chave da ciência: vós próprios não entrastes e impedistes a entrada àqueles que queriam entrar!» Quando saiu dali, os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-lo fortemente com perguntas e a fazê-lo falar sobre muitos assuntos, armando-lhe ciladas e procurando apanhar-lhe alguma palavra para o acusarem.



Comentário ao Evangelho do dia feito por Balduíno de Ford (? - c. 1190), abade cisterciense, depois bispo O sacramento do altar, II,1; SC 93


«Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente»


Os que derramaram o sangue de Cristo não o fizeram para apagar os pecados do mundo. [...] Mas, inconscientemente, serviram o plano de salvação. A salvação do mundo, que se seguiu, não se realizou, nem pelo seu poder, nem pela sua vontade, nem pela sua intenção, nem pelo seu acto, mas veio do poder, da vontade, da intenção, do acto de Deus. Nesta efusão de sangue, com efeito, o ódio dos perseguidores não era só à obra, mas também ao amor do Salvador. O ódio fez o seu trabalho de ódio, o amor fez a sua obra de amor. Não foi o ódio, mas o amor que realizou a salvação.Ao derramar o sangue de Cristo, o ódio derramou-se a si próprio, «a fim de se revelarem os pensamentos de muitos corações» (Lc 2,35). Também o amor, ao verter o sangue de Cristo, se verteu a si próprio, para que o homem soubesse como Deus o amava: «não poupou o próprio Filho» (Rom 8,32); «porque Deus amou tanto o mundo que lhe deu o Seu Filho único» (Jo 3,16). Este Filho único foi oferecido, não porque os Seus inimigos prevaleceram, mas porque Ele próprio o quis. «Amou os Seus e amou-os até ao fim» (Jo 13,1). O fim é a morte, aceite por aqueles que ama: eis o fim de toda a perfeição, o fim do amor perfeito. «Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos Seus amigos» (Jo 15,13).




Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

LITURGIA DO DIA - 12/10


Quarta-feira da 28ª semana do Tempo Comum


Festa da Igreja : Nossa Senhora Aparecida

LEITURAS


Carta aos Romanos 2,1-11.


Não tens desculpa tu, ó homem, quem quer que sejas, que te armas em juiz. É que, ao julgares o outro, a ti próprio te condenas, por praticares as mesmas coisas, tu que te armas em juiz. Ora nós sabemos que o julgamento de Deus se guia pela verdade contra aqueles que praticam tais acções. Cuidas, então tu, ó homem que julgas os que praticam tais acções e fazes o mesmo que escaparás ao julgamento de Deus? Ou não estarás tu a desprezar as riquezas da sua bondade, paciência e generosidade, ao ignorares que a bondade de Deus te convida à conversão? Afinal, com a tua dureza e o teu coração impenitente, estás a acumular ira sobre ti, para o dia da ira e do justo julgamento de Deus, que retribuirá a cada um conforme as suas obras: para aqueles que, ao perseverarem na prática do bem, procuram a glória, a honra e a incorruptibilidade, será a vida eterna; para aqueles que, por rebeldia, são indóceis à verdade e dóceis à injustiça, será ira e indignação. Tribulação e angústia para todo o ser humano que pratica o mal, primeiro judeu e depois grego! Glória, honra e paz para todo aquele que pratica o bem, primeiro para o judeu e depois para o grego! É que em Deus não existe acepção de pessoas. A Lei não garante a salvação.


Livro de Salmos 62(61),2-3.6-7.9.


Só em Deus descansa a minha alma; d'Ele vem a minha salvação.Só Ele é o meu refúgio e a minha salvação, minha fortaleza: jamais serei abalado.Só em Deus descansa a minha alma, d'Ele vem a minha esperança. Só Ele é o meu refúgio e salvação, minha fortaleza; jamais serei abalado. Confiai n'Ele, ó povos, em todo o tempo, desafogai n'Ele o vosso coração. Deus é o nosso refúgio.


Evangelho segundo S. Lucas 11,42-46.


Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as plantas e descurais a justiça e o amor de Deus! Estas eram as coisas que devíeis praticar, sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e de ser cumprimentados nas praças! Ai de vós, porque sois como os túmulos, que não se vêem e sobre os quais as pessoas passam sem se aperceberem!» Um doutor da Lei tomou a palavra e disse-lhe: «Mestre, falando assim, também nos insultas a nós.» Mas Ele respondeu: «Ai de vós, também, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis e nem sequer com um dedo tocais nesses fardos!


Comentário ao Evangelho do dia feito por Isaac, o Sírio (séc. VII), monge dos arredores de Mossul, santo das Igrejas Ortodoxas Sentenças 117, 118


«Ai de vós, doutores da Lei, porque carregais os homens com fardos insuportáveis»
Não alimentes o ódio contra o pecador, porque todos somos culpados. Se, por amor a Deus, tiveres contra ele motivo de censura, lamenta-o. Porque lhe terias tu ódio? É o seu pecado que devemos odiar, e rezar por ele, se quiseres ser como Cristo, que, longe de Se indignar contra os pecadores, rezava por eles: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). [...] Qual seria então a razão para odiares o pecador, tu que não passas de um homem? Seria por ele não estar à altura da tua virtude? Mas onde está a tua virtude se te falta a caridade?


Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 11 de outubro de 2011

LITURGIA DO DIA - 11/10




Terça-feira da 28 semana do Tempo Comum




Carta aos Romanos 1,16-25.


Irmãos: Não me envergonho do Evangelho, pois ele é poder de Deus para a salvação de todo o crente, primeiro o judeu mas também do não judeu.. Pois nele a justiça de Deus revela-se através da fé, para a fé, conforme está escrito: O justo viverá da fé. De facto, a ira de Deus, vinda do céu, revela-se contra toda a impiedade e injustiça dos homens que, com a injustiça, reprimem a verdade. Porquanto, o que de Deus se pode conhecer está à vista deles, já que Deus lho manifestou. Com efeito, o que é invisível nele o seu eterno poder e divindade tornou-se visível à inteligência, desde a criação do mundo, nas suas obras. Por isso, não se podem desculpar. Pois, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram nem lhe deram graças, como a Deus é devido. Pelo contrário: tornaram-se vazios nos seus pensamentos e obscureceu-se o seu coração insensato. Afirmando-se como sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus incorruptível por figuras representativas do homem corruptível, de aves, de quadrúpedes e de répteis. Por isso é que Deus, de acordo com os apetites dos seus corações, os entregou à impureza, de tal modo que os seus próprios corpos se degradaram. Foram esses que trocaram a verdade de Deus pela mentira, e que veneraram as criaturas e lhes prestaram culto, em vez de o fazerem ao Criador, que é bendito pelos séculos! Ámen.


Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.


Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia passa ao outro esta mensagem e uma noite dá conhecimento à outra noite. Não são palavras nem discursos cujo sentido se não perceba. O seu eco ressoou por toda a terra, e a sua palavra, até aos confins do mundo.


Evangelho segundo S. Lucas 11,37-41.


Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-o para almoçar na sua casa; Jesus entrou e pôs-se à mesa. O fariseu admirou-se de que Ele não se tivesse lavado antes da refeição. O Senhor disse-lhe: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e de maldade. Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai esmola do que possuís, e para vós tudo ficará limpo.


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Clemente de Roma, papa de 90 a 100, aproximadamente Epístola aos Coríntios, 14-16


Purificar o interior do nosso coração
É justo e santo, irmãos, obedecer a Deus em vez de seguir os agitadores orgulhosos. [...] Juntemo-nos àqueles que, com piedade, põem em prática a paz, não aos que fingem querer a paz. Com efeito está dito: «Este povo aproxima-se de Mim só com palavras e honra-me só com os lábios, pois o seu coração está longe de Mim» (Is 29,13; Mc 7,6). E ainda: «Abençoam com a boca, mas amaldiçoam com o coração» (Sl 61,5). E também: «Mas logo O enganavam com a boca e Lhe mentiam com a língua. Os seus corações não eram leais com Ele, nem fiéis à Sua aliança» (Sl 77,36). [...] Com efeito, Cristo pertence aos que são humildes de coração e não aos que se elevam acima do Seu rebanho. O ceptro da majestade de Deus (cf Heb 1,8), o Senhor Jesus Cristo, não veio acompanhado pela vaidade nem pelo orgulho ─ e no entanto poderia fazê-lo ─, mas pela humildade de coração, como o Espírito Santo tinha dito acerca d'Ele: «Quem acreditou no Nosso anúncio? A quem foi revelado o braço do Senhor? O servo cresceu diante do Senhor como um rebento, como raiz em terra árida, sem figura nem beleza. Vimo-Lo sem aspecto atraente» (Is 53,1-3). [...] Vedes assim, bem-amados, o modelo que vos foi dado. Se o Senhor Se humilhou desta maneira, que deveremos fazer nós, a quem Ele permitiu que caminhemos sob o jugo da Sua graça?


Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

LITURGIA DO DIA - 10/10

Segunda-feira da 28ª semana do Tempo Comum





LEITURAS


Carta aos Romanos 1,1-7.


Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado a ser Apóstolo, escolhido para anunciar o Evangelho de Deus, que Ele de antemão prometera por meio dos seus profetas, nas santas Escrituras, acerca do seu Filho, nascido da descendência de David segundo a carne, constituído Filho de Deus em poder, segundo o Espírito santificador pela ressurreição de entre os mortos, Jesus Cristo Senhor nosso; por Ele recebemos a graça de sermos Apóstolos, a fim de, em honra do seu nome, levarmos à obediência da fé todos os gentios, entre os quais estais também vós, chamados a ser de Cristo Jesus; a todos os amados de Deus que estão em Roma, chamados a ser santos: graça e paz a vós, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo! Oração pelos cristãos de Roma.


Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.


Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão direita e o seu santo braço Lhe deram a vitória. O Senhor anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça.Lembrou-Se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel. Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus. Aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e cantai.


Evangelho segundo S. Lucas 11,29-32.


Naquele tempo, aglomerva-se uma grande multidão à vlta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de Jonas. Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração. A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão! Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui está quem é maior do que Jonas.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Romano, o Melodista (c. 560), compositor de hinos Hino «Nínive»; SC 99


«Assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração»

Tu previste o desespero de Nínive, desviaste a ameaça já profetizada, e a Tua misericórdia venceu a Tua cólera, Senhor. Tem piedade, também nos dias de hoje, do Teu povo e da Tua cidade; derruba os nossos adversários com a Tua mão poderosa, por intercessão da Mãe de Deus, acolhendo o nosso arrependimento.O hospital do arrependimento está aberto a todas as doenças morais: vinde, apressemo-nos a recorrer a ele e a tomar vigor para as nossas almas. Foi pelo arrependimento que a pecadora encontrou a salvação, que Pedro foi libertado das suas negações, que David pôs fim ao sofrimento do seu coração, e foi por ele que os ninivitas foram curados (Lc 7,50; 2S 12,13). Portanto, não hesitemos, levantemo-nos, mostremos a nossa ferida ao Salvador e deixemos que Ele nos cure. Porque Ele ultrapassa todo o nosso desejo, tal é o acolhimento que faz do nosso arrependimento.Nunca são exigidos honorários aos que O procuram, porque eles nunca poderiam oferecer um presente do mesmo valor da cura. Recuperaram a saúde gratuitamente, mas deram o que podiam dar: em vez de presentes, lágrimas, que são, para este Libertador, objectos preciosos de amor e desejo. Disso são testemunhas a pecadora, Pedro, David e os ninivitas, pois levaram apenas os seus gemidos quando foram ter aos pés do Libertador, e Ele acolheu o seu arrependimento.As lágrimas são muitas vezes mais fortes que Deus, se assim podemos dizer, e fazem violência sobre Ele; porque o Misericordioso Se deixa alegremente acorrentar pelas lágrimas, pelo menos pelas lágrimas do espírito (cf. 2Cor 7,10). [...] Choremos, portanto, com o coração, à maneira dos ninivitas que, graças à contrição, abriram o céu e chamaram a atenção do Libertador, que recebeu o seu arrependimento.


Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 9 de outubro de 2011

LITURGIA DO DIA - 09/10



28º Domingo do Tempo Comum - Ano A








LEITURAS


Livro de Isaías 25,6-10a.


Sobre este monte, o Senhor do Universo prepara para todos os povos um banquete de carnes gordas, acompanhadas de vinhos velhos, carnes gordas e saborosas, vinhos velhos e bem tratados. Neste monte, Ele arrancará o véu de luto que cobre todos os povos, o pano que encobre todas as nações. Aniquilará a morte para sempre. O Senhor DEUS enxugará as lágrimas de todas as faces, e eliminará o opróbrio que pesa sobre o seu povo, sobre toda a nação. Foi o SENHOR quem o proclamou. Dir-se-á naquele dia: «Este é o nosso Deus, nele confiámos e Ele nos salva. Este é o SENHOR em quem confiámos. Congratulemo-nos e rejubilemos com a sua salvação. A mão do SENHOR repousará sobre este monte.» Moab, porém, a rebelde, será pisada no seu próprio terreno, como se pisa a palha na lixeira.


Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.


O SENHOR é meu pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados, conduz me às águas refrescantes. e reconforta a minha alma. Ele me guia por sendas direitas, por amor do seu nome. e reconforta a minha alma. Ele me guia por sendas direitas, por amor do seu nome. Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo. Para mim preparais a mesa à vista dos meus adversários; com óleo me perfumais a cabeça e o meu cálice transborda. A bondade e a graça hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre.


Carta aos Filipenses 4,12-14.19-20.


Irmãos: Sei passar por privações, sei viver na abundância. Em toda e qualquer situação, estou preparado para me saciar e passar fome, para viver na abundância e sofrer carências. De tudo sou capaz naquele que me dá força. Entretanto, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação. E o meu Deus há-de compensar-vos plenamente em todas as necessidades, segundo a sua riqueza, na glória que se tem em Cristo Jesus. A Deus nosso Pai, a glória pelos séculos dos séculos! Ámen!


Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.


Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes: «O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.’ Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.’ Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele emudeceu. O rei disse, então, aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’ Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Gregório Magno (c. 540-604), papa e Doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho, nº 38


«Felizes os convidados para as núpcias do Cordeiro» (Ap 19, 9)


Compreendestes quem é o Rei, Pai de um Filho que também é Rei? É Aquele acerca de Quem o salmista afirmava: «Ó Deus, dai o Vosso juízo ao rei e a Vossa justiça ao filho do rei» (71, 1). [...] Ele «preparou um banquete nupcial para o seu filho»; ou seja, o Pai celebra as núpcias do Rei Seu Filho, a união da Igreja com Ele, no mistério da encarnação. E o seio da Virgem Maria foi o quarto nupcial deste Esposo. Por isso, há outro salmo que diz: «Do sol fez a Sua tenda, Ele mesmo é como um esposo que sai do seu pavilhão de núpcias» (18, 5-6). [...]Ele mandou os servos convidar os amigos para esta boda. Enviou-os uma vez, e depois uma segunda vez, ou seja, primeiro os profetas, depois os apóstolos, a anunciar a encarnação do Senhor. [...] Pelos profetas, anunciou como futura a encarnação do Seu Filho único, pelos apóstolos pregou-a, depois de realizada.«Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio»; ir para o campo consiste em prestar atenção exclusivamente às tarefas deste mundo; ir para o negócio consiste em procurar avidamente o próprio lucro nos negócios deste mundo. Um e outro esquecem o mistério da encarnação, não conformando a sua vida com ele. [...] Mais grave ainda é o caso daqueles que, não se contentando em desprezar os favores Daquele que os chama, ainda O perseguem. [...] Mas o Senhor não ficará com lugares vazios no festim das núpcias do Rei Seu Filho. Manda procurar outros convivas, porque a Palavra de Deus, permanecendo embora ainda ignorada por muitos, encontrará um dia onde repousar. [...]Mas vós, irmãos, que pela graça de Deus já entrastes na sala do festim, isto é, na Santa Igreja, examinai-vos atentamente, não vá acontecer que, ao entrar, o Rei encontre algum reparo a fazer na veste da vossa alma.


Fonte: Evangelho Quotidiano