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sábado, 17 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 17/05

Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia de semana e Missa à escolha ou Paramento Branco: Nossa Senhora no Sábado, Memória Facultativa
Ofício e Missa da memória de Nossa Senhora.

Carta de S. Tiago 3,1-10

Leitura da Carta de São Tiago:
1Meus irmãos, não haja muitos que queiram ser mestres! Sabeis que nós, os mestres, estamos sujeitos a julgamento mais severo, 2pois todos nós tropeçamos em muitas coisas. Aquele que não peca no uso da língua é um homem perfeito, capaz de refrear também o corpo todo. 3Se pomos um freio na boca do cavalo para que nos obedeça, conseguimos dirigir o seu corpo todo. 4Reparai também nos navios: por maiores que sejam, e impelidos por ventos impetuosos, são, entretanto, conduzidos por um pequeníssimo leme na direção que o timoneiro deseja. 5Assim também a língua, embora seja um membro pequeno, se gloria de grandes coisas. Comparai o tamanho da chama com o da floresta que ela incendeia! 6Ora, também a língua é um fogo! É o universo da malícia! Fazendo parte dos nossos membros, a língua contamina o corpo todo e, atiçada como está pelo inferno, põe em chamas o ciclo de nossa existência! 7Com efeito, toda espécie de feras, de aves, de répteis e de animais marinhos pode ser domada e tem sido domada pela espécie humana. 8Mas a língua, nenhum homem consegue domá-la: ela é um mal que não desiste, e está cheia de veneno mortífero. 9Com ela bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à imagem de Deus. 10Da mesma boca saem bênção e maldição! Ora, meus irmãos, não convém que seja assim.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 12(11),2-3.4-5.7-8

- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
- Senhor, salvai-nos! Já não há um homem bom! Não há mais fidelidade em meio aos homens! Cada um só diz mentiras a seu próximo, com língua falsa e coração enganador.
- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
- Senhor, calai todas as bocas mentirosas e a língua dos que falam com soberba, dos que dizem: "Nossa língua é nossa força! Nossos lábios são por nós! - Quem nos domina?"
- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
- As palavras do Senhor são verdadeiras, como a prata totalmente depurada, sete vezes depurada pelo fogo. Vós, porém, ó Senhor Deus, nos guardareis para sempre, nos livrando desta raça!
- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 9,2-13

Aclamação (Mc 9,7)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai./ Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós!
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Mc 9,2-13)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar.4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: "Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: "Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!" 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer "ressuscitar dos mortos. 11Os três discípulos perguntaram a Jesus: "Por que os mestres da Lei dizem que antes deve vir Elias?" 12Jesus respondeu: "De fato, antes vem Elias, para pôr tudo em ordem. Mas, como dizem as Escrituras, que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Transfiguração: uma antecipação da Ressurreição

Posto o recente anúncio por Nosso Senhor da Sua Paixão e Morte como condições para quem quiser segui-lo, os apóstolos submergiram num misto de desalento e confusão, achando o programa muito árduo e estranho: seguir Jesus até a morte e morte de cruz. Era por assim dizer o desmoronamento das esperanças messiânicas dos apóstolos devido a escândalo da cruz.
Nesta situação, o amoroso e Divino Mestre determina um objetivo e intenção da transfiguração. Quase se poderia dizer que esta se origina mais em função dos discípulos do que do próprio Jesus. Por isso, Ele escolhe como testemunhas os três apóstolos que depois presenciarão a sua agonia no Horto das Oliveiras. Cristo ordena o acontecimento para instrução e bem dos seus e para uma melhor compreensão da anunciada Paixão e Morte do Messias, mostra-lhes uma antecipação da Sua Ressurreição também anunciada.
Este modo de proceder de Jesus, a Suma Bondade encarnada, é a quase sempre a metodologia que usa com cada de nós, ao longo da vida: quase sempre antes das grandes provações, Ele nos prepara com uma grande consolação; ou depois de uma situação aflitiva nos proporciona um lenitivo ou conforto inesperado.
A cena da Transfiguração do Senhor narrada pelos evangelistas sinóticos é uma teofania bíblica, em que se manifesta a presença de Deus e cujo protótipo é a teofania do Sinai: fogo, fumo, névoa densa, trovão e voz potente. Elementos todos eles de cena dramática ao serviço de uma mensagem teológica ou revelação de fé.
No relato da Transfiguração encontramos esses recursos próprios da tradição veterotestamentária, tais como subida à montanha, que é o lugar da presença de Deus: luz irradiando na face transfigurada de Cristo, cor branca refulgente das suas vestes, Jesus no meio de Moisés e Elias, como representantes da Lei e dos Profetas, Isto é, todo o Antigo Testamento avalizando a messianidade de Jesus; nuvem que os envolve a todos: personagens e discípulos; temor e alegria destes últimos, ou seja, do homem perante o mistério tremendo e fascinante de Deus. E, finalmente, a voz do Pai que fala da nuvem. Este é o meu Filho amado, escutai-o.
A narração atinge o seu auge nesta voz do Pai que, como no batismo de Jesus, proclama a identidade do seu Filho amado, mas aqui acrescenta: "Escutai-o". Todo o relato está, pois, ao serviço de uma mensagem teológica de fé pascal: Jesus é o Senhor glorioso, o Messias, o Filho de Deus. A liturgia expressa e resume perfeitamente a mensagem da Transfiguração.
"Cristo, Senhor nosso, depois de anunciar a Sua Morte aos discípulos, mostrou-lhes no monte santo o esplendor da sua glória para a testemunhar, de acordo com a lei e os profetas, que a Paixão é o caminho da Ressurreição".
Mais ainda, ao fazer-lhes ver o fulgor da sua divindade na sua humanidade, isto é, no seu Corpo semelhante em tudo ao nosso "fortaleceu a fé dos apóstolos para que suplantassem o escândalo da cruz e animou a esperança da Igreja ao revelar em si mesmo a claridade que brilhará um dia em todo o Corpo que o reconhece como Sua Cabeça".
O Evangelho de hoje decifra-nos a chave da fé. A voz do Pai convida-nos a escutar Jesus, do mesmo modo que no monte esplendoroso da transfiguração, assim também como na planície medíocre da vida, porque Cristo é a verdade, o caminho e a vida, porque só Ele tem palavras de vida eterna, porque, seguindo-o, a renúncia transforma-se em liberdade, a dor em alegria, a morte em vida.
A Santa Igreja, Corpo Místico de Cristo, um dia refulgirá como a Sua Cabeça, antes da História de humanidade conhecer o seu ocaso, rumo à glorificação eterna.



Fonte: Arautos do Evangelho

sexta-feira, 16 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 16/05



Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício e Missa do dia de semana e Missa à escolha.

Hoje a Igreja celebra :
São João Nepomuceno, mártir, +1383


São João Nepomuceno

Natural da Boêmia, foi pregador na Corte de Venceslau IV, em Praga, sendo também confessor da rainha. O rei quis a todo custo obrigá-lo a revelar o que ouvira da rainha em confissão, e mandou torturá-lo de modo cruel, mas o Santo se recusou a violar o segredo sacramental e foi, por isso, lançado ao rio Moldávia, conquistando dessa forma a palma do martírio.

Carta de S. Tiago 2,14-24.26

Leitura da Carta de São Tiago:
14Meus irmãos, de que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? 15Imaginai que um irmão ou uma irmã não tem o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; 16se então alguém de vós lhes disser: "Ide em paz, aquecei-vos", e: "Comei à vontade", sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso?17Assim também a fé: se não se traduz em obras, por si só está morta. 18Em compensação, alguém poderá dizer: "Tu tens a fé e eu tenho a prática! Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras! 19Crês que há um só Deus? Fazes bem! Mas também os demônios crêem isso, e estremecem. 20Queres então saber, homem insensato, como a fé sem a prática é vã? 21O nosso pai Abraão foi declarado justo: não será por causa de sua prática, até o ponto de oferecer seu filho Isaac sobre o altar? 22Como estás vendo, a fé concorreu para as obras, e, graças às obras, a fé tomou-se completa. 23Foi assim que se cumpriu a Escritura que diz: Abraão teve fé em Deus, e isto lhe foi levado em conta de justiça, e ele foi chamado amigo de Deus".24Estais vendo, pois, que o homem é justificado pelas obras e não simplesmente pela fé. 26Assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem as obras, é morta.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 112(111),1-2.3-4.5-6

- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
- Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
- Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.
- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
- Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente!
- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 8,34-38.9,1

Aclamação (Jo 15,15b)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Eu vos chamo meus amigos,/ pois, vos dei a conhecer/ o que o Pai me revelou.
- Aleluia, aleluia, aleluia.


Evangelho (Mc 8,34-9,1
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 34chamou Jesus a multidão com seus discípulos e disse: "Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la.36Com efeito, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perde a própria vida? 37E o que poderia o homem dar em troca da própria vida? 38Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras diante dessa geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele quando vier na glória do seu Pai com seus santos anjos".9,1Disse-lhes Jesus: "Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão não morrerão sem antes terem visto o Reino de Deus chegar com poder".- Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor.

Comentários

"Se alguém me quiser seguir, renuncie a si mesmo"

O Evangelho de hoje é uma recopilação de várias máximas de Jesus, às quais dá unidade a primeira delas. Chamando a multidão e os discípulos, disse-lhes: "O que quiser vir comigo, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e siga-me". Note-se que Nosso Senhor dirigiu-se a todos e não apenas à elite de seus discípulos. Portanto, os conselhos que vai dar é para todo o cristão, sem exceção.
Há duas condições para seguir a Cristo: negar-se a si mesmo e carregar a cruz. Ambos verbos contêm o verbo seguir: negar-se a si mesmo é não seguir a si mesmo. Carregar é conseguir levar a cruz. Conseguir é ir atrás de. Nisto está o essencial da vida cristã: seguir a Nosso Senhor Jesus Cristo, numa adesão incondicional a Ele. Voltamos a ressaltar: é um conselho para todo o discípulo.
Ontem, vimos que Ele acabava de anunciar o destino do Messias sofredor e agora desenha a trajetória do discípulo, ou seja, a mesma do mestre: pela morte à vida, à ressurreição.
E detalha o modo de proceder nesse seguimento: "quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida salvá-la-á". A fidelidade do seguimento deve ir até o ponto de perder a vida por Cristo. Significa, por conseqüência, que tem de haver uma razão muito poderosa como a própria vida para que o discípulo a entregue por seguir Jesus. E essa superior razão é a nova vida que se alcança com ele. O texto, pois, faz um sublime trocadilho com os dois sentidos da palavra vida: um, corporal ou terreno; outro, espiritual ou eterna. Trocar a vida terrena pela vida eterna é o grande negócio que Jesus nos propõe.
Os três evangelistas sinóticos [Mateus (16,24-28), Marcos (8, 34-38), e Lucas(9, 23-27)] repetem estas máximas de Jesus no Evangelho de hoje, e várias vezes, o que prova a soberana importância que lhes deu a comunidade primitiva como pequeno catecismo da vida cristã para o seguimento de Cristo.
A moral do seguimento ou do acompanhamento a Jesus é, antes de tudo, adesão a uma Pessoa viva. O dom de Deus, a sua graça e a sua liberalidade precedem sempre a norma ética ou dever, a exigência e o preceito. Antes de pedir alguma coisa, Deus começa por sempre dar o amor e a salvação, só depois convida ao seguimento. Os conselhos, as exortações e avisos do bom Jesus não são mais que a conseqüência do anúncio dessa oferta supremamente generosa de Deus: o seu Reino. Deus oferece o Seu Reino, o seu seguimento, companhia e felicidade eterna, pedindo o seu seguimento temporário (mas tanto quanto possível total) nesta terra.
Notemos que o programa de Jesus não propõe a renúncia, o sofrimento e a ascese por si mesmos. Toda essa renúncia e seguimento, por si sós, não teriam sentido positivo, nem negativo, seria até mesmo masoquista. O valor dá-lho o seguimento de Cristo: "por mim, por minha causa", isto é, a sua Pessoa que encarna o modelo proposto e o êxito final prometido.
Caminhando a Seu lado, Jesus quer-nos livre para amar, como ele, e anima-nos a quebrar as correntes do egoísmo, lançar lastro pela borda fora, arriscar e apostar para ganhar.
Tudo isto nos poderia parecer sempre mais ou menos obscuro e paradoxal, sem lógica, (negar-se a si mesmo), até mesmo absurdo (tomar nossa cruz até a morte), enquanto não virmos a luz do exemplo que o próprio Jesus nos ofereceu com sua vida, a sua entrega e o seu amor a nós que o levou até a morte, e, sobretudo, enquanto não o virmos a partir da perspectiva da vida nova da Sua ressurreição, de que nos faz participantes por este caminho salvador que nos liberta (do pecado, enfim, do mal).
Ele estabeleceu o programa e precedeu-nos na realização desta opção radical pelo reino de Deus, entregando a Sua vida para a ganhar definitivamente.
O seguimento que Cristo quer hoje dos seus discípulos, do cristão, é mais que a fidelidade à prática religiosa, embora esta seja importante. Esse seguimento deve ultrapassar a simples imitação de estilo de vida e dos seus gestos concretos, porque exige a interiorizar e fazer nossos os seus critérios, atitudes e sentimentos. Numa palavra, o seu amor generoso concede-nos a vida da graça que faz morrer o egoísmo e renunciar ao projeto autônomo de uma existência sem Deus. O homem atual, qual criança caprichosa e mimada em abundância, não aprecia valores do espírito como a renúncia e a ascese e pouco aberto está ao conhecimento do amor de Deus, porque enfronhado está no hedonismo, no epicurismo e no utilitarismo do século. Assumir a cruz inevitável da vida e praticar a abnegação, como condições do seguimento de Cristo, não é atentado à personalidade, mas libertação do nosso mesquinho eu, para nos abrirmos ao autodomínio ou autocontrole ou equilíbrio e à entrega aos outros irmãos. Isto possibilita-nos uma maior maturidade e plenitude humanas, isto é, crescer como pessoas e como discípulos de Jesus.
Nosso Redentor sugere-nos a libertação do autismo estéril, com a aquisição de uma autêntica ascese que consiste não tanto em livrar-se "de" cadeias quanto em ser livre "para" o bem e para amá-lo.
A medida de amar a Deus consiste em amá-lo sem medidas, disse São Francisco de Sales. Essa capacidade de amar Jesus, Maria e a Igreja será o barômetro que nos leva à abnegação e à renúncia, a essa ascese evangélica que nos põe no rumo para alcançar a vida eterna.

Fonte: Arautos do Evangelho

quinta-feira, 15 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 15/05

Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício e Missa do dia de semana e Missa à escolha.

Carta de S. Tiago 2,1-9

Leitura da Carta de São Tiago:

1Meus irmãos, a fé que tendes em nosso Senhor Jesus Cristo glorificado não deve admitir acepção de pessoas. 2Pois bem, imaginai que na vossa reunião entra uma pessoa com anel de ouro no dedo e bem vestida, e também um pobre, com sua roupa surrada, 3e vós dedicais atenção ao que está bem vestido, dizendo-lhe: "Vem sentar-te aqui, à vontade", enquanto dizeis ao pobre: "Fica aí, de pé", ou então: "Senta-te aqui no chão, aos meus pés", 4não fizestes, então, discriminação entre vós? E não vos tomastes juízes com critérios injustos? 5Meus queridos irmãos, escutai: não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? 6Mas vós desprezais o pobre!7Ora, não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? Não são eles que blasfemam contra o nome sublime invocado sobre vós? 8Entretanto, se cumpris a lei régia, conforme a Escritura: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo", estais agindo bem. 9Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e a Lei vos acusa como transgressores.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7

- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
- Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
- Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 8,27-33

Aclamação (Jo 6,63c.68c)

- Aleluia, aleluia, aleluia.

- Aleluia, aleluia, aleluia.

- Senhor, tuas palavras são espírito, são vida;/ só tu tens palavras de vida eterna!
- Aleluia, aleluia, aleluia.


Evangelho (Mc 8,27-33)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesaréia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: "Quem dizem os homens que eu sou?"28Eles responderam: "Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas". 29Então ele perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu: "Tu és o Messias".30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente.Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: "Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens".


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Quem dizeis que Eu sou?

O ponto central e culminante do Evangelho de S. Marcos é a passagem evangélica de hoje: a profissão de fé do apóstolo S. Pedro. O episódio assinala a linha divisória entre a primeira e segunda parte do relato de S. Marcos. Até agora Jesus aparecera como aquele que anunciava o reino de Deus "em potência", com muitos milagres, no meio de uma multidão que o cercava admirada. Era uma atmosfera de êxito aparente. Em torno de sua Pessoa acumulam-se interrogações que revelam como Ele não era de fato compreendido. Agora, neste episódio, finalmente é compreendido como Messias, não pela multidão - que ainda o considera um profeta que se manifestou de novo - mas pelos discípulos, que o proclamam pela boca de S. Pedro. Jesus fica satisfeito e tacitamente aprova esse título, mas ordena imediatamente que não o digam a ninguém. É a auto-revelação de Jesus: o ponto culminante.Principia aqui a segunda parte da vida pública, em que deverá explicar-se em que sentido era o Messias, bem distante não só das expectativas populares, mas das dos próprios apóstolos. Os doze tinham percebido que Ele era o Messias, mas só depois da ressurreição, com a vinda do Espírito Santo, hão de compreendê-lo no sentido exato.
Portanto, nesta segunda parte, introduz-se o tema do Messias sofredor, que se desenvolverá por capítulos sucessivos até terminar com a paixão, morte e ressurreição de Jesus. A passagem tem perfeita unidade em S. Marcos, mais que em S. Mateus, que intercala aqui o episódio do primado de S. Pedro (16, 13 ss).

* * *

Debrucemo-nos sobre os questionamentos que Nosso Senhor faz. Das duas perguntas que Jesus faz, em sua magnífica sondagem de opinião, a que mais lhe interessa é a segunda: e vós quem dizeis que eu sou?
Esta interrogação continua em aberto, hoje como ontem, esperando a resposta de cada um de nós. É a pergunta central da religião cristã, pois contém o fundamento de nossa fé e a razão de ser da nossa vida e conduta.
Em quem acreditamos? Questionário a que temos de responder pessoalmente com absoluta sinceridade, conscientes de que na resposta reside o ser ou não cristãos, porque não se fica no periférico, antes toca o cerne, o núcleo da fé e do modo de seguir a Jesus.
A pergunta sobre Cristo admite hoje, entre outras, estas três formulações, vista de diferentes ângulos: 1) Quem é Jesus em Si mesmo: a Sua Pessoa, doutrina, obra e missão; 2) Quem é Jesus para mim; 3) O que significa para o mundo atual.
Para a primeira pergunta, bastaria uma resposta teologicamente correta, como, por exemplo, a do Credo, a do Catecismo e até mesmo a de uma aula de religião. A segunda exige resposta mais comprometida, que supõe vigilância pessoal, resposta em profundidade que não se satisfaz com fórmulas já feitas, sejam bíblicas, como a profissão de S. Pedro, ou de teologia dogmática, cuja síntese mais completa temos no Credo ou na profissão de fé que proclamamos na Missa.
Responder satisfatoriamente à terceira, para além das duas anteriores, implica a projeção evangélica e missionária que de Cristo é oferecida pela comunidade eclesial e cada um de seus membros. A imagem de Cristo que nós, cristãos, refletimos é decisiva para que o mundo acredite nele, e ao ver a nossa vida iluminada pela sua Pessoa e orientada pelo amor de serviço, compreensão e amor ao próximo, especialmente os mais desfavorecidos? Amamos o próximo como nos ensina S. Tiago, em sua epístola de hoje, isto é, sem admitir acepção de pessoas? A "fé em Nosso Senhor Jesus Cristo" não admite diversos pesos nem diversas medidas na estima da dignidade dos homens, todos eles chamados a serem seus irmãos.
Precisamos de conhecer Jesus a fundo e amá-lo com paixão santa, sabendo cada vez mais da sua Pessoa, meditando o seu Evangelho e falando com Ele "vis à vis" na oração. Cristo vive hoje como ontem, porque é uma Pessoa viva e do presente, pois é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, eterna. Pois bem, se, no terreno puramente humano, somente a partir do amor e da amizade se chega a conhecer em profundidade as pessoas, quanto mais no plano sobrenatural, onde seremos auxiliados pela Sua graça que não nega a ninguém e se quer dar a conhecer e a ser amados por todos os seus irmãos.


Fonte: Arautos do Evangelho

quarta-feira, 14 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 14/05

Santo do dia

SÃO MATIAS, APÓSTOLO. FESTA

Ofício festivo do Comum dos Apóstolos.
Na Hora Média, antífona e salmos do dia de semana.
Missa própria: Glória, Prefácio dos Apóstolos I ou II.

São Matias, apóstolo e mártirSão Matias era um dos numerosos discípulos que seguiram Jesus, desde o começo de sua vida pública. Foi testemunha de Jesus e viveu todo o drama da paixão, morte e ressurrreição de Jesus. Ele foi o escolhido para ocupar o lugar de Judas Iscariotes, O Traidor, para ocupar o décimo segundo apóstolo, que completou o grupo após a morte de Judas é justamente São Matias, o santo que hoje comemoramos.Sua Eleição foi descrita nos Atos dos Apóstolos, assim: \"É necesário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição\" Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e Matias. E fizeram esta oração: \"Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu\" lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos(atos dos Apóstolos 1,21-26).Poucos relatos existem sobre sua vida, Sabe-se apenas que ele também morreu sob martírio em Colchis e, muitas vezes, teve seu nome confundido com o de São Mateus, que em muito se assemelha na grafia.
Livro dos Actos dos Apóstolos 1,15-17.20-26

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
15Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos e disse: 16"Irmãos, era preciso que se cumprisse o que o Espírito Santo, por meio de Davi, anunciou na Escritura sobre Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam Jesus. 17Judas era um dos nossos e participava do mesmo ministério. 20De fato, no livro dos Salmos está escrito: Fique deserta a sua morada, nem haja quem nela habite! E ainda: Que outro ocupe o seu lugar!21Há homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus vivia no meio de nós, 22a começar pelo batismo de João até o dia em que foi elevado ao céu. Agora, é preciso que um deles se junte a nós para ser testemunha da sua ressurreição." 23Então eles apresentaram dois homens: José, chamado Barsabás, que tinha o apelido de Justo, e Matias. 24Em seguida, fizeram esta oração: "Senhor, tu conheces os corações de todos. Mostra-nos qual destes dois escolheste 25para ocupar, neste ministério e apostolado, o lugar que Judas abandonou para seguir o seu destino!". 26Então tiraram a sorte entre os dois. A sorte caiu em Matias, o qual foi juntado ao número dos onze apóstolos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 113(112),1-2.3-4.5-6.7-8

- O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
- O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
- Louvai, louvai, ó servos do Senhor, louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!
- O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
- Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus.
- O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
- Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono e se inclina para olhar o céu e a terra?
- O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
- Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com os nobres do seu povo.
- O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 15,9-17

Aclamação (Jo 15,16)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Eu vos designei para que vades e deis frutos/ e o vosso fruto permaneça.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Jo 15,9-17)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 9Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11E eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. 12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Deus escolheu o apóstolo Matias

Escreve o apóstolo Paulo: «Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Que insondáveis são os Seus juízos e impenetráveis os Seus caminhos!» (Rom 11, 33). [...] E diz o Salmo: «Todas as Vossas obras são fruto da Vossa sabedoria» (Sl 103, 24), isto é, feitas no Teu Verbo, na Tua Palavra eterna. Se foi no Verbo e pelo Verbo que todas as coisas foram feitas (Jo 1, 3), quem poderá duvidar de que foi com sabedoria e perfeição, e sem parcialidades, que Ele escolheu os Seus discípulos? «Ele nos escolheu antes da constituição do mundo», diz o apóstolo Paulo (Ef 1, 4). [...]Consideremos a escolha de Matias. Os apóstolos tinham escolhido José Barsabas e Matias [...]; em seguida, apresentaram essa escolha Àquele que julga segundo o coração e que «conhecia o coração» de ambos, a fim de que Ele desse a conhecer qual dos dois tinha escolhido. E Ele tinha certamente escolhido Matias para essa honra antes de as sortes serem lançadas, antes mesmo da criação do mundo. [...]«Tudo quanto pedirdes, orando, crede que o recebereis e o obtereis» (Mc 11, 24), diz o Senhor. É por isso que a Igreja tem o costume de rezar de comum acordo sempre que considera dever pedir alguma coisa ao Senhor; meio algum tem tanta influência na vontade de Deus como a oração, se for feita com fé, com serenidade, com humildade e perseverança. Assim, pois, a sorte em nada prejudicou este glorioso apóstolo porque, como testemunha a Escritura, os apóstolos começaram por rezar; pelo contrário, foi em resposta à oração deles que Deus lhes inspirou que tirassem a eleição à sorte. Por outro lado, Matias não obteve uma graça menor do que a de Pedro ou dos outros apóstolos, ainda que tenha sido chamado em último lugar. Ele recebeu o Espírito com a mesma plenitude que os outros, e recebeu os mesmos dons espirituais que eles. Ao poisar sobre ele, o Espírito Santo encheu-o de caridade, concedendo-lhe que se exprimisse em todas as línguas, que fizesse milagres, que convertesse as nações, que pregasse a Cristo e que recebesse o triunfo do martírio.

São Lourenço Justiniano (1381-1455), cónego regular, depois Bispo de Veneza
Sermão para a festa de São Matias

Fonte: Arautos do Evangelho

terça-feira, 13 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 13/05

Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM
(2ª semana do Saltério.)

Ofício e Missa do dia de semana ouParamentos brancos:
Nossa Senhora de Fátima, Memória.

Ofício e Missa da Memória


Nossa Senhora de Fátima (clique)

As Aparições de Fátima, freguesia do concelho de Vila Nova de Ourem, distrito de Santarém, e paróquia da diocese de Leiria e Fátima desenrolaram-se em três períodos ou ciclos: os dois primeiros tiveram lugar em Fátima, o terceiro em Pontevedra e Tuy, na Galiza, Espanha. É longo o relato das Aparições constantes dos manuscrito da Irmã Lúcia uma dos três videntes (a Virgem apareceu a três crianças: Lúcia, Jacinta e Francisco). Desenrolaram-se em 1917 e depressa a devoção à Senhora de Fátima se tornou mundialmente conhecida. A 13 de Outubro de 1930 o Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva houve por bem declarar dignas de crédito as visões das crianças da Cova da Iria e permitir, oficialmente, o culto de Nossa Senhora de Fátima. O papa Pio XII, anuindo aos pedidos de Nossa Senhora, consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria a 31 de Outubro de 1942. A consagração da Rússia fê-la a 7 de Julho de 1952. Paulo VI consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria a 21 de Novembro de 1964. João Paulo II fez a consagração do mundo e da Rússia ao mesmo Imaculado Coração, em Fátima, a 13 de Maio de 1982; em Roma, a 16 de Outubro de 1983 e, finalmente, a 25 de Março de 1984, em Roma de novo, diante da imagem levada da Capelinha das Aparições até ao Vaticano.

Carta de S. Tiago 1,12-18

Leitura da Carta de São Tiago:

12Feliz o homem que suporta a provação. Porque, uma vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que o amam. 13Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: "É Deus que me está tentando", pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco ele tenta a ninguém. 14Antes, cada qual é tentado por sua própria concupiscência, que o arrasta e seduz. 15Em seguida, a concupiscência concebe o pecado e o dá à luz, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.16Meus queridos irmãos, não vos enganeis. 17Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem sombra de variação. 18De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 94(93),12-13.14-15.18-19

- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
- É feliz, Senhor, quem formais e educais nos caminhos da Lei, para dar-lhe um alívio na angústia.
- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
- O Senhor não rejeita o seu povo e não pode esquecer sua herança: voltarão a juízo as sentenças; quem é reto andará na justiça.
- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
- Quando eu penso: "Estou quase caindo!" Vosso amor me sustenta, Senhor! Quando o meu coração se angustia, consolais e alegrais minha alma.
- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 8,14-21

Aclamação (Jo 14,2)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Quem me ama realmente guardará minha palavra/ e meu Pai o amará, e a ele nós viremos.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Mc 8,14-21)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. 15Então Jesus os advertiu: "Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes".16Os discípulos diziam entre si: "É porque não temos pão". 17Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: "Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?"Eles responderam: "Doze". 20Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: "Sete". 21Jesus disse: "E ainda não compreendeis?"

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O fermento dos fariseus, saduceus e herodianos

A cena do Evangelho de hoje transcorre na barca, no meio do lago de Tiberíades, quando haviam saído de perto de Magdala a caminho de Betsaída. Pouco tempo antes, houve um dos grandes milagres da multiplicação dos pães na região dos gentios, vizinha à Galiléia. O tema da conversa é ainda o pão. Pelo fato dos apóstolos se terem esquecido de levar pão, Jesus aproveita para dar uma forte reprimenda aos seus discípulos por não terem compreendido o precedente milagre da partilha dos pães. São Marcos, ao dizer que "não tinham mais que um pão no barco", parece querer centrar a atenção em Jesus, o pão da vida. Por associação de idéias, Cristo passa do pão para o fermento: "Tende cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes". Já Mateus fala do "fermento dos fariseus e saduceus" (16,5).Entretanto, como os discípulos eram bastante rudes, pensavam que Jesus se estava a referir ao esquecimento do pão, o que fez nascer nele a preocupação óbvia de não terem que comer. Esquecidos e, além disso, obtusos. Será que não podia solucionar o problema Quem acaba de alimentar quatro mil pessoas somente com sete pães? E o Divino Mestre pergunta-lhes: "Ainda não entendeis? Sois assim tão toscos?O milagre dos pães tinha como objetivo alentar a sua fé em Jesus como Messias de Deus, demonstrar seu poder sobrenatural sobre os alimentos e revelar-lhes, assim, a personalidade de quem o operava, preparando-os para lhes revelar a Eucaristia.Infelizmente, as mentes dos discípulos estavam embotadas e os seus olhos cegos, como os dos fariseus, embora por razões diferentes: os apóstolos por falta de visão atenta, os fariseus por má vontade, mau espírito. Sem dúvida, era doloroso para Jesus comprovar que os seus discípulos, apesar de tão próximos a Ele, em situação privilegiada, estavam à mesma altura de incompreensão que os outros, os seus inimigos.O que queria Jesus dizer ao falar de "fermento" dos fariseus e saduceus (Mt. 16,12) ou de Herodes? Noutras passagens dos Evangelhos, interpreta-se tal fermento como a sua "hipocrisia" (Lc. 12,1): "Guardai-vos dos fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada existe de oculto que não venha a ser revelado".Ambas as interpretações partem do ponto de vista judeu que considerava o fermento como princípio simbólico de corrupção. Por isso a páscoa israelita devia celebrar-se com pães ázimos, sem fermento, do mesmo modo que a Páscoa cristã, que celebra Cristo morto e ressuscitado como fermento do homem novo. São Paulo escrevia aos fiéis de Corinto, na Grécia: "Purificai-vos do fermento velho para serdes massa nova, já que sois pães ázimos. Porque foi imolada a nossa vítima pascal: Cristo. Assim, celebramos a Páscoa, não com o fermento velho - fermento de corrupção e maldade - , mas com os pães ázimos da sinceridade e da verdade" (1 Cor. 5,7 s).São Marcos, habilmente, já anotou a aliança de fariseus e herodianos para eliminar Jesus (3,6), ao falar agora do fermento comum dos fariseus e de Herodes. Dado que Herodes não era mestre em doutrina, isto obriga-nos a interpretar a palavra fermento no sentido de um poder corruptor capaz de contagiar também os discípulos. Só pode tratar-se da visão nacionalista e política do Messias, que contaminava os discípulos, a tal ponto que os impede de reconhecer Jesus como o verdadeiro Messias, isto é, o redentor prometido, o salvador do gênero humano, sem vinculação com sistemas políticos e sociais.Neste contexto, o aviso de Jesus sobre o fermento é uma salvaguarda contra as falsas esperanças messiânicas temporais e triunfalistas, ao mesmo tempo que é um convite a reconhecer a autêntica messianidade. Toda esta passagem prepara o espírito dos apóstolos e discípulos para a confissão da fé em Jesus, como o Messias de Deus, que sairá dos lábios de S. Pedro (Mc. 8,27 ss) (que veremos em breve, ainda nesta semana do Tempo Comum).A tentação que foi proposta a Cristo repetidas vezes foi a do poder e da força. Esta tentação perpassa a História da Igreja e a particular de cada crente.Temos de aprender bem esta lição: a aparente fraqueza da cruz de Cristo é a força real salvadora de Deus. Como dizia S. Paulo: "Nós pregamos Cristo crucificado: escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os chamados a Cristo, força de Deus e sabedoria de Deus" (1 Cor. 1,23).É sempre o caso de dizer: "Guardai-nos, Senhor, do fermento da incredulidade e de nos envergonharmos da fraqueza da Cruz, pois em Cristo revelaste que é a tua força salvadora".

Fonte: Arautos do Evangelho

segunda-feira, 12 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 12/05

Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM
(II Semana do Saltério)

Ofício e Missa do dia da Semana Vermelho:
S. Nereu e Santo Aquiles, Mártires, Memória Facultativa
Ofício e Missa da memória ouVermelho:
S. Pancrácio, Mártir, Memória Facultativa
Ofício e Missa da memória

Beata Joana de Portugal, virgem, +1490
S. Leopoldo de Castelnovo, presbítero, +1942
Beato Guilherme Tirry, presbítero, mártir, +1654

Santa Joana Princesa (Beata Joana de Portugal)

Santa Joana nasceu no dia 6 de Fevereiro de 1452. Era filha de Dom Afonso V, rei de Portugal e de sua mulher D. Isabel. Ficou órfã de mãe aos 4 anos de idade e, aos 15, tomou os encargos do governo da casa real. Levava vida penitente, usando cilício sob as vestes reais e passando as noites em oração. Jejuava frequentemente e como divisa ou insígnia real usava uma coroa de espinhos. Os pobres, os enfermos, os presos, os religiosos viam nela a sua protectora e amparo. Conservava um livro onde anotava os nomes de todos os necessitados, o grau de pobreza de cada um e o dia em que deveria ser dada a esmola. Por ocasião da Semana Santa, lavava os pés de doze mulheres pobres e presenteava-as com roupas, alimentos e dinheiro. Apesar de pretendida por muitos príncipes, entre eles o filho de Luís XI da França, e para espanto de todos, em 1471 recolheu-se, temporariamente, no mosteiro de Odivelas. Dali foi para o mosteiro de Aveiro, onde viveu despojada de tudo até a morte, no dia 12 de Maio de 1490. Em 1693 foi beatificada pelo papa Inocêncio XII. O papa Paulo VI, a 5 de Janeiro de 1965, declarou a Beata especial protectora da cidade do Vouga.

Carta de S. Tiago 1,1-11

Início da Carta de São Tiago.
1Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que vivem na dispersão: Saudações. 2Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, 3por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. 4Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma.5Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada. 6Mas peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor: 8o homem de duas almas é inconstante em todos os seus caminhos.9O irmão humilde pode ufanar-se de sua exaltação, 10mas o rico deve gloriar-se de sua humilhação. Pois há de passar como a flor da erva. 11Com efeito, basta que surja o sol com o seu calor, logo seca a erva, cai a sua flor, e desaparece a beleza do seu aspecto. Assim também acabará por murchar o rico no meio de seus negócios.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 119,67.68.71.72.75.76

- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Antes de ser por vós provado, eu me perdera; mas agora sigo firme em vossa lei!
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Porque sois bom e realizais somente o bem, ensinai-me a fazer vossa vontade!
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Para mim foi muito bom ser humilhado, porque assim eu aprendi vossa vontade!
- A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata.
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Sei que os vossos julgamentos são corretos e com justiça me provastes, ó Senhor!
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Vosso amor seja um consolo para mim, conforme a vosso servo prometestes.
- Venha a mim o vosso amor e viverei.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 8,11-13

Aclamação (Jo 14,6)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Sou o Caminho, a Verdade e a Vida,/ ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Evangelho (Mc 8,11-13)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: "Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal". 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O sinal menos esperado

Os evangelhos registram com clareza as práticas agressivas dos fariseus e demais chefes religiosos, conseqüência de sua incredulidade no que respeita a Jesus e à Sua sublime missão. Ele já dera vários sinais de sua maneira amorosa em promover a vida, pois, em casa, Cafarnaum, perdoara os pecados de um paralítico e o curara, com sinal da misericórdia. Entretanto, os que O espiavam não se preocupavam tanto em entender o sinal, mas assim em acusá-lo de blasfêmias por perdoar os pecados.
Jesus fizera a assombrosa multiplicação dos pães, mas os fariseus obstinam-se em pedir-Lhe um sinal do céu para acreditarem nele. Tal pedido evidenciava uma irremediável falta de fé, por cegueira voluntária. Querem um sinal de grande poder, porém, nada que venha abalar o seu próprio sistema religioso tradicional. Se Ele era o Messias tinha de demonstrá-lo de maneira esmagadora com algum prodígio cósmico ou apocalíptico que acreditasse Jesus de forma contundente, tal como os grandes profetas da história de Israel: Moisés, Samuel, Elias e Eliseu. Talvez um sinal como o dado por Javé a Moisés, quando a vara se transforma em cobra ou o extermínio dos primogênitos do Egito.
Jesus, porém, dá um suspiro profundo de mágoa, não aceita o desafio e nega-se terminantemente a dar qualquer sinal espetacular, enquanto se lamenta: "geração perversa e adúltera", isto é, malvada e infiel à aliança com Deus (Mt. 12,39).
Segundo S. Lucas, Cristo promete um sinal: "Como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, o mesmo será o Filho do homem para esta geração" (11,30). E S. Mateus explica o sinal: "Três dias e três noites estará o Filho do homem no seio da terra" (12,40). Alusão à sua morte e ressurreição.
Pôr Jesus à prova é intenção dos fariseus ao pedirem-Lhe as suas credenciais. É a velha e clássica atitude do homem que tenta Deus, como a geração do Exôdo a caminho da terra prometida. Até mesmo Satanás, no deserto, pedia a Cristo uma demonstração clamorosa de messianismo terreno. Mais ainda, enquanto Jesus morria na cruz, os seus inimigos repetirão o estribilho: Se é o Filho de Deus e o rei de Israel, que desça agora da cruz e acreditaremos nele. Não obstante, Jesus estava a dar o maior sinal: um amor até a morte. Mas, ninguém entendia.
Por que os fariseus se obstinavam em não aceitar os sinais já dados por Jesus e queriam outros de calibre diverso?
Os sinais do Reino que Jesus multiplicava não convenciam os fariseus e mestres judeus, porque, segundo eles, o Reino messiânico não podia identificar-se com a libertação dos pobres, dos doentes e dos marginalizados da salvação, como, por exemplo, os habitantes da Samaria, ou os pecadores, os publicanos e os pagãos.
Segundo "essa geração perversa e adúltera" o Reino que o Messias inauguraria devia ser tão avassalador que silenciasse para sempre os inimigos de Israel. Portanto, o sinal que agora pedem a Jesus devia ser de uma força deslumbrante. Se fracassasse, não seria mais que um pobre sonhador como tantos outros.
Tudo eram meros cálculos humanos. Entretanto, o sinal que Deus Pai ia dar do Reino messiânico será o menos esperado: a humilhação suprema de seu Filho, que por obediência ao seu plano salvífico morre numa cruz e ressuscita ao terceiro dia e é exaltado sobre toda a criação. Tudo isso fala de uma linguagem desconhecida para os inimigos de Jesus: o amor de Deus ao homem, a ponto de lhe entregar o seu próprio Filho. Somente nele haverá salvação. Desde então, o amor e a cruz gloriosa de Cristo serão os sinais do cristianismo diante do mundo para todas as gerações até o fim do mundo.
O que falta aos fariseus? Falta-lhes abertura, humildade, confiança, adesão livre: as disposições interiores para acolher o Cristo. E Jesus "suspira profundamente" e se afasta, respeitando a decisão humana, mas dá a entender que esta impede o encontro e a salvação.
No nosso tempo, há também aqueles que, vivendo ainda num estádio primitivo de religiosidade natural, em que não há fé, reclamam e saúdam alvoroçados alguns fatos acidentais e periféricos como sinais de Deus: aparições milagrosas e prodígios exóticos que mobilizam multidões de incautos e crentes de ocasião. É a milagreira parapsicológica como sucedâneo da fé verdadeira.
No pólo oposto, estão outros que, lendo o Evangelho em chave socializante, querem na Igreja de Cristo atitudes radicais e sinais espetaculares para a libertação dos oprimidos pela via da violência revolucionária.
Nenhum desses foi o modo de atuar de Jesus. Se Ele anunciou o Reino e realizou sinais e milagres, nunca procurou deslumbrar as massas, mas antes libertar o homem da ignorância, do pecado, da doença e da morte.
Este juízo de Cristo sobre o fechamento do homem acaso não será também terrível no que toca à nossa geração? Que podemos fazer, como Igreja, para abrir os nossos corações e os dos homens à busca humilde e desinteressada do bem, da verdade e da salvação?
Uma comunidade cristã que confiasse demasiado nos meios econômicos e nas influências sociais demonstraria que a sua fé se debilitou, porque não confia plenamente no Espírito de Jesus.

Fonte: Arautos do Evangelho

domingo, 11 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 11/05

Santo do dia

SOLENIDADE DE PENTECOSTES
Ofício Solene Próprio (III Semana do Saltério)

Missa Própria, com Glória, Seqüência, Credo e Prefácio Próprio
Hoje a Igreja celebra :
Santo Hugo de Cluny, abade, +1109


Santo Hugo de Cluny, abade
Recebido na Abadia de Cluny por Santo Odilon aos 16 anos, sucedeu-lhe como Abade aos 25, governando por 62 anos. Serviu a nove Papas, foi conselheiro de imperadores, reis, bispos e superiores religiosos, tendo exercido influência dominante na esfera política e religiosa de sua época.

Livro dos Actos dos Apóstolos 2,1-11

Livro dos Atos dos Apóstolos:
1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. 3Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. 5Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. 6Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. 7Cheios de espanto e admiração, diziam: "Esses homens que estão falando não são todos galileus? 8Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua!"


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 104,1.24.29-30.31.34

- Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!
- Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!
- Bendize, ó minha alma, ao Senhor!/ Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!/ Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras!/ Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
- Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!
- Se tirais o seu respiro, elas perecem/ e voltam para o pó de onde vieram./ Enviais o vosso espírito e renascem/ e da terra toda a face renovais.
- Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!
- Que a glória do Senhor perdure sempre,/ e alegre-se o Senhor em suas obras!/ Hoje seja-lhe agradável o meu canto,/ pois o Senhor é a minha grande alegria!
- Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!

1ª Carta aos Coríntios 12,3-7.12-13

Primeira Carta de São Paulo apóstolo aos Coríntios:
Irmãos: 3bNinguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo. 4Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. 5Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. 6Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos.7A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo.13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 20,19-23

Aclamação
- Aleluia, aleluia, aleluia!
- Vinde, Espírito de Deus/ E enchei os corações/ Dos fiéis com vossos dons!/ Acendei neles o amor/ Como um fogo abrasador!


Anúncio do Evangelho (Jo 20,19-23)
- O Senhor esteja convosco!
- Ele está no meio de nós!
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor!


19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: "A paz esteja convosco".20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.21Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Fonte: Arautos do Evangelho