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sábado, 10 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 10/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO DA PÁSCOA
Ofício do dia de semana do Tempo da Páscoa,
depois da Ascensão.Missa própria do sábado da VII Semana
com Prefácio da Ascensão


Hoje a Igreja celebra :
S. João de Ávila, presbítero, +1569
Beato Damião de Veuster, apóstolo dos leprosos, +1889
Santo Isidoro (Isidro), lavrador, +1170
Santo Antonino de Florença, Bispo e Confessor, +1459
Santo Ubaldo, bispo, +1160

João de Ávila nasceu em Almodóvar do Campo, em Castilla la Nueva, Espanha. Estudou filosofia e teologia na universidade de Alcalá. Foi considerado como um dos mais influentes e eloquentes chefes religiosos da Espanha do século XVI. Foi amigo de Santo Inácio de Loyola e conselheiro espiritual de Santa Teresa, bem como de São Francisco de Borja. Ordenado já sacerdote mostrou tal eloqüência, que o Arcebispo de Sevilha lhe pediu que se dedicasse à evangelização em seu país. Trabalhou durante 9 anos nas missões de Andaluzía. Foi acusado perante a Santa Inquisição de Sevilha por predicar o rigorismo e a exclusão dos ricos do Reino dos Céus. Logo após ser libertado, dedicou-se a missionar em todas as regiões de Espanha, principalmente nas cidades. Os mais famosos escritos são as suas cartas e o tratado "Audi Filia".Foi beatificado em 1894. A Companhia de Jesus celebra sua festa como se fosse um dos seus membros, já que João sempre venerou esta ordem e seu fundador. Foi sepultado em Montilha.

Livro dos Actos dos Apóstolos 28,16-20.30-31

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa particular, com um soldado que o vigiava. 17Três dias depois, Paulo convocou os líderes dos judeus. Quando estavam reunidos, falou-lhes: "Irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra as tradições de nossos antepassados. No entanto, vim de Jerusalém como prisioneiro e assim fui entregue às mãos dos romanos. 18Interrogado por eles no tribunal e não havendo nada em mim que merecesse a morte, eles queriam me soltar. 19Mas os judeus se opuseram e eu fui obrigado a apelar para César, sem nenhuma intenção de acusar minha nação. 20É por isso que eu pedi para ver-vos e falar-vos, pois estou carregando estas algemas exatamente por causa da esperança de Israel". 30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 11(10),4-5.7

- Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
- Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
- Deus está no templo santo, e no céu tem o seu trono; volta os olhos para o mundo, seu olhar penetra os homens.
- Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
- Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
- Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
- Examina o justo e o ímpio, e detesta o que ama o mal. Porque justo é nosso Deus, o Senhor ama a justiça. Quem tem reto coração há de ver a sua face.
- Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 21,20-25

Aclamação (Jo 16,7.13)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade;/ ele vos conduzirá a toda a verdade.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Jo 21,20-25)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: "Senhor, quem é que te vai entregar?" 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: "Senhor, o que vai ser deste?"22Jesus respondeu: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!" 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?"24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Herdeiros da fé apostólica

Hoje termina a leitura continuada que durante estas semanas do tempo pascal temos vindo a fazer do livro dos Atos dos Apóstolos, como primeira leitura; e do Evangelho segundo S. João como segunda.
Os Atos dos Apóstolos mostram-nos a apaixonante história dos primeiros passos da Igreja e o anúncio missionário dos apóstolos sob a direção do Espírito Santo desde o dia de Pentecostes, em cuja véspera estamos. Por sua vez, o Evangelho de S. João transmitiu-nos o testemunho do discípulo amado de Jesus sobre o mistério e a mensagem da palavra de Deus feita carne. "E sabemos que o seu testemunho é verdadeiro".
Tudo isto nos convida a refletir hoje sobre a tradição apostólica, isto é, sobre a herança dos apóstolos, testemunhas da ressurreição do Senhor e fundamento da fé que recebemos na comunidade eclesial.
Desde o princípio surgiu na Igreja a tradição apostólica da fé, que nos liga com a palavra de Cristo Jesus, em quem acreditamos, a quem amamos e em quem esperamos sem o ter conhecido pessoalmente.
Essa fé recebemo-la da comunidade cristã, transmitida fielmente de geração em geração desde há dois mil anos. Somos herdeiros da fé multissecular de gerações de crentes que souberam realizar no seu contexto histórico próprio o diálogo da fé com a vida, com a cultura e com o mundo do seu tempo.
A apostolicidade é uma das notas da verdadeira Igreja de Cristo, como dizemos na profissão de fé: "Creio na Igreja, que é uma, santa, católica e apostólica". O que significa o seu caráter de "apostólica"?
Sintetizando:
a) Que a Igreja afirma sua origem em Cristo mediante o testemunho e a pregação dos Apóstolos, testemunhas da sua ressurreição e fundamento da fé dos crentes;
b) Que por vontade expressa de Cristo, que é alicerce invisível e a pedra angular da Igreja, esta tem como fundamento visível da sua unidade e permanência a cadeira e sede apostólica de Pedro e o seu sucessor o Papa, Bispo de Roma e cabeça do colégio episcopal, como S. Pedro foi o primeiro entre os apóstolos;
c) Apostolicidade significa, finalmente, fidelidade da comunidade eclesial à fé transmitida pelos apóstolos e imitação do seu exemplo mediante o apostolado, isto é, pelo serviço perene à missão recebida de Jesus, que é a evangelização do mundo. Só assim a Igreja é apostólica em sua plenitude: porque crê, mantém e difunde a fé em Cristo, recebida do anúncio e testemunho apostólico.
O nosso Catecismo explica assim: "Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, é chamada de Tradição enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora intimamente ligada a ela". Através da Tradição, "a Igreja, em sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo o que ela é, tudo o que crê (DV, 8)". (CIC n.78) "A Tradição da qual aqui falamos é a que vem dos Apóstolos e transmite o que estes receberam do ensinamento e dos exemplos de Jesus e o que receberam através do Espírito Santo.Com efeito, a primeira geração de cristãos ainda não dispunha de um Novo Testamento escrito, e o próprio Novo Testamento atesta o processo da Tradição viva." (CIC n.83).
A Dei Verbum, ensina que: "Os ensinamentos dos Santos Padres [sec. I a VIII] testemunham a presença vivificante desta Tradição cujas riquezas se transfundem na praxe e na vida da Igreja crente e orante" (DV,8). Embora a Igreja tenha ciência de que "já não há que esperar nenhuma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo" (DV,4), no entanto, o Catecismo nos assegura que "embora a Revelação esteja terminada, não está explicitada por completo; caberá à fé cristã captar gradualmente todo o seu alcance ao longo dos séculos" (CIC, 66). E isso o Espírito Santo continua a fazer na Igreja através dos teólogos e do Magistério oficial. Aos teólogos cabe aprofundar os conhecimentos do "mistério da fé", guiados pelos dogmas já revelados; mas somente ao Magistério cabe definir as verdades da fé.
A Tradição e a Bíblia estão intimamente ligadas. Tanto uma como a outra tornam presente e fecundo na Igreja o mistério de Cristo, presente na Igreja até o fim do mundo (cf Mt 28,20). Ensina-nos a Dei Verbum que: "A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura estão, portanto, estreitamente conexas e interpenetradas. Ambas promanam da mesma fonte divina, formam de certo modo um só todo e tendem para o mesmo fim. Com efeito, a Sagrada Escritura é a fala de Deus, enquanto é redigida sob a moção do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos apóstolos para que, sob a luz do Espírito e da verdade, eles por sua pregação fielmente a conservem, exponham e difundam. Resulta, assim, que não é através da Escritura apenas que a Igreja consegue sua certeza a respeito de tudo o que foi revelado.
Por isso, ambas "Escritura e Tradição" devem ser aceitas e veneradas com igual sentimento de piedade e reverência (DV,9), (CIC, 82). Muitas são as passagens do Novo Testamento que revelam a importância da Tradição oral. São Paulo diz a Timóteo: "O que ouvistes de mim em presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de ensinar ainda a outros" (2 Tm 2,2). Note bem o "ouvistes" de mim. É a transmissão oral do depósito da fé. Vemos aí a própria Escritura atestando a existência da transmissão oral, de geração a geração. Este "depósito" oral chegou até nós pela palavra oficial da Igreja, e não pode ser desprezada. Jesus deixou claro a seus discípulos, na noite da despedida, que Ele não lhes tinha ensinado tudo, mas que o Espírito Santo o faria ao longo do tempo: "Muitas coisas tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Advogado, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade..." (Jo 16,12).
Todo esse ensinamento que o Espírito Santo foi acrescentando à Igreja é o que foi formando a sua Sagrada Tradição. Era tão marcante a inspiração do Espírito Santo que, por exemplo, após o Concílio de Jerusalém, os apóstolos escreveram à Igreja de Antioquia: "Com efeito, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós..." (At 15,28). Outras passagens mostram essa intimidade deles com o Espírito Santo. "Então Pedro, cheio do Espírito Santo..."(At 4,8). "Por que combinastes para por à prova o Espírito do Senhor ?" (At 5,9). Diante do Grande Conselho dos Judeus e do Sumo Sacerdote: "Deste fato nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo...´(At 5,32). Podemos, portanto, afirmar, com toda certeza, que tudo o que está na Bíblia é verdade, mas nem toda a verdade está na Bíblia. Parte da Revelação foi oral e está na Tradição, que, por isso é Sagrada e indispensável.
Na segunda Carta aos tessalonicenses vemos claramente a Tradição oral: "Não vos lembrais de que vos dizia estas coisas, quando estava ainda convosco?"´ (2Tes 2,5). "Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa" (2Tes 2,15). "O que ouvistes de mim em presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de ensinar ainda a outros" (2 Tm 2,2). Essas passagens se referem a uma transmissão de verdades por meio oral e não escrito. Como, então, desprezar o seu valor? Nem tudo o que Jesus ensinou e fez, e nem tudo o que os apóstolos ensinaram, foi escrito. Naquele tempo era difícil escrever. Não havia papel e caneta fácil como hoje. Usavam-se pergaminhos (peles de carneiros), papiros etc., penas molhadas na tinta. Escrever era raridade. São João encerra o seu Evangelho mostrando claramente isto: "Jesus fez, diante dos seus discípulos, muitos outros sinais ainda, que não se acham escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para crerdes que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais a vida em seu nome"(Jo 20,30s).

Fonte: Arautos do Evangelho

sexta-feira, 9 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA 09/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO DA PÁSCOA
Ofício do dia de semana do Tempo da Pascoa,
depois da Ascensão.Missa própria de 6.ª Feira da VII Semana
com Prefácio da Ascensão.

Hoje a Igreja celebra:
Santa Catarina de Bolonha, virgem, mística, +1463
S. Pacómio, abade, séc. IV
Santa Maria Domingas Mazzarello, religiosa, fundadora, +1881
Beato Nicolau Albergati, Bispo e Confessor, +1842
S. Máximo de Jerusalém, bispo, mártir, +350


Livro dos Actos dos Apóstolos 25,13-21

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 13bo rei Agripa e Berenice chegaram a Cesaréia e foram cumprimentar Festo. 14Como ficassem alguns dias aí, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: "Está aqui um homem que Félix deixou como prisioneiro. 15Quando eu estive em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram acusações contra ele e pediram-me que o condenasse. 16Mas eu lhes respondi que os romanos não costumam entregar um homem antes que o acusado tenha sido confrontado com os acusadores e possa defender-se da acusação.17Eles vieram para cá e, no dia seguinte, sem demora, sentei-me no tribunal e mandei trazer o homem. 18Seus acusadores compareceram diante dele, mas não trouxeram nenhuma acusação de crimes de que eu pudesse suspeitar. 19Tinham somente certas questões sobre a sua própria religião e a respeito de um certo Jesus que já morreu, mas que Paulo afirma estar vivo. 20Eu não sabia o que fazer para averiguar o assunto. Perguntei então a Paulo se ele preferia ir a Jerusalém, para ser julgado lá. 21Mas Paulo fez uma apelação para que a sua causa fosse reservada ao juízo do Augusto Imperador. Então ordenei que ficasse preso até que eu pudesse enviá-lo a César.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 103(102),1-2.11-12.19-20

- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
- Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
- Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, e abrange o mundo inteiro seu reinado. Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, valorosos que cumpris as suas ordens.
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 21,15-19

Aclamação (Jo 14,26)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- O Espírito Santo, o Paráclito,/ haverá de lembrar-vos/ de tudo o que tenho falado.
Evangelho (Jo 21,15-19)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.
Jesus manifestou-se aos seus discípulos 15e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?" Pedro respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo". Jesus disse: "Apascenta os meus cordeiros".16E disse de novo a Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas?" Pedro disse: "Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas". 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas?" Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir".19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: "Segue-me".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Primado de amor

O Evangelho de hoje contém duas partes. Na primeira, Jesus confere ao Apóstolo Pedro uma investidura pastoral preeminente. Na segunda, prenuncia-lhe o martírio. Está implícito neste Evangelho a tradição neotestamentária de uma aparição do Senhor ressuscitado a Simão Pedro, e vemos também a afinidade com a passagem do primado, segundo S. Mateus (16, 18 s).
Na tripla pergunta de Cristo: "Simão, amas-me?", e na correspondente resposta do Apóstolo com a sua tripla e humilde: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo", há por parte de Jesus uma reabilitação de Pedro na condição de discípulo, depois da sua tripla negação na noite da Paixão. A cada resposta de Pedro, o Divino Mestre acrescenta: Apascenta as minhas ovelhas. Apascentar as ovelhas é confirmar os crentes em Cristo, para que não se afastem da fé, socorrer em suas necessidades, resistir aos contrários e corrigir os súditos descarrilados.
Quando Pedro dá a primeira resposta, Jesus fala em cordeiros, mas na última refere-se a ovelhas, porque aqueles são os que as almas no início da vida espiritual e estas são almas perfeitas. Nosso Senhor não só inspirou as respostas de S. Pedro, mas também sabia que ele O amava mais que os outros apóstolos.
Santo Agostinho pondera que ao dizer-lhe "apascenta minhas ovelhas" era como se lhe insinuasse: seja o exercício do amor o apascentar o rebanho do Senhor, assim como foi indício de cobardia negar o pastor.
É a sua tripla investidura pastoral, que consuma a reabilitação com tal posto de confiança. Encontramos, pois, aqui um testemunho escrito em finais do século I, em que aparece o apreço comunitário sobre a missão e autoridade pastoral de Pedro na Igreja.
Teofilacto afirma que daqui vem o costume da triple confissão que se faz no batismo.
O ministério de Pedro - e do seu sucessor o Papa, Bispo de Roma - é o primado do serviço e da caridade na Igreja de Cristo. Carisma que não se lhe concede para prestígio próprio nem se baseia na sua capacidade pessoal e extraordinária, pois é patente a sua debilidade humana. Tudo é graça, dom e presença invisível de Jesus pela força do seu Espírito.
Alcuíno comenta o fato de Jesus chamar S. Pedro por "Simão, filho de João". João era seu pai pela carne. Mas, no sentido espiritual Simão quer dizer obediente e João graça. E com razão é chamado assim obediente à graça de Deus, para que se demonstre que o maior amor de que Pedro está possuído não é, com efeito, de um mérito humano, mas sim um dom da graça divina.
Jesus examina Pedro sobre o amor, e há que reconhecer que conseguiu uma distinção que, noutra ocasião, merecera uma reprovação. E examina-o sobre o amor porque a sua tarefa como guia das ovelhas do bom pastor, que é Cristo, terá de exercer-se à base do amor ao rebanho, segundo aquelas palavras de Santo Ambrósio: "Cristo deixou-nos Pedro como vigário (aquele que substitui outro) do seu amor".
Já na última ceia Jesus dissera ao apóstolo: "Simão, Simão! Olha que Satanás vos reclamou para vos peneiras como trigo. Mas eu pedi por ti para que a tua fé não desfaleça. E tu, quando te recuperares, confirma os teus irmãos" (Lc. 22,31s). Pedro é, efetivamente, o primeiro entre os irmãos. Mas, a autoridade dentro da comunidade cristã é serviço, a exemplo de Cristo: "O primeiro entre vós deve ser o servidor de todos, e o que manda como o que serve" (Lc. 22,26).
A morte de Pedro que Jesus lhe vaticina em enigma: "Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te conduzirá onde não queres", será a prova definitiva da sinceridade da sua tripla profissão de amor a Jesus e da sua fidelidade à missão recebida.
Porém, já antes Pedro teve ocasião de testemunhar o seu amor e a sua fé em Cristo e de salvaguardar a comunhão eclesial ao serviço da missão. Por exemplo, chegado o momento da prova, perante o conselho dos judeus e desafiando a sua ordem, Pedro proclama a morte e a ressurreição de Jesus, porque "é preciso obedecer antes a Deus que aos homens". Igualmente, no Concílio de Jerusalém (49 d. C.) soube manter a abertura missionária da Igreja aos pagãos e conservar a união dentro da comunidade.
O primado de Pedro é serviço à comunhão eclesial, como diz o Concílio Vaticano II: "Cristo enviou os Apóstolos como Ele foi enviado pelo Pai, e quis que os sucessores daqueles, os Bispos, fossem os pastores na sua Igreja até a consumação dos séculos. Mas, para que o mesmo episcopado fosse um só e indiviso, pôs à frente dos outros apóstolos o bem-aventurado Pedro e instituiu na pessoa dele o princípio e fundamento, perpétuo e visível, da unidade de fé e comunhão" (LG. 18).
FONTE: Arautos do Evangelho

quinta-feira, 8 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 08/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO DA PÁSCOA
Ofício do dia de semana do Tempo da Páscoa,
depois da Ascensão.Missa própria de 5.ª Feira da 7a semana
com Prefácio da Ascensão
Nossa Senhora Medianeira
Nossa Senhora da Graça
Nossa Senhora, Saúde dos Enfermos

Hoje a Igreja celebra: Santa Madalena de Canossa, virgem, fundadora, +1835
Beato Jeremias de Valáquia, religioso, 1625
S. Bonifácio IV, Papa, +615
São Vítor, soldado africano, mártir, +303
Beato Luís Rabatá, presbítero, +1490
S Eládio, bispo, mártir, +632

Livro dos Actos dos Apóstolos 22,30.23,6-11

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 30querendo saber com certeza por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus, o tribuno soltou-o e mandou reunir os chefes dos sacerdotes e todo o conselho dos anciãos. Depois fez trazer Paulo e colocou-o diante deles.23,6Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra parte eram fariseus, Paulo exclamou no conselho dos anciãos: "Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos". 7Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, e a assembléia se dividiu.8Com efeito, os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra. 9Houve, então, uma enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se e começaram a protestar, dizendo: "Não encontramos nenhum mal neste homem. E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele?"10E o conflito crescia cada vez mais. Receando que Paulo fosse despedaçado por eles, o comandante ordenou que os soldados descessem e o tirassem do meio deles, levando-o de novo para o quartel. 11Na noite seguinte, o Senhor aproximou-se de Paulo e lhe disse: "Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que tu sejas também minha testemunha em Roma".

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 16(15),1-2.5.7-8.9-10.11

- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: "Senhor vós sois meu ¬Senhor". Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! - Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranqüilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 17,20-26

Aclamação (Jo 17,21)

- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Para que todos sejam um, diz o Senhor,/ como tu estás em mim e eu em ti,/ para que o mundo possa crer que me enviaste.

Evangelho (Jo 17,20-26)

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20"Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. 22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. 26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O sinal da unidade

Hoje proclama-se como Evangelho a terceira e última parte da "oração sacerdotal" de Jesus, que roga ao Pai por quantos ao longo dos séculos acreditarão nele, graças à palavra testemunhal dos apóstolos. Nosso Senhor ora pela futura comunidade cristã. Pede ao Pai que todos os seus membros se mantenham unidos. A sua unidade será o sinal que garantirá diante do mundo a filiação divina e a própria identidade messiânica de Cristo, o enviado do Pai, como Salvador da humanidade.
"Rogo-te não só por eles (o grupo dos Apóstolos), mas pelos que, por meio da sua palavra, acreditarão em mim, para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e eu em ti. Que eles sejam também um em nós, para que o mundo acredite que tu me enviaste". Nestas palavras de Jesus assinala-se a sua comunhão com o Pai como o modelo e a fonte da unidade eclesial. E isto em duas direções: fundamentando a relação dos crentes com Jesus e com o Pai (direção vertical) e dos cristãos entre si (direção horizontal).
Por outro lado, realizar na Igreja a unidade dentro do pluralismo é obra do Espírito Santo, como afirma abertamente S. Paulo nas suas cartas, a ponto de o sinal comprovativo de que uma comunidade cristã possui o Espírito de Cristo e atua sob seu impulso ser a fraternidade entre os seus membros.
O Concílio Vaticano II comenta o texto evangélico de hoje, deduzindo do mesmo a origem trinitária e o caráter comunitário da vocação humana segundo o plano de Deus: "Quando o Senhor roga ao Pai ‘para que sejam um como nós somos um, abrindo perspectivas fechadas à razão humana, sugere certa semelhança entre a união das Pessoas divinas e a união dos filhos de Deus na verdade e na caridade. Esta semelhança demonstra que o homem, única criatura terrena a quem Deus amou por si mesma, não pode encontrar a sua própria identidade senão na entrega de si mesmo aos outros" (GS 24,3).
O Espírito é sempre imprevisível e soberanamente livre, subvertendo os planos humanos, até mesmo os de S. Paulo, que deu tudo ao serviço do Evangelho. Depois de ter lançado o dissídio os saduceus e fariseus, fazendo a apologia da ressurreição, que é motivo de esperança para Paulo (cf. At. 24, 15.21; 25,19; 26, 6-8,23), o Apóstolo é enviado pelo Senhor para Roma. Talvez pensasse ele que seria para dar testemunho de Cristo como em Jerusalém, depois de ter evangelizado o mundo. Porém, vai, sim, para Roma, mas acorrentado, para dar testemunho não tanto com a palavra e com a ação, mas sobretudo com a prisão e o derramamento do próprio sangue. Aqui sua alma já tinha sido transpassada pelo fogo do Espírito e tornada transparente à sua inspiração e toda a sua alma era um testemunho permanente da inabitação da Santíssima Trindade.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 07/05

Santo do dia

VII SEMANA DA PÁSCOA
Ofício do dia da Semana do Tempo da Páscoa,
depois da Ascensão.
Missa própria da 4.ª Feira do 7.ª Semana,
com Prefácio da Ascensão.
Nossa Senhora dos Desamparados

Hoje a Igreja celebra : Santa Flávia Domitila, Virgem e Mártir, séc. I
S. Juvenal. bispo, +458
Beata Maria Luisa Trichet, religiosa, fundadora, +1759

Livro dos Actos dos Apóstolos 20,28-38

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, Paulo disse aos anciãos da Igreja de Éfeso: 28"Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos colocou como guardas, para pastore¬ar a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. 29Eu sei, depois que eu for embora, aparecerão entre vós lobos ferozes, que não pouparão rebanho. 30Além disso, do vosso próprio meio aparecerão homens com doutrinas perversas que arrastarão discípulos atrás de si. 31Por isso, estai sempre atentos: lembrai-vos de que, durante três anos, dia e noite, com lágrimas, não parei de exortar a cada um em particular.32Agora entrego-vos a Deus e à mensagem de sua graça, que tem poder para edificar e dar a herança a todos os que foram santificados. 33Não cobicei prata, ouro ou vestes de ninguém. 34Vós bem sabeis que estas minhas mãos providenciaram o que era necessário para mim e para os que estavam comigo. 35Em tudo vos mostrei que, trabalhando deste modo, se deve ajudar os fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse: ‘Há mais alegria em dar do que em receber". 36Tendo dito isto, Paulo ajoelhou-se e rezou com todos eles. 37Todos, depois, prorromperam em grande pranto, e lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam, 38aflitos, sobretudo por lhes haver ele dito que não tornariam a ver-lhe o rosto. E o acompanharam até o navio.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 68(67),29-30.33-35.35-36

- Reinos da terra cantai ao Senhor.
- Reinos da terra cantai ao Senhor.
- Suscitai, ó Senhor Deus, suscitai vosso poder, confirmai este poder que por nós manifestastes, a partir de vosso templo, que está em Jerusalém, para vós venham os reis e vos ofertem seus presentes!
- Reinos da terra cantai ao Senhor.
- Reinos da terra, celebrai o nosso Deus, cantai-lhe salmos! Ele viaja no seu carro sobre os céus dos céus eternos. Eis que eleva e faz ouvir a sua voz, voz poderosa.
- Reinos da terra cantai ao Senhor.
- Dai glória a Deus e exaltai o seu poder por sobre as nuvens. Sobre Israel, eis sua glória e sua grande majestade! Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém!
- Reinos da terra cantai ao Senhor.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 17,11-19

Aclamação (Jo 17,17ba)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Vossa palavra é a verdade,/ santificai-nos na verdade!
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Jo 17,11b-19)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11b"Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu os guardei e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. 13Agora, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. 17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Consagrados na verdade

A oração como conclusão do sermão do adeus, cheia de confidência, doçura e amor é altamente inspirada, é chamada "oração sacerdotal", porque nela Jesus se apresenta em atitude de sacerdote, a interceder pelos seus, no momento em que está para deixá-los sós no mundo. Esta perícope é denominada pelos temas de "hora" e da "glória". Trata-se da hora da morte (Jo. 2,4; 7,30; 8,20), hora em que deve subir deste mundo ao Pai (13,1). Mas ela é, ao mesmo tempo, também a hora de sua glorificação. Isto explica porque o primeiro pedido que Jesus formula seja o de sua glorificação: "Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti" (Jo. 17,1). Porém, esta glorificação se realiza através da cruz, denominada por S. João "exaltação", ou seja, enaltecimento, glória. João considera a morte de Jesus como o seu ingresso na glória celeste. Por isso, pode dizer que a hora de sua morte é a hora de sua glória mais alta.
No Evangelho de hoje, Jesus prossegue a sua sublime "oração sacerdotal", intercedendo pelos seus amigos diante do Pai, antes de subir ao Céu. Pouco antes, ouvimos Cristo prometer-lhes um protetor, o Espírito da Verdade, que será a Sua presença permanente entre eles. Agora, pede ao Pai que santifique os discípulos na mesma Verdade, do mesmo modo que se consagra por eles.
A unidade pela qual Jesus reza não é só a dos discípulos (dos cristãos) entre si, mas também a unidade de que Ele é alma e fundamento, vale dizer a unidade com o Pai e o Filho. Como o Pai se reflete no Filho, assim os discípulos encontrarão nesse espelho, refletindo-se neles mesmos, o verdadeiro e último fundamento de sua unidade.
A efusão do Espírito, cuja incumbência se acentua à medida que nos aproximamos do dia de Pentecostes (no próximo domingo), será a consagração dos discípulos na Verdade.
Esta consagração tira a sua força do sacrifício da Cruz e dá ao crente acesso à santidade de Deus e à alegria perfeita, plena e transbordante de Jesus glorificado. Duas condições são necessárias para atingir esta consagração na verdade: 1.ª - Manterem-se unidos os discípulos entre si pelo amor, como Cristo com o Pai e o Espírito Santo, pois o amor faz parte essencial da verdade de Deus: "Pai, guardar em teu nome os que me deste, para que sejam um, como nós". 2.ª - Suportar e vencer com esse amor o ódio do mundo, no meio do qual terão que viver os cristãos: "Eu dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os porque não são do mundo, como eu também não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal".
Já antes Jesus falou aos seus do ódio do mundo (Jo. 15, 18 ss). Por que o mundo odeia os discípulos de Cristo? Precisamente, porque como Ele estão consagrados pelo Espírito da verdade, e esta não se pode harmonizar com a mentira do mundo, pois deixa-a a descoberto.
No esquema ideológico do Evangelho de S. João, o mundo contrapõe-se a Cristo e aos seus, tal como as trevas à luz. Habitualmente, João julga o mundo como o aliado e o campo de ação do maligno, e, por isso mesmo, inimigo de Deus.
Segundo S. João, o mundo é o mal, amassado com "as paixões do homem carnal, a concupiscência dos olhos e a arrogância do dinheiro" (1Jo. 2, 16). Daí a tensão inevitável para o seguidor de Jesus, o cristão: viver no meio do mundo sem ser possuído por ele. Mais ainda, em cumprimento de sua missão de apóstolo e testemunha, tratando de conquistar o mundo para o reino de Deus mediante o anúncio e testemunho de Cristo, luz do mundo tal como o seu discípulo.
O nosso testemunho da verdade, que é Cristo, centra-se no amor, segundo o desejo de Jesus: "Que sejam um, como nós, para que o mundo acredite". Por sua vez, esse amor brota do amor que Deus nos tem e pelo qual nos oferece a nova vida pascal em Jesus e pelo seu Espírito. "Se Deus nos amou desta maneira, também nós devemos amar-nos uns aos outros" (1Jo. 4, 11). Disto somente é capaz quem vive como consagrado e santificado pela verdade, isto é, em união com Cristo.
Para testemunhar essa nova vida de consagrado, o cristão deve experimentá-la antes e vivê-la pessoalmente pela fé, pois essa nova vida está com Cristo escondida em Deus (Cl. 3,3). Por isso, o cristão não tem distintivo exterior algum que o identifique. O júbilo pascal da nossa adoção filial por Deus pertence ao mundo da fé. E a fé é, antes de tudo, experiência vivencial, dom e graça do Senhor, e não mero conhecimento conceptual do mesmo.
Com a força dessa fé e vida nova seremos capazes de transformar tudo, dentro de nós e à nossa volta: trabalho, estudo, vida familiar, problemas pessoais, compromisso social, solidão, doença e morte.
Temos de provar, de gostar e de ensaiar com entusiasmo a nova vida pascal, convertendo o coração aos bens do alto, ainda que sem nos desinteressarmos das pessoas e dom mundo. Consideremo-nos mortos para o pecado e suas obras, e ressuscitados com Cristo para Deus.
Para vencer o ódio ao mundo, no meio do qual temos de viver, não há meio melhor e mais convincente que o testemunho da verdade pelo amor.

Fonte: Arautos do Evangelho

terça-feira, 6 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 06/05

Santo do dia

VII SEMANA DEPOIS DA PÁSCOA


Ofício do dia da Semana do Tempo da Páscoa,
depois da Ascensão do Senhor.
Missa própria de 3.ª Feira da VII Semana
com Prefácio da Ascensão
Hoje a Igreja comemora:

S. Domingos Sávio, jovem religioso, +1857
Santo André Kim e 102 Companheiros, mártires coreanos, entre 1791 e 1866

Santo Evódio, Bispo e Mártir, séc. I
S. Lúcio, confessor, +1250
S. Mariano, mártir na Argélia, +259

Livro dos Actos dos Apóstolos 20,17-27

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 17de Mileto, Paulo mandou um recado a Éfeso, convocando os anciãos da Igreja. 18Quando os anciãos chegaram, Paulo disse-lhes: "Vós bem sabeis de que modo me comportei em relação a vós, durante todo o tempo, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia. 19Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas dos judeus.
20Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós, nem de vos ensinar publicamente e também de casa em casa. 21Insisti, com judeus e gregos, para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus nosso Senhor.
22E agora, prisioneiro do Espírito, vou para Jerusalém sem saber o que aí me acontecerá. 23Sei apenas que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me adverte, dizendo que me aguardam cadeias e tribulações. 24Mas, de modo nenhum, considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e realize o serviço que recebi do Senhor, ou seja, testemunhar o Evangelho da graça de Deus.
25Agora, porém, tenho a certeza de que vós não vereis mais o meu rosto, todos vós entre os quais passei anunciando o Reino. 26Portanto, hoje dou testemunho diante de todos vós: eu não sou responsável se algum de vós se perder, 27pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito".

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 68(67),10-11.20-21
– Reinos da terra, cantai ao Senhor.
Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Derramastes lá do alto uma chuva generosa, e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes; e ali vosso rebanho encontrou sua morada; com carinho preparastes essa terra para o pobre.
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Bendito seja Deus, bendito seja cada dia, o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 17,1-11

Aclamação (Jo 14,16)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro Paráclito,/ que há de permanecer eternamente convosco.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Jo 17,1-11a)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse:

"Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste.
3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.
6Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste.
9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11aJá não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

A oração sacerdotal de Jesus

Tanto a primeira leitura como o Evangelho deste dia respiram um clima de despedida. Paulo reúne os presbíteros de Éfeso para lhes dizer adeus, e Jesus despede-se também dos seus discípulos. Em ambos os casos, paira uma atmosfera de oração.
A partir de hoje, durante três dias, leremos alguns fragmentos do capítulo 17 de S. João, que é um dos mais sublimes do quarto Evangelho.
Jesus conclui o seu colóquio final com os discípulos dirigindo a sua oração ao Pai. Uma oração que resume o significado de toda a sua vida e que transcende o tempo e o espaço para abranger os discípulos de Cristo de todos os tempos.
A partir do século V, já desde S. Cirilo de Alexandria, qualificou-se esta oração de Jesus como "sacerdotal", vendo-se nela um hino de consagração em que o Filho se oferece ao Pai como sacrifício perfeito que, sobre o altar da cruz, tornará possível a sua glorificação.
Mas, não se pode exagerar esta linha sacrifical, pois o tema central, como iremos ver, não é tanto o sacrifício de Cristo mediante a entrega da Sua vida, quanto o seu regresso ao Pai e a oração pela unidade dos seus.
Os evangelhos sinópticos falam muitas vezes dos freqüentes e longos momentos de oração de Jesus, mas não nos dão o seu conteúdo, exceto no texto do Pai Nosso.
Entretanto, S. João apresenta este conteúdo no capítulo 17. Distinguem-se três partes:
Na primeira, Jesus pede ao Pai para ser glorificado, uma vez concluída a sua obra reveladora. É próprio da cristologia de S. João ver toda a vida de Cristo, desde o prólogo ao final, até mesmo a Sua Morte, como expressão da glória divina (versículos 1-8).
Na segunda parte, o Senhor ora ao Pai pelos que Ele lhe confiou e vivem ainda no mudo, para que os santifique na verdade do mesmo modo que Cristo se santifica por eles, e para que sejam um como ele e o Pai. É a oração pela comunidade presente (versículos 9-19).
Na terceira parte, Jesus ora, finalmente, por quantos acreditarão nele graças à palavra dos discípulos, para que, vivendo unidos com ele e entre si, o mundo creia que Cristo é enviado do Pai. É a oração pela comunidade futura (versículos 20-26).
No Evangelho de hoje, vemos a primeira parte e o início da segunda. O fato de Jesus pronunciar a sua oração ao Pai perante os seus amigos e em voz alta é um convite a que participem na mesma eles e os crentes das gerações futuras, isto é, todos nós, por quem roga o Senhor.
Hoje em dia, fala-se de crise de oração entre os cristãos. Comenta-se que se reza pouco e que quando se faz, se reza mal. Contudo, felizmente, não faltam casas, grupos e vigílias de oração.
A jovem Igreja começou o caminho histórico de sua missão treinando-se na oração comunitária, e não por uma atividade febril sem contato com Cristo e o seu Espírito. Porque é na oração que cria comunhão com Deus, onde está a força secreta da comunidade e do cristão para testemunhar aos homens a presença de Cristo, o Senhor glorioso e salvador da humanidade.
Necessitamos de orar sempre, e com mais intensidade ainda nos momentos de crise pessoal ou comunitária, para nos reafirmarmos na nossa identidade cristã. Porque então só nos pode reabilitar um encontro pessoal com o Deus que é vida e amor e os dá a quem com ele se comunica.
A oração é falar com Deus como pessoas livres. Mais ainda, como filhos seus que somos. Saber rezar não é difícil, basta falar com Deus. Às vezes nem sempre é necessário falar, pois escutar é o suficiente. A nossa oração pode ser individual ou comunitária, mental ou vocal, espontânea ou já constituída: salmos, preces, cânticos, bênçãos ..., e a oração por excelência: o Pai Nosso.
Necessitamos de orar, quer seja no meio das ocupações de cada dia, quer seja isolando-nos a sós com Deus. Mas, num e noutro caso, escutando Jesus, que é escutar o Pai, e orando com Ele para captar o mistério do inexprimível e testemunhá-lo depois aos nossos irmãos os homens.
A oração, a contemplação e a experiência de Deus, quando são autênticas, passam a ação libertadora. Isso é levar a oração à vida e a vida à oração.
Convençamo-nos: a oração com Jesus é-nos indispensável para uma vida cristã pujante. Hoje é ocasião de nos perguntarmos como e quanto rezamos individual e comunitariamente

segunda-feira, 5 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 05/05

Santo do dia

VII SEMANA DA PÁSCOA

Ofício do dia da Semana, depois da Ascensão
(III Semana do Saltério)
Missa própria de Segunda-Feira da VII Semana, com Prefácio da Ascensão.


Livro dos Actos dos Apóstolos 19,1-8

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
1Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as re¬giões montanhosas e chegou a Éfeso. Aí encontrou alguns discípulos e perguntou-lhes: 2"Vós recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?" Eles responderam: "Nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo!"3Então Paulo perguntou: "Que batismo vós recebestes?" Eles responderam: "O batismo de João". 4Paulo disse-lhes: "João administrava um batismo de conversão, dizendo ao povo que acreditasse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus". 5Tendo ouvido isso, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus. 6Paulo impôs-lhes as mãos e sobre eles desceu o Espírito Santo. Começaram então a falar em línguas e a profetizar. 7Ao todo, eram uns doze homens. 8Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda convicção, discutindo e procurando convencer os ouvintes sobre o Reino de Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 68(67),2-3.4-5.6-7

- Reinos da terra, cantai ao Senhor.
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.
- Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! Como a fumaça se dissipa, assim também os dissipais, como a cera se derrete, ao contato com o fogo, assim pereçam os iníquos ante a face do Senhor!
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.
- Mas os justos se alegram na presença do Senhor; rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome! O seu nome é Senhor: exultai diante dele!
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.
- Dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor; é assim o nosso Deus em sua santa habitação. É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 16,29-33

Aclamação (Cl 3,1)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto,/ onde Cristo está sentado à direita de Deus

Pai.Evangelho (Jo 16,29-33)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 29os discípulos disseram a Jesus: "Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. 30Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus". 31Jesus respondeu: "Credes agora? 32Eis que vem a hora - e já chegou - em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está comigo. 33Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!"

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Fonte: Site dos Arautos do Evangelho

domingo, 4 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 04/05

Santo do dia

VII DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA
DOMINGO DA
ASCENSÃO DO SENHOR.
(Solenidade. Paramentos Brancos)
Ano A. III Semana do Saltério. Ofício Solene próprio.
Missa com Glória, Credo e Prefácio Próprio (Ascensão I ou II)

Atos dos Apóstolos 1, 1-11

Livro dos Atos dos Apóstolos:

1No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo, 2até o dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. 3Foi a eles que Jesus se mostrou vivo, depois de sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias apareceu-lhes falando do Reino de Deus.4Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem: "Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: 5‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias". 6Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: "Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel?" 7Jesus respondeu: "Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com sua própria autoridade. 8Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e na Samaria, e até os confins da terra". 9Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. 10Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, 11que lhes disseram: "Homens da Galiléia, por que ficais aqui parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu".


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo 46

- Por entre aclamações Deus se elevou,/ o Senhor subiu ao toque da trombeta.
- Por entre aclamações Deus se elevou,/ o Senhor subiu ao toque da trombeta.
- Povos todos do universo, batei palmas,/ gritai a Deus aclamações de alegria!/ Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo,/ o soberano que domina toda a terra.
- Por entre aclamações Deus se elevou,/ o Senhor subiu ao toque da trombeta.
- Por entre aclamações Deus se elevou,/ o Senhor subiu ao toque da trombeta./ Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa,/ salmodiai ao som da harpa ao nosso Rei!
- Por entre aclamações Deus se elevou,/ o Senhor subiu ao toque da trombeta.
- Porque Deus é o grande Rei de toda a terra,/ ao som da harpa acompanhai os seus louvores!/ Deus reina sobre todas as nações,/ está sentado no seu trono glorioso.
- Por entre aclamações Deus se elevou,/ o Senhor subiu ao toque da trombeta.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Carta aos Efésios 1,17-23

Carta de São Paulo apóstolo aos Efésios: Irmãos:
17O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer. 18Que ele abra o vosso coração à sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos, 19e que imenso poder ele exerceu em favor de nós que cremos, de acordo com a sua ação e força onipotente. 20Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus, 21bem acima de toda a autoridade, poder, potência, soberania, ou qualquer título que se possa mencionar, não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro. 22Sim, ele pôs tudo sob seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja, 23que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus, 28, 16-20

Aclamação
- Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!/ Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
- Ide ao mundo, ensinai aos povos todos:/ Convosco estarei todos os dias, diz Jesus.
- Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!/ Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!


Anúncio do Evangelho
- O Senhor esteja convosco!
- Ele está no meio de nós!
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 16os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. 17Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram.18Então Jesus aproximou-se e falou: "Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. 19Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Fornecido via e-mail pelo site Arautos do Evangelho