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quinta-feira, 8 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 08/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO DA PÁSCOA
Ofício do dia de semana do Tempo da Páscoa,
depois da Ascensão.Missa própria de 5.ª Feira da 7a semana
com Prefácio da Ascensão
Nossa Senhora Medianeira
Nossa Senhora da Graça
Nossa Senhora, Saúde dos Enfermos

Hoje a Igreja celebra: Santa Madalena de Canossa, virgem, fundadora, +1835
Beato Jeremias de Valáquia, religioso, 1625
S. Bonifácio IV, Papa, +615
São Vítor, soldado africano, mártir, +303
Beato Luís Rabatá, presbítero, +1490
S Eládio, bispo, mártir, +632

Livro dos Actos dos Apóstolos 22,30.23,6-11

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 30querendo saber com certeza por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus, o tribuno soltou-o e mandou reunir os chefes dos sacerdotes e todo o conselho dos anciãos. Depois fez trazer Paulo e colocou-o diante deles.23,6Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra parte eram fariseus, Paulo exclamou no conselho dos anciãos: "Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos". 7Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, e a assembléia se dividiu.8Com efeito, os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra. 9Houve, então, uma enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se e começaram a protestar, dizendo: "Não encontramos nenhum mal neste homem. E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele?"10E o conflito crescia cada vez mais. Receando que Paulo fosse despedaçado por eles, o comandante ordenou que os soldados descessem e o tirassem do meio deles, levando-o de novo para o quartel. 11Na noite seguinte, o Senhor aproximou-se de Paulo e lhe disse: "Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que tu sejas também minha testemunha em Roma".

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 16(15),1-2.5.7-8.9-10.11

- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: "Senhor vós sois meu ¬Senhor". Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! - Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranqüilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 17,20-26

Aclamação (Jo 17,21)

- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Para que todos sejam um, diz o Senhor,/ como tu estás em mim e eu em ti,/ para que o mundo possa crer que me enviaste.

Evangelho (Jo 17,20-26)

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20"Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. 22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. 26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O sinal da unidade

Hoje proclama-se como Evangelho a terceira e última parte da "oração sacerdotal" de Jesus, que roga ao Pai por quantos ao longo dos séculos acreditarão nele, graças à palavra testemunhal dos apóstolos. Nosso Senhor ora pela futura comunidade cristã. Pede ao Pai que todos os seus membros se mantenham unidos. A sua unidade será o sinal que garantirá diante do mundo a filiação divina e a própria identidade messiânica de Cristo, o enviado do Pai, como Salvador da humanidade.
"Rogo-te não só por eles (o grupo dos Apóstolos), mas pelos que, por meio da sua palavra, acreditarão em mim, para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e eu em ti. Que eles sejam também um em nós, para que o mundo acredite que tu me enviaste". Nestas palavras de Jesus assinala-se a sua comunhão com o Pai como o modelo e a fonte da unidade eclesial. E isto em duas direções: fundamentando a relação dos crentes com Jesus e com o Pai (direção vertical) e dos cristãos entre si (direção horizontal).
Por outro lado, realizar na Igreja a unidade dentro do pluralismo é obra do Espírito Santo, como afirma abertamente S. Paulo nas suas cartas, a ponto de o sinal comprovativo de que uma comunidade cristã possui o Espírito de Cristo e atua sob seu impulso ser a fraternidade entre os seus membros.
O Concílio Vaticano II comenta o texto evangélico de hoje, deduzindo do mesmo a origem trinitária e o caráter comunitário da vocação humana segundo o plano de Deus: "Quando o Senhor roga ao Pai ‘para que sejam um como nós somos um, abrindo perspectivas fechadas à razão humana, sugere certa semelhança entre a união das Pessoas divinas e a união dos filhos de Deus na verdade e na caridade. Esta semelhança demonstra que o homem, única criatura terrena a quem Deus amou por si mesma, não pode encontrar a sua própria identidade senão na entrega de si mesmo aos outros" (GS 24,3).
O Espírito é sempre imprevisível e soberanamente livre, subvertendo os planos humanos, até mesmo os de S. Paulo, que deu tudo ao serviço do Evangelho. Depois de ter lançado o dissídio os saduceus e fariseus, fazendo a apologia da ressurreição, que é motivo de esperança para Paulo (cf. At. 24, 15.21; 25,19; 26, 6-8,23), o Apóstolo é enviado pelo Senhor para Roma. Talvez pensasse ele que seria para dar testemunho de Cristo como em Jerusalém, depois de ter evangelizado o mundo. Porém, vai, sim, para Roma, mas acorrentado, para dar testemunho não tanto com a palavra e com a ação, mas sobretudo com a prisão e o derramamento do próprio sangue. Aqui sua alma já tinha sido transpassada pelo fogo do Espírito e tornada transparente à sua inspiração e toda a sua alma era um testemunho permanente da inabitação da Santíssima Trindade.

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