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sábado, 3 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 03/05

Santo do dia

VI SEMANA DA PÁSCOA

Festa de São Tiago Menor e S. Felipe, Apóstolos
Ofício festivo do Comum dos Apóstolos e Próprio.
Missa própria, com Glória, Prefácio dos Apóstolos I ou II
Primeiro Sábado do Mês de Maio

1ª Carta aos Coríntios 15,1-8

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.
1Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. 2Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão. 3Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 4que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras; 5e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. 6Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. 7Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. 8Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5

- Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
- Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
- Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.
- Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
- Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.
- Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 14,6-14

Aclamação (Jo 14,6b.9c)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Sou o Caminho, a Verdade e a Vida, diz Jesus;/ Filipe, quem me vê, igualmente vê meu Pai!
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Evangelho (Jo 14,6-14)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse a Tomé:
6"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. 7Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes". 8Disse Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!" 9Jesus respondeu: "Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O rosto humano de Jesus

O Evangelho de hoje tem duas partes. Na primeira, o tema é o conhecimento de Deus. Na segunda, a eficácia da fé. O conhecimento do Pai está condicionado ao conhecimento de Jesus porque, como acaba de afirmar Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele é o caminho, a verdade e a vida. "Se me conhecêsseis a Mim, conheceríeis também meu Pai". Se anteriormente foi o apóstolo Tomé quem perguntou pelo caminho, agora é o apóstolo Filipe (de quem hoje comemoramos a festa) que diz a Jesus: Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta.
Os discípulos tinham conhecido algo sobre Jesus, mas intervenções como estas indicam que estão longe de O conhecer a fundo. Não entendem que Cristo é a própria imagem, o sinal, o sacramento visível do Pai, pois é a sua Palavra pessoal em carne humana. Por isso lhe responde Jesus: "Há tanto tempo que estou convosco, e tu não me conheces, Filipe? Quem me viu a mim, viu o Pai... [porque] eu estou no Pai e o Pai em mim".
Jesus é a imagem visível e o rosto humano de Deus. Assim, quem vê Cristo conhece e vê o Pai. Mas nem esse "ver" é físico, nem este "conhecer" é meramente intelectual. Se esse "ver" fosse físico, já os discípulos teriam visto o Pai na pessoa do seu Mestre.
Os fariseus e os escribas também viram fisicamente Jesus, mas não viram nele o Filho de Deus. Contemplaram as suas obras, os seus milagres, a sua conduta transbordante de bem, a sua doutrina espalhando verdade. Tinham à vista todas as garantias da sua Pessoa, e não acreditaram nEle. Por quê? Porque não é possível "ver" Jesus na sua identidade divina senão com os olhos do coração, que dão a visão autêntica e mais profunda: a visão da fé.
No Evangelho de S. João, a tríade formada pelos verbos ver, conhecer e crer é intercambiável, equivalente, quase sinônima. Os três verbos conjugam-se generosamente no Evangelho de hoje. O "conhecer" da fé, segundo o pensamento bíblico que S. João reflete aqui, é, antes de tudo, contato e experiência pessoal de Deus através de seu Filho Cristo Jesus, totalmente identificado com o Pai no seu ser, querer e atuar.
Insistindo no argumento da mútua imanência, Jesus remete-se de seguida às suas palavras e obras como prova da sua união com o Pai: "As palavras que vos digo, não as digo por mim mesmo. O Pai, que permanece em mim, Ele próprio faz as obras".
As pessoas divinas são inseparáveis no que são e no que fazem. Mas na operação divina única, cada uma manifesta o que Lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo.
Na segunda parte do Evangelho de hoje, Jesus focaliza a eficácia da fé nEle. "Em verdade vos digo: o que crê em mim também fará as obras que eu faço e ainda maiores". A contemplação do Pai na Pessoa e obra do Filho torna-se extensiva à conduta do cristão, que se converte também em sinal da presença de Deus no mundo. Finalmente, a fé, unida à oração, alcançará de Jesus quanto se lhe pede em seu nome, isto é, em união com Cristo, como ele está em união com o Pai.
Por tudo quando vimos, na despedida Jesus pensa na continuidade do Evangelho. Os que acreditam nEle poderão realizar as suas obras e ainda maiores. Na sua ausência surgirão novas testemunhas que, cheias do Espírito, proclamarão a Sua ressurreição e o Seu amor mais forte que a morte. Tais foram, por exemplo, S. Felipe e S. Tiago Menor, cuja festa hoje a Igreja comemora. Existe um fato realmente extraordinário na vida São Filipe, natural de Betsaida, na Galiléia. Um dia, quando obrigado a reverenciar o deus Marte acendendo-lhe incenso, eis que surge detrás do altar pagão uma cobra que mata o filho do sacerdote-mor e dois dos seus servos. Filipe ressuscitou-os e matou a cobra. Esse milagre de São Filipe originou a conversão de muitas pessoas ao cristianismo.
Já S. Tiago, dito "o menor", um dos doze apóstolos, era filho de Alfeu e primo de Jesus. É identificado nos Evangelhos como "irmão do Senhor", termo esse usado pelos povos semitas para designar um grau de parentesco próximo (Mc 6,3 e Mt 13,55). Teve muita influência na comunidade de Jerusalém. Foi testemunha da ressurreição de Jesus (I Cor 15,7) e é o provável autor da "Epístola de Tiago"; foi com ele que Paulo, depois de convertido, se foi encontrar em Jerusalém (Gl 1,18). São Tiago teve um papel importante no Concílio de Jerusalém (Act 15,13-29). Morreu mártir por volta do ano 62.
A palavra de Deus exige sempre uma decisão livre a favor ou contra Cristo. Nós escutamo-la com freqüência. Qual é nossa resposta? Ou, o que é o mesmo: até onde alcança a eficácia da nossa fé?

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sexta-feira, 2 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 02/05

Santo do dia

VI SEMANA DA PÁSCOA


Santo Atanásio, Bispo e Doutor da Igreja (Memória)
Missa da Memória, com Prefácio Pascal ou dos Pastores
Primeira Sexta-Feira do Mês

Livro dos Actos dos Apóstolos 18,9-18

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Estando Paulo em Corinto, 9uma noite, o Senhor disse-lhe em visão: "Não tenhas medo; continua a falar e não te cales, 10porque eu estou contigo. Ninguém te porá a mão para fazer mal. Nesta cidade há um povo numeroso que me pertence". 11Assim Paulo ficou um ano e meio entre eles, ensinando-lhes a Palavra de Deus. 12Na época em que Galião era procônsul na Acaia, os judeus insurgiram-se em massa contra Paulo e levaram-no diante do tribunal, 13dizendo: "Este homem induz o povo a adorar a Deus de modo contrário à Lei". 14Paulo ia tomar a palavra, quando Galião falou aos judeus, dizendo: "Judeus, se fosse por causa de um delito ou de uma ação criminosa, seria justo que eu atendesse a vossa queixa. 15Mas, como é questão de palavras, nomes e da vossa Lei, tratai disso vós mesmos. Eu não quero ser juiz nessas coisas". 16E Galião mandou-os sair do tribunal. 17Então todos agarraram Sóstenes, o chefe da sinagoga, e espancaram-no diante do tribunal. E Galião nem se incomodou com isso. 18Paulo permaneceu ainda vários dias em Corinto. Despedindo-se dos irmãos, embarcou para a Síria, em companhia de Priscila e Áquila. Em Cencréia, Paulo rapou a cabeça, pois tinha feito uma promessa.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 47(46),2-3.4-5.6-7

- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.
- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.
- Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria! Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo, o soberano que domina toda a terra.
- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.
- Os povos sujeitou ao nosso jugo e colocou muitas nações aos nossos pés. Foi ele que escolheu a nossa herança, a glória de Jacó, seu bem-amado.
- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.
- Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta. Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa, salmodiai ao som da harpa ao nosso Rei!
- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 16,20-23

Aclamação (Lc 24,46.26)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Era preciso que Cristo sofresse/ e ressuscitasse dos mortos,/ para entrar em sua glória.

Evangelho (Jo 16,20-23a)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20"Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. 21A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora; mas, depois que a criança nasceu, ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo. 22Também vós agora sentis tristeza, mas eu hei de ver-vos novamente e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. 23a Naquele dia, não me perguntareis mais nada".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

"Ninguém vos tirará a vossa alegria"

A proclamação evangélica de hoje começa repetindo a frase de Jesus aos seus discípulos no Evangelho de ontem, ao anunciar-lhes, uma vez mais, a sua partida: "Vós estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria".
Que espécie de alegria é esta, a de que Jesus fala?Trata-se de uma alegria que surge triunfante da dor.
Para nos dar idéia dessa alegria, Jesus serve-se de uma pequena aproximação, traça uma pequena comparação, tirada da experiência do nascimento de um ser humano. "A mulher, quando vai dar à luz, sente tristeza porque chegou a sua hora; mas quando dá à luz a criança, ela já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter vindo ao mundo um homem".
Este discurso alegórico referente às dores do parto tem as suas raízes no Antigo Testamento, que se aplica ao dia do Senhor e à vinda do Messias. Esta linguagem é usada pelos profetas Isaías, Oséias e Miquéias, por exemplo. Também, na literatura do Apocalipse. Segundo a mentalidade judaica que é refletida nos discursos dos Evangelhos sinóticos (S. Mateus, S. Marcos e S. Lucas), quando referem ao fim último do homem e do mundo, o dia do juízo final quando Senhor vier, será uma grande tribulação para os eleitos, mas prelúdio da alegria pela vitória final, tal como as dores do parto dão lugar à alegria de uma vida nova.
A tristeza dos discípulos terá um duplo motivo de dor: a partida de Jesus na sua Morte e as tribulações que Ele lhes anuncia. Mas, a alegria terá também uma dupla causa: a vitória de Cristo sobre a morte na sua ressurreição e a presença duradoura do Senhor por meio do Espírito Santo, se bem que esta alegria não exclua a dor imposta pelo ódio do mundo.
Foi essa exatamente a situação do apóstolo Paulo ao serviço do Evangelho. Na primeira leitura vemo-lo hoje acusado pelos judeus de Corinto perante o tribunal de Galião, pro cônsul da Acaia, mas saiu em segurança (alegria), pois o romano declarou-se incompetente em assuntos religiosos.
A Morte de Cristo implicou o doloroso parto de uma humanidade nova, mediante a ressurreição daquele que é o homem novo. Jesus foi o grão de trigo que, morrendo no sulco (na Cruz e sepultado), deu uma esplêndida colheita de vida nova, segundo o grande projeto de Deus.
Precisamente, nessa vida nova reside a alegria que ninguém poderá tirar aos que são de Cristo. Uma alegria que já lhes foi concedida nas aparições pascais do ressuscitado e que continuará na assistência do Paráclito, o qual torna Jesus presente.
Assim como o Divino Espírito Santo atuou em toda a vida e Jesus, desde o Seu Batismo à sua Ressurreição e no Pentecostes inicial da Igreja, também nós devemos viver toda a nossa vida de cristãos discípulos de Cristo.
Do mesmo modo que o Espírito Santo animou em Jesus Sua consciência de Filho de Deus, Profeta e Messias ungido para obra da salvação humana, assim também é o Espírito Santo que nos dá a nós a alegre e real consciência da nossa adoção filial por Deus.
Há um sacramento que é ponto de partida e começo de toda a nossa existência de cristãos: o Batismo na água e no Espírito Santo. Então, fomos submersos na morte Cristo para ressuscitar com Ele para vida nova de Deus.
Culminância do Batismo é a Confirmação, sacramento do Espírito Santo por antonomásia. Temos de vivenciar, ou seja, viver a realidade desses sacramentos, deixando-nos tomar profundamente por eles, revivê-los continuamente, para afirmar nossa identidade cristã, católica.
Para alguns cristãos, infelizmente, o Espírito Santo aparece no horizonte da sua fé e da sua vida religiosa como uma Pessoa de categoria inferior dentro da Santíssima Trindade, com uma natureza e uma missão e atividade abstratas e menos definidas que o Pai e o Filho. A Terceira Pessoa da Trindade parece ser uma pessoa de terceira categoria. Contudo, está em absoluta igualdade. Ele é "Senhor e Dador da vida... que com o Pai e o Filho recebe uma mesma adoração e glória", como rezamos no Credo.
Somos guiados pelo Espírito Santo sempre que servimos a verdade, o amor e a fraternidade, a dignidade e a libertação integral do homem do pecado; numa palavra, sempre que servimos o Reino de Deus, isto é, o cumprimento amoroso da vontade de Deus na nossa vida pessoal, familiar, laboral, cívica e, sobretudo, religiosa. Mais ainda, tornamo-nos mais pessoas, mais homens e mulheres, na medida em que, sob a ação do Espírito, nos abrimos a Deus e aos outros, nos encontramos e reconciliamos com Ele e com nós próprios, e nos abrimos à comunicação gozosa com Deus e com os homens, nossos irmãos, santificando-nos.



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quinta-feira, 1 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 01/05

Santo do dia

VI SEMANA DA PÁSCOA

Ofício do dia da Semana do Tempo da Páscoa
Missa própria da Semana, com Prefácio Pascal, ou
S. José Operário, Memória Facultativa
Ofício e Missa da Memória, com Prefácio de S. José

Leitura dos Atos dos Apóstolos 18, 1-8

Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, 1Paulo deixou Atenas e foi para Corinto. 2Aí encontrou um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabava de chegar da Itália, e sua esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contato com eles. 3E, como tinham a mesma profissão - eram fabricantes de tendas - Paulo passou a morar com eles e trabalhavam juntos. 4Todos os sábados, Paulo discutia na sinagoga, procurando convencer judeus e gregos.
5 Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se inteiramente à Palavra, testemunhando diante dos judeus que Jesus era o Messias. 6Mas, por causa da resistência e blasfêmia deles, Paulo sacudiu as vestes e disse: "Vós sois responsáveis pelo que acontecer. Eu não tenho culpa; de agora em diante, vou dirigir-me aos pagãos". 7Então, saindo dali, Paulo foi para a casa de um pagão, um certo Tício Justo, adorador do Deus único, que morava o lado da sinagoga. 8Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com toda a sua família; e muitos coríntios, que escutavam Paulo, acreditavam e recebiam o batismo.

– Palavra do Senhor:
– Graças a Deus!

Salmo 97 (98)

- O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
1 Cantai a Senhor Deus um canto novo, * porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
2 O Senhor fez conhecer a salvação, * e às nações sua justiça; 3a recordou o seu amor sempre fiel bpela casa de Israel. 3Os confins do universo contemplaram * da salvação do nosso Deus. 4Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira; * alegrai-vos e exultai!
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 16, 16-20

Aclamação (Jo. 14,18)
– Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Eu não vos deixarei órfãos: eu irei, mas voltarei, e o vosso coração muito há de se alegrar.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Evangelho (Jo. 16, 16-20)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse jesus aos seus discípulos: 16Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo". 17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: "O que dignifica o que ele nos está dizendo: Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis de novo e: Eu vou para junto do Pai?" 18Diziam, pois: "O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer".
19Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: "Estais discutindo entre vós porque eu disse: Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis? 20Em verdade, em verdade vos digo. Vós ficareis tristes, mas vossa tristeza se transformará em alegria".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

A alegria do Espírito

No Evangelho deste dia Jesus anuncia aos seus discípulos a Sua iminente partida e o Seu breve regresso, que mudará a tristeza dos seus em alegria. Cristo não lhes diz adeus, mas um até breve: "Dentro de um pouco já não me vereis; dentro de outro poço me vereis. Porque vou para o Pai".
Entendido a curto prazo e dentro do contexto da última ceia, no jogo de palavras que Jesus emprega e que desorienta os discípulos, o primeiro "dentro de um pouco" significa, segundo a maioria dos padres gregos, o breve tempo que separa a cena da paixão; e o "dentro de outro pouco" dá a entender o curto intervalo entre a Sua morte e as aparições pascais do Senhor ressuscitado.
Outros comentaristas, como Santo Agostinho, pensam que esses "dentro de pouco" contêm uma intenção escatológica e referem-se ao temo intermédio que vai desde a paixão e morte de Cristo até o seu regresso no final dos tempos.
Finalmente, uns terceiros crêem que a expressão deve entender-se nas duas dimensões: a curto e longo prazo.
Há que fazer notar também que o termo "ver" vem expresso no original grego com dois verbos diferentes que contrapõem o "ver" e o "crer". O segundo "vereis" de Jesus transcende a visão corporal dos olhos para entrar na visão da fé que mudará a tristeza dos discípulos em alegria. Essa é a sua promessa.
O abandono e solidão em que fica a Igreja ao desaparecer Jesus é causa óbvia de tristeza e destruição. Mas, do mesmo modo que ele foi libertado da morte, conseqüência da sua natureza humana e do pecado da humanidade, assim o cristão passará do sofrimento à alegria e à paz da nova vida com Cristo ressuscitado, vencedor da tristeza e do mal do mundo.
Este gozo, alegria e paz do católico são o dom do Espírito de Jesus aos seus, isto é, o efeito da nova e perene presença de Cristo entre os crentes. Essa assistência do Espírito era a que amparava também o apóstolo Paulo no meio dos seus trabalhos para fundar a Igreja de Deus na cidade grega de Corinto, cerca do ano 49, como vemos na primeira leitura.
O Evangelho de ontem ressaltava o Espírito Santo como Espírito da verdade, hoje como o Espírito da Alegria profunda dos católicos. A alegria permeia também o Evangelho de amanhã.
O tempo da Igreja é o tempo do Espírito Santo em suas manifestações. A ressurreição de Cristo fundamenta a alegre esperança nossa. Ainda que seja certo que a fé pascal não é um calmante que suprima a dureza de vida nem a limitação da morte, nem as pegadas da morte manifestas no penoso caminhar dos homens, também é evidente que aquele que acredita e espera em Cristo mantém um modo de ver distinto frente às realidades negativas da existência. E por quê? Porque o Espírito do Senhor ressuscitado vive em nós, animando a esperança e a alegria, ajudando-nos a entender cristãmente a mensagem positiva que paradoxalmente se encerra em termos como cruz e morte, e ensinando-nos abertamente que a última palavra não a tem o mal, mas o bem; não a morte, mas a vida.
Porque Cristo vive, temos vida também nós pelo seu Espírito. Por isso podemos repetir como salmista: Não hei-de morrer, eu viverei para contar as fanças do Senhor. E com S. Paulo: Se a nossa vida está unida a Cristo numa morte como a Sua, estará também unida numa ressurreição como a Sua (Rm. 6,5). Assim estaremos prontos para dar razão da nossa fé e esperança a todo o que no-la pareça (1Pe 3, 15). Esplêndida formulação da prática cristã que sabe conjugar a fé, a esperança e o testemunho da alegria no caminhar diário!
Hoje temos de examinar-nos sobre a imagem cristã que damos perante os outros. Será que num mundo sem espírito, sabemos testemunhar o gozo do Espírito e dar razão da nossa esperança? Com o nosso exemplo de alegria, paz e amor fraterno temos de tornar credível a palavra bíblica: "Os que se deixam levar pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Recebestes não um espírito de escravidão para recair no temor, mas um Espírito de filhos adotivos que nos faz chamar: Abba! (Pai)" (Rm. 8,14s). Não temais, dizia Jesus aos discípulos na Sua despedida; Eu venci o mundo. Mas, necessitaram que o Espírito lho recordasse para entenderem. Também nós necessitamos.

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quarta-feira, 30 de abril de 2008

LITURGIA DO DIA - 30/04

Santo do dia

VI SEMANA DA PÁSCOA
Ofício do dia da semana
Missa própria da semana, com Prefácio Pascal
ou
S. Pio V, Papa.
Com Ofício e Missa de Memória (Facultativa)

Livro dos Actos dos Apóstolos 17,15.22-34.18,1

Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, 17,15os que conduziram Paulo levaram-no até Atenas. De lá, voltando, transmitiram a Silas e Timóteo a ordem de que fossem ter com ele o mais cedo possível. E partiram. 22De pé, no meio do Areópago, Paulo disse: "Homens atenienses, em tudo eu vejo que vós sois extremamente religiosos. 23Com efeito, passando e observando os vossos lugares de culto, encontrei também um altar com esta inscrição: Ao Deus desconhecido. Pois bem, esse Deus que vós adorais sem conhecer é exatamente aquele que eu vos anuncio. 24O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo Senhor do céu e da terra, ele não habita em santuários feitos por mãos humanas. 25Também não é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa; pois é ele que dá a todos vida, respiração e tudo o mais.26De um só homem ele fez toda a raça humana para habitar sobre a face da terra, tendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites de sua habitação. 27Assim fez, para que buscassem a Deus e para ver se o descobririam, ainda que às apalpadelas. Ele não está longe de cada um de nós, 28pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dentre vossos poetas: Somos da raça do próprio Deus.29Sendo, portanto, da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade seja semelhante a ouro, prata ou pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. 30Mas Deus, sem levar em conta os tempos da ignorância, agora anuncia aos homens que todos e em todo lugar se arrependam, 31pois ele estabeleceu um dia em que irá julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou, diante de todos, oferecendo uma garantia, ao ressuscitá-lo dos mortos". 32Quando ouviram falar da ressurreição dos mortos, alguns caçoavam, e outros diziam: "Nós te ouviremos falar disso em outra ocasião". 33Assim Paulo saiu do meio deles. 34Alguns, porém, uniram-se a ele e abraçaram a fé. Entre eles estava também Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e outros com eles. 18,1Paulo deixou Atenas e foi para Corinto.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 148(147),1-2.11-12.13.14

- Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
- Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
- Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais!
- Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
- Reis da terra, povos todos, bendizei-o, e vós, príncipes e todos os juizes; e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, anciãos e criancinhas, bendizei-o!
- Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
- Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos, porque somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra.
- Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
- Ele exaltou seu povo eleito em poderio; ele é o motivo de louvor para os seus santos. É um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence.
- Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 16,12-15

Aclamação (Jo 14,16)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Rogarei ao meu Pai/ e ele há de enviar-vos um outro Paráclito,/ que há de permanecer eternamente convosco.

Evangelho (Jo 16,12-15)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12"Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. 14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O Espírito da Verdade

O Espírito de Deus atua dentro e fora da Igreja, mas é o seio da comunidade de fé, ou seja, a Igreja Católica, o espaço natural de sua presença e ação, segundo se deduz do discurso de despedida de Nosso Senhor, ao longo da leitura seguida que vimos fazendo do livro dos Atos dos Apóstolos. O Espírito Santo é a Alma da Igreja Católica.
Este Livro contém verdadeiramente o grande ensaio histórico-teológico da Igreja nascente, a primeira e melhor teologia do Espírito. "Apalpa-se", comprova-se o Seu agir.
O Divino Espírito Santo comunica-se ao grupo cristão mediante os sacramentos, de maneira que, a partir do Batismo, toda a nossa vida está marcada pela ação do Espírito Santo. Necessitamos de estar conscientes disso e pedir diariamente a coragem que nos é indispensável para sermos testemunhas de Cristo, de O confessarmos como senhor das nossas vidas, ser membros ativos da sua Igreja missionária, tal como o Apóstolo S. Paulo em Atenas. Só assim se poderá encher o vazio do mundo atual, derreter nosso gelo e vencer o pecado com a força do alto, viver a moral cristã com todo o prazer de filhos de Deus.
Guiados pelo Espírito Santo, nós, católicos, alcançaremos a verdade plena e completa, não tanto no sentido quantitativo, mas qualitativo, isto é, compreendo em profundidade o mistério da Pessoa de Cristo, Homem-Deus. A grande tarefa da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade é, em cada época histórica, guiar o cristão a penetrar no insondável mistério da Morte e Ressurreição salvadoras de Cristo.
Revelar aos crentes "o que está por vir" é interpretar-lhes em cada momento o presente. O Espírito Santo glorificará Jesus, pois comunicará à Igreja o que recebe dEle, do mesmo modo que Cristo glorificou o Pai dando-O a conhecer aos seus discípulos e comunicando-lhes quanto do Pai havia recebido. Assim se compreende a frase: "Tudo o que meu Pai possui é meu".
Não é que o Espírito Santo venha revelar verdades novas sobre Deus que Cristo não tivesse ensinado. Somente Jesus é a Palavra de Deus. E cumpriu plenamente a missão de O revelar.
Ainda que Jesus afirme: "Muitas coisas tenho para vos dizer", já anteriormente dissera aos seus discípulos: "Chamo-vos amigos porque tudo o que ouvi a meu Pai vos dei a conhecer" (Jo. 15,15). O que falta aos discípulos? O que nos falta a nós? O que falta ao cristão de cada época? Falta-lhe ainda aprofundar os ensinamentos de Jesus e compreendê-los plenamente ou tão completamente como cada época histórica exige para se santificar. Há que entender e, sobretudo amar, aquelas verdades que Jesus comunicou, mas que escaparam e não as entendemos, como os Apóstolos não entenderam, no momento próprio.
Evangelizar é um tarefa perene, porque contém esta dinâmica permanente que exige a ação constante do Divino Espírito Santo.
No Evangelho de hoje, patenteiam-se duas das seis tarefas que Jesus atribui ao Espírito no seu discurso de despedida:
* Conduzir os discípulos até à verdade plena ("Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade");
* Glorificar Jesus ("Ele me glorificará").

Quais são as outras quatro tarefas do Espírito Santo: acompanhar os discípulos na ausência de Jesus; recordar-lhes as palavras de Jesus; dar testemunho dEle; fazer um julgamento constante sobre o pecado e a injustiça do mundo.
E quem exatamente desempenha esse papel senão a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, na pessoa do Papa e do Magistério? Por exemplo, ainda há pouco o vimos na recente viagem que Bento XVI fez aos Estados Unidos.
É difícil falar hoje do Espírito Santo a um mundo vazio de espírito, rico de matéria e submerso na incredulidade, como o foi a um S. Paulo anunciar o Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo aos atenienses, imersos na mais grosseira das idolatrias. Entretanto, o Apóstolo das Gentes não esmoreceu e ei-lo lançando mão do "Deus desconhecido" e dos argumentos em que a filosofia grega dos estóicos coincidia com a revelação bíblica, para centrar logo seu discurso no conhecimento do verdadeiro Deus em que vivemos, nos movemos e existimos, ou, mais ainda, de quem somos descendentes.
Tudo isto convida à conversão a Deus, que constituiu juiz Jesus, ressuscitando-O de entre os mortos.
Envia o teu Espírito, Senhor, que renove a face da terra!

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terça-feira, 29 de abril de 2008

LITURGIA DO DIA - 29/04

Santo do dia

VI SEMANA DA PÁSCOA
(Paramentos Brancos)

Hoje a Igreja celebra :
Santa Catarina de Sena, Virgem e Doutora da Igreja, Padroeira da Europa (+1380), Memória.
Ofício da Memória.
Missa própria da Memória: Prefácio Pascal ou das Virgens


Livro dos Actos dos Apóstolos 16,22-34

Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, 22a multidão dos filipenses levantou-se contra Paulo e Silas; e os magistrados, depois de lhes rasgarem as vestes, mandaram açoitar os dois com varas. 23Depois de açoitá-los bastante, lançaram-nos na prisão, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. 24Ao receber essa ordem, o carcereiro levou-os para o fundo da prisão e prendeu os pés deles no tronco. 25À meia-noite, Paulo e Silas estavam rezando e cantando hinos a Deus. Os outros prisioneiros os escutavam. 26De repente, houve um terremoto tão violento que sacudiu os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e as correntes de todos se soltaram. 27O carcereiro acordou e viu as portas da prisão abertas. Pensando que os prisioneiros tivessem fugido, puxou da espada e estava para suicidar-se. 28Mas Paulo gritou com voz forte: "Não te faças mal algum! Nós estamos todos aqui".29Então o carcereiro pediu tochas, correu para dentro e, tremendo, caiu aos pés de Paulo e Silas. 30Conduzindo-os para fora, perguntou: "Senhores, que devo fazer para ser salvo?" 31Paulo e Silas responderam: "Crê no Senhor Jesus, e sereis salvos tu e todos os de tua família".32Então Paulo e Silas anunciaram a Palavra do Senhor ao carcereiro e a todos os de sua família. 33Na mesma noite, o carcereiro levou-os consigo para lavar as feridas causadas pelos açoites. E, imediatamente, foi batizado junto com todos os seus familiares. 34Depois fez Paulo e Silas subirem até sua casa, preparou-lhes um jantar e alegrou-se com todos os seus familiares por ter acreditado em Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 138(137),1-2.2-3.7-8

- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.
- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Eu agradeço vosso amor, vossa bondade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.
- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos!
- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 16,5-11

Aclamação (Jo 16,7.13)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Eu hei de enviar-vos o Espírito da Verdade;/ ele vos conduzirá a toda a verdade.
Evangelho (Jo 16,5-11)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5"Agora, parto para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais? 6Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. 7No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. 8E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: 9o pecado, porque não acreditaram em mim; 10a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; 11e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Não estamos sós: temos o Defensor

É próprio de Deus nunca deixar Sua obra inacabada, muito menos a da Divina Redenção. No Salmo, o Espírito ensina-nos a reza: "Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos". No Evangelho, Jesus anuncia de novo Sua partida, mas não deixa Sua obra inacabada. Vai para o Pai e enviará o Defensor. A manifestação trinitária é uma vez mais revelada e patenteada. Tudo perfeito e acabado: são as três Pessoas da Santíssima Trindade que operam em harmonia para glória do próprio Deus.
Prestai atenção com que cuidados Divinos Jesus prepara os seus discípulos para a Sua partida e a vinda do Paráclito ou Consolador.
Pouco antes, eram os discípulos Pedro, Tomé e Judas Tadeu que interrogavam o Mestre, quando Ele lhes disse: "Não vos deixarei órfãos; retornarei para Vós (Jo. 14,18), agora ninguém se atreve a perguntar-Lhe aonde vai, porque a tristeza invadiu o coração de todos. "Ainda um pouco, e já não me vereis. Novamente mais um pouco, e tornareis a ver-me (porque vou ao Pai)". Com estas palavras Jesus refere-se à sua morte próxima (mais um pouco e não me vereis); enquanto com a frase: "após um outro tempo tornareis a ver-me" alude às suas aparições e após a ressurreição, e, também, à visão beatífica que os apóstolos terão dEle no céu.
A Igreja escolheu sabiamente este trecho para nos preparar para a Ascensão de Jesus ao céu, que será comemorada na quinta-feira (em alguns países) e no domingo (no nosso). Precisamente pelo caminho paradoxal do fracasso, Cristo ressuscitado fundamentará definitivamente a fé dos seus discípulos nEle. Tudo o que prometeu, aconteceu. Portanto, agora com Sua subida ao Céu, viria, de fato, o Paráclito, também.
Os discípulos e os apóstolos estavam destinados a ser testemunhas de Jesus, até com sua própria vida. Mas, como poderão testemunhar Cristo sem compreender o sentido e alcance da sua morte e ressurreição? E como os compreenderão senão à luz do Espírito de Jesus ressuscitado? Mas, se Cristo não se ausenta deles, se não morre e ressuscita, não virá o Paráclito aos discípulos. Portanto, "é do vosso interesse que eu parta".
Jesus volta ao Pai, porque a Sua missão está cumprida. Mas, o Espírito torná-lO-á presente entre os seus para sempre. Essa nova presença faz-se sentir especialmente no momento da provação e da perseguição, como se vê na primeira leitura de hoje, nos Atos dos Apóstolos. Paulo e Silas, presos em Filipos, são libertados das suas cadeias e conseguem a conversão e o Batismo de próprio carcereiro e da sua família. A tristeza da prisão é passageira, a alegria da libertação duradoura. Deus não deixa sua obra inacabada, como nos ensina o Salmo.
Como a vinda do Paráclito, há uma revisão do processo de Jesus. A presença de Cristo na sua Igreja por meio do Espírito Santo adota as características de uma sentença judicial favorável a Jesus. Nele culmina o processo que estava em marcha na vida do Divino Mestre e que se prolonga na existência da sua comunidade eclesial, ao longo dos séculos. A comunidade encontra-se como que perante um tribunal no foro deste mundo.
O Pai revê o processo do qual resultou a condenação de Jesus à morte. Agora sairá reabilitado graças à intervenção do Espírito de verdade, que "deixará convicto o mundo com a nova prova de um pecado, de uma justiça, de uma condenação. De um pecado, porque não acreditam em mim; de uma justiça, porque vou para o Pai e não me verei; de uma condenação; porque o príncipe deste mundo está condenado".
Parte das mais difíceis do Evangelho de S. João. O Espírito evidenciará o pecado do mundo, que consiste na incredulidade; deixará claro, além da justiça, o direito e a razão que tinha Jesus a chamar-se Filho de Deus, pois efetivamente o é, como o demonstra a Sua passagem da Morte à Ressurreição, do sepulcro à glória imortal que possuía desde o princípio como Unigênito de Deus.
Os inimigos de Cristo que, ao pé da Cruz, diziam: "Se é o Filho de Deus, que o salve", entenderão que precisamente por meio de Sua Morte entrava Jesus na glória de Seu Pai, Deus, e nos salva a todos nós, inclusive àqueles blasfemadores, se posteriormente se viessem a arrepender.
Finalmente, a condenação do mundo inimigo de Deus consistirá na derrota do maligno, graças à ressurreição do Crucificado como vencedor da morte eterna e da sua causa, o pecado, que é o único poder que tem Satanás.
Sem a vinda do Paráclito, ninguém poderia ver esta sublime e sobrenatural visão da trajetória de Nosso Redentor.
O evangelista S. João, comentando a metáfora de Jesus no Templo, quando fala "em torrentes de água viva", afirma: "Dizia isto referindo ao Espírito que haviam de receber os que tinham acreditado nEle. Pois não havia ainda Espírito, porque Jesus ainda não fora glorificado (Jo. 7, 39). Claramente, daqui se conclui não só que Jesus ressuscitado é quem outorga o Espírito, mas também que a incumbência do mesmo Espírito Santo é continuar a presença viva de Jesus entre os que crêem nele.
O Espírito Consolador é o melhor antídoto contra a tristeza e o medo no coração dos discípulos, isto é, dos crentes de todos os tempos, entre os quais, felizmente, nos contamos nós também.

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segunda-feira, 28 de abril de 2008

LITURGIA DO DIA - 28/04

Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO PASCAL

Ofício do dia de semana do Tempo Pascal

Missa própriade semana Prefácio Pascal


Hoje a Igreja celebra :
S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716, Memória Facultativa
S. Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841, Memória Facultativa
Beato Luquésio, religioso secular, +1260
Nossa Senhora, Mãe do Divino Pastor


Livro dos Actos dos Apóstolos 16,11-15

Leitura dos Atos dos Apóstolos:


11Embarcamos em Trôade e navegamos diretamente para a ilha de Samotrácia. No dia seguinte, ancoramos em Neápolis, 12de onde passamos para Filipos, que é uma das principais cidades da Macedônia, e que tem direitos de colônia romana. Passamos alguns dias nessa cidade. 13No sábado, saímos além da porta da cidade para um lugar junto ao rio, onde nos parecia haver oração. Sentados, começamos a falar com as mulheres que estavam aí reunidas. 14Uma delas chamava-se Lídia; era comerciante de púrpura, da cidade de Tiatira. Lídia acreditava em Deus e escutava com atenção. O Senhor abriu o seu coração para que aceitasse as palavras de Paulo. 15Após ter sido batizada, assim como toda sua família, ela convidou-nos: "Se vós me considerais uma fiel do Senhor, permanecei em minha casa". E forçou-nos a aceitar.



- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6.9

- O Senhor ama seu povo de verdade.
- O Senhor ama seu povo de verdade.
- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembléia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!
- O Senhor ama seu povo de verdade.
- Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória aos seus humildes.
- O Senhor ama seu povo de verdade.
- O Senhor ama seu povo de verdade.
- O Senhor ama seu povo de verdade.
- Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca, eis a glória para todos os seus santos.
- O Senhor ama seu povo de verdade.



- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 15,26-27.16,1-4

Aclamação (Jo 15,26-27)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- O Espírito Santo, a verdade,/ dará testemunho de mim;/ depois, também vós, neste mundo,/ de mim ireis testemunhar.



Evangelho (Jo 15,26-16,4a)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.



Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15,26"Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. 27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora".



- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O Espírito da Verdade [...] dará testemunho a meu favor

O Espírito Santo é «um rio de fogo» (Dn 7,10), um fogo divino. Tal como o fogo actua sobre o ferro, também este fogo divino actua nos corações maculados, frios e duros. Em contacto com tal fogo, a alma perde, pouco a pouco, a sua negrura, a frieza e a dureza. Transforma-se por completo à semelhança do fogo que a inflama. Porque se o Espírito é dado ao homem, se lhe é insuflado, é para o transformar à sua semelhança, tanto quanto for possível. Sob a acção do fogo divino, o homem purifica-se, inflama-se, liquefaz-se, alcança o amor de Deus, tal como diz o apóstolo Paulo : «o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5,5).



Santo António (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para o Domingo e para as festas dos santos



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domingo, 27 de abril de 2008

LITURGIA DO DIA - 27/04

Santo do dia

VI DOMINGO DA PÁSCOA
(Paramentos de Cor Branca)
Hoje a Igreja celebra :
S. Pedro Canísio, presbítero, doutor da Igreja, +1597

Livro dos Actos dos Apóstolos 8,5-8.14-17

Livro dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, 5Filipe desceu a uma cidade da Samaria e anunciou-lhes o Cristo. 6As multidões seguiam com atenção as coisas que Filipe dizia. E todos unânimes o escutavam, pois viam os milagres que ele fazia. 7De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Numerosos paralíticos e aleijados também foram curados. 8Era grande a alegria naquela cidade. 14Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, souberam que a Samaria acolhera a Palavra de Deus, e enviaram lá Pedro e João. 15Chegando ali, oraram pelos habitantes da Samaria, para que recebessem o Espírito Santo. 16Porque o Espírito ainda não viera sobre nenhum deles; apenas tinham recebido o batismo em nome do Senhor Jesus. 17Pedro e João impuseram-lhes as mãos, e eles receberam o Espírito Santo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 66(65),1-3.4-5.6-7.16.20

- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso!
- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso!
- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ cantai salmos a seu nome glorioso,/ dai a Deus a mais sublime louvação!/ Dizei a Deus: "Como são grandes vossas obras!/ Toda a terra vos adore com respeito/ e proclame o louvor de vosso nome!"/ Vinde ver todas as obras do Senhor:/ seus prodígios estupendos entre os homens!
- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso!
- O mar ele mudou em terra firme,/ e passaram pelo rio a pé enxuto./ Exultemos de alegria no Senhor!/ Ele domina para sempre com poder!
- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso!
- Todos vós, que a Deus temeis, vinde escutar:/ vou contar-vos todo bem que ele me fez!/ Bendito seja o Senhor Deus que me escutou,/ não rejeitou minha oração e meu clamor,/ nem afastou longe de mim o seu amor!
- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso!

1ª Carta de S. Pedro 3,15-18

Primeira Carta de São Pedro apóstolo:
Caríssimos: 15Santificai em vossos corações o Senhor Jesus Cristo, e estai sempre prontos a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pedir. 16Fazei-o, porém, com mansidão e respeito e com boa consciência. Então, se em alguma coisa fordes difamados, ficarão com vergonha aqueles que ultrajam o vosso bom procedimento em Cristo. 17Pois será melhor sofrer praticando o bem, se esta for a vontade de Deus, do que praticando o mal.18Com efeito, também Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo, pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 14,15-21

Aclamação
- Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
- Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
- Quem me ama guardará minha palavra,/ Meu Pai o amará, e a ele nós viremos.
- Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
Anúncio do Evangelho (Jo 14,15-21)
- O Senhor esteja convosco!
- Ele está no meio de nós!
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
- Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
15Se me amais, guardareis os meus mandamentos, 16e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: 17o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e estará dentro de vós. 18Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós. 19Pouco tempo ainda, e o mundo não mais me verá, mas vós me vereis, porque eu vivo e vós vivereis. 20Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai e vós em mim e eu em vós.21Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
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