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sexta-feira, 2 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 02/05

Santo do dia

VI SEMANA DA PÁSCOA


Santo Atanásio, Bispo e Doutor da Igreja (Memória)
Missa da Memória, com Prefácio Pascal ou dos Pastores
Primeira Sexta-Feira do Mês

Livro dos Actos dos Apóstolos 18,9-18

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Estando Paulo em Corinto, 9uma noite, o Senhor disse-lhe em visão: "Não tenhas medo; continua a falar e não te cales, 10porque eu estou contigo. Ninguém te porá a mão para fazer mal. Nesta cidade há um povo numeroso que me pertence". 11Assim Paulo ficou um ano e meio entre eles, ensinando-lhes a Palavra de Deus. 12Na época em que Galião era procônsul na Acaia, os judeus insurgiram-se em massa contra Paulo e levaram-no diante do tribunal, 13dizendo: "Este homem induz o povo a adorar a Deus de modo contrário à Lei". 14Paulo ia tomar a palavra, quando Galião falou aos judeus, dizendo: "Judeus, se fosse por causa de um delito ou de uma ação criminosa, seria justo que eu atendesse a vossa queixa. 15Mas, como é questão de palavras, nomes e da vossa Lei, tratai disso vós mesmos. Eu não quero ser juiz nessas coisas". 16E Galião mandou-os sair do tribunal. 17Então todos agarraram Sóstenes, o chefe da sinagoga, e espancaram-no diante do tribunal. E Galião nem se incomodou com isso. 18Paulo permaneceu ainda vários dias em Corinto. Despedindo-se dos irmãos, embarcou para a Síria, em companhia de Priscila e Áquila. Em Cencréia, Paulo rapou a cabeça, pois tinha feito uma promessa.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 47(46),2-3.4-5.6-7

- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.
- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.
- Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria! Porque sublime é o Senhor, o Deus Altíssimo, o soberano que domina toda a terra.
- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.
- Os povos sujeitou ao nosso jugo e colocou muitas nações aos nossos pés. Foi ele que escolheu a nossa herança, a glória de Jacó, seu bem-amado.
- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.
- Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta. Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa, salmodiai ao som da harpa ao nosso Rei!
- O Senhor é o grande Rei de toda a terra.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 16,20-23

Aclamação (Lc 24,46.26)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Era preciso que Cristo sofresse/ e ressuscitasse dos mortos,/ para entrar em sua glória.

Evangelho (Jo 16,20-23a)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20"Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. 21A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora; mas, depois que a criança nasceu, ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo. 22Também vós agora sentis tristeza, mas eu hei de ver-vos novamente e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. 23a Naquele dia, não me perguntareis mais nada".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

"Ninguém vos tirará a vossa alegria"

A proclamação evangélica de hoje começa repetindo a frase de Jesus aos seus discípulos no Evangelho de ontem, ao anunciar-lhes, uma vez mais, a sua partida: "Vós estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria".
Que espécie de alegria é esta, a de que Jesus fala?Trata-se de uma alegria que surge triunfante da dor.
Para nos dar idéia dessa alegria, Jesus serve-se de uma pequena aproximação, traça uma pequena comparação, tirada da experiência do nascimento de um ser humano. "A mulher, quando vai dar à luz, sente tristeza porque chegou a sua hora; mas quando dá à luz a criança, ela já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter vindo ao mundo um homem".
Este discurso alegórico referente às dores do parto tem as suas raízes no Antigo Testamento, que se aplica ao dia do Senhor e à vinda do Messias. Esta linguagem é usada pelos profetas Isaías, Oséias e Miquéias, por exemplo. Também, na literatura do Apocalipse. Segundo a mentalidade judaica que é refletida nos discursos dos Evangelhos sinóticos (S. Mateus, S. Marcos e S. Lucas), quando referem ao fim último do homem e do mundo, o dia do juízo final quando Senhor vier, será uma grande tribulação para os eleitos, mas prelúdio da alegria pela vitória final, tal como as dores do parto dão lugar à alegria de uma vida nova.
A tristeza dos discípulos terá um duplo motivo de dor: a partida de Jesus na sua Morte e as tribulações que Ele lhes anuncia. Mas, a alegria terá também uma dupla causa: a vitória de Cristo sobre a morte na sua ressurreição e a presença duradoura do Senhor por meio do Espírito Santo, se bem que esta alegria não exclua a dor imposta pelo ódio do mundo.
Foi essa exatamente a situação do apóstolo Paulo ao serviço do Evangelho. Na primeira leitura vemo-lo hoje acusado pelos judeus de Corinto perante o tribunal de Galião, pro cônsul da Acaia, mas saiu em segurança (alegria), pois o romano declarou-se incompetente em assuntos religiosos.
A Morte de Cristo implicou o doloroso parto de uma humanidade nova, mediante a ressurreição daquele que é o homem novo. Jesus foi o grão de trigo que, morrendo no sulco (na Cruz e sepultado), deu uma esplêndida colheita de vida nova, segundo o grande projeto de Deus.
Precisamente, nessa vida nova reside a alegria que ninguém poderá tirar aos que são de Cristo. Uma alegria que já lhes foi concedida nas aparições pascais do ressuscitado e que continuará na assistência do Paráclito, o qual torna Jesus presente.
Assim como o Divino Espírito Santo atuou em toda a vida e Jesus, desde o Seu Batismo à sua Ressurreição e no Pentecostes inicial da Igreja, também nós devemos viver toda a nossa vida de cristãos discípulos de Cristo.
Do mesmo modo que o Espírito Santo animou em Jesus Sua consciência de Filho de Deus, Profeta e Messias ungido para obra da salvação humana, assim também é o Espírito Santo que nos dá a nós a alegre e real consciência da nossa adoção filial por Deus.
Há um sacramento que é ponto de partida e começo de toda a nossa existência de cristãos: o Batismo na água e no Espírito Santo. Então, fomos submersos na morte Cristo para ressuscitar com Ele para vida nova de Deus.
Culminância do Batismo é a Confirmação, sacramento do Espírito Santo por antonomásia. Temos de vivenciar, ou seja, viver a realidade desses sacramentos, deixando-nos tomar profundamente por eles, revivê-los continuamente, para afirmar nossa identidade cristã, católica.
Para alguns cristãos, infelizmente, o Espírito Santo aparece no horizonte da sua fé e da sua vida religiosa como uma Pessoa de categoria inferior dentro da Santíssima Trindade, com uma natureza e uma missão e atividade abstratas e menos definidas que o Pai e o Filho. A Terceira Pessoa da Trindade parece ser uma pessoa de terceira categoria. Contudo, está em absoluta igualdade. Ele é "Senhor e Dador da vida... que com o Pai e o Filho recebe uma mesma adoração e glória", como rezamos no Credo.
Somos guiados pelo Espírito Santo sempre que servimos a verdade, o amor e a fraternidade, a dignidade e a libertação integral do homem do pecado; numa palavra, sempre que servimos o Reino de Deus, isto é, o cumprimento amoroso da vontade de Deus na nossa vida pessoal, familiar, laboral, cívica e, sobretudo, religiosa. Mais ainda, tornamo-nos mais pessoas, mais homens e mulheres, na medida em que, sob a ação do Espírito, nos abrimos a Deus e aos outros, nos encontramos e reconciliamos com Ele e com nós próprios, e nos abrimos à comunicação gozosa com Deus e com os homens, nossos irmãos, santificando-nos.



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