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terça-feira, 29 de abril de 2008

LITURGIA DO DIA - 29/04

Santo do dia

VI SEMANA DA PÁSCOA
(Paramentos Brancos)

Hoje a Igreja celebra :
Santa Catarina de Sena, Virgem e Doutora da Igreja, Padroeira da Europa (+1380), Memória.
Ofício da Memória.
Missa própria da Memória: Prefácio Pascal ou das Virgens


Livro dos Actos dos Apóstolos 16,22-34

Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, 22a multidão dos filipenses levantou-se contra Paulo e Silas; e os magistrados, depois de lhes rasgarem as vestes, mandaram açoitar os dois com varas. 23Depois de açoitá-los bastante, lançaram-nos na prisão, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. 24Ao receber essa ordem, o carcereiro levou-os para o fundo da prisão e prendeu os pés deles no tronco. 25À meia-noite, Paulo e Silas estavam rezando e cantando hinos a Deus. Os outros prisioneiros os escutavam. 26De repente, houve um terremoto tão violento que sacudiu os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e as correntes de todos se soltaram. 27O carcereiro acordou e viu as portas da prisão abertas. Pensando que os prisioneiros tivessem fugido, puxou da espada e estava para suicidar-se. 28Mas Paulo gritou com voz forte: "Não te faças mal algum! Nós estamos todos aqui".29Então o carcereiro pediu tochas, correu para dentro e, tremendo, caiu aos pés de Paulo e Silas. 30Conduzindo-os para fora, perguntou: "Senhores, que devo fazer para ser salvo?" 31Paulo e Silas responderam: "Crê no Senhor Jesus, e sereis salvos tu e todos os de tua família".32Então Paulo e Silas anunciaram a Palavra do Senhor ao carcereiro e a todos os de sua família. 33Na mesma noite, o carcereiro levou-os consigo para lavar as feridas causadas pelos açoites. E, imediatamente, foi batizado junto com todos os seus familiares. 34Depois fez Paulo e Silas subirem até sua casa, preparou-lhes um jantar e alegrou-se com todos os seus familiares por ter acreditado em Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 138(137),1-2.2-3.7-8

- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.
- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Eu agradeço vosso amor, vossa bondade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.
- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
- Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos!
- Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 16,5-11

Aclamação (Jo 16,7.13)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Eu hei de enviar-vos o Espírito da Verdade;/ ele vos conduzirá a toda a verdade.
Evangelho (Jo 16,5-11)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5"Agora, parto para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais? 6Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. 7No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. 8E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: 9o pecado, porque não acreditaram em mim; 10a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; 11e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Não estamos sós: temos o Defensor

É próprio de Deus nunca deixar Sua obra inacabada, muito menos a da Divina Redenção. No Salmo, o Espírito ensina-nos a reza: "Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos". No Evangelho, Jesus anuncia de novo Sua partida, mas não deixa Sua obra inacabada. Vai para o Pai e enviará o Defensor. A manifestação trinitária é uma vez mais revelada e patenteada. Tudo perfeito e acabado: são as três Pessoas da Santíssima Trindade que operam em harmonia para glória do próprio Deus.
Prestai atenção com que cuidados Divinos Jesus prepara os seus discípulos para a Sua partida e a vinda do Paráclito ou Consolador.
Pouco antes, eram os discípulos Pedro, Tomé e Judas Tadeu que interrogavam o Mestre, quando Ele lhes disse: "Não vos deixarei órfãos; retornarei para Vós (Jo. 14,18), agora ninguém se atreve a perguntar-Lhe aonde vai, porque a tristeza invadiu o coração de todos. "Ainda um pouco, e já não me vereis. Novamente mais um pouco, e tornareis a ver-me (porque vou ao Pai)". Com estas palavras Jesus refere-se à sua morte próxima (mais um pouco e não me vereis); enquanto com a frase: "após um outro tempo tornareis a ver-me" alude às suas aparições e após a ressurreição, e, também, à visão beatífica que os apóstolos terão dEle no céu.
A Igreja escolheu sabiamente este trecho para nos preparar para a Ascensão de Jesus ao céu, que será comemorada na quinta-feira (em alguns países) e no domingo (no nosso). Precisamente pelo caminho paradoxal do fracasso, Cristo ressuscitado fundamentará definitivamente a fé dos seus discípulos nEle. Tudo o que prometeu, aconteceu. Portanto, agora com Sua subida ao Céu, viria, de fato, o Paráclito, também.
Os discípulos e os apóstolos estavam destinados a ser testemunhas de Jesus, até com sua própria vida. Mas, como poderão testemunhar Cristo sem compreender o sentido e alcance da sua morte e ressurreição? E como os compreenderão senão à luz do Espírito de Jesus ressuscitado? Mas, se Cristo não se ausenta deles, se não morre e ressuscita, não virá o Paráclito aos discípulos. Portanto, "é do vosso interesse que eu parta".
Jesus volta ao Pai, porque a Sua missão está cumprida. Mas, o Espírito torná-lO-á presente entre os seus para sempre. Essa nova presença faz-se sentir especialmente no momento da provação e da perseguição, como se vê na primeira leitura de hoje, nos Atos dos Apóstolos. Paulo e Silas, presos em Filipos, são libertados das suas cadeias e conseguem a conversão e o Batismo de próprio carcereiro e da sua família. A tristeza da prisão é passageira, a alegria da libertação duradoura. Deus não deixa sua obra inacabada, como nos ensina o Salmo.
Como a vinda do Paráclito, há uma revisão do processo de Jesus. A presença de Cristo na sua Igreja por meio do Espírito Santo adota as características de uma sentença judicial favorável a Jesus. Nele culmina o processo que estava em marcha na vida do Divino Mestre e que se prolonga na existência da sua comunidade eclesial, ao longo dos séculos. A comunidade encontra-se como que perante um tribunal no foro deste mundo.
O Pai revê o processo do qual resultou a condenação de Jesus à morte. Agora sairá reabilitado graças à intervenção do Espírito de verdade, que "deixará convicto o mundo com a nova prova de um pecado, de uma justiça, de uma condenação. De um pecado, porque não acreditam em mim; de uma justiça, porque vou para o Pai e não me verei; de uma condenação; porque o príncipe deste mundo está condenado".
Parte das mais difíceis do Evangelho de S. João. O Espírito evidenciará o pecado do mundo, que consiste na incredulidade; deixará claro, além da justiça, o direito e a razão que tinha Jesus a chamar-se Filho de Deus, pois efetivamente o é, como o demonstra a Sua passagem da Morte à Ressurreição, do sepulcro à glória imortal que possuía desde o princípio como Unigênito de Deus.
Os inimigos de Cristo que, ao pé da Cruz, diziam: "Se é o Filho de Deus, que o salve", entenderão que precisamente por meio de Sua Morte entrava Jesus na glória de Seu Pai, Deus, e nos salva a todos nós, inclusive àqueles blasfemadores, se posteriormente se viessem a arrepender.
Finalmente, a condenação do mundo inimigo de Deus consistirá na derrota do maligno, graças à ressurreição do Crucificado como vencedor da morte eterna e da sua causa, o pecado, que é o único poder que tem Satanás.
Sem a vinda do Paráclito, ninguém poderia ver esta sublime e sobrenatural visão da trajetória de Nosso Redentor.
O evangelista S. João, comentando a metáfora de Jesus no Templo, quando fala "em torrentes de água viva", afirma: "Dizia isto referindo ao Espírito que haviam de receber os que tinham acreditado nEle. Pois não havia ainda Espírito, porque Jesus ainda não fora glorificado (Jo. 7, 39). Claramente, daqui se conclui não só que Jesus ressuscitado é quem outorga o Espírito, mas também que a incumbência do mesmo Espírito Santo é continuar a presença viva de Jesus entre os que crêem nele.
O Espírito Consolador é o melhor antídoto contra a tristeza e o medo no coração dos discípulos, isto é, dos crentes de todos os tempos, entre os quais, felizmente, nos contamos nós também.

Fornecido via e-mail pelo site Arautos do Evangelho

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