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quinta-feira, 1 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 01/05

Santo do dia

VI SEMANA DA PÁSCOA

Ofício do dia da Semana do Tempo da Páscoa
Missa própria da Semana, com Prefácio Pascal, ou
S. José Operário, Memória Facultativa
Ofício e Missa da Memória, com Prefácio de S. José

Leitura dos Atos dos Apóstolos 18, 1-8

Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, 1Paulo deixou Atenas e foi para Corinto. 2Aí encontrou um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabava de chegar da Itália, e sua esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contato com eles. 3E, como tinham a mesma profissão - eram fabricantes de tendas - Paulo passou a morar com eles e trabalhavam juntos. 4Todos os sábados, Paulo discutia na sinagoga, procurando convencer judeus e gregos.
5 Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se inteiramente à Palavra, testemunhando diante dos judeus que Jesus era o Messias. 6Mas, por causa da resistência e blasfêmia deles, Paulo sacudiu as vestes e disse: "Vós sois responsáveis pelo que acontecer. Eu não tenho culpa; de agora em diante, vou dirigir-me aos pagãos". 7Então, saindo dali, Paulo foi para a casa de um pagão, um certo Tício Justo, adorador do Deus único, que morava o lado da sinagoga. 8Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com toda a sua família; e muitos coríntios, que escutavam Paulo, acreditavam e recebiam o batismo.

– Palavra do Senhor:
– Graças a Deus!

Salmo 97 (98)

- O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
1 Cantai a Senhor Deus um canto novo, * porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
2 O Senhor fez conhecer a salvação, * e às nações sua justiça; 3a recordou o seu amor sempre fiel bpela casa de Israel. 3Os confins do universo contemplaram * da salvação do nosso Deus. 4Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira; * alegrai-vos e exultai!
- O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 16, 16-20

Aclamação (Jo. 14,18)
– Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Eu não vos deixarei órfãos: eu irei, mas voltarei, e o vosso coração muito há de se alegrar.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Evangelho (Jo. 16, 16-20)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse jesus aos seus discípulos: 16Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo". 17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: "O que dignifica o que ele nos está dizendo: Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis de novo e: Eu vou para junto do Pai?" 18Diziam, pois: "O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer".
19Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: "Estais discutindo entre vós porque eu disse: Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis? 20Em verdade, em verdade vos digo. Vós ficareis tristes, mas vossa tristeza se transformará em alegria".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

A alegria do Espírito

No Evangelho deste dia Jesus anuncia aos seus discípulos a Sua iminente partida e o Seu breve regresso, que mudará a tristeza dos seus em alegria. Cristo não lhes diz adeus, mas um até breve: "Dentro de um pouco já não me vereis; dentro de outro poço me vereis. Porque vou para o Pai".
Entendido a curto prazo e dentro do contexto da última ceia, no jogo de palavras que Jesus emprega e que desorienta os discípulos, o primeiro "dentro de um pouco" significa, segundo a maioria dos padres gregos, o breve tempo que separa a cena da paixão; e o "dentro de outro pouco" dá a entender o curto intervalo entre a Sua morte e as aparições pascais do Senhor ressuscitado.
Outros comentaristas, como Santo Agostinho, pensam que esses "dentro de pouco" contêm uma intenção escatológica e referem-se ao temo intermédio que vai desde a paixão e morte de Cristo até o seu regresso no final dos tempos.
Finalmente, uns terceiros crêem que a expressão deve entender-se nas duas dimensões: a curto e longo prazo.
Há que fazer notar também que o termo "ver" vem expresso no original grego com dois verbos diferentes que contrapõem o "ver" e o "crer". O segundo "vereis" de Jesus transcende a visão corporal dos olhos para entrar na visão da fé que mudará a tristeza dos discípulos em alegria. Essa é a sua promessa.
O abandono e solidão em que fica a Igreja ao desaparecer Jesus é causa óbvia de tristeza e destruição. Mas, do mesmo modo que ele foi libertado da morte, conseqüência da sua natureza humana e do pecado da humanidade, assim o cristão passará do sofrimento à alegria e à paz da nova vida com Cristo ressuscitado, vencedor da tristeza e do mal do mundo.
Este gozo, alegria e paz do católico são o dom do Espírito de Jesus aos seus, isto é, o efeito da nova e perene presença de Cristo entre os crentes. Essa assistência do Espírito era a que amparava também o apóstolo Paulo no meio dos seus trabalhos para fundar a Igreja de Deus na cidade grega de Corinto, cerca do ano 49, como vemos na primeira leitura.
O Evangelho de ontem ressaltava o Espírito Santo como Espírito da verdade, hoje como o Espírito da Alegria profunda dos católicos. A alegria permeia também o Evangelho de amanhã.
O tempo da Igreja é o tempo do Espírito Santo em suas manifestações. A ressurreição de Cristo fundamenta a alegre esperança nossa. Ainda que seja certo que a fé pascal não é um calmante que suprima a dureza de vida nem a limitação da morte, nem as pegadas da morte manifestas no penoso caminhar dos homens, também é evidente que aquele que acredita e espera em Cristo mantém um modo de ver distinto frente às realidades negativas da existência. E por quê? Porque o Espírito do Senhor ressuscitado vive em nós, animando a esperança e a alegria, ajudando-nos a entender cristãmente a mensagem positiva que paradoxalmente se encerra em termos como cruz e morte, e ensinando-nos abertamente que a última palavra não a tem o mal, mas o bem; não a morte, mas a vida.
Porque Cristo vive, temos vida também nós pelo seu Espírito. Por isso podemos repetir como salmista: Não hei-de morrer, eu viverei para contar as fanças do Senhor. E com S. Paulo: Se a nossa vida está unida a Cristo numa morte como a Sua, estará também unida numa ressurreição como a Sua (Rm. 6,5). Assim estaremos prontos para dar razão da nossa fé e esperança a todo o que no-la pareça (1Pe 3, 15). Esplêndida formulação da prática cristã que sabe conjugar a fé, a esperança e o testemunho da alegria no caminhar diário!
Hoje temos de examinar-nos sobre a imagem cristã que damos perante os outros. Será que num mundo sem espírito, sabemos testemunhar o gozo do Espírito e dar razão da nossa esperança? Com o nosso exemplo de alegria, paz e amor fraterno temos de tornar credível a palavra bíblica: "Os que se deixam levar pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Recebestes não um espírito de escravidão para recair no temor, mas um Espírito de filhos adotivos que nos faz chamar: Abba! (Pai)" (Rm. 8,14s). Não temais, dizia Jesus aos discípulos na Sua despedida; Eu venci o mundo. Mas, necessitaram que o Espírito lho recordasse para entenderem. Também nós necessitamos.

Fornecido via e-mail pelo site Arautos do Evangelho

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