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sábado, 31 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 01/01/2012

SANTA MÃE DE DEUS, MARIA. (Solenidade)


Calendário da Igreja disponível este dia

LEITURAS


Livro de Números 6,22-27.


O Senhor disse a Moisés: «Fala a Aarão e a seus filhos: Assim abençoareis os filhos de Israel. Dizei-lhes: ‘O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça! O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz!’ Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei!»


Livro de Salmos 67(66),2-3.5.6.8.


Deus se compadeça de nós e nos abençoe, faça brilhar sobre nós a luz do seu rosto. Sejam conhecidos na terra os teus caminhos e entre as nações, a tua salvação! Alegrem-se e exultem as nações, porque julgas os povos com justiça. e governas as nações sobre a terra. Que os povos te louvem, ó Deus! Todos os povos te louvem!Que Deus nos abençoe; e o seu temor chegue aos confins da terra!


Carta aos Gálatas 4,4-7.


Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei, para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adopção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: “Abbá! – Pai!” Deste modo, já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro, por graça de Deus.


Evangelho segundo S. Lucas 2,16-21.


Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura. Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado. Quando se completaram os oito dias, para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno.


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Efraim (c. 306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja Hino 7 sobre a Virgem


«Glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido»


Vinde, sábios, admiremos a Virgem Mãe, a filha de David, esta flor de beleza que deu à luz a maravilha. Admiremos a fonte donde brota o princípio, a embarcação completamente carregada de alegrias que nos traz a mensagem vinda do Pai. No seu seio puríssimo, recebeu e trouxe este grande Deus que governa a criação, este Deus por Quem a paz reina na terra e nos céus. Vinde, admiremos a Virgem puríssima, maravilhosa em si mesma, a única criatura que deu à luz sem ter conhecido homem. A sua alma estava cheia de assombro, e todos os dias glorificava a Deus na alegria, por estes dons que parecia não poderem unir-se: a sua integridade virginal e o seu Filho bem-amado. Sim, abençoado seja Quem dela nasceu! [...]Ela tem-No dentro de si e canta os Seus louvores com suaves cânticos [...]: «O Teu lugar, meu Filho, é acima de todas as coisas; mas, porque assim o desejaste, vieste repousar em mim. Os céus são demasiado estreitos para a Tua majestade, e eu, que sou tão pequena, trago-Te dentro de mim! Que venha Ezequiel e Te veja no meu regaço; que ele se prostre e adore; que reconheça em Ti aquele que viu sentar-Se no carro dos querubins (Ez 1) e que me proclame bem-aventurada, graças a Quem trago dentro de mim! [...] Isaías, que proclamaste: «Eis, a Virgem concebeu e deu à luz um filho» (7,14), vem, contempla, congratula-te comigo. [...] Eis que dei à luz mantendo intacto o selo da minha virgindade. Contempla o Emanuel, que permaneceu escondido para ti. [...]«Vinde a mim, vós, os sábios, chantres do Espírito, profetas que nas vossas visões tivestes a revelação das realidades escondidas, agricultores que, após terdes semeado, adormecestes na esperança. Levantai-vos, saltai de alegria vendo a colheita dos frutos. Eis nos meus braços a espiga de vida que dá pão aos que têm fome, que satisfaz os miseráveis. Congratulai-vos comigo: recebi uma braçada de alegrias!»


Fonte: Evangelho Quotidiano

LITURGIA DO DIA - 31/12/2011


7º Dia da Oitava do Natal


Santo do dia : S. Silvestre I, papa, +335

LEITURAS


1ª Carta de S. João 2,18-21.


Meus filhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que há-de vir um Anticristo; pois bem, já apareceram muitos anticristos; por isso reconhecemos que é a última hora. Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos, porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido connosco; mas aconteceu assim para que ficasse claro que nenhum deles é dos nossos. Vós, porém, tendes uma unção recebida do Santo e todos estais instruídos. Não vos escrevi por não saberdes a verdade, mas porque a sabeis, e também que da verdade não vem nenhuma mentira.


Livro de Salmos 96(95),1-2.11-12.13.


Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, terra inteira! Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. proclamai, dia após dia, a sua salvação.Alegrem se os céus, exulte a terra! Ressoe o mar e tudo o que nele existe!Alegrem-se os campos e todos os seus frutos, exultem de alegria todas as árvores dos bosquesNa presença do Senhor, que se aproxima e vem para governar a terra! Ele governará o mundo com justiça e os povos com fidelidade.


Evangelho segundo S. João 1,1-18.


No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus. No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência. Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'» Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo Homília «Os ricos poderão salvar-se?», 37


«A quantos O receberam, aos que n'Ele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus»


Contemplai os mistérios do amor e vereis «o seio do Pai», que «nos deu a conhecer o Seu Filho unigénito», que é Deus (Jo 1,18). Deus é amor (1Jo 4,8) e, devido a este amor, deixou-Se ver por nós. No Seu ser inexprimível, é Pai; na Sua compaixão para connosco, tornou-Se Mãe. Ao amar, o Pai revela também uma dimensão feminina.A prova incontestável é Aquele que gera de Si mesmo. E este Filho, fruto do amor, é amor. Por causa deste amor, Ele próprio Se baixou. Por causa deste amor, revestiu-Se da nossa humanidade. Por causa deste amor, sofreu livremente tudo o que diz respeito à condição humana. Assim, colocando-Se ao nível da nossa fraqueza porque nos amava, pôs-nos em igualdade à Sua força. Quando estava a ponto de Se oferecer em sacrifício e Se dar a Si próprio como preço da redenção, deixou-nos um testamento novo: «Dou-vos o Meu amor» (cf Jo 13,34; 14,27). Que amor é este? Qual o seu valor? Por cada um de nós, «entregou a Sua vida» (1Jo 3,16), uma vida mais preciosa que todo o universo.

Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 30/12

SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ, Festa




Festa da Igreja : Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José - Ano B (semana I do saltério)

Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José - Ano B (semana I do saltério)



A liturgia desta festa propõe-nos a família de Jesus como exemplo e modelo das nossas comunidades familiares… Como a família de Jesus – diz-nos a liturgia deste dia – as nossas famílias devem viver numa atenção constante aos desafios de Deus e às necessidades dos irmãos.O Evangelho põe-nos diante da Sagrada Família de Nazaré apresentando Jesus no Templo de Jerusalém. A cena mostra uma família que escuta a Palavra de Deus, que procura concretizá-la na vida e que consagra a Deus a vida dos seus membros. Nas figuras de Ana e Simeão, Lucas propõe-nos também o exemplo de dois anciãos de olhos postos no futuro, capazes de perceber os sinais de Deus e de testemunhar a presença libertadora de Deus no meio dos homens.A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos dos que vivem “em Cristo” e aceitaram ser “Homem Novo”. Esse amor deve atingir, de forma muito especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais… É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.


Santo do dia : Beata Margarida Colona, religiosa, +1280


LEITURAS


Livro de Eclesiástico 3,2-6.12-14.


Porque o Senhor glorifica o pai acima dos filhos, e estabelece sobre eles a autoridade da mãe. O que honra o pai alcança o perdão dos pecados, e quem honra a sua mãe é semelhante ao que acumula tesouros. Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos, e será ouvido no dia da sua oração. Quem glorifica o pai gozará de longa vida e quem obedece ao Senhor consolará a sua mãe. Filho, ampara o teu pai na velhice, não o desgostes durante a sua vida; mesmo se ele vier a perder a razão, sê indulgente, não o desprezes, tu que estás na plenitude das tuas forças. A caridade que exerceres com o teu pai não será esquecida, e ser-te-á considerada, em reparação de teus pecados.


Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4-5.


Felizes os que obedecem ao Senhor e andam nos seus caminhos. Comerás do fruto do teu próprio trabalho: assim serás feliz e viverás contente. Tua esposa será como videira fecunda na intimidade do teu lar; os teus filhos serão como rebentos de oliveira ao redor da tua mesa. Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao Senhor. O Senhor te abençoe do monte Sião! Possas contemplar a prosperidade de Jerusalém todos os dias da tua vida.


Evangelho segundo S. Lucas 2,22-40.


Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas. Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito. Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos, Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.» Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele. Simeão abençoou os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.» Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.


Comentário ao Evangelho do dia feito por Paulo VI, Papa de 1963 a 1978 Alocução em Nazaré a 5 de Janeiro de 1964 (do breviário: Ofício de Leitura da Festa da Sagrada Família)


«Regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré»


Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la. [...] Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas! [...][Nazaré dá-nos] em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh, se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo! Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê (Mt 6,6).[Nazaré dá-nos] uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.[Nazaré dá-nos] uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro (Mt 13,55)! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano, restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este tecto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos económicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo, Nosso Senhor.

Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 29/12


5º Dia da Oitava do Natal




1ª Carta de S. João 2,3-11.


Caríssimos: Nós sabemos que conhecemos Jesus Cristo, se guardamos os seus mandamentos. Quem diz: «Eu conheço-o», mas não guarda os seus mandamentos é um mentiroso e a verdade não está nele; ao passo que quem guarda a sua palavra, nesse é que o amor de Deus é verdadeiramente perfeito; por isto reconhecemos que estamos nele. Quem diz que permanece em Deus também deve caminhar como Ele caminhou. Caríssimos, não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que já tínheis desde o princípio: este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. É, contudo, um mandamento novo o que vos escrevo – o que é verdade nele e em vós – pois as trevas passaram e a luz verdadeira já brilha. Quem diz que está na luz, mas tem ódio a seu irmão, ainda está nas trevas. Quem ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. Mas quem tem ódio ao seu irmão está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.


Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.5b-6.


Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, terra inteira! Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. Anunciai dia a dia a sua salvação publicai entre as nações a sua glória em todos os povos, as suas maravilhas. Foi o Senhor quem criou os céus. Na sua presença há majestade e esplendor, no seu santuário há poder e beleza.


Evangelho segundo S. Lucas 2,22-35.


Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas. Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito. Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos, Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.» Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele. Simeão abençoou os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir Sobre a morte, 2-3


«Agora, Senhor [...], deixarás ir em paz o Teu servo»


«O Reino de Deus está próximo» (Lc 21,31). O Reino de Deus, irmãos muito queridos, aproxima-se agora. Com o fim do mundo, anuncia-se já a recompensa da vida, a felicidade da salvação eterna, a segurança perpétua e a alegria do paraíso que outrora perdemos. E já as realidades do céu se sucedem às realidades humanas, as grandes às pequenas, as eternas às temporais. Haverá lugar à inquietação, à apreensão pelo futuro? [...]Com efeito, está escrito que «o justo viverá da fé» (Rm 1,17). Se fordes justos e viverdes da fé, se acreditardes verdadeiramente em Jesus Cristo, porque não vos alegrareis então ao ser chamados para Ele [...], uma vez que estais certos da promessa de Deus e destinados a estar com Cristo? Tomai o exemplo de Simeão, o justo: ele foi verdadeiramente justo e observou fielmente os mandamentos de Deus. Uma inspiração divina tinha-lhe dado a conhecer que não morreria sem primeiro ter visto a Cristo. Assim, quando Cristo, ainda criança, veio ao Templo com Sua mãe, apercebeu-se, iluminado pelo Espírito Santo, de que o Salvador tinha nascido, como lhe tinha sido predito; e, à vista d'Ele, compreendeu que a sua morte estava iminente.Muito alegre com essa perspectiva e agora seguro de ser em breve chamado para junto de Deus, tomou a criança nos braços e exclamou, bendizendo o Senhor: «Agora, Senhor, deixarás ir em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra, pois os meus olhos viram a Salvação». Demonstrava assim e testemunhava que a paz de Deus pertence aos que O servem, que gozam da doce quietude e da liberdade, quando, subtraídos aos tormentos do mundo, alcançam o refúgio e a segurança eternos. [...] É somente então que a alma encontra a paz verdadeira, o repouso total, a segurança duradoira e perpétua.


Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 28/12

SANTOS INOCENTES, mártires (Festa)




LEITURAS

1ª Carta de S. João 1,5-10.2,1-2.


Caríssimos: Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos: Deus é luz e nele não há nenhuma espécie de trevas. Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Pelo contrário, se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus purifica-nos de todo o pecado. Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessamos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade. Se dizemos que não somos pecadores, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo, pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados, e não somente os nossos, mas também os de todo o mundo.


Livro de Salmos 124(123),2-3.4-5.7b-8.


Se o Senhor não estivesse do nosso lado, quando os homens se levantaram contra nóster-nos-iam engolido vivos quando a sua fúria ardia contra nós. As águas ter-nos-iam submergido, a torrente teria passado sobre nós. teriam passado sobre nós as águas turbulentas.Rompeu-se o laço e nós libertámo-nos. O nosso auxílio está no nome do Senhor, que fez o céu e a terra.


Evangelho segundo S. Mateus 2,13-18.


Depois de os magos partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egipto e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar.» E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egipto, permanecendo ali até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: Do Egipto chamei o meu filho. Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente, tinha inquirido dos magos. Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera: Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem.



Comentário ao Evangelho do dia feito por São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja Sermão 152; PL 52, 604


«Senhor nosso Deus, que neste dia fostes glorificado, não pelas palavras, mas pelo sangue dos Mártires Inocentes» (Oração da Colecta)


Aonde leva a inveja? [...] O crime hoje cometido no-lo mostra: o medo de que exista um rival para o seu reino enche de angústia a Herodes; maquina então suprimir o «Rei que acaba de nascer» (Mt 2,2), o Rei eterno; luta contra o seu Criador e decide matar inocentes [...]. Que erros tinham aquelas crianças cometido? Nada haviam dito suas línguas mudas, nada seus olhos haviam visto, seus ouvidos escutado, suas mãos feito. Foi-lhes dada a morte, não tendo elas conhecido a vida. [...] Cristo lê o futuro e conhece os segredos dos corações, julga os pensamentos e escrutina as intenções (Sl 138): porque as abandonou? [...] Porque negligenciou o Rei do céu recém-nascido estes companheiros de inocência, porque esqueceu as sentinelas de serviço em redor do Seu berço, levando a que o inimigo, com a intenção de atingir o Rei, devastasse por completo o exército?Irmãos, Cristo não abandonou os Seus soldados, antes os encheu de glória ao permitir-lhes triunfar antes de viver, e ganhar a vitória sem que tivessem de combater. [...] Ele quis que possuíssem o céu, de preferência à terra [...], enviou-os à Sua frente como arautos. Não os abandonou: salvou a Sua guarda avançada, não a esqueceu [...].Bem-aventurados os que trocaram os trabalhos pelo repouso, as dores pelo alívio, o sofrimento pela alegria. Estão vivos, vivos, vivem realmente, os que sofreram a morte por Cristo. [...] Felizes as lágrimas que as mães verteram por seus filhos: valeram-lhes a graça do baptismo. [...] Que Aquele que Se dignou repousar no nosso estábulo queira também conduzir-nos aos prados do céu.


Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 27/12

S. JOÃO, apóstolo e evangelista (Festa)




1ª Carta de S. João 1,1-4.


Caríssimos: O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida, – de facto, a Vida manifestou-se; nós vimo-la, dela damos testemunho e anunciamo-vos a Vida eterna que estava junto do Pai e que se manifestou a nós – o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Escrevemo-vos isto para que a nossa alegria seja completa.


Livro de Salmos 97(96),1-2.5-6.11-12.


O Senhor é rei: alegre-se a terra e rejubile a multidão das ilhas! Ele está rodeado de nuvens e escuridão; a justiça e o direito são a base do seu trono. As montanhas derretem-se, como cera, diante do Senhor de toda a terra. Os céus proclamam a justiça de Deus e todos os povos contemplam a sua grandeza. A luz desponta para os justos, e a alegria, para os rectos de coração.Alegrai-vos, justos, no Senhor, proclamai que o seu nome é santo!


Evangelho segundo S. João 20,2-8.


No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão, ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição. Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer.


Comentário ao Evangelho do dia feito por Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo Comentário ao Evangelho de São João, I, 21-25
«E o Verbo fez-Se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a Sua glória, [...] cheia de graça e de verdade» (Jo 1,14)
Considero serem os quatro Evangelhos os elementos essenciais da fé da Igreja [...] e penso que as suas primícias estão [...] no Evangelho de João, o qual, para falar d'Aquele de quem outros fizeram a genealogia, se inicia precisamente por Aquele que não a tem. Com efeito, escrevendo para judeus que esperavam o descendente de Abraão e de David, Mateus diz: «Genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão» (Mt 1,1); e Marcos, sabendo muito bem o que escreve, traz: «Princípio do Evangelho» (Mc 1,1). O fim do Evangelho, esse encontramo-lo em João: é o Verbo que era no princípio, a Palavra de Deus (cf. 1,1). E também Lucas reservou ao discípulo que repousou sobre o peito de Jesus (Jo 13,25) os maiores e mais perfeitos discursos sobre Ele. E nenhum mostrou a Sua divindade de modo tão absoluto como João, que O faz dizer: «Eu sou a luz do mundo» (8,12), «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida» (14,6), «Eu sou a Ressurreição» (11,25), «Eu sou a porta» (10,9), «Eu sou o Bom Pastor» (10,11) e, no Apocalipse, «Eu sou o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim» (22,13).Por isso me atrevo a dizer que os Evangelhos são as primícias de toda a Escritura e que, dos Evangelhos, as primícias são o de João, do qual ninguém poderia abarcar todo o sentido a não ser que tivesse descansado sobre o peito de Jesus e recebido d'Ele Maria por Mãe (Jo 19,27). [...] Quando Jesus diz a Sua Mãe: «Eis o teu filho» e não «eis o homem que também é teu filho», é como se lhe dissesse «Eis o teu filho, gerado por ti», porquanto quem quer que chegue a viver em perfeição não é ele quem vive, mas Cristo que vive nele (Gl 2,20). [...] Será preciso ainda dizer de que inteligência teremos necessidade para podermos interpretar dignamente a palavra depositada, como um tesouro (2 Cor 4,7), nos vasos de barro do uso comum da linguagem, numa caligrafia que todos podem ler, e na palavra que todos podem ouvir se alguém lhe der voz e compreender se todos lhe prestarem atenção? Assim, para interpretarmos devidamente o Evangelho de João, em boa verdade basta-nos ser capazes de dizer: «quanto a nós, temos o pensamento de Cristo, para podermos conhecer os dons da graça de Deus» (1 Cor 2,16.12).


Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 26/12





Sto. ESTÊVÃO, primeiro mártir (Festa)






LEITURAS



Livro dos Actos dos Apóstolos 6,8-10.7,54-59.



Naqueles dias, cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios entre o povo. Ora, alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão; mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os dentes contra Estêvão. Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus de pé, à direita de Deus. «Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita de Deus.» Eles, então, soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma, atiraram-se a ele e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo. E, enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito.»



Livro de Salmos 31(30),3cd-4.6.8ab.16bc.17.


Sê para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia-me e conduz-me. Nas tuas mãos entrego o meu espírito; Senhor, Deus fiel, salva-me. Hei-de alegrar-me e regozijar-me com a tua misericórdia, porque conheceste a angústia da minha alma.Livrai-me das mãos dos meus inimigos e de quantos me perseguem.Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva-me pela tua misericórdia."



Evangelho segundo S. Mateus 10,17-22.



Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas suas sinagogas; sereis levados perante governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e dos pagãos. Mas, quando vos entregarem, não vos preocupeis nem como haveis de falar nem com o que haveis de dizer; nessa altura, vos será inspirado o que tiverdes de dizer. Não sereis vós a falar, mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós. O irmão entregará o seu irmão à morte, e o pai, o seu filho; os filhos hão-de erguer se contra os pais e hão-de causar-lhes a morte. E vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo.



Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e depois bispo em Constantinopla, doutor da Igreja Homília para a Sexta-feira Santa «A Cruz e o ladrão»


«Senhor, não lhes atribuas este pecado»


Imitemos Nosso Senhor e rezemos pelos nossos inimigos. [...] Ele estava crucificado e, ao mesmo tempo, rezava a Seu Pai em favor daqueles que O crucificavam. Mas como poderei eu imitar o Senhor, podemos perguntar-nos. Se quiseres, podes. Se não fosses capaz de o fazer, como poderia Ele ter dito: «Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração»? (Mt 11,29) [...]Se tens dificuldade em imitar o Senhor, imita pelo menos aquele que é também Seu servo, Seu diácono. Falo de Estêvão. Ele, com efeito, imitou o Senhor. Do mesmo modo que Cristo, no meio daqueles que O crucificavam, sem ter em conta a cruz, sem ter em conta a Sua própria situação, intercedia ao Pai em favor dos Seus carrascos (Lc 23,34), assim o Seu servo, rodeado por aqueles que o lapidavam, assediado por todos, submetido a uma chuva de pedras, sem ter em conta os sofrimentos que lhe causavam, dizia: «Senhor, não lhes atribuas este pecado» (Ac 7,60). Estás a ver como falava o Filho e como rezava o Seu servo? O primeiro diz: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem»; o segundo diz: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». De resto, para compreendermos melhor o ardor com que rezava, ele não rezava simplesmente de pé, sob os golpes das pedras: era de joelhos que falava, com convicção e compaixão. [...]Cristo diz: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem». Estêvão grita: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». Paulo, por sua vez, diz: ofereço este sacrifício «pelo bem dos meus irmãos, os da minha raça, segundo a carne» (cf Rm 9,3). Moisés diz: «Perdoa-lhes este pecado, ou então apaga-me do livro que escreveste» (Ex 32,32). David disse: «Peço que descarregues a Tua mão sobre mim e sobre a minha família!» (2Sm 24,17). [...] Que perdão pensamos nós poder obter se fizermos o contrário daquilo que nos é pedido e rezarmos contra os nossos inimigos, quando o próprio Senhor e os Seus servos do Antigo e do Novo Testamento nos exortam a rezar em seu favor?

Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 25 de dezembro de 2011

LITURGIA DO DIA - 25/12



NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, solenidade com Oitava. - Missa do Dia






A história do Natal começou na véspera do nascimento de Jesus, quando, segundo a Bíblia, os anjos anunciaram a chegada do menino.Oficialmente, faz agora 2010 anos. Nessa altura, o imperador Augusto determinou o registo de toda a população do Império Romano por causa dos impostos, tendo cada pessoa, para o efeito de inscrever na sua localidade.Segundo o Novo Testamento, José partiu de Nazaré para Belém, para esse efeito, e levou com ele a sua esposa, Maria, que esperava um Filho. Ao longo da viagem, chegou a hora de Maria dar à luz, e como a cidade estava com os albergues completamente cheios, tiveram de pernoitar numa gruta. Foi nessa região da Judeia, que Jesus nasceu.Diz a Bíblia que um Anjo desceu sobre os pastores que guardavam os seus rebanhos durante a noite e disse-lhes: «Deixai o que estais a fazer e vinde adorar o menino, que se encontra em Belém e é o vosso Redentor». Os pastores foram apressados, procurando o lugar indicado pelo Anjo, e lá encontraram Maria, José e o menino. Ao vê-lo, espalharam a boa nova.Os primeiros registos da celebração do Natal têm origem na Turquia, a 25 de Dezembro, em meados do sec II. No ano 350, o Papa Júlio I levou a efeito uma investigação pormenorizada e proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional.O período das festas alargou-se até à Epifania, ou seja vai desde 25 de Dezembro até 6 de Janeiro. O dia 6 de Janeiro é o chamado dia dos Reis Magos.A religião Cristã foi, depois, abraçando toda a Europa, dando a conhecer a outros povos a celebração do Natal. Em Inglaterra, o primeiro arcebispo de Cantuária foi responsável pela celebração do Natal. Na Alemanha, foi reconhecido em 813, através do sínodo de Mainz. Na Noruega, pelo rei Hakon em meados de 900. E em finais do séc. IX, o Natal já era celebrado em toda a Europa.Os Evangelhos de S.Lucas e S. Mateus relatam a história do nascimento de Jesus. Só que, ao contrário do que julgávamos, Jesus não teria nascido no Inverno e sim na Primavera ou no Verão - os pastores não guardariam os rebanhos nos montes com o rigor do Inverno...Em relação à data do nascimento de Jesus, existem algumas dúvidas. A estrela que guiou os Magos até à gruta de Belém deu lugar a várias explicações.Alguns cientistas afirmam que deverá ter sido um cometa. No entanto, nessa altura não há registo que algum cometa tivesse sido visto. Outros dizem que, no ano 6 ou 7 a. C., houve um alinhamento dos planetas Júpiter e Saturno mas também não é muito credível, para que se considere esse o ano do nascimento de Jesus. Por outro lado, a visita dos Reis Magos é comemorada 12 dias depois do Natal (Epifania) sendo tradicional festejar este acontecimento em pleno Inverno, a 6 de Janeiro.De qualquer forma, para além da certeza histórica de uma data, é o mistério do Nascimento de Jesus Cristo que os cristãos celebram. E esse é eterno!



Santo do dia : Natal do Senhor Jesus



LEITURAS


Livro de Isaías 52,7-10.



Que formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que apregoa a boa-nova, e que proclama a salvação! Que diz a Sião: «O rei é o teu Deus!» Ouve: as tuas sentinelas gritam, cantam em coro, porque vêem olhos nos olhos o regresso do SENHOR a Sião. Ruínas de Jerusalém, irrompei em cânticos de alegria, porque o SENHOR consola o seu povo, com a libertação de Jerusalém. O SENHOR mostra a força do seu braço poderoso aos olhos das nações, e todos os confins da terra verão o triunfo do nosso Deus.



Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.



Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão direita e o seu santo braço Lhe deram a vitória. O Senhor anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça.Lembrou-Se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel. Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus. Aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e cantai.Cantai hinos ao Senhor, ao som da harpa, ao som da harpa e da lira; ao som de cornetins e trombetas, aclamai o nosso rei e Senhor. Carta aos Hebreus 1,1-6. Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos profetas. Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por meio de quem fez o mundo. Este Filho, que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas, tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em herança. Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei? E ainda: Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho? E de novo, quando introduz o Primogénito no mundo, diz: Adorem--no todos os anjos de Deus.



Evangelho segundo S. João 1,1-18.



No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus. No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência. Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'» Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI Homília de 25/12/05 (© Libreria Editrice Vaticana)


«Eu hoje Te gerei»


Em Jesus Cristo, o Filho de Deus, o próprio Deus Se fez homem. É a Ele que o Pai diz: «Tu és Meu Filho». O hoje eterno de Deus desceu ao hoje efémero do mundo e arrasta o nosso hoje passageiro para o hoje eterno de Deus. Deus é tão grande que Se pode fazer pequeno. Deus é tão poderoso que Se pode tornar fraco e vir ao nosso encontro como Menino indefeso, para que O possamos amar. Deus é bom ao ponto de renunciar ao Seu esplendor divino e descer ao estábulo para que O possamos encontrar e para que, assim, a Sua bondade chegue também a nós, se nos comunique e continue a agir por nosso intermédio. O Natal é isto: «Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei». Deus tornou-Se um de nós, para que nós pudéssemos estar com Ele, tornar-nos semelhantes a Ele. Como próprio sinal, escolheu o Menino no presépio: Deus é assim. Deste modo, aprendemos a conhecê-Lo. E em todo o menino brilha algo da luz daquele hoje, da proximidade de Deus que devemos amar e à qual nos devemos submeter – em todo o menino, mesmo naquele que ainda não nasceu.

Fonte: Evangelho Quotidiano