TRANSLATOR GOOGLE

sábado, 7 de agosto de 2010

LITURGIA DO DIA - 07/08






Santo do dia
Sábado da 18ª semana do Tempo Comum

Hoje a Igreja celebra : S. Sisto II, papa, e companheiros mártires, +258, S. Caetano, presbítero, +1547

LEITURAS

Livro de Habacuc 1,12-17.2,1-4.

Não és Tu, Senhor, desde o princípio, o meu Deus e o meu santo? Nós não morreremos. Tu estabeleceste, Senhor, os caldeus para exercerem a justiça, como uma rocha, Tu os constituíste para castigar. Os teus olhos são demasiado puros para ver o mal, não podes contemplar a opressão. Porque contemplas, em silêncio, os traidores, quando devoram os que são mais justos do que eles? Tratas os homens como peixes do mar, como répteis que não têm dono. Eles pescam-nos a todos no anzol, arrastam-nos com a sua rede, recolhem-nos em seu cesto e depois alegram-se e exultam. Por isso, oferecem sacrifícios às suas artes de pesca, e incenso à sua rede, porque, graças a elas, recolhem gordas porções e suculentos manjares. Continuarão eles a esvaziar a sua rede, massacrando povos sem piedade? Vou ficar de pé no meu posto de guarda, vou colocar-me sobre a muralha, vou ficar à espreita para ver o que Ele me diz, que resposta dá à minha queixa. Então o Senhor respondeu-me: «Escreve a visão, grava-a em tabuínhas, para que possa ser lida facilmente. Porque é uma visão para um tempo fixado: ela aspira pelo seu termo e não falhará. Se tardar, espera por ela igualmente; que ela cumprir-se-á, com toda a certeza não falhará. Eis que sucumbe o que não tem a alma recta, mas o justo viverá pela sua fidelidade.»

Livro de Salmos 9(9A),8-9.10-11.12-13.

Mas o SENHOR é rei pelos séculos. Ele preparou o seu trono para o julgamento.E assim julgará o mundo com justiça, governará as nações com equidade.O SENHOR é o refúgio do oprimido; a sua defesa, no tempo de angústia.Os que conhecem o teu nome, SENHOR, confiam em ti, pois nunca abandonaste quem te procura.Cantai ao SENHOR, que habita em Sião; anunciai as suas obras entre as nações.Ele persegue os assassinos, lembra se deles, não esquece o clamor dos infelizes.

Evangelho segundo S. Mateus 17,14-20.

Quando eles chegaram perto da multidão, um homem aproximou se de Jesus, ajoelhou-se a seus pés e disse lhe: «Senhor, tem piedade do meu filho. Ele tem ataques e está muito mal. Cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.» Disse Jesus: «Geração descrente e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá.» Jesus falou severamente ao demónio, e este saiu do jovem que, a partir desse momento, ficou curado. Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe em particular: «Porque é que nós não fomos capazes de expulsá-lo?» Disse-lhes Ele: «Pela vossa pouca fé. Em verdade vos digo: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: 'Muda-te daqui para acolá’, e ele há-de mudar-se; e nada vos será impossível.

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Tomás Moro (1478-1535), estadista inglês, mártir Dialog of Comfort against Tribulation (a partir da trad. de Ecrits des saints, Soleil Levant, pp. 23-24)

«Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!» (Mc 9, 24)

«Senhor, aumenta a nossa fé» (cf. Lc 17, 5). Meditemos nas palavras de Cristo e convençamo-nos de que, se não permitíssemos que a nossa fé se tornasse morna ou mesmo que esfriasse, que perdesse a força, dispersando os nossos pensamentos em futilidades, deixaríamos de dar importância às coisas do mundo e concentrá-la-íamos num cantinho da nossa alma.Então semeá-la-íamos como se fosse um grão de mostarda no jardim do nosso coração, depois de ter arrancado de lá todas as ervas daninhas, e o rebento cresceria. Com uma firme confiança na palavra de Deus, levantaríamos uma montanha de aflições, ao passo que, se a nossa fé for vacilante, nem sequer conseguirá mover um montinho de terra. Para terminar esta conversa, dir-vos-ei que, visto que todo o conforto espiritual pressupõe uma base de fé, e que mais ninguém a pode conceder senão Deus, nunca devemos cessar de lha pedir.

Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

LITURGIA DO DIA - 06/08

Santo do dia
Transfiguração do Senhor – festa

Transfiguração do Senhor
Hoje a Igreja celebra : Transfiguração do Senhor

Transfiguração do Senhor

A Festa da Transfiguração do Senhor remonta ao século V, no Oriente. Na Idade Média estendeu-se por toda Igreja Universal, especialmente com o papa Calisto III. O episódio foi relatado pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Presentes estavam os apóstolos Pedro, João e Tiago. Jesus transfigurou-se diante deles, seu corpo ficou luminoso e resplandecentes as suas vestes. Com isto, Jesus quis manifestar aos discípulos que Ele era realmente o Filho de Deus, enviado pelo Pai. Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus; é Deus connosco, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. A sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai o ressuscitar e o fizer sentar-se à Sua direita, na Sua glória. Tudo isto é dito de uma maneira plástica - luz, brancura, glória, nuvem ... que indicam a presença de Deus.O caminho necessário para a ressurreição é, contudo, o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de Sua vida pelo perdão dos pecados
LEITURAS
Livro de Daniel 7,9-10.13-14.
«Continuava eu a olhar, até que foram preparados uns tronos, e um Ancião sentou-se. Branco como a neve era o seu vestuário, e os cabelos da cabeça eram como de lã pura; o trono era feito de chamas, com rodas de fogo flamejante. Corria um rio de fogo que jorrava da parte da frente dele. Mil milhares o serviam, dez mil miríades lhe assistiam. O tribunal reuniu-se em sessão e foram abertos os livros. Contemplando sempre a visão nocturna, vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião, diante do qual o conduziram. Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído.»
Livro de Salmos 97(96),1-2.5-6.9.
O SENHOR é rei: alegre se a terra e rejubile a multidão das ilhas!Ele está rodeado de nuvens e escuridão; a justiça e o direito são a base do seu trono.As montanhas derretem se, como cera, diante do Senhor de toda a terra.Os céus proclamam a justiça de Deus e todos os povos contemplam a sua grandeza.Porque Tu, SENHOR, és soberano em toda a terra, estás muito acima de todos os deuses.
Evangelho segundo S. Lucas 9,28-36.
Uns oito dias depois destas palavras, levando consigo Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para orar. Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura fulgurante. E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias, os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe: «Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.» Não sabia o que estava a dizer. Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na nuvem, ficaram atemorizados. E da nuvem veio uma voz que disse: «Este é o meu Filho predilecto. Escutai-o.» Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que tinham visto.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja Homilias sobre a Transfiguração, 9; PG 77, 1011 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p. 342)

«Moisés e Elias [...] falavam da Sua morte, que ia acontecer em Jerusalém»

Jesus subiu à montanha com os três discípulos que escolheu. Depois foi transfigurado por uma luz fulgurante e divina, a ponto de as Suas vestes parecerem brilhar como a luz. Seguidamente, Moisés e Elias envolveram Jesus, falaram entre eles da Sua partida, que devia acontecer em Jerusalém, quer dizer, do mistério da Sua incarnação e da Sua Paixão salvadora, que devia concretizar-se na cruz. Porque é verdade que a lei de Moisés e a pregação dos profetas tinham mostrado antecipadamente o mistério de Cristo. [...] Esta presença de Moisés e de Elias e a conversa entre eles tinha como objectivo mostrar que a Lei e os profetas formavam como que o cortejo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Senhor que tinham profetizado. [...] Depois de terem aparecido não se calavam, falando da glória de que o Senhor ia ser cumulado em Jerusalém pela Sua Paixão e pela Sua cruz e, sobretudo, pela Sua ressurreição.Talvez o bem-aventurado São Pedro, acreditando que tinha chegado o Reino de Deus, tenha desejado permanecer na montanha, porque disse que deviam fazer «»três tendas». [...]. Não sabia o que estava a dizer». Porque ainda não tinha chegado o momento do fim do mundo e não será no tempo presente que os santos usufruirão da esperança que lhes foi prometida. É que São Paulo afirma: «Ele transfigurará o nosso pobre corpo, conformando-o ao Seu corpo glorioso» (Fil 3, 21).Uma vez que o projecto da Salvação ainda não estava completo, estando apenas no seu começo, não era possível que Cristo, que tinha vindo ao mundo por amor, renunciasse a querer sofrer por ele. Porque Ele manteve a natureza humana para sofrer a morte na Sua carne, e para a destruir pela Sua ressurreição de entre os mortos.
Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

LITURGIA DO DIA - 05/08


Santo do dia
Quinta-feira da 18ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
Livro de Jeremias 31,31-34.
Dias virão em que firmarei uma nova aliança com a casa de Israel e a casa de Judá – oráculo do Senhor. Não será como a aliança que estabeleci com seus pais, quando os tomei pela mão para os fazer sair da terra do Egipto, aliança que eles não cumpriram, embora Eu fosse o seu Deus – oráculo do Senhor. Esta será a Aliança que estabelecerei, depois desses dias, com a casa de Israel – oráculo do Senhor: Imprimirei a minha lei no seu íntimo e gravá-la-ei no seu coração. Serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Ninguém ensinará mais o seu próximo ou o seu irmão, dizendo: ‘Aprende a conhecer o Senhor!’ Pois todos me conhecerão, desde o maior ao mais pequeno, porque a todos perdoarei as suas faltas, e não mais lembrarei os seus pecados» – oráculo do Senhor.
Livro de Salmos 51(50),12-13.14-15.18-19.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito.Não me afastes da tua presença, nem me prives do teu santo espírito!Dá-me de novo a alegria da tua salvação e sustenta me com um espírito generoso.Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos e os pecadores hão de voltar para ti.Não te comprazes nos sacrifícios nem te agrada qualquer holocausto que eu te ofereça.O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; ó Deus, não desprezes um coração contrito e arrependido.
Evangelho segundo S. Mateus 16,13-23.
Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.» Depois, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Messias. A partir desse momento, Jesus Cristo começou a fazer ver aos seus discípulos que tinha de ir a Jerusalém e sofrer muito, da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos doutores da Lei, ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar. Tomando-o de parte, Pedro começou a repreendê-lo, dizendo: «Deus te livre, Senhor! Isso nunca te há-de acontecer!» Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: «Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens!»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), Fundadora das irmãs Missionárias da Caridade Não há maior amor (a partir da trad. de Il n'y a pas de plus grand amour, Lattès 1997, p. 116)

O sacramento da reconciliação: «Tudo o que desligares na terra será desligado no Céu»

A confissão é um acto magnífico, um acto de grande amor. Só aí podemos entregar-nos enquanto pecadores, portadores de pecado, e só da confissão podemos sair como pecadores perdoados, sem pecado. A confissão nunca é mais do que humildade em acção. Dantes chamávamos-lhe penitência mas trata-se na verdade de um sacramento de amor, do sacramento do perdão. Quando se abre uma brecha entre mim e Cristo, quando o meu amor faz uma fissura, qualquer coisa pode vir preencher essa falha. A confissão é esse momento em que eu permito a Cristo suprimir de mim tudo o que divide, tudo o que destrói. A realidade dos meus pecados deve vir primeiro. Quase todos nós corremos o perigo de nos esquecermos de que somos pecadores e de que nos devemos apresentar à confissão como tais. Devemos dirigir-nos a Deus para Lhe dizer quão pesarosos estamos de tudo o que possamos ter feito que O tenha magoado. O confessionário não é um local para conversas banais ou para tagarelices. Aí preside um único tema – os meus pecados, o meu arrependimento, como vencer as minhas tentações, como praticar a virtude, como crescer no amor a Deus.
Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

LITURGIA DO DIA - 04/08

Santo do dia

Quarta-feira da 18ª semana do Tempo Comum


LEITURAS
Livro de Jeremias 31,1-7.
«Naquele tempo, Eu serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o meu povo» – oráculo do Senhor. Assim fala o Senhor: «Encontrou graça no deserto o povo que tinha escapado à espada. Israel caminha para o seu repouso. De longe, o Senhor se lhe manifestou: Amei-te com um amor eterno. Por isso, dilatei a misericórdia para contigo. Hei-de reconstruir-te, e serás restaurada, ó donzela de Israel! Ainda te hás-de adornar dos teus tamborins e participar em alegres danças. De novo plantarás vinhas nas colinas da Samaria, e os cultivadores recolherão os frutos, porque há-de chegar o dia em que as sentinelas gritarão sobre os montes de Efraim: ‘Levantai-vos! Subamos a Sião, ao Senhor, nosso Deus.’» Porque isto diz o Senhor: «Soltai gritos de júbilo por Jacob. Aclamai a primeira das nações! Fazei ressoar louvores, exclamando: ‘Ó Senhor salva o teu povo, o resto de Israel’.
Livro de Jeremias 31,10.11-12.13.
Povos, escutai a palavra do Senhor! Levai a notícia às ilhas longínquas e dizei: ‘Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo e guardá-lo como o pastor ao seu rebanho.’ Porque o Senhor resgatou Jacob e libertou-o das mãos de um mais forte. Regressarão jubilosos às alturas de Sião, e afluirão aos bens do Senhor: Ao trigo, ao vinho e ao azeite, às crias de ovelhas e de vacas. A sua alma será como um jardim bem regado, e não voltarão a desfalecer. Então, a jovem alegrar-se-á, bailando; jovens e velhos partilharão do seu júbilo. Converterei o seu pranto em exultação, hei-de consolá-los, e aliviá-los das suas penas.
Evangelho segundo S. Mateus 15,21-28.
Jesus partiu dali e retirou-se para os lados de Tiro e de Sídon. Então, uma cananeia, que viera daquela região, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio.» Mas Ele não lhe respondeu nem uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-lhe com insistência: «Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.» Jesus replicou: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.» Mas a mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo: «Socorre-me, Senhor.» Ele respondeu-lhe: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorros.» Retorquiu ela: «É verdade, Senhor, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa de seus donos.» Então, Jesus respondeu-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas.» E, a partir desse instante, a filha dela achou-se curada.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano Sermão 9 (a partir da trad. Cerf 1979, t. 1, p. 36)

«Mulher, grande é a tua fé!»

«Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim!» É um apelo de uma força imensa. [...] É um gemido que vem como que de uma profundeza sem fim. Ele ultrapassa em muito a natureza e é o próprio Espírito Santo que deve proferir em nós esse gemido (Rom 8, 26). [...] Mas Jesus diz-lhe: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel». [...] Ora, que faz ela assim acossada? [...] Penetra ainda mais profundamente no abismo. Prostrando-se e humilhando-se, mantém a confiança e diz: «É verdade, Senhor, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos.»Ah! Se também pudésseis penetrar assim tão verdadeiramente no fundo da verdade, não através de comentários sábios, palavras complexas ou mesmo dos sentidos, mas no fundo de vós mesmos! Nem Deus nem qualquer criatura conseguiria desprezar-vos, aniquilar-vos, se permanecêsseis na verdade, na humildade confiante. Poderiam sujeitar-vos a afrontas, ao desprezo e a recusas grosseiras, que vós iríeis perseverar, iríeis insistir, animados por uma total confiança, e iríeis aumentar sempre o vosso zelo. É disto que tudo depende, e aquele que chega a este ponto é bem sucedido. Apenas estes caminhos conduzem, na verdade e sem qualquer estação intermédia, a Deus. Mas permanecer assim nesta grande humildade, com perseverança, com uma segurança total e verdadeira como esta pobre mulher o fez, são poucos os que conseguem.
Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 3 de agosto de 2010

LITURGIA DO DIA - 03/08

Santo do dia

Terça-feira da 18ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : Santa Lídia, + cerca de 60, S. Pedro de Anagni, bispo, +1105

LEITURAS
Livro de Jeremias 30,1-2.12-15.18-22.
A palavra do Senhor foi dirigida a Jeremias nestes termos: «Assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Escreve num livro todas as palavras que Eu te disser. Assim fala o Senhor: «A tua ferida é incurável, maligna é a tua chaga. Ninguém quer tomar a tua defesa para curar o teu mal, para o qual não há remédio. Todos os teus amantes te esqueceram, não se preocupam contigo, porque te feri, como se fere um inimigo, com cruel castigo, por causa da gravidade da tua falta e do número dos teus pecados. Porque choras sobre a tua ferida? A tua chaga é incurável. Por causa da gravidade da tua falta e do número dos teus pecados é que Eu assim procedi. Mas, eis o que diz o Senhor: «Restaurarei as tendas de Jacob, e terei compaixão das suas moradas. A cidade será reconstruída das suas ruínas, e os palácios reedificados no seu lugar. Deles sairão cânticos de louvor e gritos de alegria. Multiplicá-los-ei e não mais diminuirão. Exaltá-los-ei, e não mais serão humilhados. Os seus filhos serão como eram outrora, a sua assembleia será restabelecida diante mim, mas castigarei todos os seus opressores. Dela surgirá o seu chefe, dela sairá o seu soberano. Mandarei buscá-lo e ele se aproximará de mim. Pois quem arriscaria a sua vida, aproximando-se de mim? – oráculo do Senhor. Vós sereis o meu povo, e Eu serei o vosso Deus.»
Livro de Salmos 102(101),16-18.19-21.29.22-23.
Os povos honrarão, SENHOR, o teu nome, e todos os reis da terra, a tua majestade. Quando o SENHOR reconstruir Sião e manifestar a sua glória, há-de voltar-se para a oração do indigente e não desprezará as suas súplicas. Escrevam-se estas coisas para as gerações futuras, e os que hão-de nascer louvarão o SENHOR. SENHOR observa do alto do seu santuário; lá do céu, Ele olha para a terra, para escutar os gemidos dos cativos e livrar os condenados à morte. Os filhos dos teus servos hão-de viver tranquilos e a sua descendência perdurará na tua presença. Em Sião será anunciado o nome do SENHOR, e em Jerusalém, a sua glória, quando os povos de todas as nações se reunirem para servirem o SENHOR.
Evangelho segundo S. Mateus 14,22-36.
Depois, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só. O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário. De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar. Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo. No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!» Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.» «Vem» disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?» E, quando entraram no barco, o vento amainou. Os que se encontravam no barco prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!» Após a travessia, pisaram terra em Genesaré. Ao reconhecerem-no, os habitantes daquele lugar espalharam a notícia por toda a região. Trouxeram-lhe todos os doentes, suplicando-lhe que, ao menos, os deixasse tocar na orla do seu manto. E todos aqueles que a tocaram, ficaram curados.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja Sermão atribuído, Apêndice nº 192; PL 39, 2100

«Manda-me ir ter conTigo sobre as águas»

Quando Pedro, cheio de audácia, avança sobre o mar, os seus passos vacilam, mas o seu amor reforça-se [...]; afundam-se-lhe os pés, mas ele agarra-se à mão de Cristo. A fé apoia-o quando sente as ondas abrirem-se; perturbado pela tempestade, tranquiliza-se no seu amor pelo Salvador. Pedro anda sobre o mar levado mais pelo amor que pelos pés. [...]Não olha para onde põe os pés; vê apenas o vestígio dos passos d'Aquele que ama. Do barco, onde estava seguro, viu o Mestre e, guiado pelo amor que Lhe tem, entra no mar. Já não vê o mar, mas apenas Jesus.Mas, logo que é perturbado pela força do vento, aturdido pela tempestade, o temor começa a encobrir-lhe a fé [...], a água abre-se-lhe sob os passos. A fé enfraquece, e a água enfraquece como ela. Grita então: «Salva-me Senhor!» Imediatamente, Jesus estende a mão e, segurando-o, diz-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste? Tens assim tão pouca fé, que não pudeste continuar e chegar até a mim? Porque não tiveste a fé necessária para chegar ao objectivo apoiando-te nela? Fica doravante a saber que somente esta fé te pode sustentar sobre as ondas.» Assim, meus irmãos, Pedro duvida um momento, está prestes a perecer, mas salva-se invocando o Senhor. [...] Ora, este mundo é um mar onde o demónio levanta as vagas e onde as tentações multiplicam os naufrágios; só nos podemos salvar gritando pelo Salvador, que estenderá a mão para nos agarrar. Por conseguinte, invoquemo-lO incessantemente.

Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

LITURGIA DO DIA - 02/08

Santo do dia

Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : Santo Eusébio de Vercelli, bispo, +370, S. Pedro Julião Eymard, presbítero, +1868, S. Gaudêncio de Évora, mártir, séc. II?


LEITURAS

Livro de Jeremias 28,1-17.

Naquele mesmo ano, no início do reinado de Sedecias, rei de Judá, ou seja, no quinto mês do quarto ano, Hananias, filho de Azur, profeta de Guibeon, no templo do Senhor e na presença dos sacerdotes e de todo o povo, falou-me nos seguintes termos: «Assim fala o Senhor do universo, Deus de Israel: ‘Vou quebrar o jugo do rei da Babilónia! Dentro de dois anos, farei voltar a este lugar todos os objectos do templo do Senhor, que Nabucodonosor, rei da Babilónia, levou daqui e transportou para a Babilónia. Para este lugar farei voltar Jeconias, filho de Joaquim, rei de Judá e todos os exilados de Judá que foram para a Babilónia, porque vou quebrar o jugo do rei da Babilónia’» – oráculo do Senhor. O profeta Jeremias respondeu ao profeta Hananias, na presença dos sacerdotes e do povo que se aglomerava no templo do Senhor: «Assim seja! Que o Senhor o permita! Realize o Senhor a tua profecia e traga de volta para este lugar o tesouro do templo, e todos os exilados cativos da Babilónia. Contudo, ouve o que te vou dizer, a ti e a todo o povo: Os profetas que nos precederam a mim e a ti, anunciaram a numerosos países e a poderosos reinos, guerra, fome e peste. Quanto ao profeta que profetiza a paz, somente quando se realizar o seu oráculo é que se poderá saber se ele é realmente um enviado do Senhor.» Então, o profeta Hananias retirou o jugo do pescoço do profeta Jeremias e, partindo-o, exclamou na presença de todo o povo: «Oráculo do Senhor: ‘Assim, decorridos dois anos, quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilónia e retirá-lo-ei do pescoço de todas as nações!’» Então, o profeta Jeremias retirou-se. Depois que o profeta Hananias quebrou e retirou o jugo do pescoço de Jeremias, a palavra do Senhor foi dirigida a Jeremias, nestes termos: «Vai dizer a Hananias: Isto diz o Senhor: ‘Quebraste jugos de madeira, mas, em vez deles, farei jugos de ferro.’ Porque isto diz o Senhor do universo: ‘Eu ponho um jugo de ferro ao pescoço de todas estas nações, a fim de que se submetam a Nabucodonosor, rei da Babilónia. Ficar-lhe-ão submetidas, e até lhe darei poder sobre os animais selvagens.’» E Jeremias acrescentou, dirigindo-se ao profeta Hananias: «Escuta a minha voz, Hananias! O Senhor não te enviou. És tu que levas o povo a crer na mentira! Por isso, eis o que diz o Senhor: ‘Vou retirar-te da face da terra. Morrerás ainda este ano, porque pregaste a revolta contra o Senhor!’» E o profeta Hananias morreu naquele ano, no sétimo mês.

Livro de Salmos 119,29.43.79.80.95.102.

Afasta-me dos caminhos da mentira; concede-me a graça da tua lei. Não me tires da boca a palavra da verdade, porque pus a minha esperança nas tuas sentenças. Unam-se a mim os que te obedecem e conheçam os teus preceitos. Que o meu coração obedeça às tuas leis, para não ter de que me envergonhar. Caf Os ímpios procuram a minha perdição, mas eu estou atento às tuas ordens. Não me tenho desviado das tuas sentenças, pois és Tu quem me ensina.

Evangelho segundo S. Mateus 14,13-21.

Tendo ouvido isto, Jesus retirou-se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-o a pé, desde as cidades. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento.» Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer.» Responderam: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.» «Trazei-mos cá» disse Ele. E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão. Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Hilário (c. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja Comentário sobre o Evangelho de Mateus, 14, 12 (a partir da trad. Matthieu commenté, DDB 1985, p. 100 rev.)

«Ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção»

Após ter tomado os cinco pães, o Senhor ergueu o Seu olhar para o céu para honrar Aquele de Quem Ele próprio tem o ser. Não necessitava de olhar o Pai com os Seus olhos humanos; mas quis fazer compreender aos que estavam presentes que tinha recebido a capacidade de realizar um acto que exigia tão grande poder. Seguidamente, dá os pães aos Seus discípulos. Não é por multiplicação que os cinco pães se transformam em muitos mais. Os pedaços sucedem-se e enganam quem os parte; é como se tivessem sido partidos anteriormente! A matéria continua a estender-se. [...]Por conseguinte não vos surpreenda que as fontes corram, que haja cachos nas cepas da vinha, que riachos de vinho escorram desses cachos. Os recursos da terra sucedem-se ao longo do ano, de acordo com um ritmo indestrutível. Uma tal multiplicação de pães revela a acção do autor do universo. Normalmente, Ele impõe um limite a semelhante crescimento, pois conhece a fundo as leis da matéria. Na criação visível, opera-se um trabalho invisível. O mistério da acção presente é obra do Senhor dos mistérios celestiais. O poder d'Aquele que age excede toda a natureza, e o método deste Poder ultrapassa a compreensão do facto. Só permanece a admiração por esse poder.

Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 1 de agosto de 2010

LITURGIA DO DIA - 01/08

Santo do dia

18º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Hoje a Igreja celebra : Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, Doutor da Igreja, +1787

LEITURAS

Livro de Eclesiastes 1,2.2,21-23.

Ilusão das ilusões - disse Qohélet - ilusão das ilusões: tudo é ilusão. Porque há quem se esforce com sabedoria, conhecimento e bom êxito, para deixar o fruto do seu labor a outro que não se esforçou. Também isto é ilusão e grande mal. Pois que resta ao homem de todo o seu esforço, de toda a azáfama com que se afadigou debaixo do Sol? Todos os seus dias são apenas dor e todo o seu trabalho, apenas arrelia; mesmo durante a noite o seu coração não se aquieta. E também isto é ilusão.

Livro de Salmos 90(89),3-4.5-6.12-13.14.17.

Tu podes reduzir o homem ao pó, dizendo apenas: "Voltai ao pó, seres humanos!"Mil anos, diante de ti, são como o dia de ontem, que passou, ou como uma vigília da noite.Tu os arrebatas como um sonho, ou como a erva que de manhã verdeja,como a erva que de manhã brota vicejante, mas à tarde está murcha e seca.Ensina nos a contar assim os nossos dias, para podermos chegar ao coração da sabedoria.Volta, SENHOR! Até quando...? Tem compaixão dos teus servos.Sacia nos pela manhã com os teus favores, para podermos cantar e exultar todos os dias.Venham sobre nós as graças do Senhor, nosso Deus! Confirma em nosso favor a obra das nossas mãos; faz prosperar a obra das nossas mãos.

Carta aos Colossenses 3,1-5.9-11.

Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. Aspirai às coisas do alto e não às coisas da terra. Vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, a vossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória. Crucificai os vossos membros no que toca à prática de coisas da terra: fornicação, impureza, paixão, mau desejo e a ganância, que é uma idolatria. Não mintais uns aos outros, já que vos despistes do homem velho, com as suas acções, e vos revestistes do homem novo, aquele que, para chegar ao conhecimento, não cessa de ser renovado à imagem do seu Criador. Aí não há grego nem judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo, que é tudo e está em todos.

Evangelho segundo S. Lucas 12,13-21.

Dentre a multidão, alguém lhe disse: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.» Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?» E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.» Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita. E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?' Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens. Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.' Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?' Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Basílio (c. 330-379), monge e Bispo de Cesareia da Capadócia, Doutor da Igreja Homilia 6, sobre as riquezas; PG 31, 261ss. (a partir da trad. Luc commenté, DDB 1987, p. 109 rev.)

«Ser rico aos olhos de Deus»

«O que hei-de fazer? Onde encontrarei que comer? Que vestir?» Eis o que diz este rico. O seu coração sofre, a inquietação devora-o, porque aquilo que regozija os outros acabrunha o avarento. O facto de todos os seus celeiros estarem cheios não é para ele motivo de felicidade. O que atormenta dolorosamente a sua alma é esse excesso de riquezas, transbordando dos seus celeiros. [...]Considera, homem, quem te cumulou com a sua generosidade. Reflecte um pouco sobre ti mesmo: Quem és tu? O que é que te foi confiado? De quem recebeste este cargo? Porque foste tu escolhido, de preferência a muitos outros? O Deus de bondade fez de ti Seu administrador; tu és responsável pelos teus companheiros de trabalho: não penses que tudo foi preparado apenas para ti! Dispõe dos bens que possuis como se eles pertencessem aos outros. O prazer que eles te proporcionam dura pouco, em breve eles te vão escapar e desaparecer, mas ser-te-ão pedidas contas rigorosas. Ora, tu guardas tudo, tens portas e fechaduras aferrolhadas; e embora tenhas tudo muito bem fechado, a ansiedade impede-te de dormir. [...] «O que hei-de fazer?» Havia uma resposta pronta: «Encherei as almas dos famintos; abrirei os meus celeiros e convidarei todos os que têm necessidade. [...] Farei ouvir uma palavra generosa: Vós todos que tendes fome, vinde a mim, tomai a vossa parte dos dons concedidos por Deus, cada qual segundo as suas necessidades.»

Fonte: Evangelho Quotidiano