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sábado, 21 de maio de 2011

LITURGIA DO DIA - 21/05


Sábado da 4ª semana da Páscoa




Livro dos Actos dos Apóstolos 13,44-52.


No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra do Senhor. A presença da multidão encheu os judeus de inveja, e responderam com blasfémias ao que Paulo dizia. Então, desassombradamente, Paulo e Barnabé afirmaram: «Era primeiramente a vós que a palavra de Deus devia ser anunciada. Visto que a repelis e vós próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos, pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos, para levares a salvação até aos confins da Terra.» Ao ouvirem isto, os pagãos encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé. Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda aquela região. Mas os judeus incitaram as senhoras devotas mais distintas e os de maior categoria da cidade, desencadeando uma perseguição contra Paulo e Barnabé, e expulsaram-nos do seu território. Estes, sacudindo contra eles o pó dos pés, foram para Icónio. Quanto aos discípulos, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.


Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.


Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão direita e o seu santo braço lhe deram a vitória.O SENHOR anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça.Lembrou se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel. Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus.Lembrou se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel. Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus.Lembrou se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel. Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus.Lembrou se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel. Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus.Aclamai o SENHOR, terra inteira, exultai de alegria e cantai.


Evangelho segundo S. João 14,7-14.


Se ficastes a conhecer-me, conhecereis também o meu Pai. E já o conheceis, pois estais a vê-lo.» Disse-lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta!» Jesus disse-lhe: «Há tanto tempo que estou convosco, e não me ficaste a conhecer, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como é que me dizes, então, 'mostra-nos o Pai'? Não crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As coisas que Eu vos digo não as manifesto por mim mesmo: é o Pai, que, estando em mim, realiza as suas obras. Crede-me: Eu estou no Pai e o Pai está em mim; crede, ao menos, por causa dessas mesmas obras. Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome Eu o farei, de modo que, no Filho, se manifeste a glória do Pai. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu o farei.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas Conferência de 2/5/1659


«Quem crê em Mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas»


Nosso Senhor disse: «Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5,3); deste modo, a Sabedoria eterna mostra quanto os trabalhadores evangélicos devem evitar a magnificência das acções e das palavras e assumir uma maneira de agir e de falar humilde, fácil e comum. É o demónio que nos entrega a essa tirania de querer ter sucesso e que, ao ver-nos executar uma tarefa com simplicidade, nos diz: «Eis uma coisa baixa; isto é demasiado banal e muito indigno da majestade cristã». Armadilha do demónio! Tomai cuidado, Senhores, renunciai a essas vaidades. [...] Tende presente os modos de Nosso Senhor, tão humilde e tão adverso a isso.Ele poderia dar um grande realce às Suas obras e uma potência soberana às Suas palavras, mas não o fez. «Vós fareis, dizia aos Seus discípulos, as obras que Eu realizo; e fareis obras maiores do que estas.» Mas, Senhor, porque quereis que, ao fazer o que haveis feito, façam mais que Vós? É que Nosso Senhor quer deixar-Se ultrapassar nas acções públicas, para Se distinguir nas humildes e secretas; Ele deseja os frutos do Evangelho e não os barulhos do mundo; e, para isso, fez mais por meio dos Seus servidores do que por Si mesmo.Ele quis que São Pedro convertesse, de uma vez três mil e de outra cinco mil pessoas (Act 2,41; 4,4), e que toda a terra fosse iluminada pelos apóstolos. Quanto a Ele, embora tenha sido a luz do mundo (Jo 8,12), só pregou em Jerusalém e nos arredores, e pregou aí sabendo que obteria menos resultados que noutros lugares. [...] Fez, pois, poucas coisas, e os Seus pobres discípulos, ignorantes e grosseiros, animados pela Sua força, fizeram mais que Ele. Porquê? Foi porque Ele quis ser humilde naquilo que fez.


Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 20 de maio de 2011

LITURGIA DO DIA - 20/05



Sexta-feira da 4ª semana da Páscoa



LEITURAS


Livro dos Actos dos Apóstolos 13,26-33.


Irmãos, filhos da estirpe de Abraão, e os que de entre vós são tementes a Deus, a nós é que foi dirigida a palavra de salvação. Sem dúvida, os habitantes de Jerusalém e os seus chefes não quiseram reconhecer Jesus, mas, condenando-o, cumpriram, sem disso se aperceberem, as profecias que são lidas todos os sábados. Embora não tivessem encontrado nele motivo algum de morte, exigiram a Pilatos que o mandasse matar. Quando cumpriram tudo o que acerca dele estava escrito, desceram-no do madeiro e sepultaram-no. Mas Deus ressuscitou-o dos mortos e, durante muitos dias, apareceu aos que tinham subido com Ele da Galileia a Jerusalém, os quais são agora suas testemunhas diante do povo. E nós estamos aqui para vos anunciar a Boa-Nova de que a promessa feita a nossos pais, Deus a cumpriu em nosso benefício, para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como está escrito no Salmo segundo: Tu és meu filho, Eu hoje te gerei!


Livro de Salmos 2,6-7.8-9.10-11.


"Fui Eu que consagrei o meu rei sobre o meu monte santo de Sião!"Vou anunciar o decreto do SENHOR. Ele disse me: "Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.Pede me e Eu te darei povos como herança e os confins da terra por domínio.Hás-de governá los com ceptro de ferro e destruí-los como um vaso de barro."E agora, prestai atenção, ó reis! Deixai vos instruir, juízes da terra!Servi o SENHOR com temor, prestai lhe homenagem com tremor.


Evangelho segundo S. João 14,1-6.


Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus; crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito Eu que vos vou preparar um lugar? E quando Eu tiver ido e vos tiver preparado lugar, virei novamente e hei-de levar-vos para junto de mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais também. E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho.» Disse-lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?» Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim.


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja Itinerário da mente para Deus, VII, 1-2, 4, 6


«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida»


Aquele que volta propositada e completamente os olhos para Cristo ao vê-Lo pregado na cruz, com fé, esperança e caridade, devoção, admiração, regozijo, reconhecimento, elogio e júbilo, esse celebra a Páscoa com Ele, ou seja, põe-se a caminho para atravessar o Mar Vermelho graças à bengala da cruz (cf Ex 14,16). Ao deixar o Egipto, entra no deserto para aí provar o «maná escondido» (Ap 2,17) e repousar com Cristo no túmulo, exteriormente como morto, mas experimentando – na medida em que os seus progressos lho permitem – o que foi dito na cruz ao malfeitor companheiro de Cristo: «Hoje mesmo estarás coMigo no Paraíso» (Lc 23,43). [...]Nesta travessia, se queremos ser perfeitos, importa abandonar toda a especulação intelectual. Qualquer ponta de desejo deve ser transportada e transformada em Deus. Eis o segredo dos segredos, que «ninguém conhece excepto aquele que o recebe» (Ap 2,17). [...] Se procuras saber como é que isto se produz, interroga a graça e não o saber, a tua aspiração profunda e não o teu intelecto, o gemido da tua prece e não a tua paixão pela leitura. Interroga o Esposo e não o professor, Deus e não o homem.


Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 19 de maio de 2011

LITURGIA DO DIA - 19/05


Quinta-feira da 4ª semana da Páscoa




Livro dos Actos dos Apóstolos 13,13-25.


De Pafos, onde embarcaram Paulo e os companheiros, dirigiram-se a Perga da Panfília. João, porém, separando-se deles, voltou para Jerusalém. Quanto àqueles, deixaram Perga e, caminhando sempre, chegaram a Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes dizer: «Irmãos, se tiverdes alguma exortação a dirigir ao povo, falai.» Então, Paulo, levantando-se, fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel e vós os tementes a Deus, escutai: O Deus deste povo, o Deus de Israel, escolheu os nossos pais e engrandeceu este povo durante a sua permanência no Egipto. Depois, com a força do seu braço, retirou-o de lá e, durante uns quarenta anos, sustentou-o no deserto. A seguir, exterminando sete nações na terra de Canaã, conferiu-lhes a posse do seu território, por cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Depois disso, deu-lhes juizes até ao profeta Samuel. Em seguida, pediram um rei, e Deus concedeu-lhes, durante quarenta anos, Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim. Pondo este de parte, Deus elevou David como rei, e a seu respeito deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades.’ Da sua descendência, segundo a sua promessa, Deus proporcionou a Israel um Salvador, que é Jesus. João preparou a sua vinda, anunciando um baptismo de penitência a todo o povo de Israel. Quase a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas vem, depois de mim, alguém cujas sandálias não sou digno de desatar.’


Livro de Salmos 89(88),2-3.21-22.25.27.


Hei de cantar para sempre o amor do SENHOR; a todas as gerações anunciarei a sua fidelidade.Proclamarei que o teu amor é para sempre, e que a tua fidelidade é eterna como o céu.Encontrei David, meu servo, e ungi o com óleo santo.A minha mão estará sempre com ele e o meu braço há-de torná lo forte.A minha fidelidade e o meu amor estarão com ele; pelo meu nome crescerá o seu poder.Ele me invocará, dizendo: 'Tu és meu pai, és o meu Deus e o rochedo da minha salvação!'


Evangelho segundo S. João 13,16-20.


Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia. Uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática. Não me refiro a todos vós. Eu bem sei quem escolhi, e há-de cumprir-se a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar. Desde já vo-lo digo, antes que isso aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou. Em verdade, em verdade vos digo: quem receber aquele que Eu enviar é a mim que recebe, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo [Padre] Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho Ep 3, 707; 2,70


«Quem receber aquele que Eu enviar é a Mim que recebe»


Depois do amor a Nosso Senhor, recomendo-te o amor à Igreja, Sua Esposa. Ela é de algum modo a pomba que incuba e faz nascer os pequeninos do Esposo. Dá sempre graças a Deus por seres filha da Igreja, a exemplo de um tão grande número de almas que nos precederam nesta via bem-aventurada. Tem muita compaixão por todos os pastores, pregadores e guias espirituais, espalhados por toda a superfície da terra. [...] Reza a Deus por eles, para que, sendo eles próprios salvos, sejam produtivos e facilitem a salvação das almas.Ora tanto pelas pessoas pérfidas como pelas fervorosas, ora pelo Santo Padre, por todas as necessidades espirituais e temporais da Igreja; porque é ela a nossa mãe. Faz também uma oração especial por todos os que trabalham para a salvação das almas, para glória do Pai.


Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 18 de maio de 2011

LITURGIA DO DIA - 18/05

Quarta-feira da 4ª semana da Páscoa






LEITURAS


Livro dos Actos dos Apóstolos 12,24-25.13,1-5.



Entretanto, a palavra de Deus crescia e multiplicava-se. Barnabé e Saulo, depois de terem cumprido a sua missão, regressaram de Jerusalém, levando consigo João, de sobrenome Marcos. Havia na igreja, estabelecida em Antioquia, profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado ‘Níger’, Lúcio de Cirene, Manaen, companheiro de infância do tetrarca Herodes, e Saulo. Estando eles a celebrar o culto em honra do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que Eu os chamei.» Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram-nos partir. Enviados, pois, pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e ali meteram-se num barco, rumo à ilha de Chipre. Chegados que foram a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham também João como auxiliar.



Livro de Salmos 67(66),2-3.5.6.8.



Deus se compadeça de nós e nos abençoe, faça brilhar sobre nós a luz do seu rosto.Sejam conhecidos na terra os teus caminhos e entre as nações, a tua salvação!Alegrem se e exultem as nações, porque julgas os povos com justiça e governas as nações sobre a terra.Que os povos te louvem, ó Deus! Todos os povos te louvem!Que Deus nos abençoe; e o seu temor chegue aos confins da terra!



Evangelho segundo S. João 12,44-50.



Jesus levantou a voz e disse: «Quem crê em mim não é em mim que crê, mas sim naquele que me enviou; e quem me vê a mim vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em mim não fique nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras e não as cumpre, não sou Eu que o julgo, pois não vim para condenar o mundo, mas sim para o salvar. Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que Eu anunciei, essa é que o há-de julgar no último dia; porque Eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, é que me encarregou do que devo dizer e anunciar. E Eu bem sei que este seu mandato traz consigo a vida eterna; por isso, as coisas que Eu anuncio, anuncio-as tal como o Pai as disse a mim.»



Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Sobre a Trindade, I, 13, 30-31


«Quem Me vê a Mim, vê Aquele que Me enviou»


Alguém que tinha chamado «bom mestre» a Jesus, pedindo-Lhe conselho para alcançar a vida eterna, recebeu esta resposta: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão um só: Deus» (Mc 10,17-18). [...] Sim, se Me vires na Minha condição divina, Eu sou bom, mas se Me vês somente na condição humana que contemplas agora, porque Me interrogas acerca do que é bom, se és daqueles que apenas "Hão-de olhar para Aquele que trespassaram"?» (Jo 19-37; Zc 12,10). Essa visão trar-lhes-á infelicidade, porque será a visão do castigo.Existe, com efeito, uma visão em que contemplaremos a imutável substância de Deus, invisível aos olhos humanos, e essa visão, que só é prometida aos santos, é aquela a que o apóstolo Paulo chama um «face a face» (1Cor 13,12); dessa visão, diz o apóstolo João: «Seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é» (1Jo 3,2) e o salmista: «Uma só coisa peço ao Senhor e ardentemente a desejo: é habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida» (Sl 26,4). O próprio Senhor o diz: «Eu o amarei e hei-de manifestar-Me a ele» (Jo 14,21). É por essa visão que purificamos os nossos corações na fé, para pertencermos ao número dos «puros de coração que verão a Deus» (Mt 5,8). Essa visão, e apenas ela, é o nosso supremo bem e é para a alcançarmos que temos o dever de fazer tudo o que fazemos de bem.

Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 17 de maio de 2011

LITURGIA DO DIA - 17/05


Terça-feira da 4ª semana da Páscoa




Livro dos Actos dos Apóstolos 11,19-26.


Entretanto, os que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada por causa de Estêvão, adiantaram-se até à Fenícia, Chipre e Antioquia, mas não anunciavam a palavra senão aos judeus. Houve, porém, alguns deles, homens de Chipre e Cirene que, chegando a Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando-lhes a Boa-Nova do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor. A notícia chegou aos ouvidos da igreja de Jerusalém, e mandaram Barnabé a Antioquia. Assim que ele chegou e viu a graça concedida por Deus, regozijou-se com isso e exortou-os a todos a que se conservassem unidos ao Senhor, de coração firme; ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Assim, uma grande multidão aderiu ao Senhor. Então, Barnabé foi a Tarso procurar Saulo. Encontrou-o e levou-o para Antioquia. Durante um ano inteiro, mantiveram-se juntos nesta igreja e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, os discípulos começaram a ser tratados pelo nome de «cristãos.»


Livro de Salmos 87(86),1-3.4-5.6-7.


Fundada por Ele sobre o monte santo,o SENHOR ama a cidade de Sião mais que todas as moradas de Jacob.Gloriosas coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.Incluirei Raab e Babilónia na lista dos que me conhecem; a Filisteia, Tiro e a Etiópia, uns e outros ali nasceram.Mas de Sião há de dizer se: "Todos lá nasceram; o próprio Altíssimo a fortaleceu."O SENHOR escreverá no registo dos povos, anotando: "Este nasceu em Sião."E eles dirão, cantando e dançando: "A minha única fonte está em ti."


Evangelho segundo S. João 10,22-30.


Em Jerusalém celebrava-se, então, a festa da Dedicação do templo. Era Inverno. Jesus passeava pelo templo, debaixo do pórtico de Salomão. Rodearam-no, então, os judeus e começaram a perguntar-lhe: «Até quando nos deixarás na incerteza? Se és o Messias, di-lo claramente.» Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não credes. As obras que Eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho a meu favor; mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço-as e elas seguem-me. Dou-lhes a vida eterna, e nem elas hão-de perecer jamais, nem ninguém as arrancará da minha mão. O que o meu Pai me deu vale mais que tudo e ninguém o pode arrancar da mão do Pai. Eu e o Pai somos Um.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Sobre a Trindade I, 13, 30-31


«Até quando nos deixarás na incerteza?»


Sendo igual ao Pai, o Filho de Deus não recebeu o poder de julgar, mas tem-no em comum com o Pai. Recebeu-o de modo a que os bons e os maus O vejam julgar, porque Ele é o Filho do Homem. O Filho do Homem será dado a ver também aos perversos, mas a visão da Sua divindade será dada apenas aos puros de coração, porque estes verão a Deus (Mt 5,8). O que é a vida eterna, se não esta visão, que será negada aos ímpios? «Esta é a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste» (Jo 17,3). Como conhecerão o próprio Jesus Cristo, senão como único Deus verdadeiro, Ele que Se revelará a todos? Ele apresentar-Se-á cheio de bondade à vista dos corações puros. «Como Deus é bom para Israel, para os que têm coração puro!» (Sl 72,1). Só Deus é bom.Eis a razão porque alguém que chamou ao Senhor «bom mestre», pedindo-Lhe conselho para chegar à vida eterna, suscitou esta resposta: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Ninguém é bom senão um só: Deus» (Mc 10,17-18). É que este homem que O interrogou não suspeitava a Quem se dirigia e tomou-O simplesmente por um filho de homem. [...] «Este aspecto de que Me revisto é o aspecto do Filho do Homem, aquele que foi assumido, aquele que aparecerá aquando do juízo final, tanto aos ímpios como aos justos. [...] Mas há uma visão da Minha condição divina; quando a tive, não prevaleci do facto de tal condição Me tornar igual a Deus, antes Me aniquilei a Mim mesmo para assumir a outra condição» (Fil 2,6-7). Por conseguinte Ele, o Deus único, Pai, Filho, Espírito Santo, aparecerá apenas para alegria permanente dos justos.


Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 16 de maio de 2011

LITURGIA DO DIA - 16/05

Segunda-feira da 4ª semana da Páscoa



Livro dos Actos dos Apóstolos 11,1-18.


Os Apóstolos e os irmãos da Judeia ouviram, entretanto, dizer que também os pagãos tinham recebido a palavra de Deus. E, quando Pedro subiu a Jerusalém, os circuncisos começaram a censurá-lo, dizendo-lhe: «Tu entraste em casa de incircuncisos e comeste com eles.» Pedro expôs-lhes, então, o caso, do princípio ao fim, dizendo: «Estava eu em oração na cidade de Jope quando, em êxtase, tive uma visão: um objecto semelhante a uma grande toalha, descia do céu, preso pelas quatro pontas, e chegou até junto de mim. Fitando os olhos nele, pus-me a observar e vi os quadrúpedes da terra, os animais ferozes, os répteis e as aves do céu. Ouvi também uma voz que me dizia: ‘Vamos, Pedro, mata e come.’ Mas eu respondi: ‘De modo algum, Senhor! Nunca entrou na minha boca nada de profano ou impuro!’ A voz fez-se ouvir do Céu, pela segunda vez: ‘O que Deus purificou não o consideres tu impuro.’ Isto repetiu-se três vezes; depois, tudo foi novamente elevado ao Céu. Nesse instante, apresentaram-se três homens na casa em que estávamos, enviados de Cesareia à minha presença. O Espírito disse-me que os acompanhasse, sem hesitar. Vieram também comigo os seis irmãos, aqui presentes, e entrámos em casa do homem. Ele contou-nos que tinha visto um anjo apresentar-se em sua casa, dizendo-lhe: ‘Envia alguém a Jope e manda chamar Simão, cujo sobrenome é Pedro; ele dir-te-á palavras que te hão-de trazer a salvação, a ti e a toda a tua casa.’ Ora, quando principiei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, como sobre nós, ao princípio. Recordei-me, então, da palavra do Senhor, quando Ele dizia: ‘João baptizou em água; vós, porém, sereis baptizados no Espírito Santo.’ Se Deus, portanto, lhes concedeu o mesmo dom que a nós, por terem acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para me opor a Deus?» Estas palavras apaziguaram-nos, e eles deram glória a Deus, dizendo: «Deus também concedeu aos pagãos o arrependimento que conduz à Vida!»


Livro de Salmos 42(41),2-3.43(42),3.4.


Como suspira a corça pelas águas correntes, assim a minha alma suspira por ti, ó Deus.A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo! Quando poderei contemplar a face de Deus?Envia a tua luz e a tua verdade, para que elas me guiem e conduzam à tua montanha santa, à tua morada.Eu irei ao altar de Deus, ao Deus que é a alegria da minha vida. Ao som da harpa te louvarei, ó Deus, meu Deus.


Evangelho segundo S. João 10,11-18.


Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, doutor da Igreja Exposição da fé ortodoxa, 1


Oração de um pastor ao Bom Pastor


Ó Cristo, meu Deus, Tu abaixastes-Te para me levares aos ombros, a mim, ovelha perdida (Lc 15,5), e colocaste-me em verdes prados (Sl 22,2). Refrescaste-me nas fontes da verdadeira doutrina (ibid) por intermédio dos Teus pastores, de quem Tu mesmo eras pastor antes de lhes confiares o Teu rebanho. [...] E agora, Senhor, chamaste-me [...] para estar ao serviço dos Teus discípulos, não sei por que desígnio da Tua Providência, pois só Tu o sabes.Mas, Senhor, aligeira o pesado fardo dos meus pecados que Te ofenderam gravemente; purifica o meu espírito e o meu coração. Guia-me por caminhos rectos (Sl 22,3), como uma lâmpada que me ilumina. Dá-me a coragem de propagar a Tua palavra; que a língua de fogo do Teu Espírito (Act 2,3) me dê uma língua perfeitamente livre, e me torne sempre atento à Tua presença.Sê o meu pastor, Senhor, e sê comigo o pastor das Tuas ovelhas, de modo que o meu coração não se desvie nem para a direita nem para a esquerda. Que o Teu Espírito me dirija pelo caminho recto, de modo a que as minhas acções se realizem até ao fim segundo a Tua vontade.


Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 15 de maio de 2011

LITURGIA DO DIA - 15-05

4º Domingo da Páscoa - Ano A




Quarto Domingo de Páscoa


O 4º Domingo da Páscoa é considerado o «Domingo do Bom Pastor», pois todos os anos a liturgia propõe, neste domingo, um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como «Bom Pastor». É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus põe hoje à nossa reflexão. O Evangelho apresenta Cristo como «o Pastor», cuja missão é libertar o rebanho de Deus do domínio da escravidão e levá-lo ao encontro das pastagens verdejantes onde há vida em plenitude (ao contrário dos falsos pastores, cujo objectivo é só aproveitar-se do rebanho em benefício próprio). Jesus vai cumprir com amor essa missão, no respeito absoluto pela identidade, individualidade e liberdade das ovelhas. A segunda leitura apresenta-nos também Cristo como «o Pastor» que guarda e conduz as suas ovelhas. O catequista que escreve este texto insiste, sobretudo, em que os crentes devem seguir esse «Pastor». No contexto concreto em que a leitura nos coloca, seguir «o Pastor» é responder à injustiça com o amor, ao mal com o bem. A primeira leitura traça, de forma bastante completa, o percurso que Cristo, «o Pastor», desafia os homens a percorrer: é preciso converter-se (isto é, deixar os esquemas de escravidão), ser baptizado (isto é, aderir a Jesus e segui-l'O) e receber o Espírito Santo (acolher no coração a vida de Deus e deixar-se recriar, vivificar e transformar por ela).


Santo do dia : Santos Dionísia, André e Paulo, mártires, +249, S. Manços, bispo lendário de Évora, mártir (séc. I), S. Frei Gil de Santarém, presbítero, +1265, S. Silvano

LEITURAS


Livro dos Actos dos Apóstolos 2,14.36-41.


De pé, com os Onze, Pedro ergueu a voz e dirigiu-lhes então estas palavras: «Homens da Judeia e todos vós que residis em Jerusalém, ficai sabendo isto e prestai atenção às minhas palavras. Saiba toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus estabeleceu como Senhor e Messias a esse Jesus por vós crucificado.» Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?» Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo. Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.» Com estas e muitas outras palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: «Afastai-vos desta geração perversa.» Os que aceitaram a sua palavra receberam o baptismo e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas.


Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.


O SENHOR é meu pastor: nada me falta.

Leva-me a descansar em verdes prados,

conduz me às águas refrescantes.

e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas,

por amor do seu nome.


e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas,

por amor do seu nome.

Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos

não temerei nenhum mal,

porque Vós estais comigo.


Para mim preparais a mesa

à vista dos meus adversários;

com óleo me perfumais a cabeça

e o meu cálice transborda.


A bondade e a graça

hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida,

e habitarei na casa do Senhor

para todo o sempre.


1ª Carta de S. Pedro 2,20-25.


Aliás, que mérito tem suportar que vos batam, se vos portais mal? Mas se, fazendo o bem, sofreis com paciência, isso é uma coisa meritória diante de Deus.Ora, foi para isto que fostes chamados; visto que Cristo também padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais os seus passos.Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se encontrou engano;ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga com justiça;subindo ao madeiro, Ele levou os nossos pecados no seu corpo, para que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça: pelas suas chagas fostes curados.Na verdade, éreis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes ao Pastor e Guarda das vossas almas.


Evangelho segundo S. João 10,1-10.


«Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outro lado, é um ladrão e salteador. Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A esse o porteiro abre-a e as ovelhas escutam a sua voz. E ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair. Depois de tirar todas as que são suas, vai à frente delas, e as ovelhas seguem-no, porque reconhecem a sua voz. Mas, a um estranho, jamais o seguiriam; pelo contrário, fugiriam dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos.» Jesus propôs-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que lhes dizia. Então, Jesus retomou a palavra: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes prestaram atenção. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim estará salvo; há-de entrar e sair e achará pastagem. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Guilherme de Saint-Thierry (c.1085-1148), monge beneditino, posteriormente cisterciense Orações meditativas, VI, 6-10


«Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas»


Não foi somente a João, Teu discípulo bem-amado, que foi mostrada a porta aberta no Céu (Ap 4,1). Declaraste-a a todos, publicamente [...]: «Eu sou a porta: se alguém entrar por Mim, estará salvo».Tu, portanto, és a porta [...]. Vemos a grande porta aberta no Céu, nós que estamos na terra; mas a que se nos aproveita, a nós, que não podemos subir às alturas? Paulo responde: «Aquele que desceu é precisamente O mesmo que subiu» (Ef 4,10). Aquele é quem? Aquele é o Amor. De facto, Senhor, o amor que está em nós sobe até Ti, nas alturas, porque o amor que está em Ti desceu até nós aqui na Terra. Porque nos amaste, desceste até aqui, junto de nós; amando-Te, elevar-nos-emos às alturas, até Ti.Pois que Tu mesmo disseste: «Eu sou a porta», por Ti Te peço, abre-Te a nós, para nos mostrares, com mais evidência, de que morada és a porta. [...] A morada de que és a porta, já o dissemos, é o Céu; é onde o Pai mora, de quem nós lemos: «O Senhor tem nos céus o Seu trono» (Sl 10,4). Eis pois por que ninguém pode ir ao Pai senão por Ti (Jo 14,6), que és a porta [...]. Para Ti tendemos, pois, a Ti aspiramos. Responde, peço-Te: «Mestre, onde moras?» (Jo 1,38). E logo tu respondes: «Eu estou no Pai e o Pai está em Mim» (Jo 14,11). E noutro passo «Nesse dia, compreendereis que Eu estou no Meu Pai, e vós em Mim, e Eu em vós» (Jo 14,20). [...] A Tua morada, portanto, é o Pai, e Tu és a do Pai. Mas não será apenas assim: porque nós somos também a Tua morada, e Tu, a nossa.

Fonte: Evangelho Quotidiano