depois da Ascensão do Senhor.
Missa própria de 3.ª Feira da VII Semana
com Prefácio da Ascensão
Hoje a Igreja comemora:
S. Domingos Sávio, jovem religioso, +1857
Santo André Kim e 102 Companheiros, mártires coreanos, entre 1791 e 1866
Santo Evódio, Bispo e Mártir, séc. I
S. Lúcio, confessor, +1250
S. Mariano, mártir na Argélia, +259
Livro dos Actos dos Apóstolos 20,17-27
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 17de Mileto, Paulo mandou um recado a Éfeso, convocando os anciãos da Igreja. 18Quando os anciãos chegaram, Paulo disse-lhes: "Vós bem sabeis de que modo me comportei em relação a vós, durante todo o tempo, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia. 19Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas dos judeus.
20Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós, nem de vos ensinar publicamente e também de casa em casa. 21Insisti, com judeus e gregos, para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus nosso Senhor.
22E agora, prisioneiro do Espírito, vou para Jerusalém sem saber o que aí me acontecerá. 23Sei apenas que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me adverte, dizendo que me aguardam cadeias e tribulações. 24Mas, de modo nenhum, considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e realize o serviço que recebi do Senhor, ou seja, testemunhar o Evangelho da graça de Deus.
25Agora, porém, tenho a certeza de que vós não vereis mais o meu rosto, todos vós entre os quais passei anunciando o Reino. 26Portanto, hoje dou testemunho diante de todos vós: eu não sou responsável se algum de vós se perder, 27pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Livro de Salmos 68(67),10-11.20-21
– Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Derramastes lá do alto uma chuva generosa, e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes; e ali vosso rebanho encontrou sua morada; com carinho preparastes essa terra para o pobre.
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Bendito seja Deus, bendito seja cada dia, o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.
Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 17,1-11
Aclamação (Jo 14,16)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro Paráclito,/ que há de permanecer eternamente convosco.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho (Jo 17,1-11a)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse:
Santo André Kim e 102 Companheiros, mártires coreanos, entre 1791 e 1866
Santo Evódio, Bispo e Mártir, séc. I
S. Lúcio, confessor, +1250
S. Mariano, mártir na Argélia, +259
Livro dos Actos dos Apóstolos 20,17-27
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 17de Mileto, Paulo mandou um recado a Éfeso, convocando os anciãos da Igreja. 18Quando os anciãos chegaram, Paulo disse-lhes: "Vós bem sabeis de que modo me comportei em relação a vós, durante todo o tempo, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia. 19Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas dos judeus.
20Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós, nem de vos ensinar publicamente e também de casa em casa. 21Insisti, com judeus e gregos, para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus nosso Senhor.
22E agora, prisioneiro do Espírito, vou para Jerusalém sem saber o que aí me acontecerá. 23Sei apenas que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me adverte, dizendo que me aguardam cadeias e tribulações. 24Mas, de modo nenhum, considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e realize o serviço que recebi do Senhor, ou seja, testemunhar o Evangelho da graça de Deus.
25Agora, porém, tenho a certeza de que vós não vereis mais o meu rosto, todos vós entre os quais passei anunciando o Reino. 26Portanto, hoje dou testemunho diante de todos vós: eu não sou responsável se algum de vós se perder, 27pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Livro de Salmos 68(67),10-11.20-21
– Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Derramastes lá do alto uma chuva generosa, e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes; e ali vosso rebanho encontrou sua morada; com carinho preparastes essa terra para o pobre.
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Bendito seja Deus, bendito seja cada dia, o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!
- Reinos da terra, cantai ao Senhor.

Aclamação (Jo 14,16)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro Paráclito,/ que há de permanecer eternamente convosco.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho (Jo 17,1-11a)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse:
"Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste.
3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.
6Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste.
9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11aJá não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentários
A oração sacerdotal de Jesus
Tanto a primeira leitura como o Evangelho deste dia respiram um clima de despedida. Paulo reúne os presbíteros de Éfeso para lhes dizer adeus, e Jesus despede-se também dos seus discípulos. Em ambos os casos, paira uma atmosfera de oração.
A partir de hoje, durante três dias, leremos alguns fragmentos do capítulo 17 de S. João, que é um dos mais sublimes do quarto Evangelho.
Jesus conclui o seu colóquio final com os discípulos dirigindo a sua oração ao Pai. Uma oração que resume o significado de toda a sua vida e que transcende o tempo e o espaço para abranger os discípulos de Cristo de todos os tempos.
A partir do século V, já desde S. Cirilo de Alexandria, qualificou-se esta oração de Jesus como "sacerdotal", vendo-se nela um hino de consagração em que o Filho se oferece ao Pai como sacrifício perfeito que, sobre o altar da cruz, tornará possível a sua glorificação.
Mas, não se pode exagerar esta linha sacrifical, pois o tema central, como iremos ver, não é tanto o sacrifício de Cristo mediante a entrega da Sua vida, quanto o seu regresso ao Pai e a oração pela unidade dos seus.
Os evangelhos sinópticos falam muitas vezes dos freqüentes e longos momentos de oração de Jesus, mas não nos dão o seu conteúdo, exceto no texto do Pai Nosso.
Entretanto, S. João apresenta este conteúdo no capítulo 17. Distinguem-se três partes:
Na primeira, Jesus pede ao Pai para ser glorificado, uma vez concluída a sua obra reveladora. É próprio da cristologia de S. João ver toda a vida de Cristo, desde o prólogo ao final, até mesmo a Sua Morte, como expressão da glória divina (versículos 1-8).
Na segunda parte, o Senhor ora ao Pai pelos que Ele lhe confiou e vivem ainda no mudo, para que os santifique na verdade do mesmo modo que Cristo se santifica por eles, e para que sejam um como ele e o Pai. É a oração pela comunidade presente (versículos 9-19).
Na terceira parte, Jesus ora, finalmente, por quantos acreditarão nele graças à palavra dos discípulos, para que, vivendo unidos com ele e entre si, o mundo creia que Cristo é enviado do Pai. É a oração pela comunidade futura (versículos 20-26).
No Evangelho de hoje, vemos a primeira parte e o início da segunda. O fato de Jesus pronunciar a sua oração ao Pai perante os seus amigos e em voz alta é um convite a que participem na mesma eles e os crentes das gerações futuras, isto é, todos nós, por quem roga o Senhor.
Hoje em dia, fala-se de crise de oração entre os cristãos. Comenta-se que se reza pouco e que quando se faz, se reza mal. Contudo, felizmente, não faltam casas, grupos e vigílias de oração.
A jovem Igreja começou o caminho histórico de sua missão treinando-se na oração comunitária, e não por uma atividade febril sem contato com Cristo e o seu Espírito. Porque é na oração que cria comunhão com Deus, onde está a força secreta da comunidade e do cristão para testemunhar aos homens a presença de Cristo, o Senhor glorioso e salvador da humanidade.
Necessitamos de orar sempre, e com mais intensidade ainda nos momentos de crise pessoal ou comunitária, para nos reafirmarmos na nossa identidade cristã. Porque então só nos pode reabilitar um encontro pessoal com o Deus que é vida e amor e os dá a quem com ele se comunica.
A oração é falar com Deus como pessoas livres. Mais ainda, como filhos seus que somos. Saber rezar não é difícil, basta falar com Deus. Às vezes nem sempre é necessário falar, pois escutar é o suficiente. A nossa oração pode ser individual ou comunitária, mental ou vocal, espontânea ou já constituída: salmos, preces, cânticos, bênçãos ..., e a oração por excelência: o Pai Nosso.
Necessitamos de orar, quer seja no meio das ocupações de cada dia, quer seja isolando-nos a sós com Deus. Mas, num e noutro caso, escutando Jesus, que é escutar o Pai, e orando com Ele para captar o mistério do inexprimível e testemunhá-lo depois aos nossos irmãos os homens.
A oração, a contemplação e a experiência de Deus, quando são autênticas, passam a ação libertadora. Isso é levar a oração à vida e a vida à oração.
Convençamo-nos: a oração com Jesus é-nos indispensável para uma vida cristã pujante. Hoje é ocasião de nos perguntarmos como e quanto rezamos individual e comunitariamente
3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.
6Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste.
9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11aJá não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentários
A oração sacerdotal de Jesus
Tanto a primeira leitura como o Evangelho deste dia respiram um clima de despedida. Paulo reúne os presbíteros de Éfeso para lhes dizer adeus, e Jesus despede-se também dos seus discípulos. Em ambos os casos, paira uma atmosfera de oração.
A partir de hoje, durante três dias, leremos alguns fragmentos do capítulo 17 de S. João, que é um dos mais sublimes do quarto Evangelho.
Jesus conclui o seu colóquio final com os discípulos dirigindo a sua oração ao Pai. Uma oração que resume o significado de toda a sua vida e que transcende o tempo e o espaço para abranger os discípulos de Cristo de todos os tempos.
A partir do século V, já desde S. Cirilo de Alexandria, qualificou-se esta oração de Jesus como "sacerdotal", vendo-se nela um hino de consagração em que o Filho se oferece ao Pai como sacrifício perfeito que, sobre o altar da cruz, tornará possível a sua glorificação.
Mas, não se pode exagerar esta linha sacrifical, pois o tema central, como iremos ver, não é tanto o sacrifício de Cristo mediante a entrega da Sua vida, quanto o seu regresso ao Pai e a oração pela unidade dos seus.
Os evangelhos sinópticos falam muitas vezes dos freqüentes e longos momentos de oração de Jesus, mas não nos dão o seu conteúdo, exceto no texto do Pai Nosso.
Entretanto, S. João apresenta este conteúdo no capítulo 17. Distinguem-se três partes:
Na primeira, Jesus pede ao Pai para ser glorificado, uma vez concluída a sua obra reveladora. É próprio da cristologia de S. João ver toda a vida de Cristo, desde o prólogo ao final, até mesmo a Sua Morte, como expressão da glória divina (versículos 1-8).
Na segunda parte, o Senhor ora ao Pai pelos que Ele lhe confiou e vivem ainda no mudo, para que os santifique na verdade do mesmo modo que Cristo se santifica por eles, e para que sejam um como ele e o Pai. É a oração pela comunidade presente (versículos 9-19).
Na terceira parte, Jesus ora, finalmente, por quantos acreditarão nele graças à palavra dos discípulos, para que, vivendo unidos com ele e entre si, o mundo creia que Cristo é enviado do Pai. É a oração pela comunidade futura (versículos 20-26).
No Evangelho de hoje, vemos a primeira parte e o início da segunda. O fato de Jesus pronunciar a sua oração ao Pai perante os seus amigos e em voz alta é um convite a que participem na mesma eles e os crentes das gerações futuras, isto é, todos nós, por quem roga o Senhor.
Hoje em dia, fala-se de crise de oração entre os cristãos. Comenta-se que se reza pouco e que quando se faz, se reza mal. Contudo, felizmente, não faltam casas, grupos e vigílias de oração.
A jovem Igreja começou o caminho histórico de sua missão treinando-se na oração comunitária, e não por uma atividade febril sem contato com Cristo e o seu Espírito. Porque é na oração que cria comunhão com Deus, onde está a força secreta da comunidade e do cristão para testemunhar aos homens a presença de Cristo, o Senhor glorioso e salvador da humanidade.
Necessitamos de orar sempre, e com mais intensidade ainda nos momentos de crise pessoal ou comunitária, para nos reafirmarmos na nossa identidade cristã. Porque então só nos pode reabilitar um encontro pessoal com o Deus que é vida e amor e os dá a quem com ele se comunica.
A oração é falar com Deus como pessoas livres. Mais ainda, como filhos seus que somos. Saber rezar não é difícil, basta falar com Deus. Às vezes nem sempre é necessário falar, pois escutar é o suficiente. A nossa oração pode ser individual ou comunitária, mental ou vocal, espontânea ou já constituída: salmos, preces, cânticos, bênçãos ..., e a oração por excelência: o Pai Nosso.
Necessitamos de orar, quer seja no meio das ocupações de cada dia, quer seja isolando-nos a sós com Deus. Mas, num e noutro caso, escutando Jesus, que é escutar o Pai, e orando com Ele para captar o mistério do inexprimível e testemunhá-lo depois aos nossos irmãos os homens.
A oração, a contemplação e a experiência de Deus, quando são autênticas, passam a ação libertadora. Isso é levar a oração à vida e a vida à oração.
Convençamo-nos: a oração com Jesus é-nos indispensável para uma vida cristã pujante. Hoje é ocasião de nos perguntarmos como e quanto rezamos individual e comunitariamente

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