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sábado, 17 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 17/05

Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia de semana e Missa à escolha ou Paramento Branco: Nossa Senhora no Sábado, Memória Facultativa
Ofício e Missa da memória de Nossa Senhora.

Carta de S. Tiago 3,1-10

Leitura da Carta de São Tiago:
1Meus irmãos, não haja muitos que queiram ser mestres! Sabeis que nós, os mestres, estamos sujeitos a julgamento mais severo, 2pois todos nós tropeçamos em muitas coisas. Aquele que não peca no uso da língua é um homem perfeito, capaz de refrear também o corpo todo. 3Se pomos um freio na boca do cavalo para que nos obedeça, conseguimos dirigir o seu corpo todo. 4Reparai também nos navios: por maiores que sejam, e impelidos por ventos impetuosos, são, entretanto, conduzidos por um pequeníssimo leme na direção que o timoneiro deseja. 5Assim também a língua, embora seja um membro pequeno, se gloria de grandes coisas. Comparai o tamanho da chama com o da floresta que ela incendeia! 6Ora, também a língua é um fogo! É o universo da malícia! Fazendo parte dos nossos membros, a língua contamina o corpo todo e, atiçada como está pelo inferno, põe em chamas o ciclo de nossa existência! 7Com efeito, toda espécie de feras, de aves, de répteis e de animais marinhos pode ser domada e tem sido domada pela espécie humana. 8Mas a língua, nenhum homem consegue domá-la: ela é um mal que não desiste, e está cheia de veneno mortífero. 9Com ela bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à imagem de Deus. 10Da mesma boca saem bênção e maldição! Ora, meus irmãos, não convém que seja assim.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 12(11),2-3.4-5.7-8

- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
- Senhor, salvai-nos! Já não há um homem bom! Não há mais fidelidade em meio aos homens! Cada um só diz mentiras a seu próximo, com língua falsa e coração enganador.
- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
- Senhor, calai todas as bocas mentirosas e a língua dos que falam com soberba, dos que dizem: "Nossa língua é nossa força! Nossos lábios são por nós! - Quem nos domina?"
- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
- As palavras do Senhor são verdadeiras, como a prata totalmente depurada, sete vezes depurada pelo fogo. Vós, porém, ó Senhor Deus, nos guardareis para sempre, nos livrando desta raça!
- Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 9,2-13

Aclamação (Mc 9,7)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai./ Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós!
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Mc 9,2-13)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar.4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: "Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: "Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!" 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer "ressuscitar dos mortos. 11Os três discípulos perguntaram a Jesus: "Por que os mestres da Lei dizem que antes deve vir Elias?" 12Jesus respondeu: "De fato, antes vem Elias, para pôr tudo em ordem. Mas, como dizem as Escrituras, que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

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Transfiguração: uma antecipação da Ressurreição

Posto o recente anúncio por Nosso Senhor da Sua Paixão e Morte como condições para quem quiser segui-lo, os apóstolos submergiram num misto de desalento e confusão, achando o programa muito árduo e estranho: seguir Jesus até a morte e morte de cruz. Era por assim dizer o desmoronamento das esperanças messiânicas dos apóstolos devido a escândalo da cruz.
Nesta situação, o amoroso e Divino Mestre determina um objetivo e intenção da transfiguração. Quase se poderia dizer que esta se origina mais em função dos discípulos do que do próprio Jesus. Por isso, Ele escolhe como testemunhas os três apóstolos que depois presenciarão a sua agonia no Horto das Oliveiras. Cristo ordena o acontecimento para instrução e bem dos seus e para uma melhor compreensão da anunciada Paixão e Morte do Messias, mostra-lhes uma antecipação da Sua Ressurreição também anunciada.
Este modo de proceder de Jesus, a Suma Bondade encarnada, é a quase sempre a metodologia que usa com cada de nós, ao longo da vida: quase sempre antes das grandes provações, Ele nos prepara com uma grande consolação; ou depois de uma situação aflitiva nos proporciona um lenitivo ou conforto inesperado.
A cena da Transfiguração do Senhor narrada pelos evangelistas sinóticos é uma teofania bíblica, em que se manifesta a presença de Deus e cujo protótipo é a teofania do Sinai: fogo, fumo, névoa densa, trovão e voz potente. Elementos todos eles de cena dramática ao serviço de uma mensagem teológica ou revelação de fé.
No relato da Transfiguração encontramos esses recursos próprios da tradição veterotestamentária, tais como subida à montanha, que é o lugar da presença de Deus: luz irradiando na face transfigurada de Cristo, cor branca refulgente das suas vestes, Jesus no meio de Moisés e Elias, como representantes da Lei e dos Profetas, Isto é, todo o Antigo Testamento avalizando a messianidade de Jesus; nuvem que os envolve a todos: personagens e discípulos; temor e alegria destes últimos, ou seja, do homem perante o mistério tremendo e fascinante de Deus. E, finalmente, a voz do Pai que fala da nuvem. Este é o meu Filho amado, escutai-o.
A narração atinge o seu auge nesta voz do Pai que, como no batismo de Jesus, proclama a identidade do seu Filho amado, mas aqui acrescenta: "Escutai-o". Todo o relato está, pois, ao serviço de uma mensagem teológica de fé pascal: Jesus é o Senhor glorioso, o Messias, o Filho de Deus. A liturgia expressa e resume perfeitamente a mensagem da Transfiguração.
"Cristo, Senhor nosso, depois de anunciar a Sua Morte aos discípulos, mostrou-lhes no monte santo o esplendor da sua glória para a testemunhar, de acordo com a lei e os profetas, que a Paixão é o caminho da Ressurreição".
Mais ainda, ao fazer-lhes ver o fulgor da sua divindade na sua humanidade, isto é, no seu Corpo semelhante em tudo ao nosso "fortaleceu a fé dos apóstolos para que suplantassem o escândalo da cruz e animou a esperança da Igreja ao revelar em si mesmo a claridade que brilhará um dia em todo o Corpo que o reconhece como Sua Cabeça".
O Evangelho de hoje decifra-nos a chave da fé. A voz do Pai convida-nos a escutar Jesus, do mesmo modo que no monte esplendoroso da transfiguração, assim também como na planície medíocre da vida, porque Cristo é a verdade, o caminho e a vida, porque só Ele tem palavras de vida eterna, porque, seguindo-o, a renúncia transforma-se em liberdade, a dor em alegria, a morte em vida.
A Santa Igreja, Corpo Místico de Cristo, um dia refulgirá como a Sua Cabeça, antes da História de humanidade conhecer o seu ocaso, rumo à glorificação eterna.



Fonte: Arautos do Evangelho

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