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segunda-feira, 12 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 12/05

Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM
(II Semana do Saltério)

Ofício e Missa do dia da Semana Vermelho:
S. Nereu e Santo Aquiles, Mártires, Memória Facultativa
Ofício e Missa da memória ouVermelho:
S. Pancrácio, Mártir, Memória Facultativa
Ofício e Missa da memória

Beata Joana de Portugal, virgem, +1490
S. Leopoldo de Castelnovo, presbítero, +1942
Beato Guilherme Tirry, presbítero, mártir, +1654

Santa Joana Princesa (Beata Joana de Portugal)

Santa Joana nasceu no dia 6 de Fevereiro de 1452. Era filha de Dom Afonso V, rei de Portugal e de sua mulher D. Isabel. Ficou órfã de mãe aos 4 anos de idade e, aos 15, tomou os encargos do governo da casa real. Levava vida penitente, usando cilício sob as vestes reais e passando as noites em oração. Jejuava frequentemente e como divisa ou insígnia real usava uma coroa de espinhos. Os pobres, os enfermos, os presos, os religiosos viam nela a sua protectora e amparo. Conservava um livro onde anotava os nomes de todos os necessitados, o grau de pobreza de cada um e o dia em que deveria ser dada a esmola. Por ocasião da Semana Santa, lavava os pés de doze mulheres pobres e presenteava-as com roupas, alimentos e dinheiro. Apesar de pretendida por muitos príncipes, entre eles o filho de Luís XI da França, e para espanto de todos, em 1471 recolheu-se, temporariamente, no mosteiro de Odivelas. Dali foi para o mosteiro de Aveiro, onde viveu despojada de tudo até a morte, no dia 12 de Maio de 1490. Em 1693 foi beatificada pelo papa Inocêncio XII. O papa Paulo VI, a 5 de Janeiro de 1965, declarou a Beata especial protectora da cidade do Vouga.

Carta de S. Tiago 1,1-11

Início da Carta de São Tiago.
1Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que vivem na dispersão: Saudações. 2Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, 3por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. 4Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma.5Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada. 6Mas peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor: 8o homem de duas almas é inconstante em todos os seus caminhos.9O irmão humilde pode ufanar-se de sua exaltação, 10mas o rico deve gloriar-se de sua humilhação. Pois há de passar como a flor da erva. 11Com efeito, basta que surja o sol com o seu calor, logo seca a erva, cai a sua flor, e desaparece a beleza do seu aspecto. Assim também acabará por murchar o rico no meio de seus negócios.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 119,67.68.71.72.75.76

- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Antes de ser por vós provado, eu me perdera; mas agora sigo firme em vossa lei!
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Porque sois bom e realizais somente o bem, ensinai-me a fazer vossa vontade!
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Para mim foi muito bom ser humilhado, porque assim eu aprendi vossa vontade!
- A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata.
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Sei que os vossos julgamentos são corretos e com justiça me provastes, ó Senhor!
- Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Vosso amor seja um consolo para mim, conforme a vosso servo prometestes.
- Venha a mim o vosso amor e viverei.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 8,11-13

Aclamação (Jo 14,6)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Sou o Caminho, a Verdade e a Vida,/ ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Evangelho (Mc 8,11-13)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: "Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal". 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O sinal menos esperado

Os evangelhos registram com clareza as práticas agressivas dos fariseus e demais chefes religiosos, conseqüência de sua incredulidade no que respeita a Jesus e à Sua sublime missão. Ele já dera vários sinais de sua maneira amorosa em promover a vida, pois, em casa, Cafarnaum, perdoara os pecados de um paralítico e o curara, com sinal da misericórdia. Entretanto, os que O espiavam não se preocupavam tanto em entender o sinal, mas assim em acusá-lo de blasfêmias por perdoar os pecados.
Jesus fizera a assombrosa multiplicação dos pães, mas os fariseus obstinam-se em pedir-Lhe um sinal do céu para acreditarem nele. Tal pedido evidenciava uma irremediável falta de fé, por cegueira voluntária. Querem um sinal de grande poder, porém, nada que venha abalar o seu próprio sistema religioso tradicional. Se Ele era o Messias tinha de demonstrá-lo de maneira esmagadora com algum prodígio cósmico ou apocalíptico que acreditasse Jesus de forma contundente, tal como os grandes profetas da história de Israel: Moisés, Samuel, Elias e Eliseu. Talvez um sinal como o dado por Javé a Moisés, quando a vara se transforma em cobra ou o extermínio dos primogênitos do Egito.
Jesus, porém, dá um suspiro profundo de mágoa, não aceita o desafio e nega-se terminantemente a dar qualquer sinal espetacular, enquanto se lamenta: "geração perversa e adúltera", isto é, malvada e infiel à aliança com Deus (Mt. 12,39).
Segundo S. Lucas, Cristo promete um sinal: "Como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, o mesmo será o Filho do homem para esta geração" (11,30). E S. Mateus explica o sinal: "Três dias e três noites estará o Filho do homem no seio da terra" (12,40). Alusão à sua morte e ressurreição.
Pôr Jesus à prova é intenção dos fariseus ao pedirem-Lhe as suas credenciais. É a velha e clássica atitude do homem que tenta Deus, como a geração do Exôdo a caminho da terra prometida. Até mesmo Satanás, no deserto, pedia a Cristo uma demonstração clamorosa de messianismo terreno. Mais ainda, enquanto Jesus morria na cruz, os seus inimigos repetirão o estribilho: Se é o Filho de Deus e o rei de Israel, que desça agora da cruz e acreditaremos nele. Não obstante, Jesus estava a dar o maior sinal: um amor até a morte. Mas, ninguém entendia.
Por que os fariseus se obstinavam em não aceitar os sinais já dados por Jesus e queriam outros de calibre diverso?
Os sinais do Reino que Jesus multiplicava não convenciam os fariseus e mestres judeus, porque, segundo eles, o Reino messiânico não podia identificar-se com a libertação dos pobres, dos doentes e dos marginalizados da salvação, como, por exemplo, os habitantes da Samaria, ou os pecadores, os publicanos e os pagãos.
Segundo "essa geração perversa e adúltera" o Reino que o Messias inauguraria devia ser tão avassalador que silenciasse para sempre os inimigos de Israel. Portanto, o sinal que agora pedem a Jesus devia ser de uma força deslumbrante. Se fracassasse, não seria mais que um pobre sonhador como tantos outros.
Tudo eram meros cálculos humanos. Entretanto, o sinal que Deus Pai ia dar do Reino messiânico será o menos esperado: a humilhação suprema de seu Filho, que por obediência ao seu plano salvífico morre numa cruz e ressuscita ao terceiro dia e é exaltado sobre toda a criação. Tudo isso fala de uma linguagem desconhecida para os inimigos de Jesus: o amor de Deus ao homem, a ponto de lhe entregar o seu próprio Filho. Somente nele haverá salvação. Desde então, o amor e a cruz gloriosa de Cristo serão os sinais do cristianismo diante do mundo para todas as gerações até o fim do mundo.
O que falta aos fariseus? Falta-lhes abertura, humildade, confiança, adesão livre: as disposições interiores para acolher o Cristo. E Jesus "suspira profundamente" e se afasta, respeitando a decisão humana, mas dá a entender que esta impede o encontro e a salvação.
No nosso tempo, há também aqueles que, vivendo ainda num estádio primitivo de religiosidade natural, em que não há fé, reclamam e saúdam alvoroçados alguns fatos acidentais e periféricos como sinais de Deus: aparições milagrosas e prodígios exóticos que mobilizam multidões de incautos e crentes de ocasião. É a milagreira parapsicológica como sucedâneo da fé verdadeira.
No pólo oposto, estão outros que, lendo o Evangelho em chave socializante, querem na Igreja de Cristo atitudes radicais e sinais espetaculares para a libertação dos oprimidos pela via da violência revolucionária.
Nenhum desses foi o modo de atuar de Jesus. Se Ele anunciou o Reino e realizou sinais e milagres, nunca procurou deslumbrar as massas, mas antes libertar o homem da ignorância, do pecado, da doença e da morte.
Este juízo de Cristo sobre o fechamento do homem acaso não será também terrível no que toca à nossa geração? Que podemos fazer, como Igreja, para abrir os nossos corações e os dos homens à busca humilde e desinteressada do bem, da verdade e da salvação?
Uma comunidade cristã que confiasse demasiado nos meios econômicos e nas influências sociais demonstraria que a sua fé se debilitou, porque não confia plenamente no Espírito de Jesus.

Fonte: Arautos do Evangelho

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