TRANSLATOR GOOGLE

quinta-feira, 15 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 15/05

Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício e Missa do dia de semana e Missa à escolha.

Carta de S. Tiago 2,1-9

Leitura da Carta de São Tiago:

1Meus irmãos, a fé que tendes em nosso Senhor Jesus Cristo glorificado não deve admitir acepção de pessoas. 2Pois bem, imaginai que na vossa reunião entra uma pessoa com anel de ouro no dedo e bem vestida, e também um pobre, com sua roupa surrada, 3e vós dedicais atenção ao que está bem vestido, dizendo-lhe: "Vem sentar-te aqui, à vontade", enquanto dizeis ao pobre: "Fica aí, de pé", ou então: "Senta-te aqui no chão, aos meus pés", 4não fizestes, então, discriminação entre vós? E não vos tomastes juízes com critérios injustos? 5Meus queridos irmãos, escutai: não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? 6Mas vós desprezais o pobre!7Ora, não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? Não são eles que blasfemam contra o nome sublime invocado sobre vós? 8Entretanto, se cumpris a lei régia, conforme a Escritura: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo", estais agindo bem. 9Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e a Lei vos acusa como transgressores.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7

- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
- Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
- Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
- Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 8,27-33

Aclamação (Jo 6,63c.68c)

- Aleluia, aleluia, aleluia.

- Aleluia, aleluia, aleluia.

- Senhor, tuas palavras são espírito, são vida;/ só tu tens palavras de vida eterna!
- Aleluia, aleluia, aleluia.


Evangelho (Mc 8,27-33)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesaréia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: "Quem dizem os homens que eu sou?"28Eles responderam: "Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas". 29Então ele perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu: "Tu és o Messias".30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente.Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: "Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens".


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Quem dizeis que Eu sou?

O ponto central e culminante do Evangelho de S. Marcos é a passagem evangélica de hoje: a profissão de fé do apóstolo S. Pedro. O episódio assinala a linha divisória entre a primeira e segunda parte do relato de S. Marcos. Até agora Jesus aparecera como aquele que anunciava o reino de Deus "em potência", com muitos milagres, no meio de uma multidão que o cercava admirada. Era uma atmosfera de êxito aparente. Em torno de sua Pessoa acumulam-se interrogações que revelam como Ele não era de fato compreendido. Agora, neste episódio, finalmente é compreendido como Messias, não pela multidão - que ainda o considera um profeta que se manifestou de novo - mas pelos discípulos, que o proclamam pela boca de S. Pedro. Jesus fica satisfeito e tacitamente aprova esse título, mas ordena imediatamente que não o digam a ninguém. É a auto-revelação de Jesus: o ponto culminante.Principia aqui a segunda parte da vida pública, em que deverá explicar-se em que sentido era o Messias, bem distante não só das expectativas populares, mas das dos próprios apóstolos. Os doze tinham percebido que Ele era o Messias, mas só depois da ressurreição, com a vinda do Espírito Santo, hão de compreendê-lo no sentido exato.
Portanto, nesta segunda parte, introduz-se o tema do Messias sofredor, que se desenvolverá por capítulos sucessivos até terminar com a paixão, morte e ressurreição de Jesus. A passagem tem perfeita unidade em S. Marcos, mais que em S. Mateus, que intercala aqui o episódio do primado de S. Pedro (16, 13 ss).

* * *

Debrucemo-nos sobre os questionamentos que Nosso Senhor faz. Das duas perguntas que Jesus faz, em sua magnífica sondagem de opinião, a que mais lhe interessa é a segunda: e vós quem dizeis que eu sou?
Esta interrogação continua em aberto, hoje como ontem, esperando a resposta de cada um de nós. É a pergunta central da religião cristã, pois contém o fundamento de nossa fé e a razão de ser da nossa vida e conduta.
Em quem acreditamos? Questionário a que temos de responder pessoalmente com absoluta sinceridade, conscientes de que na resposta reside o ser ou não cristãos, porque não se fica no periférico, antes toca o cerne, o núcleo da fé e do modo de seguir a Jesus.
A pergunta sobre Cristo admite hoje, entre outras, estas três formulações, vista de diferentes ângulos: 1) Quem é Jesus em Si mesmo: a Sua Pessoa, doutrina, obra e missão; 2) Quem é Jesus para mim; 3) O que significa para o mundo atual.
Para a primeira pergunta, bastaria uma resposta teologicamente correta, como, por exemplo, a do Credo, a do Catecismo e até mesmo a de uma aula de religião. A segunda exige resposta mais comprometida, que supõe vigilância pessoal, resposta em profundidade que não se satisfaz com fórmulas já feitas, sejam bíblicas, como a profissão de S. Pedro, ou de teologia dogmática, cuja síntese mais completa temos no Credo ou na profissão de fé que proclamamos na Missa.
Responder satisfatoriamente à terceira, para além das duas anteriores, implica a projeção evangélica e missionária que de Cristo é oferecida pela comunidade eclesial e cada um de seus membros. A imagem de Cristo que nós, cristãos, refletimos é decisiva para que o mundo acredite nele, e ao ver a nossa vida iluminada pela sua Pessoa e orientada pelo amor de serviço, compreensão e amor ao próximo, especialmente os mais desfavorecidos? Amamos o próximo como nos ensina S. Tiago, em sua epístola de hoje, isto é, sem admitir acepção de pessoas? A "fé em Nosso Senhor Jesus Cristo" não admite diversos pesos nem diversas medidas na estima da dignidade dos homens, todos eles chamados a serem seus irmãos.
Precisamos de conhecer Jesus a fundo e amá-lo com paixão santa, sabendo cada vez mais da sua Pessoa, meditando o seu Evangelho e falando com Ele "vis à vis" na oração. Cristo vive hoje como ontem, porque é uma Pessoa viva e do presente, pois é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, eterna. Pois bem, se, no terreno puramente humano, somente a partir do amor e da amizade se chega a conhecer em profundidade as pessoas, quanto mais no plano sobrenatural, onde seremos auxiliados pela Sua graça que não nega a ninguém e se quer dar a conhecer e a ser amados por todos os seus irmãos.


Fonte: Arautos do Evangelho

Nenhum comentário: