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terça-feira, 13 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 13/05

Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM
(2ª semana do Saltério.)

Ofício e Missa do dia de semana ouParamentos brancos:
Nossa Senhora de Fátima, Memória.

Ofício e Missa da Memória


Nossa Senhora de Fátima (clique)

As Aparições de Fátima, freguesia do concelho de Vila Nova de Ourem, distrito de Santarém, e paróquia da diocese de Leiria e Fátima desenrolaram-se em três períodos ou ciclos: os dois primeiros tiveram lugar em Fátima, o terceiro em Pontevedra e Tuy, na Galiza, Espanha. É longo o relato das Aparições constantes dos manuscrito da Irmã Lúcia uma dos três videntes (a Virgem apareceu a três crianças: Lúcia, Jacinta e Francisco). Desenrolaram-se em 1917 e depressa a devoção à Senhora de Fátima se tornou mundialmente conhecida. A 13 de Outubro de 1930 o Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva houve por bem declarar dignas de crédito as visões das crianças da Cova da Iria e permitir, oficialmente, o culto de Nossa Senhora de Fátima. O papa Pio XII, anuindo aos pedidos de Nossa Senhora, consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria a 31 de Outubro de 1942. A consagração da Rússia fê-la a 7 de Julho de 1952. Paulo VI consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria a 21 de Novembro de 1964. João Paulo II fez a consagração do mundo e da Rússia ao mesmo Imaculado Coração, em Fátima, a 13 de Maio de 1982; em Roma, a 16 de Outubro de 1983 e, finalmente, a 25 de Março de 1984, em Roma de novo, diante da imagem levada da Capelinha das Aparições até ao Vaticano.

Carta de S. Tiago 1,12-18

Leitura da Carta de São Tiago:

12Feliz o homem que suporta a provação. Porque, uma vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que o amam. 13Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: "É Deus que me está tentando", pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco ele tenta a ninguém. 14Antes, cada qual é tentado por sua própria concupiscência, que o arrasta e seduz. 15Em seguida, a concupiscência concebe o pecado e o dá à luz, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.16Meus queridos irmãos, não vos enganeis. 17Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem sombra de variação. 18De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 94(93),12-13.14-15.18-19

- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
- É feliz, Senhor, quem formais e educais nos caminhos da Lei, para dar-lhe um alívio na angústia.
- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
- O Senhor não rejeita o seu povo e não pode esquecer sua herança: voltarão a juízo as sentenças; quem é reto andará na justiça.
- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
- Quando eu penso: "Estou quase caindo!" Vosso amor me sustenta, Senhor! Quando o meu coração se angustia, consolais e alegrais minha alma.
- Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 8,14-21

Aclamação (Jo 14,2)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Quem me ama realmente guardará minha palavra/ e meu Pai o amará, e a ele nós viremos.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Mc 8,14-21)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. 15Então Jesus os advertiu: "Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes".16Os discípulos diziam entre si: "É porque não temos pão". 17Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: "Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?"Eles responderam: "Doze". 20Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: "Sete". 21Jesus disse: "E ainda não compreendeis?"

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O fermento dos fariseus, saduceus e herodianos

A cena do Evangelho de hoje transcorre na barca, no meio do lago de Tiberíades, quando haviam saído de perto de Magdala a caminho de Betsaída. Pouco tempo antes, houve um dos grandes milagres da multiplicação dos pães na região dos gentios, vizinha à Galiléia. O tema da conversa é ainda o pão. Pelo fato dos apóstolos se terem esquecido de levar pão, Jesus aproveita para dar uma forte reprimenda aos seus discípulos por não terem compreendido o precedente milagre da partilha dos pães. São Marcos, ao dizer que "não tinham mais que um pão no barco", parece querer centrar a atenção em Jesus, o pão da vida. Por associação de idéias, Cristo passa do pão para o fermento: "Tende cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes". Já Mateus fala do "fermento dos fariseus e saduceus" (16,5).Entretanto, como os discípulos eram bastante rudes, pensavam que Jesus se estava a referir ao esquecimento do pão, o que fez nascer nele a preocupação óbvia de não terem que comer. Esquecidos e, além disso, obtusos. Será que não podia solucionar o problema Quem acaba de alimentar quatro mil pessoas somente com sete pães? E o Divino Mestre pergunta-lhes: "Ainda não entendeis? Sois assim tão toscos?O milagre dos pães tinha como objetivo alentar a sua fé em Jesus como Messias de Deus, demonstrar seu poder sobrenatural sobre os alimentos e revelar-lhes, assim, a personalidade de quem o operava, preparando-os para lhes revelar a Eucaristia.Infelizmente, as mentes dos discípulos estavam embotadas e os seus olhos cegos, como os dos fariseus, embora por razões diferentes: os apóstolos por falta de visão atenta, os fariseus por má vontade, mau espírito. Sem dúvida, era doloroso para Jesus comprovar que os seus discípulos, apesar de tão próximos a Ele, em situação privilegiada, estavam à mesma altura de incompreensão que os outros, os seus inimigos.O que queria Jesus dizer ao falar de "fermento" dos fariseus e saduceus (Mt. 16,12) ou de Herodes? Noutras passagens dos Evangelhos, interpreta-se tal fermento como a sua "hipocrisia" (Lc. 12,1): "Guardai-vos dos fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada existe de oculto que não venha a ser revelado".Ambas as interpretações partem do ponto de vista judeu que considerava o fermento como princípio simbólico de corrupção. Por isso a páscoa israelita devia celebrar-se com pães ázimos, sem fermento, do mesmo modo que a Páscoa cristã, que celebra Cristo morto e ressuscitado como fermento do homem novo. São Paulo escrevia aos fiéis de Corinto, na Grécia: "Purificai-vos do fermento velho para serdes massa nova, já que sois pães ázimos. Porque foi imolada a nossa vítima pascal: Cristo. Assim, celebramos a Páscoa, não com o fermento velho - fermento de corrupção e maldade - , mas com os pães ázimos da sinceridade e da verdade" (1 Cor. 5,7 s).São Marcos, habilmente, já anotou a aliança de fariseus e herodianos para eliminar Jesus (3,6), ao falar agora do fermento comum dos fariseus e de Herodes. Dado que Herodes não era mestre em doutrina, isto obriga-nos a interpretar a palavra fermento no sentido de um poder corruptor capaz de contagiar também os discípulos. Só pode tratar-se da visão nacionalista e política do Messias, que contaminava os discípulos, a tal ponto que os impede de reconhecer Jesus como o verdadeiro Messias, isto é, o redentor prometido, o salvador do gênero humano, sem vinculação com sistemas políticos e sociais.Neste contexto, o aviso de Jesus sobre o fermento é uma salvaguarda contra as falsas esperanças messiânicas temporais e triunfalistas, ao mesmo tempo que é um convite a reconhecer a autêntica messianidade. Toda esta passagem prepara o espírito dos apóstolos e discípulos para a confissão da fé em Jesus, como o Messias de Deus, que sairá dos lábios de S. Pedro (Mc. 8,27 ss) (que veremos em breve, ainda nesta semana do Tempo Comum).A tentação que foi proposta a Cristo repetidas vezes foi a do poder e da força. Esta tentação perpassa a História da Igreja e a particular de cada crente.Temos de aprender bem esta lição: a aparente fraqueza da cruz de Cristo é a força real salvadora de Deus. Como dizia S. Paulo: "Nós pregamos Cristo crucificado: escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os chamados a Cristo, força de Deus e sabedoria de Deus" (1 Cor. 1,23).É sempre o caso de dizer: "Guardai-nos, Senhor, do fermento da incredulidade e de nos envergonharmos da fraqueza da Cruz, pois em Cristo revelaste que é a tua força salvadora".

Fonte: Arautos do Evangelho

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