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sexta-feira, 16 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 16/05



Santo do dia

VI SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício e Missa do dia de semana e Missa à escolha.

Hoje a Igreja celebra :
São João Nepomuceno, mártir, +1383


São João Nepomuceno

Natural da Boêmia, foi pregador na Corte de Venceslau IV, em Praga, sendo também confessor da rainha. O rei quis a todo custo obrigá-lo a revelar o que ouvira da rainha em confissão, e mandou torturá-lo de modo cruel, mas o Santo se recusou a violar o segredo sacramental e foi, por isso, lançado ao rio Moldávia, conquistando dessa forma a palma do martírio.

Carta de S. Tiago 2,14-24.26

Leitura da Carta de São Tiago:
14Meus irmãos, de que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? 15Imaginai que um irmão ou uma irmã não tem o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; 16se então alguém de vós lhes disser: "Ide em paz, aquecei-vos", e: "Comei à vontade", sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso?17Assim também a fé: se não se traduz em obras, por si só está morta. 18Em compensação, alguém poderá dizer: "Tu tens a fé e eu tenho a prática! Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras! 19Crês que há um só Deus? Fazes bem! Mas também os demônios crêem isso, e estremecem. 20Queres então saber, homem insensato, como a fé sem a prática é vã? 21O nosso pai Abraão foi declarado justo: não será por causa de sua prática, até o ponto de oferecer seu filho Isaac sobre o altar? 22Como estás vendo, a fé concorreu para as obras, e, graças às obras, a fé tomou-se completa. 23Foi assim que se cumpriu a Escritura que diz: Abraão teve fé em Deus, e isto lhe foi levado em conta de justiça, e ele foi chamado amigo de Deus".24Estais vendo, pois, que o homem é justificado pelas obras e não simplesmente pela fé. 26Assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem as obras, é morta.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 112(111),1-2.3-4.5-6

- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
- Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
- Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.
- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
- Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente!
- Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 8,34-38.9,1

Aclamação (Jo 15,15b)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Eu vos chamo meus amigos,/ pois, vos dei a conhecer/ o que o Pai me revelou.
- Aleluia, aleluia, aleluia.


Evangelho (Mc 8,34-9,1
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 34chamou Jesus a multidão com seus discípulos e disse: "Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la.36Com efeito, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perde a própria vida? 37E o que poderia o homem dar em troca da própria vida? 38Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras diante dessa geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele quando vier na glória do seu Pai com seus santos anjos".9,1Disse-lhes Jesus: "Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão não morrerão sem antes terem visto o Reino de Deus chegar com poder".- Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor.

Comentários

"Se alguém me quiser seguir, renuncie a si mesmo"

O Evangelho de hoje é uma recopilação de várias máximas de Jesus, às quais dá unidade a primeira delas. Chamando a multidão e os discípulos, disse-lhes: "O que quiser vir comigo, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e siga-me". Note-se que Nosso Senhor dirigiu-se a todos e não apenas à elite de seus discípulos. Portanto, os conselhos que vai dar é para todo o cristão, sem exceção.
Há duas condições para seguir a Cristo: negar-se a si mesmo e carregar a cruz. Ambos verbos contêm o verbo seguir: negar-se a si mesmo é não seguir a si mesmo. Carregar é conseguir levar a cruz. Conseguir é ir atrás de. Nisto está o essencial da vida cristã: seguir a Nosso Senhor Jesus Cristo, numa adesão incondicional a Ele. Voltamos a ressaltar: é um conselho para todo o discípulo.
Ontem, vimos que Ele acabava de anunciar o destino do Messias sofredor e agora desenha a trajetória do discípulo, ou seja, a mesma do mestre: pela morte à vida, à ressurreição.
E detalha o modo de proceder nesse seguimento: "quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida salvá-la-á". A fidelidade do seguimento deve ir até o ponto de perder a vida por Cristo. Significa, por conseqüência, que tem de haver uma razão muito poderosa como a própria vida para que o discípulo a entregue por seguir Jesus. E essa superior razão é a nova vida que se alcança com ele. O texto, pois, faz um sublime trocadilho com os dois sentidos da palavra vida: um, corporal ou terreno; outro, espiritual ou eterna. Trocar a vida terrena pela vida eterna é o grande negócio que Jesus nos propõe.
Os três evangelistas sinóticos [Mateus (16,24-28), Marcos (8, 34-38), e Lucas(9, 23-27)] repetem estas máximas de Jesus no Evangelho de hoje, e várias vezes, o que prova a soberana importância que lhes deu a comunidade primitiva como pequeno catecismo da vida cristã para o seguimento de Cristo.
A moral do seguimento ou do acompanhamento a Jesus é, antes de tudo, adesão a uma Pessoa viva. O dom de Deus, a sua graça e a sua liberalidade precedem sempre a norma ética ou dever, a exigência e o preceito. Antes de pedir alguma coisa, Deus começa por sempre dar o amor e a salvação, só depois convida ao seguimento. Os conselhos, as exortações e avisos do bom Jesus não são mais que a conseqüência do anúncio dessa oferta supremamente generosa de Deus: o seu Reino. Deus oferece o Seu Reino, o seu seguimento, companhia e felicidade eterna, pedindo o seu seguimento temporário (mas tanto quanto possível total) nesta terra.
Notemos que o programa de Jesus não propõe a renúncia, o sofrimento e a ascese por si mesmos. Toda essa renúncia e seguimento, por si sós, não teriam sentido positivo, nem negativo, seria até mesmo masoquista. O valor dá-lho o seguimento de Cristo: "por mim, por minha causa", isto é, a sua Pessoa que encarna o modelo proposto e o êxito final prometido.
Caminhando a Seu lado, Jesus quer-nos livre para amar, como ele, e anima-nos a quebrar as correntes do egoísmo, lançar lastro pela borda fora, arriscar e apostar para ganhar.
Tudo isto nos poderia parecer sempre mais ou menos obscuro e paradoxal, sem lógica, (negar-se a si mesmo), até mesmo absurdo (tomar nossa cruz até a morte), enquanto não virmos a luz do exemplo que o próprio Jesus nos ofereceu com sua vida, a sua entrega e o seu amor a nós que o levou até a morte, e, sobretudo, enquanto não o virmos a partir da perspectiva da vida nova da Sua ressurreição, de que nos faz participantes por este caminho salvador que nos liberta (do pecado, enfim, do mal).
Ele estabeleceu o programa e precedeu-nos na realização desta opção radical pelo reino de Deus, entregando a Sua vida para a ganhar definitivamente.
O seguimento que Cristo quer hoje dos seus discípulos, do cristão, é mais que a fidelidade à prática religiosa, embora esta seja importante. Esse seguimento deve ultrapassar a simples imitação de estilo de vida e dos seus gestos concretos, porque exige a interiorizar e fazer nossos os seus critérios, atitudes e sentimentos. Numa palavra, o seu amor generoso concede-nos a vida da graça que faz morrer o egoísmo e renunciar ao projeto autônomo de uma existência sem Deus. O homem atual, qual criança caprichosa e mimada em abundância, não aprecia valores do espírito como a renúncia e a ascese e pouco aberto está ao conhecimento do amor de Deus, porque enfronhado está no hedonismo, no epicurismo e no utilitarismo do século. Assumir a cruz inevitável da vida e praticar a abnegação, como condições do seguimento de Cristo, não é atentado à personalidade, mas libertação do nosso mesquinho eu, para nos abrirmos ao autodomínio ou autocontrole ou equilíbrio e à entrega aos outros irmãos. Isto possibilita-nos uma maior maturidade e plenitude humanas, isto é, crescer como pessoas e como discípulos de Jesus.
Nosso Redentor sugere-nos a libertação do autismo estéril, com a aquisição de uma autêntica ascese que consiste não tanto em livrar-se "de" cadeias quanto em ser livre "para" o bem e para amá-lo.
A medida de amar a Deus consiste em amá-lo sem medidas, disse São Francisco de Sales. Essa capacidade de amar Jesus, Maria e a Igreja será o barômetro que nos leva à abnegação e à renúncia, a essa ascese evangélica que nos põe no rumo para alcançar a vida eterna.

Fonte: Arautos do Evangelho

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