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domingo, 8 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 08/06

Santo do dia

X DOMINGO DO TEMPO COMUM
(2ª semana do saltério)
Ofício dominical comum.Missa própria:
Glória, Credo, Prefácio dos domingos comuns.
Hoje a Igreja celebra : Beata Maria do Divino Coração, religiosa, +1899
Santa Quitéria, virgem, mártir, séc. II
Beato Francisco Aranha, religioso, mártir, +1583


Beata Maria do Divino Coração, a Bem-aventurada Maria do Divino Coração pertencia à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor. Natural de Münster, Alemanha (alemã pelo nascimento, portuguesa pelo coração), Maria do Divino Coração nasceu em 1863. Era filha dos condes de Munster. Em 1888 ingressou no Convento das Irmãs do Bom Pastor, cujo apostolado específico se realiza junto à juventude feminina marginalizada. Em 1894, aos 31 anos, partiu para Portugal. Depois de três meses passados em Lisboa, chegou ao Porto como Superiora do Recolhimento do Bom Pastor. Conseguiu, mercê de muita tenacidade e absoluta confiança no Coração de Jesus, transformar aquela casa em ruínas num florescente jardim de Deus. Em 1896, caiu doente, afectada por uma osteomielite.Morreu no ano de 1899, nas vésperas da realização de seu ardente desejo: a consagração do mundo inteiro ao Sagrado Coração de Jesus, por Leão XIII. A Irmã Maria ofereceu a Deus o seu sofrimento, unindo-se ao Servo Sofredor que continuamente oferece a sua vida pela salvação do mundo. Em Ermesinde, ergue-se majestosa a igreja do Sagrado Coração de Jesus. Ali, diante da Hóstia consagrada em constante exposição, ajoelham perpetuamente almas em adoração reparadora.

Santa Quitéria terá nascido em Braga no ano 120, uma das nove irmãs gémeas filhas de um casal nobre e pagão. A sua vida, bem como a das irmãs, está toda envolta em lendas populares, qual delas a mais maravilhosa.De Quitéria diz-se que tinha a graça de estar sempre perante a presença física do seu Anjo da Guarda, com quem conversava frequentemente e que a aconselhava em cada momento da sua vida. Muito cedo teria fugido de casa de seus pais e habitado no alto de uma montanha, entregue à oração e à meditação. Um dia, tendo regressado a casa, teve de enfrentar a cólera do seu pai que a tinha destinado a um casamento dentro da sua condição. Por teu recusado, foi decapitada no Monte Pombeiro, perto de Margaride.

Livro de Oseias 6,3-6

Leitura da Profecia de Oséias: 3É preciso saber segui-lo para reconhecer o Senhor. Certa como a aurora é a sua vinda, ele virá até nós como as primeiras chuvas, como as chuvas tardias que regam o solo.4Como vou tratar-te, Efraim? Como vou tratar-te, Judá? O vosso amor é como nuvem pela manhã, como orvalho que cedo se desfaz. 5Eu os desbastei por meio dos profetas, arrasei-os com as palavras de minha boca, como luz, expandem-se meus juízos; 6quero amor e não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.

- Palavra do Senhor. - Graças a Deus.

Livro de Salmos 50,1.8.12-13.14-15
- A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus. - A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus. - Falou o Senhor Deus, chamou a terra,/ do sol nascente ao sol poente a convocou./ "Eu não venho censurar teus sacrifícios,/ pois sempre estão perante mim teus holocaustos.
- A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
- Não te diria, se com fome eu estivesse,/ porque é meu o universo e todo ser./ Porventura comerei carne de touros?/ Beberei, acaso, o sangue de carneiros?
- A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus. - Imola a Deus um sacrifício de louvor/ e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo./ Invoca-me no dia da angústia,/ e então te livrarei e hás de louvar-me".
- A todo homem que procede retamente/ eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

Carta aos Romanos 4,18-25

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos: 18Abraão, contra toda a humana esperança, firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: "Assim será a tua posteridade".19Não fraquejou na fé, à vista de seu físico desvigorado pela idade - cerca de cem anos - ou considerando o útero de Sara já incapaz de conceber. 20Diante da promessa divina, não duvidou por falta de fé, mas revigorou-se na fé e deu glória a Deus, 21convencido de que Deus tem poder para cumprir o que prometeu. 22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça.23Afirmando que a fé lhe foi creditada como justiça, a Escritura visa não só à pessoa de Abraão, 24mas também a nós, pois a fé será creditada também para nós, que cremos naquele que ressuscitou dos mortos: Jesus, nosso Senhor. 25Ele, Jesus, foi entregue por causa de nossos pecados e foi ressuscitado para nossa justificação.

- Palavra do Senhor. - Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 9,9-13

Aclamação - Aleluia, Aleluia, Aleluia! - Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Pois foi o Senhor quem mandou/ as boas notícias falar/ a quem está no cativeiro,/ libertação vou proclamar!
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!


Anúncio do Evangelho (Mt 9,9-13)
- O Senhor esteja convosco! - Ele está no meio de nós. - PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus. - Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 9partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: "Segue-me!" Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: "Por que vosso Mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?"12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: "Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: Quero misericórdia e não sacrifício. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores".

- Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor.

Comentários

As duas obediências legítimas de um cristão na vida cívica

Entre os ouvintes de Jesus, achavam-se os saduceus e herodianos, colaboracionistas do poder estrangeiro, e portanto partidários do imposto a César; os fariseus, pelo contrário, opunham-se, considerando-o ilícito para um israelista; e os guerrilheiros zelotas insurgiam-se até pelas armas.Perante tal platéia, a manhosa pergunta que os fariseus e herodianos fazem a Jesus era de difícil resposta para qualquer mortal. Porém, não para a Sabedoria eterna e encarnada, de quem faiscou uma maravilhosa resposta, perpetuada para sempre na memória da humanidade.Analisemos o assunto: ele abrange, simultaneamente, o campo civil e religioso. É lícito pagar imposto a César? Isto é, pode moralmente um israelita, adorador do único Deus verdadeiro, pagar um imposto pessoal ao imperador romano, que se apresenta como divindade estrangeira com a sua efígie cunhada na moeda? Jesus tinha de medir suas palavras. Uma resposta afirmativa ou negativa ou o silêncio evasivo não deixaria de Lhe criar embaraços notórios com a autoridade religiosa e com a civil.Inteligentemente, como ninguém, primeiro atira à cara de seus interlocutores a fingida hipocrisia. A seguir, pede que lhe mostrem um denário romano, em que estava gravada a efígie de César (o imperador Tibério, naquela altura). Finalmente, sentencia: "Pagai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". Esta frase primorosa de Jesus passou para a História, recebendo interpretações diversas segundo as épocas e ideologias. É evidente que Cristo distingue aqui deveres cívicos para com a autoridade e deveres religiosos para com Deus. A questão é esclarecer se se trata de termos mutuamente excludentes ou complementares.Para os laicistas e secularistas fanáticos, os termos César e Deus são eliminatórios ou excludentes, não pode subsistir juntos, estão em confronto. A fé em Deus e a religião são questão privada e pessoal, sem espaço social. Os ministros do evangelho e os cristãos em geral devem limitar o âmbito da sua voz aos templos e sacristias. Assim, tiram a Deus e ao seu Reino o que lhe pertence. Jesus disse: anunciai o Evangelho a todas as pessoas; ilumine a vossa luz todos os homens para que dêem glória a Deus.Pelo contrário, outros, os teístas, pensam que a autoridade civil deve estar ao serviço do Evangelho para implantar pela força do braço secular a lei de Cristo. Quando exacerbados, tendem a negar a César a sua autonomia e os seus direitos em questões não diretamente religiosas, próprios ao poder temporal.A solução que Jesus deu não opõe César a Deus, o temporal ao espiritual, o político ao religioso, a autoridade civil ao reino de Deus. Na Sua insuperável resposta, Cristo não diviniza a autoridade do que manda, mas reconhece-lhe o direito inequívoco de mandar, e apresenta a obediência civil como um dever do cidadão. Por isso, concorda com o pagamento do imposto.Entretanto, reconhecendo a autonomia do terreno e do poder civil, estabelece, pelo menos implicitamente uma hierarquia de termos que nível de consciência dá primazia a Deus sobre César.Cristo apresenta-os como deveres complementares e não eliminatórios ou excludentes, em litígio permanente. O "dar a Deus o que é de Deus" é o primeiro. Mas, daí brota serenamente o fundamento e a obrigação de "dar a César o que é de César".Tiremos desta conclusão desdobramento. A obrigação da autoridade pública é o ordenamento da sociedade para o bem comum, sem atropelar os legítimos direitos particulares. Para conseguir este objetivo conta necessariamente com a lei moral, isto é, a lei de Deus. Por isso a lealdade que o cidadão deve à autoridade civil não há-de estar necessariamente em luta com a sua obediência a Deus. No caso de conflito de deveres por abuso da autoridade pública, é legítima a discordância, a objeção de consciência, a oposição, a resistência e, até mesmo, a desobediência, porque em tal caso é Deus que deve prevalecer, como proclamaram os apóstolos perante o Sinédrio: "Mas Pedro e os Apóstolos responderam: "Importa mais obedecer a Deus do que aos homens" (At. 5,29).O cristão deve ser o melhor cidadão, como o foi o próprio Divino Mestre, que acatou a autoridade civil e a lei religiosa do seu tempo, se bem que com lealdade crítica. Nada do que devemos a Deus o tiramos a César. Mas, também, devemos estar conscientes de que a fé religiosa não nos exime, antes nos obriga, a prestar à autoridade estatal legítima e justa a obediência devida e a colaboração cívica: pagamento de impostos, cumprimento das leis, responsabilidade cívica, participação democrática, crítica construtiva e solidariedade na justiça.Maria Santíssima foi um exemplo exponencial dessa obediência civil submetida à lei Divina. Quando Seu Divino Filho, a caminho do Calvário foi brutalmente separado dela pelos esbirros romanos, obedeceu sem se opor ou sequer mostrar ostensivo desagrado, embora a tristeza lhe toldasse a alma ao inimaginável por tamanha crueldade a propósito do direito que tinha de abraçar seu filho, jamais negado a qualquer mãe. E que Mãe, neste caso? Ela queria obedecer sobretudo a Deus. Por isso, aceitou mais aquela afronta com tanta dignidade, embora pudesse com menor movimento de sua mão fazer com que os anjos acudissem em seu auxílio e desbaratasse aquela tropa de beleguins ou capangas.Junto à Cruz, ela foi submissa até perante a morte de seu querido Filho, dando-nos exemplo extremado de obediência a Deus e a César. Qual foi o prêmio? Ela é co-Redentora do gênero humano e subiu ao Céu em corpo e alma, onde reina com a Trindade Santíssima por toda a eternidade.Rezemos-Lhe para alcançarmos a graça de nunca desobedecer a Deus e à lei legítima dos homens, por mais sacrifícios e provações que isso nos possa custar. Porque com ela e por meio dela, seremos também premiados com a bem-aventurança eterna.


Fonte: Arautos do Evangelho

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