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segunda-feira, 24 de março de 2008

LITURGIA DO DIA - 24/03

Santo do dia

OITAVA DA PÁSCOA
(Glória, Prefácio Pascal I,
Paramentos de cor branca)
Beato Diogo José de Cádiz, religioso, +1801
Santa Catarina da Suécia, virgem, religiosa, +1381

Livro dos Actos dos Apóstolos 2,14.22-32

Leitura dos Atos dos Apóstolos:No dia de Pentecostes, 14Pedro de pé, junto com os onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão: 22"Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isto vós bem o sabeis. 23Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. 24Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse. 25Pois Davi dele diz: Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. 26Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua e até minha carne repousará na esperança. 27Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás que teu Santo experimente corrupção. 28Deste-me a conhecer os caminhos da vida e a tua presença me encherá de alegria.29Irmãos, seja-me permitido dizer com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado e seu sepulcro está entre nós até hoje. 30Mas, sendo profeta, sabia que Deus lhe jurara solenemente que um de seus descendentes ocuparia o trono. 31É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e anunciou com as palavras: Ele não foi abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a corrupção. 32Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto todos nós somos testemunhas". - Palavra do Senhor. - Graças a Deus.

Livro de Salmos 16(15),1-2.5.7-8.9-10.11

- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor; Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranqüilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
- Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
- Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 28,8-15

- O Senhor esteja convosco.- Ele está no meio de nós.- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.- Glória a vós, Senhor.Naquele tempo, 8as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: "Alegrai-vos!" As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés.10Então Jesus disse a elas: "Não tenhais medo. Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão". 11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: "Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis". 15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até o dia de hoje.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

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Anúncio da Ressurreição

Durante a oitava da Páscoa, a Igreja continua a celebrar a ressurreição de Jesus, que inaugura a cinquentena pascal, o “grande domingo” continuado, como disse Santo Atanásio. A ressurreição de Cristo não foi tão só um momento da história, mas o seu ponto mais alto e a explicação de toda a história humana e da vida e morte do homem. As aparições de Cristo ressuscitado centrarão o evangelho de cada dia; e o incipiente caminhar da primeira comunidade cristã refletir-se-á nas primeiras leituras, que contêm o primeiro anúncio dos apóstolos.
O evangelho de hoje contém dois episódios relacionados com a ressurreição do Senhor. O primeiro é a aparição de Jesus a Maria Madalena e Maria de Tiago, que foram visitar o sepulcro. Ali ouviram o anúncio do anjo: “Jesus, o crucificado, não está aqui: ressuscitou, como havia dito... Ide depressa dizê-lo aos seus discípulos”. É então quando lhes sai ao encontro o próprio Jesus, que lhe diz: “Alegrai-vos... Não tenhais medo: ide comunicar aos meus irmãos que vão para a Galileia; ali me verão”.
A segunda parte do evangelho fala do “invento” sobre o sepulcro vazio de Jesus. Os sumos sacerdotes e os anciãos compram o silêncio e a mentira dos guardas do sepulcro, únicas testemunhas diretas da ressurreição: “Dizei que os seus discípulos foram de noite e roubaram o corpo enquanto vós dormíeis... e esta história foi-se difundindo entre os judeus até hoje”. Desta resenha sobre a fábula do sepulcro vazio, exclusiva de S. Mateus, se deduz o clima conflituoso entre a velha sinagoga e a jovem Igreja.
Mas, os discípulos de Jesus encarregaram-se de dizer a verdade, como vemos na primeira leitura, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos, que será a fonte da primeira leitura diária durante todo o tempo pascal. Assim, se vem fazendo desde o século IV. A leitura de hoje contém o primeiro kerigma ou discurso missionário de S. Pedro, que é uma proclamação pública e um testemunho pessoal de Cristo ressuscitado: “Deus ressuscitou Jesus, e nós somos testemunhas”.
Assim se expressava Pedro no dia de Pentecostes, quando as pessoas se espantavam de ouvir cada um na sua língua os apóstolos. “Estes não estão embriagados, como pensais, é que realiza-se agora a efusão do Espírito de Deus, predita pelo profeta Joel para os tempos messiânicos. E de seguida passa a anunciar-lhes Jesus de Nazaré, homem acreditado por Deus diante do povo mediante sinais e prodígios. Não obstante, o povo judeu crucificou-o “pela mão de pagãos”; mas Deus o ressuscitou. Na sua ressurreição culmina “o plano previsto e sancionado por Deus” e cumpre-se a profecia do salmo”: “Não me entregarás à morte nem deixarás o teu fiel conhecer a corrupção” (Salmo Responsorial).
Continuar este testemunho apostólico da ressurreição de Cristo é o encargo da Igreja e dos cristãos de todos os tempos. Não podemos procurar entre os mortos o que vive, o vivente por antonomásia. A ressurreição de Jesus, mistério central da nossa fé e dado certo e real, embora não verificável pelos métodos das ciências, é o acontecimento salvador que nos enche de júbilo e que, baseados na fé apostólica da Igreja, temos de acreditar, proclamar e testemunhar mediante a nossa vida de ressuscitados com Cristo.
Testemunhar a ressurreição de Jesus é afirmar em primeiro lugar que a sua situação pessoal mudou por completo, porque Deus Pai pôs a sua assinatura e rubrica em tudo o que disse e fez Jesus, cujo caminho era o do próprio Pai. Mas há algo mais. A ressurreição de Cristo não se limita a ele só, pois de fato inaugura uma nova era e um mundo novo, em que não é a morte que tem a última palavra, mas a vida sem fronteiras para todo o homem e mulher que acreditem no Filho ressuscitado de Deus.
Hoje nasce o homem novo, a nova humanidade redimida, como todo o esplendor com que saiu no princípio das mãos do seu Criador. Quando confessamos Cristo ressuscitado não dizemos simplesmente que a sua tumba ficou vazia, mas que vive para nos dar vida. Por tudo isso: anunciamos a tua morte, proclamamos a tua ressurreição. Vem, Senhor Jesus!


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