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quinta-feira, 12 de março de 2009

LITURGIA DO DIA - 12/03

Santo do Dia

Quinta-feira da 2ª da Quaresma
Hoje a Igreja celebra : S. Luís Orione, sacerdote, fundador, +1940, Santo Inocêncio I, papa, +417
LEITURAS
Livro de Jeremias 17,5-10.
Isto diz o Senhor: Maldito aquele que confia no homem e conta somente com a força humana, afastando o seu coração do Senhor. Assemelha-se ao cardo do deserto; mesmo que lhe venha algum bem, não o sente, pois habita na secura do deserto, numa terra salobra, onde ninguém mora. Bendito o homem que confia no Senhor, que tem no Senhor a sua esperança. É como a árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a corrente; não teme quando vem o calor, e a sua folhagem fica sempre verdejante. Não a inquieta a seca de um ano e não deixará de dar fruto. Nada mais enganador que o coração, tantas vezes perverso: quem o pode conhecer? Eu, o Senhor, penetro os corações e sondo as entranhas, a fim de recompensar cada um pela sua conduta e pelos frutos das suas acções.
-Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se de
tém no caminho dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos;antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR e nela medita dia e noite.É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido.Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva.O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.
Evangelho segundo S. Lucas 16,19-31.
«Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os dias esplêndidos banquetes. Um pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão, coberto de chagas. Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas. Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na morada dos mortos, achando-se em tormentos, ergueu os olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio. Então, ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou atormentado nestas chamas.' Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de nós.' O rico insistiu: 'Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos; que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.' Disse lhe Abraão: 'Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!' Replicou-lhe ele: 'Não, pai Abraão; se algum dos mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.' Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos.'»
- Palavra da Salvação
- Glória a Vóz Senhor
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, Doutor da Igreja Sermão 122, sobre o rico e Lázaro

«O rico viu de longe Abraão com Lázaro no seu seio»

«Abraão era muito rico», diz-nos a Escritura (Gn 13, 2). [...] Abraão, meus irmãos, não era rico devido a si próprio, mas devido aos pobres; em vez de guardar para si a sua fortuna, propôs-se partilhá-la. [...] Este homem, ele próprio estrangeiro, não cessou de tudo fazer para que o estrangeiro deixasse de se sentir estrangeiro. Vivendo dentro da tenda, não podia suportar que alguém passasse sem abrigo. Perpétuo viajante, acolhia sempre os hóspedes que apareciam. [...] Em vez de repousar sobre a generosidade de Deus, sabia-se chamado a reparti-la: usava-a para defender os oprimidos, para libertar os prisioneiros, ou mesmo para arrancar ao seu destino homens que iam morrer (Gn 14, 14). [...] Na presença do estrangeiro que recebe (Gn 18, 1ss.), Abraão não se senta, permanece de pé. Não é conviva do seu hóspede, faz-se seu servidor; esquece que na sua casa é ele o senhor, traz ele próprio o alimento e, preocupado com uma preparação cuidada, pede ajuda à sua mulher. Para si próprio, entrega-se inteiramente aos seus empregados, mas para o estrangeiro que recebe, pensa que vale a pena confiá-lo à sabedoria da sua esposa.Que direi ainda, meus irmãos? É uma delicadeza tão perfeita... que atraiu o próprio Deus para a casa de Abraão, que O forçou a ser seu hóspede. Assim veio a Abraão, repouso dos pobres, refúgio dos estrangeiros, Aquele que, mais tarde, haveria de dizer-Se acolhido na pessoa do pobre e do estrangeiro: «Tive fome, disse Ele, e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; fui estrangeiro e recebestes-Me» (Mt 25, 35).E lemos ainda no Evangelho: «O pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão». Não é natural, meus irmãos, que Abraão, até no seu repouso, acolha todos os santos, e que até na sua beatitude se ocupe do seu serviço de hospitalidade? [...] Sem dúvida alguma, não se poderia sentir plenamente feliz se, mesmo na glória, não continuasse a exercer o seu ministério de partilha.

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