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domingo, 30 de março de 2008

LITURGIA DO DIA - 30/03

Santo do dia

II DOMINGO DA PÁSCOA
DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA
(Paramentos de cor Branca)
Hoje a Igreja celebra :
S. João Clímaco, religioso, +615
S. Leonardo Murialdo, confessor, +1900
Beato Amadeu de Sabóia, duque, confessor, +1472
S. Zózimo, bispo, +662
Santa Irene, virgem (séc. IX)
Beato Luis de Casoria, presbítero, fundador, 1885
São Pedro Regalato, presbítero, +1456

Livro dos Actos dos Apóstolos 2,42-47

Livro dos Atos dos Apóstolos:

Os que se haviam convertido 42eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações.43E todos estavam cheios de temor por causa dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realizavam. 44Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum; 45vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um.46Diariamente, todos freqüentavam o Templo, partiam o pão pelas casas e, unidos, tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração. 47Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava ao seu número mais pessoas que seriam salvas.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 118(117),2-4.13-15.22-24

- Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom;/ eterna é a sua misericórdia!
- Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom;/ eterna é a sua misericórdia!
- A casa de Israel agora o diga:/ "Eterna é a sua misericórdia!"/ A casa de Aarão agora o diga:/ "Eterna é a sua misericórdia!"/ Os que temem o Senhor agora o digam:/ "Eterna é a sua misericórdia!"
- Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom;/ eterna é a sua misericórdia!
- Empurram-me, tentando derrubar-me,/ mas veio o Senhor em meu socorro./ O Senhor é minha força e o meu canto,/ e tornou-se para mim o Salvador./ "Clamores de alegria e de vitória/ ressoem pelas tendas dos fiéis".
- Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom;/ eterna é a sua misericórdia!
- "A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular."/ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:/ Que maravilhas ele fez a nossos olhos!/ Este é o dia que o Senhor fez para nós,/ alegremo-nos e nele exultemos!
- Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom;/ eterna é a sua misericórdia!

1ª Carta de S. Pedro 1,3-9

Leitura da Primeira Carta de São Pedro:

3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, 4para uma herança incorruptível, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus.5Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. 6Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações.7Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira - mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo - e alcançará louvor, honra e glória no dia da manifestação de Jesus Cristo.8Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 20,19-31

Aclamação

Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Acreditaste, Tomé, porque me viste/ Felizes os que crerem sem ter visto!
Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia!



Anúncio do Evangelho (Jo 20,19-31)

- O Senhor esteja convosco!
- Ele está no meio de nós!

- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
- Glória a vós, Senhor!

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: "A paz esteja convosco". 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos". 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: "Vimos o Senhor!" Mas Tomé disse-lhes: "Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei". 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". 27Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel". 28Tomé respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!" 29Jesus lhe disse: "Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!"30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

Comentários

Felizes os que acreditam sem terem visto

1. A paz, o Espírito e a missão. O evangelho deste dia relata duas aparições de Jesus ressuscitado. Ambas acontecem no domingo, o dia de culto: a primeira na tarde do próprio dia da sua ressurreição, estando ausente o apóstolo Tomé; a segunda com Tomé presente, oito dias depois da primeira, razão pela qual se escolheu este evangelho para hoje. Na primeirao aparição, destaca-se o envio apostólico por meio do dom do Espírito e, na segunda, a bem-aventurança da fé.
a) A parição no dia de Páscoa. Depois da morte de Jesus, o estado de ânimo dos discípulos era deplorável: porta fechadas com medo dos judeus, tristeza, falta de comunicação e dúvida radical sobre Jesus de Nazaré, em quem tinham posto tantas esperanças e que acabou morto na cruz pelos inimigos. Neste contexto comunitário tem lugar a inesperada aparição de jesus ao entardecer. Cristo saúda-os: A paz esteja convosco. E de seguida mostra-lhes as mãos e o peito com as chagas da paixão, como provas da identidade pessoal. Os discípulos estão conscientes de que não se trata de uma alucinação coletiva. A pessoa que têm perante si é o próprio Jesus que conviveu com eles e que morreu crucificado, mas que agora vive porque ressuscitou. Assim pressagiava o sepulcro vazio, anunciava a mensagem sobrenatural das mulheres que foram ao túmulo e afirmava Maria Madalena, a quem tinham aparecido naquele dia, pela manhã.
b) A missão e o dom do Espírito Santo. Continuando, acontece aquilo a que podemos chamar «transmissão de poderes» de Cristo para a Igreja, representada nos discípulos: como o Pai Me enviou, assim Eu vos envio. E, de seguida, Jesus infunde o Espírito sobre os seus discípulos - ou seja, sobre os crentes, em linguagem joânica - com um rito «sacramental», isto é, com um gesto que acompanha a palavra eficaz. Soprou sobre eles e disse: «Recebi o Espírito Santo». Este pormenor recorda o sopro criador de Deus sobre Adão. Estamos perante a segunda criação do homem novo em Cristo ressuscitado
c) O perdão dos pecados. Ao dar-lhes o Espírito, Jesus acrescenta: «Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos». Somente Ele podia dar tal poder à comunidade eclesial, pois advém do seu pleno senhorio no céu e na terra.
2. A bem-aventurança da fé. A segunda parte do evangelho narra uma segunda aparição de Jesus, oito dias depois da primeira, no dia da ressurreição. Esta nova aparição tem um destinatário muito concreto: o apóstolo Tomé que não esteve presente na primeira e estava reticente em acreditar nos companheiros. Ele exige provas fidedignas: «Se não vir, se não tocar, não acreditarei». Na verdade, o destinatário somos nós, pela conclusão que Jesus pronunciará no final da cena.
Tomé é um modelo parodoxal de fé, pois, se a princípio, é paradigma da falta de fé, da dúvida e da crise racionalista, hoje tão freqüente, posteriormente é o modelo de fé absoluta. Ao aparecer pela segunda vez, Jesus, depois de os saudar de novo com a paz, convida Tomé a realizar as provas empíricas. E é então que dos lábios de Tomé, antes incrédulo e agora crente, brota a mais profunda confissão de fé em Cristo que lemos em todo o Novo Testamento: «Meu Senhor e meu Deus». A fé vai mais longe e afirma muito mais do que o que vê, porque não é fruto da razão nem da evidência, mas de um coração rendido ao amor.
Depois de tão esplêndida confissão de fé pelo Seu discípulo, Jesus conclui: «Porque Me viste, acreditaste; felizes o que acreditam sem terem visto». Com isto Jesus afirma que a fé não é conclusão de uma demonstração ou de um raciocínios. Temos de acrescentar esta nova bem-aventurança, a da fé, às oito do sermão da Montanha. Foi dita para nós, que não vimos Cristo e O amamos, que não O conhecemos pessoalmente, mas acreditamos nEle como fundamento da nossa esperança. É o que vem dizer o apóstolo Pedro na sua primeira carta, como eco desta bem-aventurança.
3. Fé e amor: amar para crer. O apóstolo Tomé encarna atitudes muito atuais e sempre perenres em relação à fé: o racionalismo e a comprovação empírica, aplicadas ao objeto da fé. Quando aparecem dúvidas ou crises de fé, aparece também, mesmo nos crentes, a tendência para procurar provas seguranças. No fundo do nosso ser existe uma resistência a acreditar. É isso que provoca a «incredulidade do crente».
Não há dúvida de que acreditar em Cristo morto e ressuscitado é o núcleo central da mensagem cristã, a que a fé se refere constantemente como fonte original. Conscientes disto, percebemos que ser crente implica conseqüências práticas muito sérias, pois não se fica na passividade teórica do «eu não compreendo, mas acredito». Por isso, surge a tensão dialética, não exclusiva de Tomé, entre fé e razão, fé e descrença, fé e insegurança, fé e escuridão. Então, «logicamente», pedimos luz e provas para acreditar e aceitar Deus na nossa vida pessoal, moral, afectiva, familiar, social, laboral ou de negócios. Tão ruins e desconfiados!
Sejamos sinceros: por que nos custa tanto acreditar a sério? Basicamente, por causa de um destes motivos: por hipercrítica racionalista, por medo do risco, por falta de compromisso e generosidade. Em última análise, por falta de amor. Na medida em que tomarmos contato com a dor e o sofrimento nossos e do de nossos irmãos doentes, pobres, humilhados e oprimidos, descobriremos o Senhor. Sem O ver fisicamente, vê-lO-emos pela fé e nEle acreditaremos. Felizes os que acreditam sem terem visto!

Fornecido via e-mail pelo site Arautos do Evangelho

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