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quinta-feira, 3 de abril de 2008

LITURGIA DO DIA - 03/04

Santo do dia

II SEMANA DA PÁSCOA
(Prefácio Pascal)
(Paramentos de Cor Branca)
Hoje a Igreja celebra:
Santa Engrácia, Virgem e Mártir (+1050)
S. Ricardo de Chischerter, Bispo (+1253)
Santas Ágape, Quilónia e Irene, irmãs, mártires, +304
S Sisto I, papa, +129
S. Sisto II, papa, mártir, +258
S. Sisto III, papa, +440

Livro dos Actos dos Apóstolos 5,27-33

Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, 27eles levaram os apóstolos e os apresentaram ao Sinédrio. O sumo sacerdote começou a interrogá-los, 28dizendo: "Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem!"29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: "É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens. 30O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia Supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. 32E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que a Ele obedecem". 33Quando ouviram isto, ficaram furiosos e queriam matá-los.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 34,2.9.17-18.19-20

- Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
- Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
- Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
- Mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança. Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta.
- Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
- Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido. Muitos males se abatem sobre os justos, mas o Senhor de todos eles os liberta.
- Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 3,31-36

- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.

31"Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. 32Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. 33Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. 34De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o espírito sem medida.35O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. 36Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Testemunhas de Cristo, na perseguição

Apresenta-se aqui um autêntico resumo do pensamento de S. João Evangelista sobre a pessoa de Cristo e a salvação que dele dimana, enriquecendo as idéias do Evangelho de ontem: "O Pai ama o Filho e pôs tudo na sua mão. O que crê no Filho possui a vida eterna; o que não crê no Filho não verá a vida; pelo contrário, a ira de Deus pesa sobre ele". Crer ou não crer é o dilema radical que apresenta o quarto Evangelho; e viver ou não viver é o resultado. Eis aqui o resumo de todo o Evangelho de S. João.
Como vemos na primeira leitura de hoje, a opção pela incredulidade foi a dos obstinados membros do Sinédrio que se opõem ao anúncio pascal dos Apóstolos. Estes estão novamente presos e diante do conselho. São reincidentes segundo a autoridade judaica, que os havia proibido de falar de Cristo. A desobediência agrava-se, porque do ensino dos Apóstolos depreende-se a responsabilidade do conselho na morte de Jesus.
A resposta dos detidos a estas autoridades demonstra de novo a audácia de quem cheio da força do Espírito Santo: "É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens". E anunciam uma vez mais Cristo ressuscitado e exaltado por Deus como "chefe e salvador para conceder a Israel a conversão e o perdão dos pecados. Testemunhas disto somos nós e o Espírito Santo, que Deus concede aos que lhe obedecem. Esta resposta exasperou-os e decidiram acabar com eles".
Amanhã, veremos que a intervenção do rabino Gamaliel, fariseu e mestre de S. Paulo, inclinou a balança a favor da libertação dos Apóstolos, não sem antes os flagelarem. Mas, estes alegraram-se por se considerarem dignos de sofrer aquela afronta pelo nome de Cristo.
Como em todo o processo era necessário o aval de duas testemunhas, os Apóstolos apresentaram-se a si mesmo como primeiras testemunhas e ao Espírito Santo como segunda. Assim testemunharam a sua interpretação religiosa do desígnio salvador de Deus por Cristo. Mas, estão conscientes de que o Espírito não é monopólio do grupo apostólico. Deus concede a todo o que lhe obedece. Desta forma, também a comunidade cristã, enquanto Igreja, tem igualmente a responsabilidade de testemunhar Cristo ressuscitado. E, assim, o fizeram os autênticos cristãos de todos os tempos, já desde o princípio, por meio da sua caridade, da sua pobreza, da sua solidariedade humana, da sua alegria e, às vezes, do seu martírio.
O itinerário da perseguição religiosa repete-se ao longo da História. Tal como Jesus e os seus apóstolos, os discípulos de Cristo têm sido com freqüência objeto da inimizade dos homens, em especial dos que governam e dos poderosos. Mas, a Igreja, a comunidade cristã, não deve temer as acusações e invectivas do mundo, se servir com fidelidade a causa de Cristo e do seu Evangelho, porque o seu testemunho será confirmado pelo Espírito de Deus.
S. Paulo prevenia o seu discípulo Timóteo: Todo o que se proponha viver cristãmente será perseguido. Porque os seus critérios e conduta destoarão necessariamente dos do mundo, submerso no mal, no egoísmo e no pecado.
A celebração eucarística, tal como os sacramentos do Batismo e da Reconciliação, é o momento por excelência em que participamos do mistério pascal, isto é, da Morte e Ressurreição de Cristo. Partilhando a sua palavra e o seu pão, que é o Corpo glorioso, passamos continuamente da condição de pecadores à de penitentes. Embora, o mundo nos sente no banco dos réus, sabemos que a vitória definitiva está com os que seguem Cristo pela cruz para a ressurreição.

Fornecido via e-mail pelo site Arautos do Evangelho

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