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quarta-feira, 3 de junho de 2009

LITURGIA DO DIA - 03/06

Livro de Tobias 3,1-11.16-17.
Entristeci-me, chorei, e com aflição orei, dizendo: «Tu és justo, Senhor! Todas as tuas obras são justas e todos os teus caminhos são misericórdia e verdade; Tu és o juiz do mundo. Agora, Senhor, recorda-te de mim, olha para mim. Não me castigues, por causa dos meus pecados e dos meus erros, nem pelos pecados que os meus pais cometeram contra ti. Violando os teus mandamentos, nós pecámos diante de ti. Por isso, Tu permitiste que nos roubassem os nossos bens e abandonaste-nos ao cativeiro e à morte. Fizeste de nós objecto de escárnio e injúria de todos os gentios, entre os quais nos dispersaste. Agora, trata-me segundo as minhas culpas e as culpas dos meus pais, porque todos os teus juízos são verdadeiros e porque nós não observámos os teus mandamentos, e não caminhámos diante de ti na verdade. Assim, faz comigo o que quiseres. Dá ordem para que a minha vida me seja tirada, de forma que eu desapareça da face da terra e me converta em pó; porque para mim é melhor morrer do que viver, pois tive de ouvir ultrajes e mentiras, e uma grande tristeza me acabrunha. Senhor, permite que eu seja libertado desta angústia, faz-me chegar à morada eterna e não afastes de mim, Senhor, a tua face, pois para mim é melhor morrer do que ter sempre diante de mim esta angústia e ter de ouvir os insultos!» Naquele mesmo dia, aconteceu que Sara, filha de Raguel, estando em Ecbátana, na Média, teve de ouvir também ela, injúrias de uma das escravas de seu pai. Ela fora dada como esposa a sete maridos. Mas Asmodeu, um demónio maligno, matara-os, antes que se pudessem aproximar dela como esposa. Disse-lhe, pois, a serva: «És tu que matas os teus maridos! Já foste dada a sete homens e com nenhum até agora ficaste casada. Porque nos espancas por terem morrido os teus maridos? Vai-te embora com eles, e não vejamos de ti nem filho nem filha, por toda a eternidade!» Naquele dia, a alma de Sara encheu-se de tristeza e ela pôs-se a chorar. Subiu, então, ao quarto de seu pai, com intenção de se enforcar. Todavia, reflectiu de novo e disse para consigo: «Não posso fazer tal coisa. Poderiam escarnecer de meu pai e dizer-lhe: ‘Tiveste uma filha única, muito querida, e ela enforcou-se, por causa das suas desgraças’. Assim, levaria eu para a região dos mortos a velhice de meu pai, consumida pelo luto. É melhor, então, que não me enforque, mas peça ao Senhor a morte, para que nunca mais ouça insultos em toda a minha vida.» Naquele instante, Sara estendeu os braços para a janela e orou nestes termos: «Bendito és Tu, Deus misericordioso! E bendito é o teu nome por todos os séculos! Louvem-te todas as tuas obras, pela eternidade! Na mesma hora, foi ouvida a oração de ambos na presença da glória de Deus. Por isso, foi enviado Rafael para os curar: tirar as escamas brancas dos olhos de Tobite, a fim de que com os seus próprios olhos pudesse ver a luz de Deus; e dar Sara, filha de Raguel, como esposa a Tobias, filho de Tobite, expulsando dela Asmodeu, o demónio maligno, pois a Tobias, de preferência aos demais pretendentes, competia tomá-la para si. No mesmo instante, Tobite voltou para sua casa e Sara, filha de Raguel, desceu do quarto.
Livro de Salmos 25(24),2-4.5.6-7.8-9.
Meu Deus, em ti confio: não seja confundido, nem escarneçam de mim os inimigos.Pois os que esperam em ti não serão confundidos; mas sejam confundidos os que atraiçoam sem motivo.Mostra me, SENHOR, os teus caminhos e ensina me as tuas veredas.Dirige me na tua verdade e ensina me, porque Tu és o Deus meu salvador. Em ti confio sempre.Lembra te, SENHOR, da tua compaixão e do teu amor, pois eles existem desde sempre.Não recordes os meus pecados de juventude e os meus delitos. Lembra-te de mim, SENHOR, pelo teu amor e pela tua bondade.O SENHOR é bom e justo; por isso ensina o caminho aos pecadores,guia os humildes na justiça e dá lhes a conhecer o seu caminho.
Evangelho segundo S. Marcos 12,18-27.
Vieram ter com Ele os saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no: «Mestre, Moisés prescreveu-nos que se morrer o irmão de alguém, deixando a mulher e não deixando filhos, seu irmão terá de casar com a viúva para dar descendência ao irmão. Ora havia sete irmãos, e o primeiro casou e morreu sem deixar filhos. O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar descendência, e o mesmo aconteceu ao terceiro; e todos os sete morreram sem deixar descendência. Finalmente, morreu a mulher. Na ressurreição, de qual deles será ela mulher? Porque os sete a tiveram por mulher.» Disse Jesus: «Não andareis enganados por desconhecer as Escrituras e o poder de Deus? Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem eles se casarão, nem elas serão dadas em casamento, mas serão como anjos no Céu. E acerca de os mortos ressuscitarem, não lestes no livro de Moisés, no episódio da sarça, como Deus lhe falou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob? Não é um Deus de mortos, mas de vivos. Andais muito enganados.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Catecismo da Igreja Católica §§ 988-994
«Ele não é o Deus dos mortos mas dos vivos»

«CREIO NA RESSURREIÇÃO DA CARNE»
O Credo cristão — profissão da nossa fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e na sua acção criadora, salvadora e santificadora — culmina na proclamação da ressurreição dos mortos no fim dos tempos, e na vida eterna. Nós cremos e esperamos firmemente que, tal como Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para sempre, assim também os justos, depois da morte, viverão para sempre com Cristo ressuscitado, e que Ele os ressuscitará no último dia. Tal como a d'Ele, também a nossa ressurreição será obra da Santíssima Trindade. [...] A palavra «carne» designa o homem na sua condição de fraqueza e mortalidade. «Ressurreição da carne» significa que, depois da morte, não haverá somente a vida da alma imortal, mas também os nossos «corpos mortais» (Rom 8, 11) retomarão a vida.Crer na ressurreição dos mortos foi, desde o princípio, um elemento essencial da fé cristã. «A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos: é por crer nela que somos cristãos» (Tertuliano). [...] A ressurreição dos mortos foi revelada progressivamente por Deus ao seu povo. A esperança na ressurreição corporal dos mortos impôs-se como consequência intrínseca da fé num Deus criador do homem todo, alma e corpo. O Criador do céu e da terra é também Aquele que mantém fielmente a sua aliança com Abraão e a sua descendência. É nesta dupla perspectiva que começará a exprimir-se a fé na ressurreição. [...] Os fariseus e muitos contemporâneos do Senhor esperavam a ressurreição. Jesus ensina-a firmemente. E aos saduceus, que a negavam, responde: «Não andareis vós enganados, ignorando as Escrituras e o poder de Deus?» (Mc 12, 24). A fé na ressurreição assenta na fé em Deus, que «não é um Deus de mortos, mas de vivos» (Mc 12, 27). Mas há mais: Jesus liga a fé na ressurreição à sua própria pessoa: «Eu sou a Ressurreição e a Vida» (Jo 11, 25). É o próprio Jesus que, no último dia, há-de ressuscitar os que n'Ele tiverem acreditado, comido o seu Corpo e bebido o seu Sangue (Jo 6, 40.54).

Fonte: Evangelho Quotidiano

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