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domingo, 6 de junho de 2010

LITURGIA DO DIA - 06/06

Santo do dia

10º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Décimo Domingo do Tempo Comum (semana II do saltério)
A dimensão profética percorre a liturgia da Palavra deste domingo, em Elias, o profeta da esperança e da vida, em Paulo, o profeta do Evangelho recebido de Deus, e, particularmente, em Jesus, o grande profeta que visita o seu povo em atitude de total oblação. A primeira leitura apresenta-nos a figura da mulher de Sarepta, que significa a perda da esperança e o sentimento de derrota e de procura de um culpado, e a figura do profeta Elias, que acredita no Deus da vida, que não abandona o homem ao poder da morte, ressuscitando o filho da viúva. No Evangelho, temos a revelação de Deus expressa na atitude de piedade e compaixão de Jesus no milagre da ressurreição do filho da viúva. Deus visita o seu povo em Jesus, “um grande profeta”, realizando o reino pela ressurreição, oferecendo a sua vida e dando-lhe pleno sentido. Na segunda leitura, acolhemos a absoluta gratuidade da conversão de Paulo, para quem o Evangelho é uma força vital e criadora, que produz o que anuncia; a sua força é Deus. É uma força vital, uma dinâmica profética que ele recebeu directamente de Deus.
LEITURAS
Livro de 1º Reis 17,17-24.
Depois destas palavras, adoeceu o filho desta mulher, a dona da casa; a sua doença era tão grave que já nem conseguia respirar.
Livro de Salmos 30,2.4.5-6.11.12.13.
SENHOR, eu te enalteço, porque me salvaste e não permitiste que os inimigos se rissem de mim.SENHOR, livraste a minha alma da mansão dos mortos, poupaste me a vida, para eu não descer ao túmulo.Cantai salmos ao SENHOR, vós que o amais, e dai-lhe graças, lembrando a sua santidade.A sua indignação dura apenas um instante, mas a sua benevolência é para toda a vida. Ao cair da noite, vem o pranto; e, ao amanhecer, volta a alegria.Ouve me, SENHOR, tem compaixão de mim; SENHOR, vem em meu auxílio.Tu converteste o meu pranto em festa, tiraste me o luto e vestiste me de júbilo.Por isso o meu coração te cantará sem cessar. SENHOR, meu Deus, eu te louvarei para sempre.
Carta aos Gálatas 1,11-19.
Com efeito, faço-vos saber, irmãos, que o Evangelho por mim anunciado, não o conheci à maneira humana; pois eu não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por uma revelação de Jesus Cristo. Ouvistes falar do meu procedimento outrora no judaísmo: com que excesso perseguia a Igreja de Deus e procurava devastá-la; e no judaísmo ultrapassava a muitos dos compatriotas da minha idade, tão zeloso eu era das tradições dos meus pais. Mas, quando aprouve a Deus – que me escolheu desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça – revelar o seu Filho em mim, para que o anuncie como Evangelho entre os gentios, não fui logo consultar criatura humana alguma, nem subi a Jerusalém para ir ter com os que se tornaram Apóstolos antes de mim. Parti, sim, para a Arábia e voltei outra vez a Damasco. A seguir, passados três anos, subi a Jerusalém, para conhecer a Cefas, e fiquei com ele durante quinze dias. Mas não vi nenhum outro Apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor.
Evangelho segundo S. Lucas 7,11-17.
Em seguida, dirigiu-se a uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe. O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!» E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Ambrósio (cc 340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja Sobre o Evangelho de S. Lucas, V, 89 (trad. cf SC 45, p. 214)

As lágrimas de uma mãe

A misericórdia divina deixa-se facilmente vergar pelos gemidos desta mãe. Ela é viúva; os sofrimentos ou a morte do seu único filho quebraram-na. [...] Creio que esta viúva, rodeada da multidão do povo, é mais do que uma simples mulher que merece pelas suas lágrimas a ressurreição de um filho, jovem e único. Ela é a própria imagem da Santa Igreja que, com as suas lágrimas, no meio do cortejo fúnebre e até junto do túmulo, obtém que seja devolvido à vida o jovem povo deste mundo. [...] Porque à palavra de Deus os mortos ressuscitam, reencontram a voz e a mãe recupera o seu filho; ele foi chamado do túmulo, foi arrancado ao sepulcro. Que túmulo é este para vós, senão o vosso mau comportamento? O vosso túmulo é a falta de fé. [...] Desse sepulcro, Cristo vos liberta; saireis do túmulo se escutardes a Palavra de Deus. E, se o vosso pecado for demasiado grave para que o possam lavar as lágrimas da vossa penitência, que intervenham por vós as lágrimas da vossa mãe Igreja. [...] Ela intercede por cada um dos seus filhos, como por outros tantos filhos únicos. Com efeito, ela é plena de compaixão e experimenta uma dor espiritual e materna sempre que vê os seus filhos arrastados para a morte pelo pecado.
Fonte: Evangelho Quotidiano

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