Imaculado Coração de Maria (ofício próprio)
Imaculado Coração de Maria
A festa litúrgica do Coração de Maria passou por muitas vicissitudes. De acordo com a história, houve primeiramente uma devoção privada ininterrupta, que não chegou a formas públicas oficiais.Efectivamente, a primeira festa litúrgica do Coração de Maria foi celebrada a 8 de Fevereiro de 1648, na diocese de Autun (França). Em 1864, alguns bispos pedem ao Papa a consagração do mundo ao Coração de Maria, aduzindo como justificativa e motivo a realeza de Maria. O pedido decisivo partiu de Fátima e do episcopado português.

Hoje a Igreja celebra : Nossa Senhora do Sameiro, Beato Ludovico Mzyk, presbítero, e companheiros mártires (+1940)
LEITURAS
Livro de Isaías 61,9-11.
Livro de Isaías 61,9-11.
A sua descendência será célebre entre as nações, e a sua posteridade entre os povos. Todos os que os virem hão-de reconhecê-los como a linhagem abençoada pelo SENHOR. Rejubilo de alegria no SENHOR, e o meu espírito exulta no meu Deus, porque me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de triunfo. Como um noivo que cinge a fronte com o diadema, e como uma noiva que se adorna com as suas jóias. Porque, assim como a terra faz nascer as plantas, e o jardim faz brotar as sementes, assim o Senhor DEUS faz germinar a justiça e o louvor diante de todas as nações.
Livro de 1º Samuel 2,1.4-5.6-7.8.
Ana orou, entoando este cântico: «Exulta o meu coração de júbilo noSenhor. Nele se ergue a minha fronte, a minha boca desafia os meus adversários, porque me alegro na tua salvação. O arco dos fortes foi quebrado e os fracos foram revestidos de vigor. Os saciados tiveram que ganhar o pão e os famintos foram saciados. Até a estéril foi mãe de sete filhos e a mulher que os tinha numerosos, ficou estéril. O Senhor é que dá a morte e a vida, leva à habitação dos mortos e tira de lá. O Senhor despoja e enriquece, humilha e exalta. Levanta do pó o mendigo e tira da imundície o pobre, para os sentar com os príncipes e ocupar um trono de glória; porque são do Senhor as colunas da terra e sobre elas assentou o mundo.
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da festa. Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas. Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!» Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?» Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse. Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem aventurada Isabel da Santíssima Trindade (1880-1906), carmelita Último retiro, 15º dia (OC, Cerf 1991, p. 184)
«Maria conservava todas estas coisas ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19)
«A Virgem guardava estas coisas no seu coração.» Toda a sua história pode resumir-se nestas palavras! Foi no seu coração que viveu, e em tal profundidade, que o olhar humano não consegue acompanhá-la. Quando leio no Evangelho: «Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia» (Lc 1, 39) para ir cumprir o seu serviço de caridade junto de sua prima Isabel, vejo-a passar tão bonita, tão calma, tão majestosa, tão recolhida interiormente com o Verbo de Deus. Como se a sua oração fosse continuamente: «Eis aqui». Quem? «A serva do Senhor» (Lc 1, 38), a última das Suas criaturas: Ela, a sua Mãe! Foi tão verdadeira na sua humildade porque permaneceu esquecida, alheada, liberta de si própria. Por isso pôde cantar: «O Todo-poderoso fez em mim maravilhas; de hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações» (Lc 1, 49.48).Esta Rainha das Virgens é também Rainha dos mártires. Mas será ainda no seu coração que a espada a trespassará (Lc 2, 35), porque com Ela tudo se passa interiormente. [...] Oh! Como é bela de contemplar durante o seu longo martírio, tão serena, envolvida numa espécie de majestade que respira ao mesmo tempo força e doçura! É como se tivesse aprendido com o próprio Verbo como devem sofrer os que o Pai escolheu como vítimas, aqueles que Ele decidiu unir à grande obra da redenção, aqueles que «conheceu e predestinou para serem uma imagem idêntica à do Seu Filho» (Rom 8, 29), crucificado por amor. Ela está junto à cruz, de pé, com força e coragem.
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