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domingo, 12 de setembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 12/09

Santo do dia

24º Domingo do Tempo Comum - Ano C


Santíssimo Nome de Maria

DO MISTERIOSÍSSIMO, EFICACÍSSIMO, E DULCÍSSIMO NOME DE MARIA

Foi imposto este nome à Senhora não casualmente ou por arbítrio humano, senão (como dizem os Santos) por disposição divina e instinto do Espírito Santo; e por ventura foi anunciado à S. Ana por algum Anjo, como foi o do Precursor a seu pai Zacarias. Considera, pois, neste nome, as suas significações. Quanto às significações, tocaremos só em três das mais principais. A primeira é que Maria, na língua Síria (que era a mais usada naquele tempo em Palestina), quer dizer Senhora. O que bem quadra este nome à Virgem, pois é Senhora absoluta, soberana e pacífica de todas as criaturas no Céu, na terra e debaixo da terra! Os mais sublimes Serafins, aquelas essências mais puras, que servem de lugares à presença de Deus, iluminam, reconhecem, e adoram a esta Princesa; as nações, os reinos e os impérios dependem do seu aceno e favor, tremem da sua ausência e desvio.Outra significação do nome MARIA na língua hebraica é Estrela do mar; e com este apelido a invoca a Igreja: Ave Maris Stella. Também lhe vem mui próprio, por estrela, e estrela do mar. Por estrela primeiramente: porque a estrela, sem diminuição sua, nos produz o raio luminoso e a Virgem, permanecendo Virgem, nos gerou Cristo, que é luz do mundo. Além disso, porque as estrelas presidem às trevas da noite; e a Virgem é refúgio de pecadores, em que ainda não reina o Sol da graça.A terceira significação, e de todas a mais própria e digna, é, conforme diz S. Ambrósio, MARIA, isto é, Deus da minha geração. Ó imensa glória! Ó altíssima dignidade! Ó ventura imponderável! Senhora, Deus de vossa geração! O que tudo criou ser de ti gerado! O que gerou o Eterno Pai ab æterno, antes de todos os séculos, nos geraste por obra do Espírito Santo, no meio dos séculos! Maravilhosa definição encerram cinco só letras do nome MARIA; idest Deus ex genere meo.
Pe. Manuel Bernardes
LEITURAS

Livro de Êxodo 32,7-11.13-14.

O Senhor disse a Moisés: «Vai, desce, porque o teu povo, aquele que tiraste do Egipto, está pervertido. Desviaram-se bem depressa do caminho que lhes prescrevi. Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: «Israel, aqui tens o teu deus, aquele que te fez sair do Egipto.» O Senhor prosseguiu: «Vejo bem que este povo é um povo de cerviz dura. Agora, deixa-me; a minha cólera vai inflamar-se contra eles e destruí-los-ei. Mas farei de ti uma grande nação.» Moisés implorou ao Senhor, seu Deus, dizendo-lhe: «Porquê, Senhor, a tua cólera se inflamará contra o teu povo, que fizeste sair do Egipto com tão grande poder e com mão tão poderosa? Recorda-te de Abraão, de Isaac e de Israel, teus servos, aos quais juraste por ti mesmo: tornarei a vossa descendência tão numerosa como as estrelas do céu e concederei à vossa posteridade esta terra de que falei, e eles hão-de recebê-la como herança eterna.» E o Senhor arrependeu-se das ameaças que proferira contra o seu povo.
Livro de Salmos 51(50),3-4.12-13.17.19.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.Lava me de toda a iniquidade; purifica me dos meus delitos.Cria em mim, ó Deus, um coração puro; renova e dá firmeza ao meu espírito.Não me afastes da tua presença, nem me prives do teu santo espírito!Abre, Senhor, os meus lábios, para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.O sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito; ó Deus, não desprezes um coração contrito e arrependido.
1ª Carta a Timóteo 1,12-17.
Dou graças àquele que me confortou, Cristo Jesus Nosso Senhor, por me ter considerado digno de confiança, pondo-me ao seu serviço, a mim que antes fora blasfemo, perseguidor e violento. Mas alcancei misericórdia, porque agi por ignorância, sem ter fé ainda. E a graça de Nosso Senhor manifestou-se em mim com superabundância, juntamente com a fé e o amor que está em Cristo Jesus. Eis uma palavra digna de fé e de toda a aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro. E justamente por isso alcancei misericórdia, para que, em mim primeiramente, Cristo Jesus mostrasse toda a sua magnanimidade, como exemplo para aqueles que haviam de crer nele para a vida eterna. Ao rei dos séculos, ao Deus incorruptível, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Ámen.
Evangelho segundo S. Lucas 15,1-32.
Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem. Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.» Jesus propôs-lhes, então, esta parábola: «Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar? Ao encontrá-la, põe na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.' Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.» «Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar? E, ao encontrá-la, convoca as amigas e vizinhas e diz: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida.' Digo-vos: Assim há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.» Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.' E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada. Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações. Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.' E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos. O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.' Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.' E a festa principiou. Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.' Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse. Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.' O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena e Doutor da Igreja Sermão 5 sobre o filho pródigo; PL 52,197 (a partir da trad. Année en fête, Migne 2000, p. 243)

«Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha»

O filho regressa a casa do pai e exclama : «Pai, pequei contra o céu e contra ti, já não mereço ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus assalariados.» [...] Mas o pai acorreu, e acorreu de longe. «Quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós» (Rom 5, 8). O Pai acorreu [...] na pessoa do Filho, quando por Ele desceu do céu à terra. «O Pai que me enviou está Comigo», diz Ele no evangelho (Jo 16, 32). E lançou-se-lhe ao pescoço: lançou-Se a nós quando, por Cristo, toda a Sua divindade desceu do céu e Se instalou na nossa carne. E cobriu-o de beijos. Quando? Quando «se encontraram a compaixão e a verdade, se abraçaram a justiça e a paz» (Sl 84, 11).Mandou trazer-lhe a melhor túnica, a túnica que Adão tinha perdido, a glória eterna da imortalidade. Pôs-lhe um anel no dedo: o anel da honra, o título de liberdade, o especial penhor do espírito, o sinal da fé, a caução das núpcias celestes. Ouve o que diz o apóstolo Paulo: «Desposei-vos com um único esposo, como virgem pura oferecida a Cristo» (2Cor 11, 2). E calçou-lhe umas sandálias: para termos os pés calçados quando anunciamos a boa nova do evangelho, a fim de que sejam «os pés daqueles que anunciam a boa nova da paz» (Is 52, 7; Rom 10, 15).Por ele mandou matar o vitelo gordo. [...] O vitelo foi morto por ordem do pai porque Cristo, o Filho de Deus, não podia ser morto contra a vontade do Pai. Ouve novamente o apóstolo Paulo: «Ele não poupou o Seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós» (Rom 8, 32).
Fonte: Evangelho Quotidiano

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