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quarta-feira, 28 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 28/05

Santo do dia

VIII SEMANA DO TEMPO COMUM


Ofício do dia de semana e Missa à escolha
Santa Maria Ana de Paredes, virgem, +1645



Santa Maria Ana de Paredes nasceu em Quito, Equador, no dia 31 de Outubro de 1618. Órfã de pai aos quatro anos e de mãe dois anos mais tarde. Foi educada pela irmã mais velha. Jovem ainda, foi iniciada nos Exercícios de Santo Inácio de Loyola. Por várias vezes tentou abraçar a vida religiosa, quer como missionária no meio aos índios, quer como reclusa em algum convento. Por fim, foi apoiada pelos irmãos, que lhe deram alguns aposentos da casa, que Santa Maria Ana transformou em clausura. Passou ali a vida inteira recolhida, dedicando-se à penitência e à oração, saindo apenas para assistir à missa e para ajudar os pobres, os necessitados e consolar os infelizes. Em 1645, ofereceu a sua vida pelas vítimas da epidemia que assolava a cidade de Quito. Caindo gravemente enferma, morreu nesse mesmo ano. Foi canonizada por Pio XII, em 1950. É a primeira santa do Equador. Foi proclamada também heroína nacional.

Leitura da Primeira Carta de São Pedro.:

Caríssimos, 18sabeis que fostes resgatados da vida fútil herdada de vossos pais, não por meio de coisas perecíveis, como prata ou o ouro, 19mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha nem defeito. 20Antes da criação do mundo, ele foi destinado para isso, e neste final dos tempos, ele apareceu, por amor de vós.21Por ele é que alcançastes a fé em Deus. Deus o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória, e assim, a vossa fé e esperança estão em Deus. 22Pela obediência à verdade, purificastes as vossas almas, para praticar um amor fraterno sem fingimento. Amai-vos, pois, uns aos outros, de coração e com ardor. 23Nascestes de novo, não de uma semente corruptível, mas incorruptível, mediante a palavra de Deus, viva e permanente.24Com efeito, "toda a carne é como erva, e toda a sua glória como a flor da erva; secou-se a erva, cai a sua flor. 25Mas a palavra do Senhor permanece para sempre". Ora, esta palavra é a que vos foi anunciada no Evangelho.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 147,12-13.14-15.19-20

- Glorifica o Senhor, Jerusalém!
- Glorifica o Senhor, Jerusalém!
- Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tua portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.
- Glorifica o Senhor, Jerusalém!
- A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz.
- Glorifica o Senhor, Jerusalém!
- Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos suas leis a Israel. Nenhum outro revelou os seus preceitos.
- Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 10,32-45

Aclamação (Mc 10,45)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Veio o Filho do Homem, a fim de servir/ e dar sua vida em resgate por muitos.
- Aleluia, aleluia, aleluia.


Evangelho (Mc 10,32-45)
-O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 32os discípulos estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia na frente. Os discípulos estavam espantados, e aqueles que iam atrás estavam com medo. Jesus chamou de novo os Doze à parte e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: 33"Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. 34Vão zombar dele, cuspir nele, vão torturá-lo e matá-lo. E depois de três dias ele ressuscitará". 35Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: "Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir". 36Ele perguntou: "Que quereis que eu vos faça?" 37Eles responderam: "Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!"38Jesus então lhes disse: "Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?" 39Eles responderam: "Podemos". E ele lhes disse: "Vós bebereis o cálice que eu devo beber e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. 40Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado". 41Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João. 42Jesus os chamou e disse: "Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. 43Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande seja vosso servo; 44e quem quiser ser o primeiro seja o escravo de todos. 45Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos."

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

«O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir»

O Evangelho de hoje contém três partes em mútua conexão. começa com Jesus anunciando, pela terceira vez, a sua paixão e termina como comçea: referindo-se à entrega da vida por parte de Cristo. o evangelista S. Marcos segue aqui o mesmo esquema que seguiu no segundo anúncio da paixão (9,29 ss), como vimos na semana passada: anúncio, discussão entre os doze sobre quem era o mais importante e instrução de Jesus sobre a verdadeira grandeza.
Na primeira parte do Evangelho, Jesus anuncia uma vez mais aos apóstolos a sua futura paixão, morte e ressurreição em Jerusalém, a cidade que mata os profetas e para a qual se encaminha resolutamente: "Jesus ia à frente, os discípulos estavam assustados e seguiam-no com medo". Este anúncio prévio repete-se três vezes em cada um dos sinóticos: Marcos, Mateus e Lucas. Jesus dizia-lhe claramente e sem rodeios, mas eles não o entendiam, como se vê a seguir.
Na segunda parte, e em conexão paradoxal com a primeira, os filhos de Zebedeu, João e Tiago, fazem a Jesus um pedido surpreendente e absurdo se se tiver em conta que isso acontece imediatamente a seguir ao reiterado anúncio da paixão. "Concede-nos sentarmo-nos, na tua glória, um à tua direita e outro à tua esquerda". Tal aspiração corresponde à sua ignorância sobre o futuro do Reino do messias, que não seria político como eles imaginavam, tal com o resto dos judeus.
Por isso, Jesus lhes responde: "Não sabeis o que pedis. Sois capazes de beber o cálice que eu hei-de beber, ou de vos batizardes com o batismo com qu eu me vou batizar?". Jesus fala em chave: cálice e criptograficamente: cálice e batismo, para se referir à sua própria paixão e morte. Efetivamente, com o correr do tempo os dois apóstolos, tal como os outros, participarão na paixão de Jesus; mas os primeiros lugares estão reservados pelo Pai.
Todos na Igreja somos servos, no sentido que estamos ao serviço da comum missão eclesial de serviço a Jesus, embora com carismas diferenciados, todos membros dEla. Hierarquia e fiéis têm de corresponder a esta vocação de serviço que é a de Nosso Senhor Jesus Cristo. A razão última desta proposta baseia-se no exemplo de Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos. A púrpura cardinalícia assinala quão maravilhosamente esta disposição de ser servo até o sangue, se for preciso, na união com o Santo Padre, visível Vigário de nosso Redentor. Seguindo as pegadas de nosso doce Salvador, todo o cristão, tal como a Igreja a que pertence, tem uma missão de serviço para a salvação do mundo.
(A Palavra de Cada dia, de B. Caballero, adaptada)
O homem tinha sido criado para servir o seu criador. Haverá coisa mais justa, que servir Aquele que nos pôs no mundo, sem o qual não teríamos existência? E haverá coisa mais feliz que servi-Lo, pois que servi-Lo, é reinar? Mas o homem disse ao seu Criador: «Não servirei» (Jr 2,20). «Então servir-te-ei Eu», disse o Criador ao homem. «Senta-te, servir-te-ei, lavar-te-ei os pés» [...].Sim, Cristo, «servo bom e fiel» (Mt 25,21), tu foste verdadeiramente servo, servo em fé e verdade, em paciência e constância. Sem tibieza, lançaste-Te, qual gigante que corre, na via da obediência (Sl 18,6); sem fingimento, deste-nos sobretudo, depois de tantos cansaços, a tua própria vida; maltratado, inocente, humilhaste-Te e não abriste a boca (Is 53,7). Está escrito e é verdade: «O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou e não agiu conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoites» (Lc 12,47). Mas, pergunto-vos, que acções dignas deixou por cumprir este servo? Que omitiu Ele do que devia ter feito? «Fez tudo bem feito», dizem aqueles que observavam a sua conduta; «fez ouvir os surdos e falar os mudos» (Mc 7,37). Pois se cumpriu todas as acções que são dignas de recompensa, como sofreu então tanta indignidade? Ofereceu as costas ao chicote, recebeu uma quantidade inimaginável de chicotadas atrozes, por todo o lado o seu sangue correu. Foi interrogado no meio de opróbrios e de tormentos, como escravo ou malfeitor que é submetido a interrogatórios para que lhe seja arrancada a confissão de um crime. Ó detestável orgulho do homem que desdenha servir, a quem tão só humilha o máximo exemplo da servidão do seu próprio Deus!Sim, meu Senhor, pois muito sofreste Tu a servir-me; seria justo e equitativo que de ora em diante tivesses repouso, e que o teu servo, por seu turno, te servisse agora; chegou a sua vez [...] Venceste, Senhor, este servo rebelde; estendo as mãos para que a Ti mas ligues, curvo a cabeça para receber o teu jugo. Permite que Te sirva. Recebe-me como teu servo para sempre, ainda que servo inútil se não tiver em mim a tua graça; envia-a pois do teu santo céu, para que me assista nos meus trabalhos (Sb 9,10).

Beato Guerric dIgny (c. 1080-1157), abade cisterciense
Primeiro sermão para o Domingo de Ramos

Fonte: Arautos do Evangelho

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