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quinta-feira, 29 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 29/05

Santo do dia

VIII SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia de semana e Missa à escolha
Hoje a Igreja celebra :


Beato Félix de Nicósia, nasceu em Nicosia, Sicília, no ano de 1715, de uma família pobre, mas animada de profunda fé e temor a Deus, unidos a uma grande laboriosidade. O pai começava o dia participando da missa e o encerrava com uma visita ao SS. Sacramento. A mãe, quando dava um pedaço de pão aos filhos, convidava-os a deixar um pouco para os pobres, educando-os desse modo, no amor aos mais necessitados. Félix com a idade de 20 anos pediu para ser admitido no convento dos frades Capuchinhos. Obteve resposta negativa. Mas não desistiu: rezou, implorou, pediu novamente até que, depois de sete anos de provas, em 1743, é admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.Frei Félix não precisou de uma transformação no noviciado: pobreza, penitência, humildade, obediência, união com Deus na oração e no trabalho, toda uma vida animada e iluminada no amor de Deus e ao próximo, ele procurou viver também na vida religiosa, numa atmosfera franciscana. Passou quarenta e três anos de vida religiose e gostava de se chamar “o jumentinho do convento”. Passava dia após dia pelas ruas e becos da cidade e pelas localidades próximas, com uma batina velha e remendada, os pés descalços, cabeça descoberta sob a chuva ou sol quente da Sicília, sacola nos ombros o terço nas mãos e o coração em Deus. Era afável e cordial com grandes e pequenos, ricos e pobres, autoridades e gente simples, tendo sempre uma palavra boa para todos, ora consolando, ora admoestando. Sempre agradecia com um alegre "Deo gratias" não só as esmolas, mas também as ofensas e repulsas. Frei Félix dedicava o dia ao apostolado e a noite às orações e penitências.No fim de maio de 1787, adoece de uma febre forte e, no último dia do mês de Nossa Senhora, a quem tinha amado e venerado desde a infância, entrou na paz eterna.

1ª Carta de S. Pedro 2,2-5.9-12

Leitura da Primeira Carta de São Pedro:

Caríssimos, 2como criancinhas recém-nascidas, desejai o leite legítimo e puro, que vos fará crescer na salvação. 3Pois já provastes que o Senhor é bom. 4Aproximai-vos do Senhor, pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e honrosa aos olhos de Deus. 5Do mesmo modo, também vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. 9Mas vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as obras admiráveis daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa.10Vós sois aqueles que "antes não eram povo, agora porém são Povo de Deus; os que não eram objeto de misericórdia, agora porém alcançaram misericórdia".11Amados, eu vos exorto como a estrangeiros e migrantes: afastai-vos das humanas paixões, que fazem guerra contra vós mesmos. 12Tende bom procedimento no meio dos gentios. Deste modo, mesmo vos caluniando, como se fôsseis malfeitores, eles poderão observar a vossa boa atuação e glorificar a Deus, no dia de sua visitação.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 100,2.3.4.5

- Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
- Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
- Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!
- Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
- Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
- Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
- Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!
- Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
- Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!
- Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 10,46-52

Aclamação (Mc 10,45)

- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Eu sou a luz do mundo,/ aquele que me segue,/ não caminha entre as trevas,/ mas terá a luz da vida.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Mc 10,46-52)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 46Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. 47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: "Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!".48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: "Filho de Davi, tem piedade de mim!" 49Então Jesus parou e disse: "Chamai-o". Eles o chamaram e disseram: "Coragem, levanta-te, Jesus te chama!" 50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. 51Então Jesus lhe perguntou: "Que queres que eu te faça?" O cego respondeu: "Mestre, que eu veja!" 52Jesus disse: "Vai, a tua fé te curou". No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Bartimeu: o cego de Jericó

A cena passa-se entre Jericó e Jerusalém, à saída da cidade das palmeiras, a uns oito quilômetros a oeste do rio Jordão e a uns 30 a nordeste de Jerusalém, no segundo ano do ministério público de Jesus, por volta do que seria hoje o mês de novembro.Vê-se que a origem do relato pode reportar-se a uma testemunha ocular, pois S. Marcos não costumava citar nomes próprios. Ao fazê-lo parece que Bartimeu chegou a ser discípulo conhecido na primitiva comunidade, pois no fim da narração diz-se dele que, depois de curado, "seguiu Jesus pelo caminho", glorificando a Deus, acrescenta Lucas (18,43).São Mateus conta que eram dois os cegos, que estavam sentados à beira do caminho, e imploravam a cura. S. Lucas e S. Marcos referem-se a um, porque foi o curado era bem conhecido, chegando a ser citado por seu nome. Talvez o outro tivesse desistido e cedido ao clamor da multidão adversa..."Fé" e "seguimento" são dois conceitos chave neste episódio. S. Marcos relatava os milagres, tão abundantes, em função dos ensinamentos de Jesus e como ilustração dos mesmos. Por isso, a primeira comunidade cristã pôde ver no presente milagre o esboço de uma catequese batismal.Bartimeu, ao inteirar-se de que pelo caminho vinha Jesus, começou a gritar: "Filho de David, Jesus, tem compaixão de mim!" A multidão repreendia-o, mas ele gritava com mais força. Cristo, que tinha sido enviado para anunciar a salvação aos pobres, deteve-se e mandou-o chamar. Por este fato se nota quem nem sempre a maioria tem a opinião certa, sobretudo quando não tem os corações consonantes com o Coração de Jesus.O Divino Salvador longe de o proibir de proclamar um título messiânico referido à sua pessoa - filho de David - como o fez outras vezes, pergunta-lhe: Que queres que faça por ti? Jesus, embora soubesse desde toda a eternidade o que o cego desejava, incitou-o à resposta, para realçar ainda mais a fé dele e se entregasse de coração à oração e aquele que iria ser curado, era digno de sê-lo. A resposta era óbvia: Mestre, que eu possa ver. Ao que Jesus replicou: Vai, a tua fé de curou. E nesse instante recuperou a vista. Era o que Jesus queria deixar patente: a fé do suplicante que lhe alcança o favor divino.Nos evangelhos vemos freqüentes curas de cegos feitas por Jesus; era um dos sinais messiânicos da chegada do reino de Deus. Pois bem, se todo o milagre é um "sinal", talvez mais que nenhum outro o é uma cura da cegueira. Pela antítese (contraste) entre trevas e luz, passam a ser a cegueira e vista um símbolo da incredulidade e da fé, respectivamente. A incredulidade consciente e o ateísmo ativo constituem uma cegueira de espírito que deixa a vida do homem totalmente às escuras, sem que possa discernir a vocação superior, a sua própria dignidade e o seu destino final.Há algo mais a figura de Bartimeu. Ele é um fiel expoente ou representante do gênero humano, desamparado e cego. Em maior ou menor escala, todos estamos refletidos nele.O cego Bartimeu é também um modelo de fé resoluta e tenaz, um homem que não se envergonha de se reconhecer limitado e grita, ainda que a multidão o repreenda. Quando se lhe apresenta a sua oportunidade, tira os estorvos, soltando a capa e de um pulo aproxima-se de Jesus. É bom notar que para chegar até Jesus é preciso sacrifício, vencer as opiniões erradas do mundo, deitar fora tudo o que estorva, das mantas daquelas recordações nocivas do mundo (a manta das esmolas, do seu tesouro material). Ele não andou, mas pulou, correu. Estava mais leve depois de sua renúncia, tanto de alma quanto de corpo.Uma vez curado, segue-se a entrega total, como a mesma fé que o conduziu à sua cura. Embarca numa vida totalmente nova, como pessoa livre e responsável que glorifica a Deus pelas suas maravilhas nele operadas.Ele agora vai atrás do grande tesouro por que vale a pena sacrificar tudo, segue Jesus, leve e alegre, enchendo-se da sabedoria do Divino Mestre. Com a luz para os olhos, enche-se a alma da luz da fé, que o faz ver as pessoas e as coisas com outros critérios: os de Deus e não os dos homens. Eram impressões de apalpadelas, agora são realidades superiores, sobrenaturais, mais autênticas que a própria realidade corpórea.Este episódio também nos abre os olhos para ver que os acontecimentos de cada dia, aparentemente, poderão parecer-nos meros sucessos fortuitos, quando não absurdos, simples resultados de circunstâncias casuais, e não como de fato são história em que Deus que nos ama e nos salva, abrindo-nos os olhos da alma para a Sua divina presença nos sinais dos tempos, dentro do emaranhado das opinões contrárias, quando não adversas à Sua Lei.Sem perder a fé, repitamos continuamente: "Rabboni, ut videam". Mestre que eu veja! Porque Ele sempre nos estará perguntando: "quid tibi vis faciam?" Que quereis que eu faça? E não deixemos, sobretudo, de gritar, quando o vozerio exterior for contrário à nossa fé em Cristo, ou cristã.Neste particular é bom seguir sempre a boa conselheira de todas as horas, Maria Santíssima, Poderá parecer que Jesus não iria atendê-la, mas com a suavidade maternal que lhe é própria ordenou isso aos serventes das bodas de Caná: "fazei o que ele vos disser" (Jo. 2,4). Ela sabia que veria o milagre, sem mesmo tê-lo pedido explicitamente. Ela antecipa-se aos necessitados e vai a Jesus, antes dos cegos gritarem, inclinando Seu Divino Filho a ter misericórdia de todos os pecadores. Apenas imitemos os serventes: enchamos confiantes a talha do Coração Imaculado de Maria com todas nossas perplexidades e cegueiras, que ao menor olha dela, Jesus transformará tudo no mais precioso vinho agradável a Deus que jamais houve na história dos homens.

Fonte: Arautos do Evangelho

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