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quinta-feira, 5 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 05/06

Santo do dia

IX SEMANA DO TEMPO COMUM
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S. Bonifácio Bispo e Mártir (+754), Memória.
Ofício da memóriaMissa da memória:
Prefácio comum ou dos Mártires.
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São Bonifácio é chamado o Apóstolo da Alemanha. Nasceu no Wessex, no Kirton, na Inglaterra, por volta do ano 673. O seu nome de baptismo era Winfrid. Reunia em si a doçura e a firmeza, a timidez e a coragem, a inquietude e a paciência, o idealismo e o realismo. Fez-se monge no mosteiro de Exeter e aos 20 anos era mestre de ensino religioso e profano. A sua actividade missionária foi intensa. Em 719, partiu para a Alemanha a fim de pregar o Evangelho. Alcançou pleno êxito em sua missão apostólica, sendo então nomeado bispo de Mainz. Restaurou e organizou a Igreja na Alemanha. É o fundador da célebre abadia de Fulda, centro propulsor da espiritualidade e cultura religiosa alemã. Presidiu a vários concílios, promulgou numerosas leis e tinha em Mogúncia a sua sede episcopal. Sofreu o martírio no dia de Pentecostes. Encontrava-se em Dokkun, na Frísia, acompanhado de 50 monges, quando um grupo de frisões os assaltou. Morreu durante uma celebração, e seu corpo foi sepultado na abadia de Fulda. Era o dia 5 de Junho de 754.

2ª Carta a Timóteo 2,8-15

Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo:

Caríssimo, 8lembra-te de Jesus Cristo, da descendência de Davi, ressuscitado dentre os mortos, segundo meu evangelho. 9Por ele eu estou sofrendo até às algemas, como se eu fosse um malfeitor; mas a palavra de Deus não está algemada.10Por isso suporto qualquer coisa pelos eleitos, para que eles também alcancem a salvação, que está em Cristo Jesus, com a glória eterna. 11Merece fé esta palavra: se com ele morremos, com ele viveremos. 12Se com ele ficamos firmes, com ele reinaremos. Se nós o negamos, também ele nos negará. 13Se lhe somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo. 14Lembra-lhes tais coisas e conjura-os por Deus a evitarem discussões vãs, que de nada servem a não ser para a perdição dos ouvintes. 15Empenha-te em apresentar-te diante de Deus como homem digno de aprovação, como operário que não tem de que se envergonhar, mas expõe corretamente a palavra da verdade.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 25(24),4-5.8-9.10.14
- Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos!
- Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos!
- Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação.
- Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos!
- O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.
- Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos!
- Verdade e amor são os caminhos do Senhor para quem guarda sua Aliança e seus preceitos. O Senhor se torna íntimo aos que o temem e lhes dá a conhecer sua Aliança.
- Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 12,28-34

Aclamação (2Tm 1,10)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Jesus Cristo Salvador destruiu o mal e a morte;/ fez brilhar pelo Evangelho/ a luz e a vida imperecíveis.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Evangelho (Mc 12,28b-34)
- O Senhor esteja convosco.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 28bum mestre da Lei aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe: "Qual é o primeiro de todos os mandamentos?" 29Jesus respondeu: "O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes". 32O mestre da Lei disse a Jesus: "Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios". 34Jesus viu que tinha respondido com inteligência, e disse: "Tu não estás longe do Reino de Deus". E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O Amor é a religião de Deus

A passagem evangélica que hoje tivemos a graça de ler, narra o diálogo entre um escriba da lei mosaica com Jesus. Aquele pergunta ao Mestre dos mestres qual é o primeiro de todos os Mandamentos. São Lucas conta que foi um doutor da lei o autor da pergunta embaraçosa e São Mateus refere que foi um legista o perguntador manhoso para experimentar Jesus. Talvez tenha sido um inocente útil, pois, pelo desenvolvimento da conversa, o tom foi sempre amistoso, sem animosidade ou polêmica e sem intenção capciosa, pois escriba louva a resposta de Jesus e o Salvador elogia-o, dizendo que não estava longe do Reino pelo fato de ter captado que o amor a Deus e ao irmão é o elemento principal constitutivo desse Reino. Na extensa selva de 613 preceitos em que os doutores da Torá explicavam e multiplicavam a lei de Moisés, o indagador queria saber qual seria o mais importante.
A novidade da resposta de Jesus não é o conteúdo, pois remete-se a passagens conhecidas do Deuteronômio e do Levítico, mas a união sem fissura nem dualismo que estabelece entre o primeiro mandamento: amor a Deus e o segundo: amor ao próximo. Interrogado sobre o primeiro, Cristo assinala também o segundo, que é "semelhante ao primeiro" (Mt. 22, 39). "Não há mandamento maior que estes", conclui Jesus, unindo ambos num só.
Por que são inseparáveis amor a Deus e amor ao irmão? É possível cumprir um mandamento sem o outro, amor a Deus sem amar os nossos semelhantes? S. João pôs-se as mesmas perguntas. E a sua resposta foi: "Nós amemos a Deus, porque ele nos amou primeiro. Mas, se alguém diz: "Amo a Deus" e odeia o seu irmão, é um mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amor a Deus, a quem não vê. E recebemos dele este mandamento: Quem ama a Deus, ame também o seu irmão" (1Jo. 4,19).
Jesus corroborou e melhorou este ensinamento, quando afirmou: Quando fizerdes a um destes meus irmãos mais pequenos, a mim o fazeis (Mt. 25,40). Na despedida aos seus, corrigiu e aprimorou a medida do Antigo Testamento do amor, trocando o "como a ti mesmo" pelo "como eu vos amei": Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. O sinal inequívoco pelo qual conhecerão que sois meus discípulos será que vos amais uns aos outros (Jo. 13, 34s). E qual foi a medida do amor de Cristo? Entregar sua vida por nós, pela remissão de nossos pecados.
Deus e o homem são objetos de amor que se distinguem conceptualmente, mas que intrinsecamente não podem separar-se, segundo Jesus. Sobretudo depois que o Homem-Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade veio à terra manifestar como homem e como Deus esse amor a cada um de seus irmãos.
A lei do amor coloca-se no horizonte da "boa nova", do Evangelho do amor que Deus nos tem a cada um de nós e aos outros que são irmãos nossos, porque ele é o Pai de todos.
O Novo Testamento está repleto de textos que assinalam o amor como a essência da religião que Jesus fundou. A primeira encíclica de nosso querido Papa, Bento XVI, "Deus Caritas est" expressa isso com profundidade teológica digna de nota. Contudo, os malquerentes da religião católica teimam em apresentá-la como negativa, porque diz não, por exemplo, ao divórcio, ao aborto, às relações sexuais livres etc. Entretanto, a realidade mais intrínseca, está a dizer sim ao amor fiel, maduro e pleno, sim à vida, sim à dignidade e vocação superior da pessoa. Enfim, está dizer sim a ordem do universo criada por Deus, portanto, feita à imagem do próprio Criador.
Como pode ser negativa uma religião fundada no amor e aberta a Deus, ao homem, ao mundo e à vida? Se a vida é o melhor que temos, uma religião como a cristã, cujo centro é Cristo, vida do homem, não pode deixar de ser uma religião humanista do sim à vida, religião dinâmica e atraente, positiva e otimista.
Nós devemos, pois, dar testemunho desta religião, com estas características, sobretudo perante um mundo cada vez mais afastado de Deus, de falta de verdadeiro amor ao próximo. O cristão devem ser um especialista em amar e ajudar os outros como Jesus.
Amor ao próximo, sem amor a Deus, é interesseiro, cujo objetivo principal é satisfazer seus lucros, impulsos, vantagens sociais ou materiais, enfim, é um amor falso. É o amor de um mundo ateu, cujos exemplos mais recentes de sistemas sociais e políticos nos dispensam de comentários, tão nefastos foram para a humanidade.
A experiência revela que o amor é a força de muitas pessoas simples que não deslumbram pelas suas qualidades, mas que irradiam vida à sua volta. É que um grama de amor cria mais vida que toneladas de fria inteligência. Por egoísmo e preguiça, por falta de ascese e de atenção interior, cada um de nós tem por explorar muitas possibilidade de amar, ao serviço da Santa Igreja. São talentos que ficam sem render.

Fonte: Arautos do Evangelho

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