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quinta-feira, 19 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 19/06

Santo do dia

XI SEMANA DO TEMPO COMUM
Ofício do dia de semana e Missa à escolha ou

São Romualdo Abade, Tinha 20 anos e levava uma vida dissipada e pecadora quando viu seu pai matar um parente em duelo. O choque que recebeu foi a ocasião da graça para o converter. Depois de passar algum tempo na França, em contacto com a espiritualidade da Abadia de Cluny, retornou à Itália e iniciou sua obra de fundação de mosteiros. Entre outros, fundou o de Campus Máldoli, berço da Ordem dos Camaldulenses, inaugurando uma nova forma de vida eremítica. Faleceu aos 75 anos. Seu corpo foi preservado da corrupção e encontrava-se intacto quatro séculos depois de sua morte.

Santa Juliana nasceu em 1270 e morreu em 1341. Aos 14 anos recebeu o hábito da Ordem Terceira da Congregação dos Servitas, fundada por seu tio Santo Alexis Falconieri. O hábito e mais tarde a profissão foram-lhe dadas por São Felipe Benício, que veio a falecer pouco depois, não sem antes ter recomendado a Congregação à jovem freira. Juliana dedicou-se com afinco à organização da Congregação. Em 1304, o papa Bento XI transformou a Congregação numa ordem religiosa da qual Juliana se tornou Superiora. Apesar do cargo, procurava os serviços mais humildes. No convento, Juliana pôde dedicar-se à ascese espiritual baseada numa vida de intensa oração e de constante penitência. Além disso, dedicava-se aos pobres e aos doentes, que curava ao contacto com suas mãos. Acometida por uma doença no estômago, no final de sua vida já não conseguia alimentar-se, nem mesmo receber a Eucaristia. Na hora da morte estendeu-se por terra com os braços em cruz e pediu que lhe colocassem a Santa Hóstia sobre o peito. Assim que foi depositada, a hóstia desapareceu misteriosamente e Juliana morreu dizendo: "Meu doce Jesus". Ao ser preparada para a sepultura, encontrou-se sobre o seu coração a marca da hóstia como um selo, com a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse acontecimento, as religiosas da sua ordem trazem a imagem de uma hóstia no escapulário.

Livro de Eclesiástico 48,1-14

Leitura do Livro do Eclesiástico:
1O profeta Elias surgiu como um fogo, e sua palavra queimava como uma tocha. 2Fez vir a fome sobre eles e, no seu zelo, reduziu-os a pouca gente. 3Pela palavra do Senhor fechou o céu e de lá fez cair fogo por três vezes. 4Ó Elias, como te tornaste glorioso por teus prodígios! Quem poderia gloriar-se de ser semelhante a ti? 5Tu, que levantaste um homem da morte e dos abismos, pela palavra do Senhor; 6tu, que precipitaste reis na ruína e fizeste cair do leito homens ilustres; 7tu, que ouviste censuras no Sinai e decretos de vingança no Horeb. 8Tu ungiste reis, para tirar vingança, e profetas, para te sucederem; 9tu foste arrebatado num turbilhão de fogo, um carro de cavalos também de fogo, 10tu, nas ameaças para os tempos futuros, foste designado para acalmar a ira do Senhor antes do furor, para reconduzir o coração do pai ao filho, e restabelecer as tribos de Jacó. 11Felizes os que te viram, e os que adormeceram na tua amizade! 12Nós também, com certeza, viveremos; mas, após a morte, não será tal o nosso nome. 13Apenas Elias foi envolvido no turbilhão, Eliseu ficou repleto do seu espírito. Durante a vida não temeu príncipe algum, e ninguém o superou em poder. 14Nada havia acima de suas forças, e, até já morto, seu corpo profetizou. 15Durante a vida realizou prodígios e, mesmo na morte, suas obras foram maravilhosas.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 97(96),1-2.3-4.5-6.7

- Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
- Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
- Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apóia na justiça e no direito.
- Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
- Vai um fogo caminhando à sua frente e devora ao redor seus inimigos. Seus relâmpagos clareiam toda a terra; toda a terra ao contemplá-los estremece.
- Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
- As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.
- Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
- "Os que adoram as estátuas se envergonhem e os que põem a sua glória nos seus ídolos; aos pés de Deus vêm se prostrar todos os deuses!"
- Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 6,7-15

Aclamação (Rm 8,15b)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Recebestes um espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai!
Evangelho (Mt 6,7-15)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
7"Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus.11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Pai-Nosso

No evangelho de hoje, Jesus ensina-nos como rezar e a oração mais perfeita e mais bela. Em primeiro lugar, faz uma breve catequese, dizendo-nos para não imitar os pagãos, isto é, a importunar a Deus com longas rezas cheias de um palavreado oco. A oração deve brotar do íntimo do nosso coração diretamente ao Pai celeste, que, de antemão, conhece bem nossas necessidades, antes mesmo de lhas formularmos. A seguir propõe o grande modelo de oração, o Pai-nosso, com suas sete petições segundo S. Mateus (cinco segundo S. Lucas 11, 1 ss). As três primeiras referem-se diretamente à gloria de Deus, a quem começamos por chamar Pai nosso: santificação do seu nome, isto é, de sua Pessoa; vinda do seu Reino ao mundo dos homens e cumprimento da sua vontade na terra como no céu.
A segunda parte do Pai-nosso contém quatro outras petições cujo proveito é nosso: o pão de cada dia, isto é, o sustento material, o pão da palavra e o pão eucarístico; o perdão de nossas ofensas a Deus, condicionado ao perdão que concedermos aos irmãos; a perseverança no estado de graça perante as tentações do demônio, em cada dia e, sobretudo, na grande prova final dos crentes perante o assalto do maligno, para não renegar a fé católica; finalmente, vermo-nos livre de todo o mal para podermos servir fielmente a Deus e ao próximo em todos e cada um dos dias de nossa vida.
No final do evangelho, ainda volta à quinta petição, ressaltando a importância do perdão e, portanto, da reconciliação fraterna. Porque Deus nos perdoa gratuita e pessoalmente todos os nossos pecados, devemos obrigatoriamente imitá-lo nessa generosidade divina, perdoando ao irmão que nos ofendeu. Com o perdão acontece a mesma coisa que com o amor: assim como temos de amar os outros com o amor com que Deus Pai nos ama em Cristo, assim temos de perdoar com amor com que Deus nos perdoa. Pois ele dá-nos com a sua graça e o seu Espírito o ser e o agir, o poder o querer fazer o bem.

* * *

É verdadeiramente luminoso o modo como o nosso querido Papa, Bento XVI, em seu livro "Jesus e Nazaré" nos leva a interpretar a mais bela oração. Escutemos um instante suas palavras paternais:
"Antes de entrarmos na interpretação de cada uma das partes, vejamos agora brevemente a estrutura do Pai Nosso, tal como Mateus no-la transmitiu. Consiste numa invocação inicial e sete petições. Três destas são formuladas na segunda pessoa, quatro na primeira pessoa do plural. As três primeiras petições dizem respeito à própria causa de Deus neste mundo; as quatro seguintes referem-se às nossas esperanças, necessidades e dificuldades. Poder-se-ia comparar a relação entre os dois tipos de petições do Pai Nosso com a relação que existe entre as duas tábuas do Decálogo, que, no fundo, são explicações das duas partes do Decálogo, que, no fundo, são explicações das duas partes do principal mandamento - o amor a Deus e o amor ao próximo -, instruções para o caminho do amor.
Assim, no Pai Nosso, afirma-se antes de mais nada o primado de Deus, do qual deriva naturalmente a preocupação pela justa forma de ser do homem. Também aqui se trata em primeiro lugar no caminho de conversão. Para que o homem possa rezar corretamente, deve estar na verdade. E a verdade é: "primeiro Deus, o reino de Deus" (Mt 6, 33). Sobretudo, devemos sair de nós mesmos e abrir-nos a Deus. Nada pode ficar direito, se não estamos situados na reta ordem com Deus. Por isso, o Pai Nosso começa por Deus e, a partir dEle, conduz-nos pelos caminhos do nosso ser homens. No fim, inclinamo-nos até à última ameaça que grava sobre o homem, por trás da qual se esconde o Maligno; pode aflorar em nós a imagem do dragão apocalíptico que faz guerra aos homens que "guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Ap. 12, 17).
Mas continua sempre presente o princípio: "Pai Nosso". Sabemos que Ele está conosco, conserva-nos na sua mão e nos salva. O Padre Hans-Peter Kolvenbach, no seu livro de Exercícios Espirituais, conta a história de um staretz ortodoxo que insistia "em fazer entoar o Pai Nosso sempre a partir da última palavra, para se tornarem dignos de terminar a oração com as palavras iniciais: "nosso Pai". Deste modo - explicava o staretez - segue-se o caminho pascal: "Começa-se no deserto com a tentação, regressa-se ao Egito, depois percorre-se a estrada do Êxodo com as estações do perdão e do maná de Deus e chega-se pela vontade de Deus à terra prometida, o reino de Deus, onde ele nos comunica o mistério do seu Nome: "nosso Pai".
Ambos os caminhos - o ascendente e o descendente - podem recordar-nos que o Pai Nosso é sempre uma oração de Jesus e que esta se nos manifesta a partir da comunhão com Ele. Rezamos ao Pai celeste, que conhecemos através do Filho; e assim, no horizonte das petições, está sempre Jesus como veremos nas respectivas explicações. Finalmente, dado que o Pai Nosso é uma oração de Jesus, é uma oração trinitária: com Cristo pelo Espírito Santo rezamos ao Pai".
Nunca deveria desaparecer dos nossos lábios a oração do Pai-nosso, sobretudo nos momentos auge da vida familiar, comunitária e pessoal, como faz a liturgia da Igreja. É a oração mais excelente que imaginar se possa, ao mesmo tempo que a mais fácil e simples, a mais profunda e ecumênica, a mais viva e atual. Pois tem por autor o próprio Cristo. Foi a única "fórmula" de oração que Jesus nos ensinou. Mas é muito mais que uma fórmula para recitar, é todo um modo de vida para os filhos de Deus, é um convite à entrega total à vontade do Pai, a fim de que o seu reinado se manifeste plenamente em nós.
Fonte: Arautos do Evangelho

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