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sexta-feira, 20 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 20/06

Santo do dia

XI SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia de semana e Missa à escolha
Hoje a Igreja celebra :

Beata Teresa, a infanta Teresa de Portugal, filha de D. Sancho I, nasceu em 1177 e foi rainha de Leão, tendo tido três filhos antes da declaração da nulidade do seu casamento com Afonso IX, por consanguinidade. Voltando ao nosso país, recolheu ao mosteiro de Lorvão, onde se fez cisterciense. Restaurou o velho convento e ali se refugiou durante a guerra que seu marido moveu contra o rei português para fazer valer os direitos que alegava deter pelo seu matrimónio então desfeito. Ficou conhecida pela sua caridade para com os humildes e desprotegidos.Teve papel importante na procura de uma solução para as contendas entre seus sobrinho Sancho II e Afonso III .

Beata Sancha, nascida em Coimbra, em 1180, filha de D. Sancho I e da rainha D. Dulce, a infanta D. Sancha foi educada na piedade e austeridade. Quando herdou de seu pai a vila de Alenquer e o seu termo, ali fundou dois conventos, confiando um aos dominicanos e o outro aos franciscanos. Para si mesmo, fundou o convento de Celas, em Coimbra, onde toma o hábito de cisterciense e ficou a residir até à sua morte.

Beata Mafalda, apesar de ter casado com o rei Henrique I de Castela, esta filha de D. Sancho I não chegou a consumar o matrimónio uma vez que o marido morreu, ainda de menor idade. A infanta D. Mafalda preferiu então recolher-se ao mosteiro cisterciense de Arouca, tendo consagrado a Deus o resto da sua vida. Distribuiu todos os seus bens por mosteiros e conventos, ordens religiosas e igrejas catedrais. Morreu com mais de 60 anos e deixou, por toda a parte, uma memória de grande generosidade e desprendimento, sendo abençoada pela devoção dos fiéis.Foi beatificada, juntamente com as suas irmãs, em 1705.

Beato Francisco Pacheco, nasceu em Ponte de Lima em 1565. Sobrinho de um mártir do Japão, ficou de tal forma entusiasmado com a história do tio que fez voto de ser também mártir, tendo apenas 10 anos. No entanto, já tinha vinte anos quando entrou para a Companhia de Jesus, tendo sido ordenado sacerdote em Goa. Em 1604 já estava no Japão, donde teve de fugir duas vezes devido ao clima de perseguição que aí se vivia. Acabou por ser feito prisioneiro e levado para Nagasaqui, onde foi queimado vivo em 1626. Com ele, morreram mais dois padres jesuítas, alguns catequistas, três famílias acusadas de o terem acolhido e ainda um menino chamado Luís.Numa das suas últimas cartas escrevia: “Estamos todos já muito cansados e cortados, dos trabalhos desta perseguição; porém, as esperanças de nos caber alguma boa sorte de martírio nos animam e fazem continuar e fazer da fraqueza forças, esperando nessa hora em que nos caiba a ditosa sorte”.

Livro de 2º Reis 11,1-4.9-18.20

Leitura do Segundo Livro dos Reis:

Naqueles dias, 1quando Atália, mãe de Ocozias, soube que o filho estava morto, pôs-se a exterminar toda a família real. 2Mas Josaba, filha do rei Jorão e irmã de Ocozias, raptou o filho dele, Joás, do meio dos filhos do rei, que iriam ser massacrados, e colocou-o, com sua ama, no quarto de dormir. Assim, escondeu-o de Atália e ele não foi morto. 3E ele ficou seis anos com ela, escondido no templo do Senhor, enquanto Atália reinava no país. 4No sétimo ano, Joiada mandou chamar os centuriões dos quereteus e da escolta, e introduziu-os consigo no templo do Senhor. Fez com eles um contrato, mandou que prestassem juramento no templo do Senhor e mostrou-lhes o filho do rei. 9Os centuriões fizeram tudo o que o sacerdote Joiada lhes tinha ordenado. Cada um reuniu seus homens, tanto os que entravam de serviço no sábado, como os que saíam. Vieram para junto do sacerdote Joiada, 10e este entregou aos centuriões as lanças e os escudos de Davi, que estavam no templo do Senhor. 11Em seguida, os homens da escolta, de armas na mão, tomaram posição a partir do lado direito do templo até o esquerdo, entre o altar e o templo, em torno do rei. 12Então Joiada apresentou o filho do rei, cingiu-o com o diadema e entregou-lhe o documento da Aliança. E proclamaram-no rei, deram-lhe a unção e, batendo palmas, aclamaram: "Viva o rei!"13Ouvindo os gritos do povo, Atália veio em direção da multidão no templo do Senhor. 14Quando viu o rei de pé sobre o estrado, segundo o costume, os chefes e os trombeteiros do rei junto dele, e todo o povo do país exultando de alegria e tocando as trombetas, Atália rasgou suas vestes e bradou: "Traição! Traição!" 15Então o sacerdote Joiada ordenou aos centuriões que comandavam a tropa: "Levai-a para fora do recinto do templo e, se alguém a seguir, seja morto à espada". Pois o sacerdote havia dito: "Não seja morta dentro do templo do Senhor". 16Agarraram-na e levaram-na aos empurrões pelo caminho da porta dos Cavalos até o palácio, e ali foi morta. 17Em seguida, Joiada fez uma aliança entre o Senhor, o rei e o povo, pela qual este se comprometia a ser o povo do Senhor. Fez também uma aliança entre o rei e o povo. 18Todo o povo do país dirigiu-se depois ao Templo de Baal e demoliu-o. Destruíram totalmente os altares e as imagens e mataram Matã, sacerdote de Baal, diante dos altares. E o sacerdote Joiada pôs guardas na casa do Senhor. 20Todo o povo do país o festejou e a cidade manteve-se calma.

- Palavra do Senhor. - Graças a Deus.

Livro de Salmos 132,11.12.13-14.17-18

- O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada. - O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada. - O Senhor fez a Davi um juramento, uma promessa que jamais renegará: "Um herdeiro que é fruto do teu ventre colocarei sobre o trono em teu lugar!
- O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada.- Se teus filhos conservarem minha Aliança e os preceitos que lhes dei a conhecer, os filhos deles igualmente hão de sentar-se eternamente sobre o trono que te dei!"
- O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada.- Pois o Senhor quis para si Jerusalém e a desejou para que fosse sua morada: "Eis o lugar do meu repouso para sempre, eu fico aqui: este é o lugar que preferi!"
- O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada. - O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada.
- O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada. - "De Davi farei brotar um forte Herdeiro, acenderei ao meu Ungido uma lâmpada. Cobrirei de confusão seus inimigos, mas sobre ele brilhará minha coroa!"
- O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 6,19-23

Aclamação (Mt 5,3)

- Aleluia, Aleluia, Aleluia. - Aleluia, Aleluia, Aleluia. - Felizes os humildes de espírito,/ porque deles é o Reino dos Céus.

Evangelho (Mt 6,19-23) - O Senhor esteja convosco. - Ele está no meio de nós. - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus. - Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 19"Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. 20Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. 21Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23Se o teu olho está doente, todo o corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

O verdadeiro tesouro: o Coração de Jesus e Maria

O evangelho de hoje oferece-nos um conjunto de conselhos de nosso Divino Mestre sobre nossa atitude, como seus discípulos, perante os bens terrenos. São comentários do sermão da Montanha: "bem aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus", ou seja, da bem-aventurança da pobreza.
S. Vicente de Paulo se pergunta: onde está o coração amante? Nas coisas que ele ama. Por conseguinte, onde está o nosso amor, está cativo o nosso coração. Não pode sair, não pode elevar-se mais alto, não pode ir para a esquerda nem para a direita; está parado. Onde está o tesouro do avarento, aí está o seu coração; e onde está o nosso coração, aí está o nosso tesouro.
Trata-se, portanto, da pureza de intenção com que se deve procurar o verdadeiro tesouro, servindo a um só Senhor e evitando a cegueira de acumular estupidamente. Como é o coração do homem, assim é o seu olhar. Quanto o olhar da pessoa, isto é, a sua atenção e intenção se dirigem por inteiro a Deus e à Sua vontade, toda a sua vida se mantém na luz e no bem. Caso contrário, viverá nas trevas do pecado.
Às vezes não é tanto o bem material, mas o nosso amor próprio que é o nosso maior tesouro, onde está ancorado nosso coração, nosso olhar inteiro. S. Vicente de Paulo subtilmente nos mostra o problema:
"E um nada, uma imaginação, uma palavra seca que nos disseram, uma falta de acolhimento caloroso, uma pequena recusa, apenas o pensamento de que não nos têm em grande conta - tudo isso nos fere e nos indispõe de um modo que não podemos vencer! O amor próprio nos liga a essas feridas imaginárias, que não saberíamos tirar, estão sempre presentes, e porquê? É porque se está cativo dessa paixão. Que é que nos prende? Estamos nós na ‘liberdade dos filhos de Deus? (Rom. 8,21) Ou estamos ligados aos bens, aos caprichos, às honras?"
Quando nosso amor próprio se converte no "fim" obsessivo de nossa vida, começamos a soldar os elos da cadeia que nos amarra à tirania de um novo ídolo, oposto ao Deus verdadeiro. Pobre de espírito no sentido mais pleno da palavra é estar despido desta pseudo-riqueza, que é o amor próprio.
Os bens terrenos, as honrarias e outros tantos "tesouros" não são mais que facetas do mesmo amor próprio que nos afastam do amor a Deus.
Por outro lado, há muita gente feliz com muito poucas coisas. São os que assimilaram a bem-aventurança da pobreza afetiva e efetiva e sabem ser solidários com os seus irmãos no partilhar espontaneamente seus bens materiais. Sobretudo são aqueles que, com muito ou poucos bens materiais, são despojados de si mesmos, atenciosos com os outros, alegres no convívio e prontos a partilhar a dor dos irmãos consigo, levando o amor a Deus até o esquecimento de si próprios.
A dificuldade de controlar nosso coração, leva-nos a recorrer a Quem é o Rei e centro de todos os corações. Se Ele nos aconselhou, paternalmente nos dará as graças superabundantes para lhe agradarmos no cumprimento desta bem-aventurança. Peçamos-Lhe, pois, um coração semelhante ao dele: "manso e humilde". Ele que tanto nos ama, não deixará de nos atender.
Para termos a certeza de que seremos atendidos, recorramos a outro coração tão semelhante ao dele, que outro desejo não tem senão o de que tenhamos um coração semelhante ao Coração de Jesus: Maria Santíssima.

Fonte: Atautos do Evangelho

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