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segunda-feira, 23 de junho de 2008

LITURGIA DO DIA - 23/06

Santo do dia

XII SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia de semana e Missa à escolha
Paramentos brancos.
Missa Vespertina da Vigília de São João Batista:
com Glória, Credo, e Prefácio próprio.
Beato Bento Menni, presbítero, fundador, +1914

Bento Menni, nasceu em Milão, a 11 de Março de 1841. Ainda jovem, aprendeu o amor aos pobres e doentes no serviço voluntário aos feridos de guerra. Aos 19 anos, entrou na Ordem Hospitaleira. Foi ordenado sacerdote em 1866. No ano seguinte, com 26 anos apenas foi enviado pelo Papa Pio IX a Espanha, para restaurar a sua Ordem. Frente à urgente necessidade de atendimento às mulheres doentes mentais, fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras, junto com Maria Josefa Recio e Angustias Gimenez, em 31 de Maio de 1881. Ele mesmo implantou a Congregação em Portugal. A sua vida foi testemunho fiel do amor de Deus aos mais pobres e marginalizados. Morreu em 24 de Abril de 1914 em Dinan (França). O Papa João Paulo II beatifícou-o em 23 de Junho de 1985.

Livro de 2º Reis 17,5-8.13-15.18

Leitura do Segundo Livro dos Reis:Naqueles dias, 5Salmanasar, rei da Assíria, invadiu todo o país. E, chegando a Samaria, sitiou-a durante três anos.6No nono ano de Oséias, o rei da Assíria tomou Samaria e deportou os habitantes de Israel para a Assíria, estabelecendo-os em Hala e nas margens do Habor, rio de Gozã, e nas cidades da Média. 7Isto aconteceu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os tinha tirado do Egito, libertando-os da opressão do Faraó, rei do Egito, porque tinham adorado outros deuses. 8Eles seguiram os costumes dos povos que o Senhor havia expulsado de diante deles, e as leis introduzidas pelos reis de Israel. 13O Senhor tinha advertido seriamente Israel e Judá por meio de todos os profetas e videntes, dizendo: "Voltai dos vossos maus caminhos e observai meus mandamentos e preceitos, conforme todas as leis que prescrevi a vossos pais e que vos comuniquei por intermédio de meus servos, os profetas".14Eles, porém, não prestaram ouvidos, mostrando-se tão obstinados quanto seus pais, que não tinham acreditado no Senhor, seu Deus. 15aDesprezaram as suas leis e a aliança que tinham feito com seus pais, e os testemunhos com que os havia garantido. 18O Senhor indignou-se profundamente contra os filhos de Israel e rejeitou-os para longe da sua face, restando apenas a tribo de Judá.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 60,3.4-5.12-13

- Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!
- Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!
- Rejeitastes, ó Deus, vosso povo e arrasastes as nossas fileiras; vós estáveis irado: voltai-vos!
- Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!
- Abalastes, partistes a terra, reparai suas brechas, pois treme. Duramente provastes o povo, e um vinho atordoante nos destes.
- Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!
- Quem me leva à cidade segura, e a Edom quem me vai conduzir, se vós, Deus, rejeitais vosso povo e não mais conduzis nossas tropas?
- Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!
- Dai-nos, Deus, vosso auxílio na angústia; nada vale o socorro dos homens! Mas com Deus nós faremos proezas, e ele vai esmagar o opressor.
- Vossa mão nos ajude, ouvi-nos Senhor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 7,1-5

Aclamação (Hb 4,12)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- A palavra do Senhor é viva e eficaz:/ ela julga os pensamentos e as intenções do coração.
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Evangelho (Mt 7,1-5)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
1"Não julgueis, e não sereis julgados. 2Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes. 3Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou, como podes dizer a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Não julgueis e não sereis julgados

Não condenar os outros. A partir do capítulo 7 de S. Mateus, que hoje começamos a ver, o discurso da montanha parece tomar uma nova profundidade, orientado mais em particular para os discípulos, isto é, para os membros da comunidade cristã de Mateus e de todos os tempos. "Não julgueis e não vos julgarão... A medida que usardes usá-la-ão convosco... Como podes dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho, tendo uma trave no teu?
O contraste exagerado entre o cisco no olho alheio e a trave no próprio pode refletir um provérbio popular de então, a rápida observação das faltas dos outros, em contraste com a tolerância das faltas do próprio caráter, é tema comum em muitos adágios de todas as culturas e idiomas.
Com a lição do evangelho de hoje Jesus pretende chamar a atenção dos seus discípulos para um perigo que os ronda: constituírem-se pseudo-elite, crerem-se superiores e separarem-se dos outros, como fariseus. O significado da palavra fariseu é separado.
O sentido que tem aqui o verbo "julgar" não é simplesmente fazer-se uma opinião, algo que dificilmente poderemos evitar, mas julgar duramente, ou seja, condenar os outros, como se diz na passagem paralela de S. Lucas: "Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados" (6, 37).
Três razões para não condenar. Não devemos julgar e condenar os outros por muitas razões, entre outras por estas três:
1.ª - O julgamento pertence a Deus e não a nós, porque só Deus conhece a fundo o coração do homem. Constituir-se em juiz dos outros é uma ousadia irresponsável, é tomar o lugar de Deus. Deus aceita-nos e ama todos tal como somos, e olha-nos com amor de Pai que dissimula as faltas dos seus filhos, a quem vê através do seu próprio Filho, Cristo.
Se, anteriormente, ao longo do discurso da montanha, Jesus falou do perdão das ofensas e do amor inclusivamente ao inimigo, para tentar aproximar-nos ao menos um pouco da perfeição de Deus, agora está apontando à imitação da sua misericórdia. Como diz o livro da Sabedoria, Deus compadece-se de todos corrige os que caem para que se convertam e acreditem nEle (11, 23 ss).
2.ª - A medida que usarmos com os outros, usá-la-ão conosco. Isso não quer dizer que Deus - a quem não se menciona no texto por respeito - nos julgará com a nossa medida injusta e impiedosa. Esse não é o seu modo de proceder. Certamente, quem age assim com os outros, expõe-se a um julgamento mais severo para si mesmo.
Deus teria, digamos, duas medidas para o seu julgamento: uma de justiça, outra de misericórdia. Ele medir-nos-á com aquela que nós utilizarmos, nesta vida, com os irmãos. É a mesma lição da parábola do devedor insolvente que é perdoado e não perdoa, ou a contida petição do Pai-nosso: perdoa as nossas ofensas... O que condena o irmão auto-exclui-se do perdão de Deus e cai sob a jurisdição da lei, que não deixará de o acusar e condenar como imperfeito que é.
3.ª - Todos somos imperfeitos, tanto e mais que os outros, ainda que, julgando-os com superioridade, os desprezemos. Tal atitude, desprovida de amor, provém da nossa própria cegueira que nos impede de ver os nossos defeitos. Manter a conscientemente tal postura é hipocrisia astuta, cujo modelo no evangelho são escribas e fariseus.
É muito velho o costume de criticar os outros. Assim, pensamos justificar-nos a nós como melhores. Mas, a experiência demonstra que os mais críticos, os que julgam ser perfeitos, saber tudo e ter a melhor solução para qualquer problema, costumam ser os que menos fazem e levam aos outros.
Um olhar no espelho, uma vista de olhos à nossa pequenez e insignificância, à nossa "trave" no olho, minimizará sem dúvida as falhas dos outros, e far-nos-á mais tolerantes e acolhedores, pensando que os outros também têm que suportar-nos a nós. Conhecer as nossas próprias limitações, admiti-las e aceitá-las ensinar-nos-á a saber estar e viver com os outros. Assim, caminharemos em verdade e simplicidade, com ânimo de fraternidade, tolerância e compreensão para com os outros sem os condenar.
Se Deus é otimista a respeito do homem e o ama apesar de tudo, o discípulo de Cristo há-de ser o mesmo em relação aos seus irmãos. Este é um caminho mais seguro para a realização e a felicidade pessoal do que o engano da presunção.

(Apud "A Palavra de Cada Dia", de B. Caballero)
Fonte: Site Arautos do Evangelho

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