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segunda-feira, 19 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 19/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(III Semana do Saltério)

Ofício do dia da Semana e Missa à escolha
Hoje a Igreja celebra : Santo Ivo, presbítero, +1303, padroeiro dos advogados
Santa Rafaela Maria, virgem, fundadora, +1925

Sto. Ivo

Santo Ivo nasceu em 17 de outubro de 1253 na Bretanha; era filho de Helori, lorde de Kermartin, e Azo du Kenquis. Em 1267 ele foi mandado para a Universidade de Paris, onde se graduou em direito civil. Se mudou para Orléans em 1277 para estudar direito canônico. Em 1280, quando voltou para a Bretanha após receber as primeiras ordens, foi designado como "oficial", ou juiz eclesiástico, da arquidiocese de Rennes.
Estudou as Escrituras e entrou para a Ordem Terceira Franciscana tempos depois em Guigamp. Em breve foi designado "oficial" pelo Bispo de Tréguier e aceitou a oferta em 1284. Demonstrava grande zelo e retidão no cumprimento de seus deveres e não hesitava em resistir às injustas taxações do rei, que condiderava uma invasão aos direitos da Igreja. Por sua caridade ganhou o título de advogado e patrono dos pobres.
Depois de ser ordenado, foi designado para a paróquia de Trendrez em 1285 e oito anos depois para Louanne, onde faleceu em 19 de maio. Foi enterrado Tréguier e canonizado em 1347 pelo Papa Clemente VI. É patrono dos advogados, procuradores, juízes, juristas, notários, órfãos e abandonados.


Carta de S. Tiago 3,13-18

Leitura da Carta de São Tiago:
Caríssimos, 13quem dentre vós é sábio e inteligente? Que ele mostre, por seu reto modo de proceder, a sua prática em sábia mansidão. 14Mas se fomentais, no coração, amargo ciúme e rivalidade, não vos glorieis nem procedais em contradição com a verdade. 15Essa não é a sabedoria que vem do alto. Ao contrário, é terrena, materialista, diabólica! 16Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. 17Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. 18O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 19,8.9.10.15

- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- E puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 9,14-29

Aclamação (2Tm 1,10)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Jesus Cristo Salvador destruiu o mal e a morte;/ fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Mc 9,14-29)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles.15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo. 16Jesus perguntou aos discípulos: "Que discutis com eles?" 17Alguém na multidão respondeu: "Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram".19Jesus disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino". 20E levaram-no o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca.21Jesus perguntou ao pai: "Desde quando ele está assim?" O pai respondeu: "Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos".23Jesus disse: "Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé". 24O pai do menino disse em alta voz: "Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé". 25Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: "Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele". 26O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: "Ele morreu!" 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé.28Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: "Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?" 29Jesus respondeu: "Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Tenho fé, mas duvido; ajudai-me!

Jesus, acompanhado dos três Apóstolos que acabaram de assistir à Transfiguração, vem descendo do monte Tabor rumo à planície, quando vê a cena descrita no Evangelho de hoje. Aproveitando a ausência do Divino Mestre, os escribas e fariseus discutiam com os discípulos, para atrair a multidão para o caso de um epiléptico que não fora curado, apesar de diversas tentativas destes.
Note-se a maneira de acolher a Jesus: a multidão acorreu a saudá-lo, enquanto os escribas não mostram a menor devoção para com Ele. Jesus devia estar radiante de beleza, pois acabava de se transfigurar-se, o que deveria ter sido motivo da multidão ir pressurosa acolhê-lo.
Apesar da acentuada incredulidade que pairava no ambiente, Jesus mostra-se irado não contra os circunstantes, mas contra o vício, e disse: "Oh! Geração incrédula, até quando estarei entre vós? Até quando terei de suportar-vos? Trazei-o para mim!"
O relato de S. Marcos é de grande realismo e pormenor.
A cura da criança epiléptica e surda-muda aparece hoje como uma manifestação pública do poder de Jesus sobre a doença e o demônio; um suave convite à oração e um sinal a mais da sua ressurreição. Por que ressurreição? Porque no segundo espasmo, "a criança ficou como um cadáver, de modo quem muitos diziam que estava morta. Mas, Jesus, tomando-a pela mão, levantou-a, e a criança pôs-se em pé". Ambos os verbos, "levantou" e "pôs-se em pé" são precisamente os que se emprega em grego do Novo Testamento para designar a ressurreição de Jesus.
S. Marcos relaciona a fé suplicante do pai da criança com a falta de fé e oração dos discípulos, que não puderam curar o doente. Fé e oração aparecem aqui em estreita união. O pai da criança acredita no poder de Jesus, mas reconhece a sua debilidade, por isso roga ao Senhor: "Tenho fé, mas duvido; ajuda-me".
E à falta de fé e oração dos seus discípulos atribui Jesus o seu fracasso. Quando eles lhe perguntam a sós: Por que não pudemos nós expulsar o demônio? Ele responde-lhes: "Esta espécie só pode sair com oração e jejum". Em S. Mateus a explicação de Jesus é Mais acusadora: "Pela vossa pouca fé" (17,19). De fato, fé e oração andam unidas e mutuamente se presumem e influenciam na vida cristã.
Já as ameaças e as palavras de Jesus "eu te ordeno" manifestam o poder divino. Quando diz "sai dele, e nunca mais tornes a entrar!" revelava que o espírito imundo estava pronto a entrar na criança, porque a fé do homem não era ainda perfeita, e o mandato do Senhor o impedia.
"Jesus, porém, tomando-o pela mão, o levantou, e ele ficou de pé". Deste modo, demonstrou ser verdadeiro Deus pelo seu poder para salvar, e também sua natureza humana pela maneira como tocou, com a mão. Com este ato, o Salvador condenou inúmeras heresias antes de aparecerem nos séculos posteriores, que diziam que Jesus não assumira verdadeiramente a carne dos homens.
A oração cristã é fé madura em diálogo com Deus. Sem a fé, a oração perderia o seu sentido ao carecer de uma referência a um tu interlocutor. Deixaria de ser diálogo com Deus para se converter em monólogo estéril. A oração é o diálogo real de uma fé em exercício, porque orar é fazer a experiência gratuita, e não utilitária, de Deus. Por isso, o modelo supremo de toda a oração cristã é o próprio Jesus, o primeiro adorador do Pai em espírito e em verdade, um modelo inalcançável para nós no nível Pessoal do seu diálogo com Deus, mas que orienta a nossa aproximação ao todo Poderoso.
Necessitamos hoje de acreditar firmemente. Por isso, temos de pedir a Deus uma fé cada vez maior, pois a fé é dom Seu. Como o pai da criança epiléptica, repitamos freqüentemente a jaculatória: "Senhor, eu creio; mas ajudai minha pouco fé!"

Fonte: Arautos do Evangelho

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