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quarta-feira, 21 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 21/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia da semana e Missa à escolha ou
S. Cristóvão Magalhães, Presb. e Companheiros Mártires (Memória Facultativa)
Ofício e Missa da Memória

Carta de S. Tiago 4,13-17

Leitura da Carta de São Tiago:

Caríssimos, 13e agora, vós que dizeis: "Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, passaremos ali um ano, negociando e ganhando dinheiro". 14No entanto, não sabeis nem mesmo o que será da vossa vida amanhã! Com efeito, não passais de uma neblina que se vê por um instante e logo desaparece. 15Em vez de dizer: "Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo", 16vós vos gloriais de vossas fanfarronadas. Ora, toda a arrogância deste tipo é um mal. 17Assim, aquele que sabe fazer o bem e não o faz incorre em pecado.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 49(48),2-3.6-7.8-10.11

- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!
- Ouvi isto, povos todos do universo, muita atenção, ó habitantes deste mundo; poderosos e humildes, escutai-me, ricos e pobres, todos juntos, sede atentos!
- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

- Por que temer os dias maus e infelizes, quando a malícia dos perversos me circunda? Por que temer os que confiam nas riquezas e se gloriam na abundância de seus bens?
- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

- Ninguém se livra de sua morte por dinheiro nem a Deus pode pagar o seu resgate. A isenção da própria morte não tem preço; não há riqueza que a possa adquirir, nem dar ao homem uma vida sem limites e garantir-lhe uma existência imortal.
- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

- Morrem os sábios e os ricos igualmente; morrem os loucos e também os insensatos, e deixam tudo o que possuem aos estranhos.
- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 9,38-40

Aclamação (Jo 14,6)

- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Sou o Caminho, a Verdade e a Vida,/ ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Evangelho (Mc 9,38-40)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 38João disse a Jesus: "Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue". 39Jesus disse: "Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Quem não está cntra, está a nosso favor

Quando acabamos de ler esta perícope do Evangelho, imediatamente nos vem à memória um episódio do livro dos Números (11, 28-29), no qual o jovem Josué corre até Moisés para pedir que não consentisse que Eldad e Medad profetizassem, aqueles dois homens que tinham ficado no acampamento e não se encontravam com os setenta anciãos, quando o espírito pousou.
O grande profeta disse-lhe: "Estás ciumento por minha causa? Oxalá todo o povo de Deus fosse profeta e recebesse o Espírito do Senhor". Nobre desejo cujo cumprimento anunciou o profeta Joel para os tempos messiânicos e o apóstolo Pedro declarou realizado no Pentecostes.Agora, o apóstolo predileto é quem pede a Jesus que proibisse um estranho de exorcizar, porque, segundo João, "não era dos nossos". E o Divino Mestre responde: "Não o impeçais, porque quem faz milagres em meu nome não pode, a seguir, falar mal de mim. Quem não está contra nós, está a nosso favor".Tanto Josué, quanto João demonstraram um zelo exclusivista, na tentativa de monopolizar institucionalmente um carisma, pois, lhes parecia que outras pessoas menos dignas o pudessem usar e desejavam que seguissem Moisés e Jesus, respectivamente. Ora um carisma é um dom divino extraordinário concedido a alguém ou a um grupo de crentes, para o bem geral. O proprietário do dom é Deus e não o homem a quem é concedido. Por isso, as resposta de Jesus e de Moisés revelam uma abertura salutar perante o número fechado e a tolerância diante da intransigência. A Igreja não é um ghetto à parte, um número fechado de pessoas, mas uma comunidade aberta.Segundo o Livro dos Atos dos Apóstolos (19, 13 ss.) e as cartas de S. Paulo, o problema apresentado pelo Evangelho de hoje repetiu-se na comunidade primitiva. Que norma de conduta, pois, seguir com alguns que, sem se contarem entre os discípulos de Jesus, expulsavam demônios em seu nome? Durante a prisão de S. Paulo (Fl 1, 15-19), alguns aproveitavam-se para ocupar seu lugar na pregação. Paulo reage com dignidade e caridade: o que interessa é que Cristo seja anunciado, apesar das más intenções contra o Apóstolo.Santo Agostinho comentando este passo do Evangelho afirma que a obra da Igreja Católica é essa: não reprova os hereges no que tem de comum com ela, mas sim do que a separa dela, ou ainda alguma doutrina que seja contrária à paz e à verdade, na qual estão contra nós.Jesus não só não proíbe que faça milagres em seu nome, mas que promete que terá recompensa os que derem ainda que seja um copo de água em seu nome, porque são de Cristo (Mc. 9, 41).Pio XII, em sua encíclia "Mystici Corporis Christi" onde comenta esta parte do Evangelho:Imitemos a vastidão do amor de Cristo, modelo supremo de amor pela Igreja, sua Esposa; contudo, o amor do divino Esposo é tão vasto, que a ninguém exclui, e na sua Esposa abraça a todo o gênero humano; pois que o Salvador derramou o seu sangue na cruz para conciliar com Deus todos os homens de todas as nações e estirpes, e para os reunir num só corpo. Por conseguinte, o verdadeiro amor da Igreja exige não só que sejamos todos no mesmo corpo membros uns dos outros, cheios de mútua solicitude (cf. Rm 12,5;1Cor 12,25), que se alegrem com os que se alegram e sofram com os que sofrem (cf. lCor 12,26), mas que também nos outros homens ainda não incorporados conosco na Igreja, reconheçamos outros tantos irmãos de Jesus Cristo segundo a carne, chamados como nós para a mesma salvação eterna. É verdade que hoje não faltam - é um grande mal - os que vão exaltando a rivalidade, o ódio, o rancor, como coisas que elevam e nobilitam a dignidade e o valor do homem. Nós, porém, que magoados vemos os funestos frutos de tal doutrina, sigamos o nosso Rei pacífico, que nos ensinou a amar os que não são da mesma nação ou mesma estirpe (cf. Lc 10,33-37) até os próprios inimigos (cf. Lc 6,27-35; Mt 5,44-48). Nós, compenetrados dos suavíssimos sentimentos do Apóstolo das gentes, com ele cantemos o comprimento, a largura, a sublimidade, a profundeza da caridade de Cristo (cf. Ef 3,18), que nem a diversidade de nacionalidade, ou de costumes pode quebrar, nem a vastidão imensa do oceano diminuir, nem as guerras, justas ou injustas, arrefecer.


Fonte: Arautos do Evangeho

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